Tip:
Highlight text to annotate it
X
Sem ter norte, Nem ter lar,
Dizem, por aí que dá sorte, O que para mim é tanto azar,
É loucura e o desdenho, Andar, da sorte, á procura
Da pouca sorte que tenho, E sem carinho,
Por essas ruas e vielas, Apregoando as cautelas,
Vou seguindo o meu caminho, E quem me ouve,
A cantarolar esta moda, É o mil duzentos 1249 e quarenta e nove,
E amanhã, é que anda á roda, Sente a vibrar como um fado,
Um pregão de um desgraçado, Se um malvado,
Rir de mim, Não vê , que,
Eu sendo aleijado, A minha alma não é assim.
Quem, da sorte, Rir dos mais (Demais)
Não se lembra, Que na morte,
Nós somos todos Iguais. E sem carinho,
Pelas ruas e vielas, Apregoando as cautelas,
Vou seguindo o meu caminho. E quem me ouve cantarolar,
Esta moda, É o mil duzentos e 1249 quarenta e nove,
Que amanhã é que anda á roda, Sempre a vibrar, como um fado,
Um pregão de um desgraçado.