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A Bíblia Sagrada nos mostra Deus como provedor desde o livro de Gênesis até Apocalipse,
sendo ele mesmo a origem de todas as coisas, pleno, soberano sobre a criação. Se a verdade
da provisão divina calasse no coração humano nosso mundo certamente seria melhor, se aqueles
que confessam fé em Deus e na obra de seu Filho tivessem uma experiência mais profunda
com Jeová Jiré poderíamos dar um testemunho integro sobre a provisão divina. Diz a Escritura
que Deus ouviu o gemido dos filhos de Israel, lembrou-se de sua aliança e olhando para
Israel os reconheceu. "Decorridos muitos dias, morreu o rei do Egito;
os filhos de Israel gemiam sob a servidão e por causa dela clamaram, e o seu clamor
subiu a Deus. Ouvindo Deus o seu gemido, lembrou-se da sua aliança com Abraão, com Isaque e
com Jacó. E viu Deus os filhos de Israel e atentou para a sua condição. (Exodo 2.
23-25 RA Ilumina Gold 2009)"
A desobediência levou o povo a tornar-se escravo no Egito vivendo sob um regime de
servidão total, este foi o cenário para uma das maiores demonstrações do amor de
Deus no Velho Testamento.
Quatro verdades nesta passagem:
O clamor de alguém que está na condição de filho chegará a Deus.
Deus ouve não apenas o clamor mas a expressão da alma.
Deus não se esquece. Deus conhece seus filhos, por isto atenta
para sua condição. Deus escolhe um homem chamado Moisés para
através deste manifestar seu poder aos olhos de seus filhos, libertando-os de Faraó, a
partir dai o que se vê são milagres extraordinários.
"O teu caminho, ó Deus, é de santidade. Que deus é tão grande como o nosso Deus?
Tu és o Deus que operas maravilhas e, entre os povos, tens feito notório o teu poder.
Com o teu braço remiste o teu povo, os filhos de Jacó e de José. (Salmo 77. 13-15 RA Ilumina
Gold 2009)"
Porque os crentes temem tanto o deserto, visto que não houve outro período em que Deus
houvesse manifestado tanto poder em beneficio do seu povo. No deserto Israel não apenas
conheceu o Deus Jeová Jiré, mas teve experiências com ele. Infelizmente a natureza decaída
do homem traz em si a inclinação a um pecado terrível: ingratidão, que pode ser vista
nas entrelinhas da escritura.
Deus libertou seu povo da escravidão, do jugo de faraó, com milagres, prodígios e
maravilhas e a resposta do povo foi murmuração. A falta de um alimento que lhes servisse como
base, deu origem ao milagre mais fantástico do Antigo Testamento.
"Ali, no deserto, todos eles começaram a reclamar contra Moisés e Arão, dizendo assim:--
Teria sido melhor que o Senhor tivesse nos matado no Egito! Lá, nós podíamos pelo
menos nos sentar e comer carne e outras comidas à vontade. Vocês nos trouxeram para este
deserto a fim de matar de fome toda esta multidão.(Exodo 16. 2-3 RA Ilumina Gold 2009)"
Que sentimento será este que os levou a lembrar do Egito, comida! Será este o preço da vida
humana e da liberdade, a condição de poder se alimentar com fartura mesmo estando subjulgado.
Será que o Deus que abriu o mar não poderia dar-lhes alimento! Desde a antiguidade vemos
o registro de povos que lutaram por liberdade, no entanto este povo que foi escolhido por
Deus, parece preferir a escravidão diante da liberdade proporcionada pelo Senhor.
A julgar de forma humana, Deus deu a eles gratuitamente o bem mais precioso para o ser
humano (liberdade), e eles simplesmente não reconheceram, isto porque estavam num deserto.
A incerteza do futuro os fez desejar voltar ao estado de escravidão, por quê? Comida
será esta a causa. Ingratidão é o sentimento expresso nesta ocasião, ingratidão que os
levou a murmurar do próprio Deus.
Coisa linda é observar um novo convertido, alguém que pela fé em Cristo Jesus recebe
sua liberdade, isto porque é o começo de uma vida verdadeiramente livre, no entanto
a vida cristã deve ser em todo seu contexto uma vitória, sabendo que muitas batalhas
serão travadas.
Chega o momento em que nos damos conta de que estamos num deserto chamado mundo, onde
podemos sofrer com uma miragem, lembranças de uma vida passada, que irá nos parecer
melhor.
Muitos crentes cometem este erro pecaminoso, afinal a vida pode ser quente de dia e frio,
muito frio a noite tal qual um deserto, se esquecem do poder daquele que por meio de
seu Filho lhes deu a liberdade, passando a murmurar de forma ingrata, afinal a vida Cristã
é só batalhas.
O que não faltam são culpados para justificar os maus sentimentos, as murmurações, comiamos
até fartar, o pastor não me deu atenção, a doutrina é muito rígida, eu não concordo
com a visão dos lideres, eu não entendo o que a Bíblia diz, eu adoro a Deus do meu
jeito, não precisa ir a todos os cultos, afinal Deus está em todos os lugares, a minha
fé ainda é pequena, acho que ainda não chegou a hora...
Apenas um sentimento descreve tal situação: Ingratidão. A ingratidão se dá pelo fato
de que recebemos algo de graça, fomos beneficiados sem esforço nenhum, por isto só é ingrato
àquele que recebeu algo de alguém. O que você recebeu além da salvação?
Uma cura, família abençoada, restauração no seu casamento, sem problemas financeiros,
uma transformação em todo ser, seu modo de viver... No entanto mesmo estando abençoados
ao menor sinal de dificuldade a cruz é esquecida, o sangue de Jesus perde seu valor, a salvação
já não tem sentido... Muitos dizem: Deus é amor não precisa esta religiosidade toda.
Diante da murmuração ocorrida no deserto Deus mais uma vez demonstra seu amor.
'E o Senhor disse a Moisés: -- Eu tenho ouvido as reclamações dos israelitas. Diga-lhes
que hoje à tarde, antes de escurecer, eles comerão carne. E amanhã de manhã comerão
pão à vontade. Aí ficarão sabendo que eu, o Senhor, sou o Deus deles. À tarde apareceu
um grande bando de codornas; eram tantas, que cobriram o acampamento. E no dia seguinte,
de manhã, havia orvalho em volta de todo o acampamento. Quando o orvalho secou, por
cima da areia do deserto ficou uma coisa parecida com escamas, fina como a geada no chão. Os
israelitas viram aquilo e não sabiam o que era. Então perguntaram uns aos outros: --O
que é isso? ... (Êxodo 16,11-15 RA Glow)'
O Que é isso?
Continua....