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Nós estamos demasiado fechados, cada um dentro da sua casa.
E estamos expostos à Voz do Mundo, que é a televisão
a dizer as coisas mais incríveis que vocês possam imaginar
( para quem ainda vê televisão )
E é importante vir aqui e termos uma voz para contrapôr.
Mas é mais do que isso até.
E o projeto (mas é um projeto meu, não é um projeto típico de Caminho Vermelho, é um projeto meu)
criar de certa forma a capacidade, a oportunidade de nos associarmos
para que a gente possa ter um impacto e uma voz naquilo que está a acontecer.
E são das coisas mais simples que possam imaginar.
Quase tudo o que nós comemos tem açúcar, aspartame ou glutamato monossódico.
Certificar os produtos que estamos a comer, que estamos a ver vendidos,
é um serviço de informação extremamente fácil
e a gente mete um selinho a dizer: "este não tem os principais venenos da alimentação"
e a gente pode dar às crianças.
Não tem açúcar, não tem aspartame, é mais ou menos seguro para dar às crianças.
Poderá ser uma comida processada ou qualquer coisa do estilo mas pelo menos venenos não tem.
E, quando a gente tem um selinho a dizer: "este é bom e aquele é mau",
as próprias empresas começam a competir entre elas
porque dizem "eu tenho que me adaptar para ter o selinho, senão não vendo".
De repente eles já perceberam que isto é de muito mais baixo nível que o outro.
Vocês veem por exemplo a Knorr
de tanta pressão (que é um dos maiores gigantes da alimentação)
já cedeu à pressão e veio declaradamente (lá nos pacotinhos da sopa)
e diz mesmo "isto já não contem intensificadores de sabor, já não usamos".
O que é que acham que a Maggi vai ter que fazer ?
Ou cede ou vai à falência.
E isto é profundamente espiritual.
Quebrar este ciclo e este controle e recuperarmos o nosso poder de gente, estarmos de pé
perante estes mini-poderes que nos assustam tanto, estar de pé
e dizer assim: "agora eu sou o consumidor, é o meu dinheiro e faz-se como eu digo".
Mas, para isso, tem que ser uma voz de Família,
tem que ser uma voz associada.
Então a gente põe um selinho.
E a Knorr tem um selinho a dizer: "não tem intensificadores de sabor"
e a Maggi não leva selinho.
E eles que se entendam.
Mas quem vai ao supermercado tem uma escolha claríssima, está ali à frente.
Quanto é que custa uma coisa dessas ?
1 milhão de pessoas que paga 1 euro por ano
é 1 milhão, paga muitos advogados,
paga muitas guerras nos tribunais.
E, se aprendermos a ter uma voz coesa e a mantermos o apoio
( porque estamos a falar de coisas simples )
O atum, por exemplo, já tem isso, as latas de atum têm um selinho que diz "Dolphin Safe"
porque antigamente as redes de pesca apanhavam o atum
e o golfinho, quando come atum, era apanhado, ficava dentro de água e morria afogado.
E houve empresas que fizeram um investimento brutal
para adaptar as frotas e dizer: "nós agora temos uma forma de pescar atum que já não
faz com que os golfinhos morram afogados". E está um selinho a dizer: "Dolphin Safe".
As grandes marcas de atum portuguesas, como ninguém sabe disto, continuam a não ter o selo.
Para quê ?
E, se formos ver, há frotas que fizeram um investimento brutal
para fazer uma alteração e há outras que não fizeram
e que estão em vantagem económica porque têm rios de dinheiro.
Quem manda somos nós - a Família - e se a gente disser eu não como atum
sabendo que os golfinhos estão a ser mortos por afogamento - o que é que a empresa vai fazer ?
Se não tem selo e se a Família toda está informada, aquilo fica na prateleira, eles não vendem mais.
Quem manda somos nós. Se nos associarmos.
Se conseguirmos ter um impacto não mais de célula e sim de órgão.
Uma célula não pega numa pinça, é a mão que pega.
E, para isso, as células todas têm que estar e dizer: "vamos todas pegar na pinça"
E o que é que tem de complicado pegar numa pinça? Nada !
O que tinha de complicado foi formar uma catrefada de células e dizer: "agora são todas da mesma mão"
Porque esta mão tem que estar quieta, não pode estar a interferir.
Estas coisas são espirituais.
Porque elas têm um impacto na Família, na forma como nos relacionamos.
E isso também se faz aqui, passar esse tipo de informações,
preparar esse tipo de presença conjunta também se faz aqui.
Não é só espiritualidade no sentido antigo da religiosidade, do contacto com o divino.
Ver luzes e mandalas, também é giro
mas, hoje em dia, a espiritualidade está aqui ao lado do chão.
E o que é espiritual hoje em dia é termos um impacto nas coisas diárias, rotineiras, terrenas.
Que é como quem diz - globais e planetárias.