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Mais difícil é você ter visão
de algo que não existe. Depois que tudo ta feito, é fácil.
Bom. A origem foi assim:
Após a pausa, o hiato
de cinco anos do The Concept, eu tinha algumas composições
que... de alguma maneira não...
não cabiam no contexto. E precisava dar vasão a essas composições.
Encontrei o Alex. Encontrei o Gugu.
Montamos um trio. Começou com a alcunha de "Minha Vida Nunca foi um Picnic".
E aí, conforme as músicas começaram a se desenvolver
aconteceu uma tragédia:
O Alex ficou doente, e em uma semana ele morreu.
Um cara super jovem e... Eu fiquei meio perdido nesse tempo.
Orra... Se foi uma frustração!
Aí o que acontece?: Eu tinha tudo pronto...
...Tudo meio que assim, sabe, tudo meio que encaminhado...
De repente voltou novamente pra estaca zero.
O processo de criação era assim:
entrava no meu quarto, colocava uma plaquinha na porta de "não perturbe"
ligava tudo que eu tinha, que era possível ligar
deixa tudo...
a mão. E começava... a gravar.
só que os recursos -- é o que eu falei -- eram mínimos, sabe. Era um Pentium 4.
Ninguém nem imagina que essas músicas
foram gravadas num Pentium 4.
O que eu percebi é assim: existem muitos recursos, o dinheiro hoje em dia, praticamente,
paga tudo.
só que...
Ele não paga uma coisa, cara. Que é a criatividade, que é talento, esse tipo de coisa.
As músicas que eu faço com a alcunha "Robsongs" são músicas autorais, são músicas que...
de alguma maneira
não se encaixaram no contexto do The Concept
só que se você parar pra prestar atenção
com as mesmas influências, são...
as guitarras são...
muito evidentes. São... assim...
de certa forma parecidas
É... Ego!
Ninguém sobrevive sem isso. Sabe?!
A questão é você sabe lidar com ele.
E... eu sei lidar com o meu. (risos)
Isso dá!...
se tem uma coisa que dá frio na...
...na barriga é fazer um trabalho sozinho. Porque...
É... Minha intenção, no futuro
é ter uma banda fazendo tudo isso. Mas quando você trabalha com programação
não tem volta;
"Você apertou", vai tudo.
Então... você não tem margem pra erro. Você não tem margem pra volta
ninguém compensa
ninguém...
ninguém facilita pra você.
computador e cruel. Então...
nesse sentido, pra mim...
é um desafio, porque...
eu gosto de pressão!
Tocando, como músico, eu gosto de pressão.
O Brasil...
deveria deixar de ser exótico, mas ainda é exótico. As pessoas ainda veem você como...
meio que "café com leite".
Não...
...exatamente lá fora. Mas aqui mesmo, no Brasil.
Aqui mesmo no Brasil eu percebo que quando... você...
mostra seu trabalho...
pra algumas pessoas... Elas...
desacreditam.
normalmente elas... Às vezes elas nem escutam.
Só que quando escutam, se surpreendem. E aí, quando vê o "review", aí se surpreende mais ainda.
E é isso que eu quero trabalhar: Se surpreenda, abra a mente. Cara...
Internet "tá" aí, informação "tá" aí. Hoje em dia não é mais privilégio de quem...
possui condições financeiras.
Hoje em dia a informação está aí pra todo mundo.
Só não sabe quem não quer. Esse foi o preço que nós pagamos.
The Blog That Celebrates Itself foi... Cara...
Foi meio que...
paixão a primeira vista.
Foi assim:
Eu conheci o Blog. Acho que a primeira banda que eu ouvi foi Dead Skeletons.
e eu falei "cara existe...
...vida após a morte" -- Digamos assim -- da música. (risos)
Cara. Tem umas coisas muito legais... Aí peguei amizade e...
mostrei minhas músicas. Tu do em Pré, tudo...
no início, assim... Tudo engatinhando, sem voz,
tudo em "guia".
E eles acreditaram, cara.
Eles acreditaram e... O que eu acho peculiar em tudo isso
É justamente esse lance da nova música.
The Blog That Celebrates itself é isso! É uma ode aos clássicos, mas...
é mais do que uma ode aos clássicos;
é um "viva" a nova música.
Porque...
antes disso
eu não conhecia muita coisa nova. Eu vivia meio que...
a maioria dos meus amigos aqui, que frequentam o blog, que escutam...
que vão atrás das...
das dicas...
viviam meio que no passado.
E o Blog That Celebrates itself.
representa isso:
a nova música, o reinicio...
de tudo, cara. Porque o que acontece?: nos anos 90, passou batido.
Não existiu, ninguém acreditou em porra nenhuma. Todo mundo queria saber de "chapar",
de trepar, e... acabou! Agora, essa geração, que é a geração do The Blog That Celebrates Itself
é essa mesma geração.
Só que é uma renovação de tudo isso.
Aprendemos
a lição de casa. Precisamos, sim, ter uma nova cultura. Precisamos refazer.
Precisamos ter novos ídolos. E... eu aprendi esse novo "life style" a partir do Blog
e o selo...
foi uma coisa inevitável.
E eu tive a honra, o privilégio
de ser o primeiro a debutar isso
E sou muito feliz por isso. E sou muito agradecido por acreditarem. O mais difícil que você tem visão de
algo que não existe. Depois que todo "tá" feito é fácil. Mas antes...
Isso é arte!
A banda da minha vida...
The Concept, cara.
A banda da minha vida é o The Concept. O disco que eu levaria pra uma ilha...
é o Stone Roses.
E... É isso!