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Momento de Reflexão
MÃE DE DEUS E MÃE DE MISERICÓRDIA
Senhor Jesus, que és o Filho de Maria, queremos neste dia,
e neste momento falar um pouco contigo sobre a Tua querida Mãe Santíssima.
Certamente isso, agradará ao Teu Coração de Filho.
Vamos começar por escutar o que nos dizem alguns santos, grandes devotos de Maria:
S. Bernardo diz:
«Maria é nossa Medianeira, por ela recebemos,
ó meu Deus, a Tua Misericórdia; por ela recebemos o Senhor Jesus».
O S. Cura d' Ars dizia:
- «sempre que tenhamos que pedir uma graça a Deus, dirijamo-nos à Virgem Santa,
e certamente seremos ouvidos.».
S. Afonso Maria de Ligório dizia:
- «Maria é o tesouro de Deus e a tesoureira de todas as misericórdias que nos quer dispensar».
O Papa Leão XIII dizia:
- «Mulher, és tão grande e tanto vales, que quem quer uma graça e não recorre a ti, pretende voar sem asas».
Ainda, S. Bernardo
- «Que a nossa alma sedenta corra para esta fonte,
que a nossa miséria recorra a este tesouro de compaixão( ... )
Virgem Bendita, que a Tua bondade faça conhecer diante de todo o mundo a graça que Tu alcançaste junto de Deus,
alcança com as Tuas orações o perdão dos culpados, a saúde dos enfermos,
a consolação dos aflitos, socorro e liberdade para os que estão em perigo».
O Beato João Paulo II na sua encíclica: «Rico em misericórdia», fala de Nossa Senhora e diz:
"Maria é aquela que conhece mais profundamente o mistério da misericórdia Divina.
Conhece o seu preço e sabe quanto é elevado.
Neste sentido chamamos-lhe Mãe de Misericórdia, Nossa Senhora da Misericórdia, ou Mãe da Divina Misericórdia...
Estes títulos que atribuímos à Mãe de Deus falam dela sobretudo como Mãe do Crucificado e do Ressuscitado...
Nela e por meio dela o amor não cessa de revelar-se na história da Igreja e da humanidade.
Esta revelação é particularmente frutuosa, porque se funda, tratando-se da Mãe de Deus,
no seu singular tacto do seu coração materno, na sua sensibilidade particular,
na sua especial capacidade para atingir todos aqueles que aceitam
mais facilmente o amor misericordioso da parte de uma mãe.
Esta maternidade de Maria perdura sem interrupção até à consumação eterna de todos os eleitos». "
O Pe. Dehon, fundador dos Dehonianos, Sacerdotes do Coração de Jesus,
fala-nos também do Coração de Maria e tenta mostrar-nos a ternura e o amor deste coração, e diz:
«O seu coração não é suficientemente conhecido.
Ela tem sem dúvida um coração de carne... É a mãe de Misericórdia.
É o mesmo que dizer que tem um coração compassivo para os miseráveis.
Imaginai tudo o que queirais de mais terno, de mais delicado:
o coração de Maria ultrapassa tudo efectivamente.
Vede uma irmã, uma esposa, uma mãe.
As palpitações do coração de uma irmã por um irmão querido,
toda a sua vida se orienta conforme as circunstâncias em que se encontra esse irmão.
Uma mãe está disposta a tudo pelo seu filho. O filho vive no coração da mãe.
Pois bem, o amor de Maria é muitíssimo maior que o de uma mãe natural.
Ela deu-nos à luz na dor ao pé da cruz e o seu amor é proporcional aos sofrimentos que lhe custámos.»
Este amor de mãe e mãe de Misericórdia manifesta-se acima de tudo,
para com os pecadores, que somos todos nós.
Esta mãe de Misericórdia, apesar do nosso pecado, quer levar-nos a alcançar a verdadeira santidade.
Um autor diz-nos o seguinte:
"O pecado deixa, às vezes, a alma tão corrompida, tão doente que,
mesmo que ela trabalhe ainda por se salvar, o faz como sem apetite e sem esperança nenhuma,
ou muito pouca, de se santificar realmente,
ficando-se a olhar para as almas inocentes como numa região muito além da sua miséria,
e inacessível para ela, erroneamente, tristemente convencida de que,
ainda quando venha a curar-se das suas chagas, virá apenas a salvar-se como um ser diminuído,
e que os pobres náufragos, socorridos pela misericórdia da Mãe de Deus,
serão para sempre fatalmente colocados num mundo inferior, muito inferior ao mundo dos inocentes!
Mas «bendita a Senhora e Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo, Mãe das Misericórdias e de toda a consolação»,
pois ela é tão poderosamente misericordiosa que,
não só pode restituir ao pecador as suas primitivas possibilidades,
mas ainda o pode cumular de novos e mais preciosos tesouros!
Nas mãos Misericordiosas de Maria, o pecador não é uma flor que murchou irremediavelmente
e que tombou desfolhada para sempre no chão! Quanta flor mimosa
não terá ela colhido onde só restavam vestígios de morte! ...
O pecador é um mísero?
Pois Maria é aquela que o levanta do chão (SI 112,6-7).
Se os santos inocentes honram a santidade de Deus, os «Santos pecadores» glorificam a Sua Misericórdia.
Se aqueles são filhos da inocência de Maria, estes são filhos da Sua Misericórdia, das Suas lágrimas!
Nem Santo Agostinho, nem Santo André Corsino, tirados do abismo da miséria, deixam, por isso,
de ser dos maiores Santos do Paraíso,
ou menos Santos que muitos que nunca perderam a sua inocência baptismal.
O bom ladrão foi até o primeiro que entrou no Paraíso com o Senhor:
«hoje estarás comigo no Paraíso». "
(Jorge Barros Duarte, Louvor à Misericórdia, p. 88 e 89).
Terminamos com uma oração do Pe. Dehon, à Nossa Senhora,
do 'Ano com o Coração de Jesus' do dia 25 de Janeiro:
- «Ó Maria, ó minha Mãe e minha soberana protectora, como eu tenho sido frio até agora a vosso respeito!
Eu não tenho sido um filho amante e devoto.
Eu dirigi-Vos orações e louvores, mas com muita indiferença, distracção e tibieza!
Eu não ousaria mais me aproximar de Vós se não Vos soubesse tão paciente,
tão compassiva, tão misericordiosa! Ó Maria tomai o meu coração e mudai-o.»
Do dia 19 de Janeiro - «Ó Maria, é por Vós que quero ir constantemente ao Coração de Jesus. Permiti-mo.
Pedi-lhe que me perdoe, que me converta, que me abençoe, que me atenda.»
«Obrigado, Jesus, por nos dares Maria por Mãe».
Vou dar-vos a Bênção:
A Bênção de Deus Misericordioso Pai, Filho e Espírito Santo e de Maria,
Mãe da Divina Misericórdia, desça sobre vós e permaneça para sempre.
– Ámen.