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No início o homem partilhava de uma relação harmoniosa com a natureza.
Do seu ponto de vista o universo era governado por divindades,
e tudo o que acontecia nele era atribuído a vontade delas,
pois cada fenômeno natural era atribuído a um Deus.
O homem e a natureza eram, portanto, iguais.
Por isso todas as ações do homem contra a natureza, que eram, para a sobrevivência humana,
necessárias e básicas tinham de ser redimidas com cultos e rituais.
Há 2600 anos na Grécia antiga filósofos como Tales de Mileto,
começaram a observar a natureza de forma racional tentando descobrir qual era a matéria
matriz de todas as outras
já que eles acreditavam que a natureza era a genitora do universo.
Mas com o surgimento das cidades-estados gregas
a natureza foi deixada em segundo plano
e fora substituída pelas discussões antropológicas como: ética,
política, costumes e etc.
Com o Renascimento o homem se coloca no centro do universo
e a ciência considera a natureza uma parte
mecânica e sem alma uma ferramenta para as ambições humanas.
O ser humano desde a antiguidade esteve envolvido em conflitos
que muitas vezes eram por domínio de terras.
Nesses conflitos vencia aquele que estava mais bem preparado,
ou seja, aquele que estava mais bem armado.
A busca pela produção em *** e evolução bélica foram
um dos primeiros passos para o capitalismo.
O ser humano em sua essência sempre buscou poder,
o poder significava o avanço em relação ao outro,
o bem estar social e a garantia de uma boa vida.
Desde os tempos antigos
o medidor universal de poder foi o dinheiro e terras.
Aquele que detinha mais dinheiro e mais terras detinha mais poder.
A partir de sua invenção, o dinheiro se tornou
principal objetivo do ser humano, ganhar dinheiro era
indispensável para sua sobrevivência e bem estar.
Com a Revolução Industrial
o ser humano descobriu uma nova forma de ganhar mais dinheiro em menos tempo:
a produção em ***.
A produção em *** foi um grande passo para o que
chamamos hoje de capitalismo.
Obtêm-se matéria prima da natureza,
fabrica-se o produto, troca-se o produto por dinheiro.
Com a produção em *** esse processo tornou-se maior e mais rápido,
mas quais foram os impactos dessa evolução, na natureza?
É sabido que o primeiro momento em que se teve a consciência de impactos ambientais
foi durante a Revolução Industrial.
Poluição dos rios, desmatamento, poluição do ar,
todos esses problemas foi por causa de sua existência,
mas durante a Revolução Industrial
a escala com que esses problemas eram causados
aumentou de maneira significativa.
O consumismo desenfreado do modelo de vida da sociedade hodierna
é um acelerador do ritmo da degradação ambiental com seu instinto predatório e irresponsável,
que cresce com os pensares vendidos pela mídia,
como possuir um determinado celular, tênis, vídeo-game, roupa ou “jeito de ser”.
A preservação ambiental é um fator que levou grandes lideranças
mundiais a criar reuniões, como a recente Rio +20,
onde foram discutidos compromissos políticos
para preservação do meio ambiente.
A reunião foi considerada por muitos como um fracasso,
diversos dos representantes mundiais não compareceram à reunião,
como o presidente americano Barack Obama,
o primeiro ministro britânico David Cameron,
e a chanceler alemã Angela Merkel
além de não haver um consenso sobre o documento definitivo,
que foi alvo de críticas muito duras, principalmente das ONG's,
o próprio Greenpeace classificou o texto da Rio+20 como um "tapa na cara".
A preocupação com o meio ambiente faz com
que a busca por fontes de energia renováveis seja cada vez maior.
O hidrogênio é a grande aposta para fonte renovável de energia
por ser o elemento químico mais abundante do universo, equivalente
a 75% da *** total,
e por sua energia ser aproveitada livre de poluição.
Estima-se que a obtenção de hidrogênio a partir de diversos
recursos poderia reduzir a demanda por petróleo
em mais de 11 milhões de barris por dia até 2040.
As mudanças climáticas, até 2050, poderão levar
200 milhões de pessoas a abandonarem suas regiões, por causa das secas, enchentes
e falta de água, entre outras catástrofes.
Várias ilhas do Pacífico encontram-se em processo acelerado de desaparecimento.
O aumento do nível do mar, devido ao degelo da Groenlândia,
que está se intensificado devido a queima de combustíveis fosseis.
A emissão de partículas de fuligem, provenientes
da queima de carvão mineral, depositadas sobre o gelo faz com que
o gelo derreta mais rápido e perca a sua cor branca,
não mais conseguindo refletir os raios do sol
e absorvendo muito mais calor.
Com a aceleração do derretimento do gelo, a probabilidade de aumento do nível dos oceanos
e a inundação das grandes cidades costeiras têm aumentado exponencialmente,
afetando as maiores concentrações populacionais do mundo como
Nova York,
São Francisco,
Los Angeles,
Amsterdam,
Xangai,
Rio de Janeiro,
Buenos Aires,
entre outras.
Agindo de forma à refletir percepção de um conflito
crescente entre a expansão do capitalismo e o os efeitos destrutivos sobre os
ecossistemas naturais, os governantes criam soluções
paliativas aos impactos ambientais,
resíduos inevitáveis do progresso e da expansão capitalista.
De forma à aumentar os problemas que envolvem a sociedade e o meio ambiente,
os ditos problemas sócio-ambientais:
urbanização acelerada; a crescente e desigual distribuição
demográfica; o uso descontrolado de energia nuclear,
com finalidades bélicas ou pacíficas;
excessivo consumo de recursos não-renováveis;
contaminação; o desflorestamento;
a redução da biodiversidade; a intensificação do efeito estufa e a redução da camada de ozônio
e suas implicações sobre o equilíbrio climático,
fatores que têm impactado a opinião pública mundial
e atraído atenção para uma realidade até então pouco observada.
Os olhos humanos mais sinceros
diriam que urge uma solução para o caos vigente:
consumo predatório do meio ambiente pelo regime capitalista.
Que destrói, enguiça, desencaixa e desilumina os homens íntegros.
Deslumbrando a sociedade desde seus primórdios até
hodiernamente das mais variadas formas, ofertando
os inegáveis do consumo inconsciente.
De forma à tentar mascarar os pesares desse "estilo de vida"
com reuniões e tratados internacionais que não levam à nada.
Para salvar o planeta que se conhece,
não são necessárias só mudanças na regulamentação,
mas uma verdadeira luta pela derrubada do capitalismo parasitário.