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Boa tarde.
É sempre um desafio fazer uma palestra logo após o almoço,
porque as pessoas estão com sono.
Tenho três sobrinhas e sempre que começo a ler para elas,
elas começam a dormir.
Eu farei o possível para manter a palestra empolgante.
Vou mostrar muitos slides,
principalmente relacionados ao tópico da conferência,
e uma introdução de nosso escritório.
Há tempos temos nos esforçado para entender
a cultura latino-americana.
Essa é a geografia de nosso escritório.
Temos o escritório principal em Roterdã,
temos um escritório em Nova York, que eu estou liderando,
e agora temos nossa filial em Buenos Aires.
Eu sei, não é o lugar ideal na América Latina no momento,
mas aconteceu assim por causa da Julia, que fica lá.
Mas pelo menos temos uma filial onde tentamos realmente entender
a América Latina.
E também temos escritórios em Hong Kong e em Pequim.
E agora também em Doha.
Essa parte é uma introdução bem rápida do escritório,
e depois falarei um pouco de meus interesses pessoais.
Nosso escritório tem essa estrutura: temos a OMA,
que é a parte arquitetônica,
e também a AMO, que é uma parte não arquitetônica,
que basicamente lida com projetos de branding
e planos-mestre de longo prazo, etc.
Aqui se lida com construção e aqui se trabalha com projetos
que não são de construção.
Fazemos muita pesquisa, por exemplo, como a Ikea,
também o plano-mestre da Escola de Administração de Harvard,
editores convidados da revista Wired,
branding da União Europeia.
Fazemos muito planejamento urbano.
Esse é um novo aeroporto em Doha.
Esse é o patrimônio da Unesco em Essen, na Alemanha,
que vou mostrar depois.
Essa é uma estação da TGV em Lille, na França.
E também estamos criando um novo Vale do Silício
para a Rússia, chamado Skolkovo.
Nossa firma acredita em especificidade,
então não temos um estilo predefinido.
Vi muitos arquitetos incrivelmente famosos
antes de subir nesse palanque, o que é uma enorme pressão
e ao mesmo tempo uma honra.
Mas geralmente esses arquitetos ou essa arquitetura tenta adotar
uma identidade através de um estilo predefinido,
mas nós acreditamos na especificidade de cada projeto,
então tentamos não fornecer sempre uma linguagem igual,
um material ou uma cor parecidos.
Isso, sabe… Isso foi antes da minha época,
mas ainda faz parte da introdução.
É uma casa em Bordeaux, França,
para um rico dono de jornal local,
mas depois de pegarmos o projeto ele infelizmente sofreu
um acidente de carro,
e teve que.usar uma cadeira de rodas.
Decidmos continuar com o prédio de três andares,
com sala de estar privativa, cozinha e serviços no subsolo.
Mas o que fizemos foi colocar esse cômodo inteiro
em cima de uma plataforma móvel, para que ele basicamente não tivesse
de sair do seu quarto e também pudesse acessar
o andar que quisesse.
Só fizemos questão de ter a prateleira de livros
com altura de três andares, para que ele pudesse alcançar
o andar que quisesse.
Essa é a Casa da Música, em Portugal, no Porto.
Fizemos uma nova sala de concertos na frente do centro antigo,
olhando para a rotatória.
Fizemos um espaço público revestido em mármore,
embaixo há um estacionamento.
Isso é uma sala de concertos com duas grandes janelas
de cada lado da caixa,
o que significa que você pode ver o que acontece pelo lado de fora
e vice-versa,
pode ver o que está acontecendo ou pode ver um pouco da cidade.
E esse é o auditório principal.
Tentamos sempre usar material local.
Essa é uma sala VIP no mesmo prédio.
Vocês podem ver que usamos azulejos locais.
Hoje de manhã visitamos muitos prédios de Niemeyer
e vimos que aqui ele também usou muitos azulejos.
Mas aqui também tentamos usar material local.
Essa é a sala VIP, visível do exterior.
Dei a essa palestra o nome de “Pós”, porque sempre me interessei
no pelo pós-crise, ou pela pós-era industrial,
meu privilégio por ser da geração de que sou.
Agora entro em anotações muito particulares,
isso é um crescimento de PIB, não chamamos de crescimento,
já que está caindo, é um declínio do PIB japonês.
Vocês podem ver muitos incidentes simbólicos
como a crise do petróleo, a bolha econômica
e a crise do crédito.
E podem ver um declínio grande e constante,
como grandes degraus.
Esse gráfico é uma sobreposição da minha própria vida.
Mas basicamente vocês podem ver que os momentos-chave
da minha vida sempre coincidiram com as grandes crises.
Eu nasci durante a crise do petróleo,
quando fui à universidade, a bolha econômica
de repente estourou,
e quando me tornei sócio do OMA aconteceu a crise do crédito.
Então estou fadado a viver com a crise econômica,
por isso comecei a pensar em uma identidade,
uma teoria ou filosofia que pudesse vir de minha história.
Isso é da época dos meus pais na área do PIB do ***ão,
e isso mostra meu PIB.
Vocês veem que a área é muito menor que a dos meus pais.
Ao sobrepor, me interessei muito pelo que essa diferença significava
para mim como arquiteto.
Por exemplo, há mais correlação entre economia e arquitetura
do que pensamos.
Essa é a arquitetura dos anos 1970 no ***ão,
feita por um grupo chamado The Metabolists.
Vocês veem que há uma noção de vanguarda,
de gravidade, de material, de otimismo.
Essa é a arquitetura predominante hoje no ***ão.
Não há vanguarda, não há cor, não há noção de material,
é o completo oposto.
E todo mundo acha que isso vem de uma maturidade
ou sensibilidade japonesa, mas na minha opinião
esse tipo de arquitetura só surge com a recessão duradoura
que o ***ão está enfrentando.
Eu estava interessado no significado da crise,
então continuei dando aulas, sempre usando um tema
chamado “Arquitetura e Urbanismo do Pós-crise”,
parte do resultado dos meus estudos em Harvard e Columbia.
Resumindo, quando os indicadores de mercado
caem assim,
em qualquer crise econômica,
acho que o planejamento, a conexão, o pensamento
e o sentimento, os indicadores humanos acabam subindo.
Por exemplo, a tipologia que se constrói mais
durante a recessão é a arquitetura religiosa.
Geralmente as pessoas riem disso, então...
Eu estava esperando a risada, mas, sabe, tem a coisa da tradução.
Então, por exemplo, essa é uma megaigreja
nos subúrbios americanos onde esse tipo de igreja-arena
fica inserida num shopping,
então você pode ir no domingo fazer compras
e ao mesmo tempo rezar.
Também é verdade que muitas invenções acontecem
na recessão,
então é claro que quando há um momento de crise
muitas coisas têm de ser redefinidas,
e muitas pessoas começam a pensar, então se fazem muitas invenções.
Sem falar dos muitos manifestos arquitetônicos e urbanos
escritos durante a recessão.
Isso é fácil de se imaginar, porque imagine que
quando os arquitetos não têm trabalho o suficiente,
têm tempo de escrever bons livros.
Esse é um negócio novo, nos Estados Unidos eles usaram,
depois da Grande Depressão, os projetos de infraestrutura
para redefinir o país.
Então basicamente, claro, a recessão anda de mãos dadas
com o crescimento.
Rem Koolhaas, meu mentor,
lidou com a modernização.
Ele sempre se interessou por como as cidades surgem
e se modernizam.
Mas minha geração, e porque eu vim do ***ão,
estava interessado em lidar com a mesma questão,
mas de um ângulo totalmente diferente,
que é a recessão e o encolhimento.
E enquanto eu me interessava por isso, havia a crise no ***ão.
O interessante nessa crise é que ela não tem a ver
só com o terremoto e o tsunami
e a morte de muitos, mas isso também revelou o problema
que o ***ão enfrenta.
Por exemplo, em 50 ou 40 anos
a população do ***ão deve cair pela metade. Podem imaginar?
Mas o que é estranho é que essa é uma projeção
das megacidades do mundo.
Nos anos 50 só Nova York e a área metropolitana de Tóquio
tinham mais de 10 milhões,
agora, em 2025 haverá 29 megacidades no mundo,
mas Tóquio ainda será a maior área metropolitana,
apesar de que nesse tempo a população total do ***ão caia
quase pela metade.
Essa é uma área onde vivem quase 39 milhões de pessoas,
em Tóquio.
O engraçado é que, quando um país vai bem,
os arquitetos tendem a ter uma visão grandiosa
junto com o governo.
Então essas são as várias visões grandiosas
que aconteceram no ***ão durante o crescimento
dos anos 60 e 70.
Mas, na minha opinião, quando os países vão bem,
claro que a visão grandiosa é necessária,
mas quando o país está indo mal também essa visão é necessária.
E ninguém está criando uma visão grandiosa agora no ***ão,
então eu queria usar essa oportunidade depois da crise
para projetar alguma grande visão.
Esse é o cinturão industrial projetado durante os anos 60 e 70
no ***ão.
Começando por Tóquio há um cinturão
que passa por Nagoya, Osaka, Hiroshima
e Fukuoka, onde eu nasci.
É um tipo de cinturão industrial projetado.
Sei que há algo similar no Brasil.
E eu queria redefinir a forma de criar
uma visão grandiosa do ***ão,
então fiz uma escala e olhei a história e o mundo.
Essa é a Rota da Seda, que começava na Itália,
passava pelo Oriente Médio, Ásia Central, China
e acabava no ***ão.
E descobri que o ***ão, obviamente, é uma ilha,
então é sempre um ponto de término e de conexão mundial.
Eu pensei que isso significa que ser um ponto final
tem coisas boas e coisas ruins.
A coisa boa é pertencer a uma rede mundial,
mas também se pode ser muito irresponsável,
porque as coisas não vão a lugar nenhum depois do seu país.
Então pensei que uma das vantagens que o ***ão pode ter
é a consciência de que é uma estação final.
Isso mostra a linha de modernização, que eu chamo
de Rota da Seda Moderna.
Ela começa no Oriente Médio, passa pela Ásia Central,
China e acaba em Tóquio.
Claro que essa modernização aconteceu antes
na Coreia e na China, mas agora podemos ver
como a modernização está conectada
a partir do ***ão até basicamente a Europa, como a Rota da Seda.
É interessante que muitos aparatos de modernização
projetados no ***ão durante os anos 60 e 70
são usados agora, ironicamente, enquanto o país encolhe.
Esse é um trem Maglev projetado no ***ão
para conectar Tóquio e Osaka, a 400 quilômetros de distância.
Acho que é como o Rio e São Paulo.
Mas esse Maglev pode conectar as duas cidades
em 55 minutos.
Como certamente sabem, elas estão concebidas
como duas cidades diferentes, mas podemos começar a pensar
que se podemos ir de Tóquio a Osaka em 55 minutos,
podemos considerá-las como uma cidade.
Comecei a pensar que toda essa área
do cinturão industrial
que o ***ão projetou no momento de crescimento
pode ser considerada uma grande cidade de 100 milhões,
que é um número polêmico, mas só para ter uma meta
nessa modernização,
acho que precisamos de uma afirmação ousada
sobre o ***ão estar encolhendo,
mas se tornando uma cidade em vez de um país.
Então, em vez de 39 milhões,
você tem quase 100 milhões,
e ninguém ganha disso.
Não estamos competindo...
Mas por que acho que isso é bom? Para criar claridade no ***ão.
Como vocês veem, Tóquio está no centro
da geografia do país,
então achei que esse lado seria totalmente modernizado,
mas ao mesmo tempo você pode liberar a parte norte
para uma modernização muito mais alternativa,
com o uso de um sistema de energia renovável,
mas ainda estou no processo de refinamento dessa hipótese,
então uso de cautela.
Mas é uma modernização urbana de uma grande cidade de 100 milhões,
e isso seria algo diferente que acabaria com a típica noção
de modernização aqui.
E eu estava falando para a TV hoje sobre o Brasil.
Acho que é um dos países que melhor podem mesclar
a paisagem natural e a construída.
Sempre tenho interesse
em um modelo alternativo de modernização,
e acho que o Brasil tem a chave para isso.
Falarei agora da preservação, que também é uma questão importante
nessa região.
Isso diz tudo para mim.
É um pouco difícil de ler, mas é a bolsa Dow Jones,
essa é a quantidade de turistas
e essa é a quantidade
de patrimônios da humanidade protegidos pela Unesco.
Basicamente, as pessoas acham que os patrimônios mundiais
da Unesco
e a preservação existem de forma completamente contrária
à modernização e à economia,
mas de alguma forma a preservação em geral
e a quantidade de locais protegidos pela Unesco têm
relação paralela ou correlata ao valor
da indústria de turismo e da bolsa de valores.
Fizemos uma exposição em N.Y. chamada Cronocaos.
Começou em Veneza, mas foi para o lado do New Museum,
feito por Sanaa.
Ironicamente, logo depois que o New Museum construiu
o novo prédio
eles compraram um prédio velho e caindo aos pedaços
para ter mais espaço original,
então a exposição aconteceu nesse prédio velho.
Era uma loja...
de eletrodomésticos para cozinha,
típica de uma rua chamada Bowery, em Nova York.
Quando fomos lá basicamente acabamos com a limpeza
e "gentrificação" do espaço,
e mantivemos um lado original e o outro lado reformado.
Essa é a coluna central.
Vocês podem ver que esse lado foi mantido original,
com o piso e tudo original
e esse é o espaço novo, onde fizemos a exposição
sobre preservação em geral.
Claro, Manhattan sempre está enfrentando
a “gentrificação”
e é sempre um equilíbrio difícil entre o que manter e preservar,
então essa foi nossa ideia, não apenas fazer imediatamente
um espaço limpo de galeria,
mas preservar parte da história do prédio.
Talvez um dos projetos mais relevantes
que fizemos tenha sido para uma mineradora em Essen,
na Alemanha.
Há uma fábrica de mineração de carvão listada
como patrimônio da Unesco.
É a maior do mundo.
Fizemos o plano mestre para essa região.
Essa é a situação atual.
É interressante, porque foi uma empreitada conjunta
entre a Unesco, a União Europeia e a Prefeitura de Essen.
Eles criaram uma empresa, e fomos os escolhidos para o plano,
trabalhando com outras entidades
e depois, indicando outros arquitetos.
Então, resumindo, fizemos uma espécie
de zona intermediária,
mostrada em azul, que é uma zona econômica,
você pode construir vários novos prédios,
mas o local foi preservado.
E passamos por vários tipos de narrativas de programa,
identificando diferentes possibilidades com a Prefeitura,
e depois começamos a projetá-las como plano mestre.
Ou seja, a zona de arte e o museu, a área de negócios, educação, etc.
E então o plano mestre foi feito.
E também fizemos o Centro de Visitantes
no mesmo distrito.
É uma usina de lavagem de carvão e dá para ver que o carvão subia
e gradualmente era lavado
e depois há um trem que o transporta para outros locais.
Isso foi convertido num Centro de Visitantes
para todo o complexo.
E adicionamos uma grande escada rolante,
pois queríamos preservar a utilização desse prédio.
O carvão era transportado para cima e gradualmente seguia para baixo
e para a esquerda,
então usamos a mesma técnica para as pessoas.
Elas tinham que subir e gradualmente descer
e depois sair, como o carvão.
Essa é a única intervenção visível, uma escada rolante,
que lembra, a esteira existente.
E usamos um motivo de aço derretido no prédio.
E o prédio original foi mantido, não mexemos muito,
mas o convertemos em espaços de exibição.
No topo, adicionamos um salão flexível,
que também funciona como observatório.
E como planejadores também lidamos
com muitas intervenções menores, design de espaços públicos
em todo o complexo, uma piscina...
Esse canal foi convertido numa pista de patinação no gelo
durante o inverno.
E depois fizeram um evento cultural em 2010.
Uma escola desenhada por Sanaa, envolvida na seleção.
Então esse tipo de coisa é possível e está acontecendo.
Depois desse projeto, recebemos vários pedidos parecidos.
Esse é em Montenegro, antiga Iugoslávia.
É localizado aqui.
É uma localização interessante no meio do Oriente Médio,
Norte da África, Ásia Central e Europa.
Esse é um sítio protegido pela Unesco no centro
e essa é uma antiga fábrica, chamada Obod.
Está numa cidade chamada Cetinje, que também queria criar
um destino de cultura.
Aqui há uma história da era comunista,
então toda essa fábrica era
da época de Tito,
para fazer geladeiras.
Eles faziam geladeiras aqui.
Estamos trabalhando, com Marina Abramovic,
que é de Montenegro,
o OMA e a Prefeitura de Cetinje, criar um destino de cultura.
E estamos estudando a viabilidade econômica,
e o design do plano mestre e a rede cultural.
Como talvez saibam, o litoral de Montenegro
está prosperando por causa do dinheiro russo
e do turismo de barco pelo Mediterrâneo.
Cetinje fica aqui, e aqui está a capital,
então estamos tentando criar um destino de cultura
no centro de negócios e lazer.
É um terreno enorme, dá para ver que a maior parte do museu
se encaixa no prédio existente,
então é bem grande.
Tem cerca de 400 por 380 metros.
Tentamos criar um centro de apresentações, artes,
comércio e indústria, e não apenas cultural
mas também com negócios.
Também estamos tentando usar o know-how
em fabricação de geladeiras.
Eles faziam geladeiras como essa, mas estamos tentando usar
a mesma esteira, o mesmo sistema, para criar uma nova tecnologia,
como luzes LED e painéis solares.
E até arte.
Como vocês sabem, trabalhos como o de Richard Serra
só são possíveis em fábricas enormes,
então estamos tentando criar e pensar o uso de técnicas
que eles tenham
para criar arte ou design industrial.
Ou a indústria cinematográfica.
Há muita demanda para fazer filmes na Europa,
então estamos tentando usar o espaço existente
para um estúdio também.
Essa é a parte antiga,
estamos tentando preservar um parque no centro
e depois a nova construção vai acontecer na metade dele.
E novamente a indústria cinematográfica
com cinemas e estúdios está de um lado e o parque no centro,
usando prédios reais e existentes do outro lado.
Esse é o novo prédio e esse é o prédio antigo.
Estamos tentando usar talvez algum megateto,
um sistema que possa funcionar com estúdios de filmagem
e outros tipos de função.
Como o grande teto que foi usado na Expo do ***ão
nos anos 60.
Fizemos vários projetos enormes de transformação urbana,
principalmente na nova economia.
Isso mostra a quantidade de projetos que fizemos no mundo,
mas os tons de cinza mostram a Unesco...
Não, desculpa, não a Unesco, o índice de direitos humanos
projetado pelas Nações Unidas.
Quanto mais escuro, é um país "menos desejável"
em termos de direitos humanos.
O Brasil é cinza, quer vocês concordem ou não.
Acontece que os países chamados não-democráticos estão tendo
crescimento econômico maior
que os que têm democracia eleitoral.
Isso significa obviamente que a prosperidade acontece
em países não democráticos, então temos que trabalhar mais
em países não democráticos como a China.
A China tem três megacidades
de mais de 10 milhões, mas em 15 anos terá 15 delas.
Isso significa, novamente, que todo o litoral chinês será
uma grande cidade.
Fizemos o projeto em Pequim, a sede da televisão chinesa,
a Central Television.
É o segundo maior prédio do mundo.
Eu fui um dos arquitetos e líder de projeto.
O terreno é aqui no eixo central, mas na terceira rodovia
no novo distrito central de negócios.
Tem 18 hectares, é enorme, como vocês podem ver.
Essa é uma imagem projetada do novo distrito de negócios
e esse era a nossa obra.
Existe a uma espécie de rede subterrânea.
Esse projeto atrai muito a ideia desse tipo de forma icônica,
mas também lidamos bastante com a condição urbana, por exemplo,
essa era a obra, mas deixamos essa área completamente aberta
para conectar com uma rede já projetada
no planejamento do distrito de negócios.
Então, consolidando todos os departamentos
em um prédio simbólico, pudemos deixar esse terreno vazio
Isso é o que chamamos de parque de mídia,
e esses são os dois prédios que fizemos.
Um é uma sede e outro um hotel com função pública.
Essa é a situação atual do parque.
Vocês não conseguem ver aqui, mas veem que está aberto.
O prédio é relativamente complexo, também na sequência de construção.
E não é tão alto, tem 234 metros, então na verdade não dá
nem para vê-lo de certos ângulos.
E, de cada ângulo ele parece diferente.
É sempre bom ser reconhecido pelos Simpsons.
Uma coisa que gostamos, como arquitetos,
foi convencer o cliente a ter uma rota pública no prédio.
Então isso é..
Chamamos de "loop". Os visitantes podem pagar, entrar
por um ponto, subir e depois sair pela outra torre,
ver o estúdio e voltar para o mesmo ponto,
para reforçar a ideia de um circuito.
O cliente queria o maior saguão do mundo, então esse é o saguão.
Ele liga a entrada subterrânea à saída aqui,
então temos quase cinco andares de altura.
E outros três andares de altura aqui então é um prédio em si mesmo.
É um observatório onde se vê abaixo através de uma janela no chão.
Essa é a situação atual.
Também fizemos na parte sul da China,
é a sede de uma bolsa em Shenzhen.
Shenzhen é uma cidade que foi projetada
como uma zona econômica especial,
então vocês podem ver, isso é em 1981, e em 2005,
em menos de 20 anos passou
de um local vazio para ser uma metrópole.
Ela é assim atualmente.
Em 30 anos passou de rural a um grande centro.
Nosso terreno era aqui, no distrito cívico novo.
O programa foi feito de forma que nosso escritório tinha metade
e a bolsa a outra metade.
Organizamos a bolsa horizontalmente.
E a erguemos do solo.
para criar duas praças públicas: uma abaixo
e uma como uma praça da bolsa, no topo.
Visíveis da cidade. Então duas áreas públicas.
Isso foi baseado na ideia de que a bolsa de valores
aconteceu pela primeira vez embaixo de uma grande árvore
em Nova York,
e então criamos uma grande copa
para fazer referência a essa origem.
Essa é a situação atual.
Há também jardins suspensos.
Visão noturna.
Também fizemos muitos projetos de reuso adaptativos,
basicamente reutilizando a estrutura antiga
mas adicionando novos prédios, para criar um novo complexo.
Essa é a extensão da Universidade Cornell para Arquitetura, Arte
e Planejamento.
Esse é o campus da Cornell. Esses quatro prédios eram
a Faculdade de Arquitetura, Arte e Planejamento.
Quando chegamos éramos o terceiro arquiteto,
dois planos anteriores tinham sido cancelados.
Acontece que os prédios eram
muito espalhados...
Na verdade é uma faculdade interdisciplinar,
mas todo mundo se odiava porque o prédio, claro,
não era um prédio unificado
E também essa área norte, em frente ao cânion,
que é uma paisagem muito interessante,
e que era totalmente negligenciada.
Esse era nosso terreno.
E criamos o prédio totalmente baseado na linha existente.
O que vocês veem em rosa é definido pelos prédios existentes
e depois pelo que transformamos em prédio.
O típico quadrilátero das artes, onde os estudantes ficam.
Queríamos fazer uma miniversão no prédio que conecta
diferentes prédios, também fornecendo um espaço público
Ele fica suspenso um andar acima da via existente.
Assim.
E abaixo se torna em um ponto de ônibus.
Como é definido pelos prédios existentes você tem uma vista assim,
então vê misteriosamente um lado do prédio saindo deste lado
e o outro saindo deste.
Para conseguir as vigas em balanço tivemos que usar treliças.
Com uma treliça convencional, que podem ver em vermelho,
há muito espaço morto embaixo.
Não queríamos matar o fluxo de estudantes
passando abaixo das treliças,
então fizemos uma treliça híbrida.
Analisamos o momento onde a tensão estrutural
atinge a treliça.
Onde a tensão era baixa, mantivemos uma coluna reta.
Onde a tensão fosse alta, criávamos treliças.
Vocês podem ver claramente onde as forças acontecem
para os estudantes.
Essa é uma treliça que muda gradativamente de coluna a treliça.
Foi fabricada no Canadá, transportada e montada.
Isso parece artificial mas é um mármore natural
e tem essas linhas claras
que usamos como painéis frontais.
Certamente, a escola tem regras, mas aqui fornecemos
um grande espaço,bem interessante porque era um espaço tão amplo
e aberto que os arquitetos tiveram que se envolver
no desenvolvimento pedagógico.
Como arquiteto você geralmente fornece os espaços especificados
pela faculdade, mas aqui fornecemos
um grande espaço e o desenvolvemos a pedagogia em conjunto
o que foi, uma boa experiência.
O espaço está sendo usado assim.
Os estudantes, claro, aprendem a usar o prédio muito bem
e muito rápido.
Esse cara já está desenvolvendo uma rede usando a treliça.
Badminton…
Andar de bicicleta dentro…
O que, claro, é possível com a flexibilidade que demos.
Basicamente o piso não é nada, apenas escoadouros,
As transmissões de dados, ar, luz
e eletricidade estão embutidas no teto,
então a flexibilidade futura está garantida.
Vocês podem ver como a luz e os feixes de dados,
e a circulação de ar está sempre no teto.
Há outra entidade que cruza essa caixa suspensa,
que chamamos de domo de concreto,
para fornecer acesso à caixa
e também para criar outro tipo de espaço.
Como era uma escola de arquitetura, pensamos que seria bom fornecer
diferentes tipos de espaço baseados em duas técnicas:
uma é aço e uma é concreto.
Ao contrário da construção em aço, a estrutura de concreto era
muito mais difícil de se construir, para o concreto,
a cada metro tínhamos uma linha mestra para a forma.
Tínhamos três camadas de compensado para o molde.
E depois fundimos o domo e uma só vez em 24 horas.
Essa é a parte exterior do domo.
Providenciamos esses assentos iluminados.
Isso atraiu muita atividade urbana que não existiria de outra forma.
Usamos esses painéis Soffit
com referência aos típicos tetos de lata americanos.
Você se sente dentro, mesmo estando fora.
Cria uma continuidade de dentro para fora.
O auditório fica no topo do domo.
Vocês podem ver o auditório cercado pelo contexto.
Como a caixa fica no topo, você tem a garantia
de alguma escuridão, necessária para as projeções,
E não é necessário fechar esse espaço.
Embaixo do domo há uma cripta, você pode observar as pessoas,
observar a cripta de cima, a partir dessa ponte abaixo.
Há uma parede flexível que permite várias configurações.
Essa é uma bela imagem das pessoas que estão esperando o ônibus
e também podem olhar pela cripta, e também de estudantes observando-a.
É importante ter um elevador grande para a arte e arquitetura,
para transferir grandes maquetes e tudo o mais.
Funciona como elevador de carga.
Projetamos até o banheiro,
que é uma grande chapa de metal dobrada
que segrega os sexos, significando que você sempre está
sentado ao lado de alguém do sexo oposto.
Cria alguma tensão.
O telhado é verde.
e conecta diferentes densidades verdes,
da grama a um verde muito mais denso,
uma ponte entre esses dois verdes diversos.
Vou mostrar mais dois projetos.
Estamos trabalhando com um cliente argentino chamado Alan Faena,
talvez vocês conheçam.
Ele é conhecido por ter iniciado uma transformação na cidade.
Em Puerto Madero, em Buenos Aires, ele transformou
esse espaço abandonado em um hotel com Philippe Starck,
e essa área foi totalmente negligenciada, mas é, hoje,
um dos lugares mais valorizados de Buenos Aires.
Seu slogan é : "Redefinindo a felicidade".
Isso é feito não só comercialmente,
mas unido a um programa cultural.
Esse é o componente cultural dele em Buenos Aires.
Com essa técnica ele está agora fazendo um projeto em Miami Beach,
nos Estados Unidos.
O terreno é aqui.
Essa área era muito vibrante, mas agora está meio morta.
Mas agora, como fez com Puerto Madero,
ele escolheu deliberadamente um terreno que está morto
e tentou transformá-lo num bairro novo.
Ele comprou um hotel chamado Saxony
e o transformou em um novo hotel.
Esse é o hotel, mas estamos fazendo três prédios culturais para ele.
Essa é uma área muito estreita, há duas águas, de um lado é o lago,
do outro o oceano.
É ser difícil de ver, mas esse é o hotel,
esse é um ***ínio de Norman Foster,
e esses são os três prédios que estamos fazendo para ele.
É um centro cultural.
Isso, acreditem se quiserem, é a primeira maquete que fizemos.
Basicamente, baseados numa análise de que essa rua tem muito tráfego
e de que essa é uma área residencial tranquila,
então em vez de um grande volume e dois volumes menores aqui,
são quatro volumes diferentes.
E talvez vocês conheçam South Beach,
é muito difícil atrair as pessoas para Collins,
porque desse lado é a praia, e as pessoas raramente atravessam
para o outro lado.
Mas infelizmente nosso prédio era desse lado,
então como o centro desse complexo todo que ele possui,
criamos um círculo, com um espaço público em volta.
A forma circular também é reconhecida pelo modernismo
em Miami.
Então criamos um prédio baseado em dois volumes,
um é o cilindro e o outro, cubo.
Os conectamos e criamos um grande espaço
que tem duas personalidades diferentes, um é uma caixa preta,
um espaço multifuncional muito contemporâneo,
outro é um espaço clássico em domo.
No plano, essa é a caixa preta e esse é o domo.
Que pode ser usado como um grande espaço
para um concerto
ou desfile ou usar separadamente.
Mostrando a multiconfiguração dos dois espaços diferentes.
Em Miami, é importante a chegada de um novo prédio,
então fizemos um espaço exterior coberto,
como que cortando o prédio,
para que paisagem passe por baixo do prédio.
Isso é como está agora, vocês podem ver a entrada.
Essa é a forma final, um lado é completamente um objeto,
e o outro ainda mostra que é feito de dois volumes.
Para conseguir essa viga em balanço fizemos...
Mobilizamos a fachada numa estrutura,
então esse é o padrão estrutural baseado na força
mas também na proteção para furacões que é preciso ter em Miami.
A circulação é uma espiral até o teto.
Estou quase acabando.
Esse é outro projeto de reutilização, uma extensão.
Essa é a cidade de Quebec, no norte do Canadá.
O museu existente estava em um grande parque
chamado Battlefields Park, onde os franceses
e os ingleses lutaram.
Mas o museu ganhou um novo terreno
diante da rua principal da cidade,
e ao lado de uma igreja, pensando que poderiam converter
no futuro, a igreja como parte do complexo do museu.
Então pensamos, já que o terreno ficava
na beira do parque e da cidade, quase saindo da terra,
em deixar o parque e a cidade, se expandirem e não apenas a arte.
Então era uma extensão do museu, mas ao expandir o museu
também quisemos expandir o parque e a cidade.
O resultado são três grandes caixas empilhadas.
O teto é continuação da topografia do parque,
e abaixo há um grande espaço de eventos para a cidade.
Então essas são as três caixas de galeria
ao lado da igreja.
Além disso, a altura é a mesma do telhado da igreja.
Esse espaço também funciona como espaço de eventos
em frente ao pátio ao lado da igreja,
esse é o pátio.
A circulação é de um lado, o que dá um toque diferente.
Isso está sendo construído.
Termino com esse, desculpe, estou passando um pouco do tempo,
mas esse é bem rápido.
Marina Abramovic é uma famosa artista performática,
vocês devem conhecê-la, acho que recentemente ela fez
muitos projetos no Brasil.
A performance dela é bem radical, mas o mais radical é a duração.
Ela sempre faz performances muito, muito longas.
Essa dura 6 horas.
Nessa ela prendeu o cabelo dela ao do namorado por 17 horas.
Essa é a mais radical, na Grande Muralha da China.
Ela começou de um lado e o namorado do outro,
e eles caminharam por três meses para se encontrar no meio.
A performance toda.
Ela morou numa galeria em Nova York na frente de todos,
literalmente morou lá por 12 dias, tomando banho, comendo, dormindo...
E essa é a mais famosa, que aconteceu recentemente
no MoMA,
onde basicamente ela fica al
e qualquer um pode comprar um ingresso para sentar diante dela
pelo tempo que quiser,
e só ficam se olhando.
Ela queria criar uma instituição, um prédio que preservasse
as performances de longa duração e também o prédio que ela comprou
no norte de Nova York, em Hudson.
Fica a duas horas e meia de Manhattan.
É uma cidade pequena ao longo do rio Hudson,
e ela comprou esse prédio chamado Community Tennis,
que era um teatro comunitário, mas que foi convertido
em uma quadra de tênis coberta.
Vocês veem que eles colocaram concreto no teatro
e depois desenharam uma linha para o tênis,
o que é muito perverso,
porque dá pra ver,
é difícil de enxergar aqui, mas há um balcão para o teatro,
que eles cortaram
no formato de uma quadra de tênis para poderem jogar,
o que é muito perverso.
Qualquer tipo de performance pode acontecer nesse prédio,
mas tem que durar mais de 6 horas.
A primeira coisa que fizemos foi criar uma caixa neutra
onde qualquer coisa pudesse acontecer: performance, ópera,
teatro, vídeo, música, dança, filme.
Repito:, tudo tem que durar mais de 6 horas.
Mais de 6 horas, vocês já devem estar se sentindo torturados
por minha palestra longa,
mas mais de 6 horas quer dizer
que há uma conseqüência arquitetônica.
Identificamos três consequências de performances de longa duração.
A primeira é o envolvimento da plateia.
Essa é a performance dela no Guggenheim.
Vejam que é tão longa que as pessoas estão
fora da caixa da performance,
porque é longa demais
para eles ficarem lá o tempo todo.
O que comparamos, por exemplo, um jogo de beisebol.
Beisebol é meio chato às vezes.
E então as pessoas vão comprar cachorro-quente, comer,
tomar cerveja e fazer outras coisas
enquanto assistem ao jogo.
E achamos que isso é parecido com uma performance
de longa duração.
Esse é um extremo.
É no Arizona, mas basicamente eles podem fazer o que quiserem
durante o jogo, o que é meio desrespeitoso,
mas achamos que éinteressante, de certa forma.
Então fizemos o seguinte: é claro que essa instituição tem
várias funções diferentes,
que organizamos ao redor do espaço de performance,
garantindo que não importa o que você esteja fazendo
fora da performance, ainda possa assistir a ela.
Essa é a plateia um, que está ativamente envolvida
com a performance, e você sempre pode ficar
na plateia dois, que está mais ou menos envolvida.
Quer dizer que enquanto você está na academia,
na biblioteca, no café, garantimos que tenha uma pequena janela
para assistir à performance.
Virou uma espécie de casa de boneca
e onde quer que você esteja você vê a performance.
Por exemplo, essa é a biblioteca, projetamos a janela que é
ao mesmo tempo uma mesa de leitura,
então enquanto você lê pode ver a performance abaixo.
Ou essa sala de aula onde ela ensina
História da Performance,
fizemos os fundos da sala também com uma grande janela
por onde você pode ver a performance.
Esse é o corredor, também voltado para a performance.
Essa é uma consequência.
A segunda consequência é o chamado Método Abramovic.
Ela inventou um método que é singular
e que tem uma consequência arquitetônica.
Geralmente, nas performances, o performer é treinado,
o que é natural,
mas ela desenvolveu um programa ou Método Abramovic,
que treina a plateia, porque ela acha que é tão longo
que a plateia também precisa ser treinada antes de se tornar
uma plateia de verdade, o que é uma coisa bem estranha,
e que vou mostrar.
Esse é o tipo de coisa que ela inventou
para treinar a plateia a lidar com a longa duração,
porque ela tem uma teoria de que hoje em dia
as pessoas estão habituadas à velocidade,
e não conseguem suportar
um evento longo.
Você ganha até um certificado depois de passar
pelo Método Abramovic para ser a plateia.
Isso é essencial.
O que é acontece é que…
Organizamos o Método Abramovic também nesse prédio, claro,
para que as pessoas fossem treinadas e formassem uma plateia gabaritada.
Mas o que acontece é que...
Esta é uma cena em Milão,
então ela está ensinando a plateia, a ser uma plateia.
Mas há uma outra plateia
que está observando essa plateia para ser plateia.
É uma coisa muito estranha,
você pensa que esses são os performers, mas é a plateia
para ser plateia,
e há outra plateia observando essa plateia,
então você não sabe mais quem é plateia e quem é performer.
Na arquitetura procuramos garantir
que essas pessoas observem apenas o performer,
mas por causa do Método Abramovic
você também pode observar a plateia, que vai ser plateia.
Acontece uma espécie de visão cruzada.
A última coisa é a cadeira.
Essa é a performance no MoMA.
Havia uma privada acoplada na cadeira,
porque não podia se mover o dia todo.
Então pensamos que uma das consequências de uma performance
de longa duração é também desenvolver uma cadeira.
Vimos outros espaços diferentes criados para algo de longa duração,
como o programa espacial,
ou aparatos médicos,ou aéreos
que também são de longa duração.
Isso é um escritório, essa mulher está se exercitando
na esteira enquanto trabalha.
Ou a forma mais convencional de lidar com a longa duração.
No fim, desenvolvemos uma combinação
entre cadeira de massagem e cadeira de rodas.
Basicamente, por causa da longa duração,
as pessoas caem no sono.
Então achamos que seria bom que as pessoas
que dormem fossem levadas tranquilamente
para fora da performance para um cômodo diferente.
Isso também se torna parte da performance,
então de novo não sabemos mais o que é performance
e o que é só um tipo de serviço.
Essas coisas estão acontecendo nesse pequeno prédio,
e não reprojetamos muito o exterior, só abrimos algumas janelas,
ocupamos a copa da árvore como um hall de entrada.
Aqui é ela em seu escritório.
Fizemos esse modelo em que você pode colocar a cabeça
e observar as paredes.
Olhar por essas paredes.
Então, novamente, para nós, fazer a maquete
e como ela vê a maquete já era parte da performance.
Obrigado.