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As ideias expressas nestas entrevistas são opiniões dos participantes
e não reflectem necessariamente as opiniões dos produtores ou patrocinadores.
Em colaboração com
Realizado por
Apresenta
O RESUMO
Movimento Zeitgeist
O meu nome é Peter Joseph,
sou o fundador de uma organização chamada Movimento Zeitgeist
que procura alterar o actual clima cultural
para algo que possa ser considerado realmente sustentável,
não apenas para uma nação ou classe, mas para todas as pessoas do mundo.
O Movimento Zeitgeist
Vivemos actualmente num paradigma
onde a sociedade opera sobre a ideia de que podemos crescer infinitamente.
E portanto, continuamos a comprar e a consumir
sem ter em conta os recursos de que dispomos.
Isto cria uma rota de colisão com a Natureza
da qual o mundo se começa agora a perceber, a muitos níveis.
Que a Terra é essencialmente um sistema fechado.
Levou milhares de milhões de anos para criar os minerais que temos agora,
e muitas centenas de milhões de anos
para criar os combustíveis fósseis que regem tudo o que temos.
E, surpreendentemente, criámos um sistema onde usamos todos os nossos recursos
para criar o crescimento económico necessário
para manter os empregos e tudo o resto,
e simultaneamente, estamos a esgotar os recursos a um ritmo quase exponencial
à medida que a população continua a crescer,
e ninguém parece compreender que isto se trata de um confronto absoluto,
que acabaremos por esgotar os recursos essenciais
e a ver, por exemplo, a população humana a começar a diminuir.
O PROJECTO VÉNUS
O meu nome é Jacque Fresco
e vou apresentar o conceito do Projecto Vénus.
Se não quisermos guerra, se não quisermos pobreza,
fome, desemprego...
temos de declarar todos os recursos da Terra
herança comum de todas as pessoas do mundo.
Todas as fronteiras artificiais têm de ser removidas,
para que as pessoas possam viajar para qualquer sítio.
Tem de ser uma sociedade global.
Há muitas pessoas que pensam: "Vamos desenvolver cada país".
Não é possível fazer isso, porque se os Russos fazem experiências
com materiais nucleares e os Chineses também,
esse ar viaja por todo o mundo.
Portanto, é muito difícil trabalhar independentemente.
Assim sendo, eu diria que, se queremos estas coisas
temos de mudar o modo de funcionamento da sociedade.
No Projecto Vénus, acreditamos que ainda não somos civilizados.
Enquanto existirem exércitos, prisões, polícia,
não seremos civilizados.
Nenhuma nação é civilizada.
A civilização é um processo contínuo.
Quanto mais aprendermos, mais sabemos sobre o ambiente e as relações humanas,
e mais somos capazes de lidar com os problemas.
Se falharmos em fazer isso, não seremos capazes de os resolver.
Se seguirmos os valores tradicionais, não seremos capazes de os resolver.
Nenhum destes incentivos funciona.
Sempre houve guerras, que têm vindo continuamente a piorar,
apesar de as universidades actuais terem os equipamentos mais sofisticados
nos seus laboratórios de ciência e arquitectura,
em todos os laboratórios, e as guerras estão a piorar.
As explosões estão a piorar.
Desde a bomba atómica, o poder explosivo é muito pior.
Portanto, existe algo definitivamente errado com todas as culturas.
E quando eu digo errado, quero dizer que o sistema não funciona.
Mas falar sobre um sistema que funciona
é um pouco estranho para o que estamos acostumados a pensar,
mas vou tentar explicar como tomamos decisões...
na realidade, não tomamos decisões, chegamos a elas.
A única forma de uma sociedade poder operar, ponto final,
é numa economia em estado estacionário.
O que significa que não existe o mecanismo
que nos obriga a precisar constantemente de fazer algo
a não ser levar uma vida sustentável no nosso dia-a-dia
e ter uma sociedade que reconhece os factores de sustentabilidade necessários.
Esse é o sistema de valores necessário para criar uma sociedade estável.
Como uma breve extensão disto, vivemos numa cultura materialista.
Vivemos numa cultura baseada na inferioridade,
com pessoas a pensarem que precisam sempre de mais e mais
devido a muitas razões: porque há alguém que tem mais,
problemas relativos a estatuto e por aí fora,
e isso alimenta este mecanismo da economia de crescimento,
de possuir mais e mais... os feriados...
as pessoas compram e dão presentes, tudo isto são invenções da economia.
Enquanto utilizarmos dinheiro, e o objectivo for o lucro,
aqueles que controlam o dinheiro são capazes de fazer as leis em seu favor,
e isso significa que não se preocupam com as pessoas.
Preocupam-se com riqueza, propriedade e poder,
uma vez que são esses os principais incentivos.
Portanto, quando se utiliza um sistema monetário
não existe justiça neste sistema.
Não existe forma de o tornar num sistema equitativo.
O que precisamos é de um sistema inteiramente novo
a que damos o nome de Economia Baseada em Recursos [EBR].
Em termos de operação social e de criação de uma nova sociedade,
ou melhor, como criar qualquer sociedade que seja sustentável e eficiente,
existe uma linha de pensamento empírica, digamos assim, de como o podemos fazer.
Em primeiro lugar, temos de pensar no que o ser humano realmente precisa.
Precisamos de recursos,
no mínimo, precisamos de comida, água, etc., como todos nós sabemos.
Por conseguinte, os recursos são o assunto mais importante.
De facto, os recursos deviam ser a base de qualquer estrutura económica.
Então o que fazemos, se considerarmos a Terra como um sistema fechado e finito?
A primeira coisa que temos de fazer é um levantamento dos recursos da Terra
e da capacidade de suporte do ambiente.
Se produzirmos uma população muito superior
à capacidade de suporte do ambiente,
vamos ter problemas,
vamos ter malnutrição e todos os problemas associados.
Ou seja, primeiro temos de descobrir o que cada ambiente consegue suportar
e manter uma população de acordo com a capacidade de suporte da Terra,
não segundo aquilo que eu gosto ou do que alguém gosta
ou segundo as noções de um político qualquer.
Tem de ser baseado na capacidade de suporte da Terra.
Para organizar uma estrutura baseada na gestão inteligente dos recursos da Terra,
partimos essencialmente por perguntar: "Onde está tudo?"
Olhamos para o planeta e dizemos: "Muito bem, temos aqui minério de ferro"
"temos depósitos de petróleo ali",
se é que ainda estaremos a usar petróleo nessa altura no futuro,
esperemos que não, porque é prejudicial,
"Temos condições para energia eólica aqui"...
penso que dá para perceber a ideia.
Podemos recolher dados de todo o ambiente e do que utilizamos
com base nos meios tecnológicos dessa altura,
e começamos a criar uma estrutura de análise, manutenção e gestão
para basicamente monitorizarmos e sabermos o que temos.
Só então poderíamos projectar os parâmetros para a nova sociedade.
Sem um levantamento, não o poderíamos fazer.
Levantamento também de todas as deficiências físicas e doenças,
que nos dirá quantos hospitais precisamos de construir.
Claro que o levantamento teria de incluir os materiais disponíveis,
caso contrário, se decidirmos criar um hospital ou um plano social,
não baseado no que se tem,
não baseado no que o Fresco acredita,
mas apenas em evidências estatísticas.
O fim de "qual é a tua opinião, qual é a tua opinião?"
deveria ter acontecido em 1927.
A seguir, avançamos para o nível seguinte:
"Como devemos utilizar os recursos da forma mais eficiente?"
A tecnologia é a metodologia para potenciar os recursos que tivermos.
A tecnologia é o crescente campo intelectual
que nos permite saber como manipular o ambiente
para nosso benefício e para sermos mais sustentáveis.
Portanto, o que fazemos é utilizar a informação técnica de que dispomos
e depois analisamos os recursos planetários.
Depois construímos de raiz toda uma nova infra-estrutura,
não baseada nos caprichos de qualquer tipo de ideologia,
seja capitalista, socialista, fascista ou comunista,
mas explicitamente nos meios mais eficientes à nossa disposição,
com o máximo de eficiência possível,
com base na tecnologia disponível na altura
e com os recursos intelectuais dessa época.
Temos a maximização da eficiência e da sustentabilidade como objectivos.
Limitamo-nos a avaliar todos os parâmetros
para construirmos uma sociedade que é essencialmente,
e à falta de melhor palavra, perfeita.
Claro que não é perfeita, pois tudo estará em constante mudança,
mas é o melhor que se poderá fazer nessa altura,
e que na minha opinião pode ser considerada uma forma de perfeição.
Uma EBR não usa dinheiro, trocas, nem nenhuma forma de servidão...
Coloca apenas os bens e serviços disponíveis a todos
através do uso inteligente da tecnologia.
Director Criativo Cinematógrafo / Editor
Produtor
Produtores Executivos
Assistente de Produção
Artista de Storyboard
Uma Produção da Earth 2 para a Orion Network Films LLP
Em associação com
Filmado em: Vénus, Florida e Nova Iorque
Junte-se ao Movimento Zeitgeist Portugal em: www.ZeitgeistPortugal.org