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A meta de um dos programas do Ministério das Comunicações vai mudar.
O projeto "Computadores para Inclusão",
hoje, transforma equipamentos antigos em máquinas novas. Mas a ideia, agora, é ir além disso.
Quem explica essa mudança é o repórter Adriano Godoi.
Ferramentas, parafusos, fios. O que parece sucata, aqui, vira oportunidade.
Máquinas antigas se transformam em objeto de estudo.
O centro de recondicionamento de computadores faz parte dos programas de inclusão digital do Ministério das Comunicações.
Pelo projeto, peças velhas, doadas pelo governo federal, são transformadas e viram novos computadores.
Chance para quem não tem acesso à tecnologia entrar no mundo digital.
Esses computadores, depois, são doados para escolas, bibliotecas e telecentros.
Então, ele tem que estar em condição de uso, né?
Cada máquina que a gente doa, no mínimo, dez pessoas usam essa máquina.
No mínimo, dez pessoas têm a possibilidade de ter acesso à tecnologia da informação.
E isso é contribuir para a inclusão digital do país, né?
O projeto Computadores para Inclusão existe desde 2005.
Ao todo, são seis locais de recondicionamento dessas máquinas no país.
O programa começou como uma forma de recuperar os computadores.
Mas, agora, o foco vai mudar. A capacitação dos jovens será o trunfo do projeto.
Foi por isso que a Secretaria de Inclusão Digital reuniu representantes dos centros de todo o país.
Esse foi apenas o primeiro de uma série de encontros programados para este ano.
O grande foco do projeto Computadores para a Inclusão, nessa nova fase Ministério das Comunicações,
é a formação da juventude para o mercado de trabalho. Ao promover inclusão digital com essa molecada,
a gente gera mais inclusão digital pelo produto que sai da formação deles.
A ideia é tornar meta o que já começa a ser visto na prática.
Neste centro de recondicionamento em Brasília, os jovens têm cursos de graça.
Aprendem a lidar com os programas e a entender a estrutura do computador.
Por aqui, já passaram 1,3 mil adolescentes. Tem gente que fez disso uma profissão.
Aos 21 anos, Rafael, que começou como aluno, hoje é professor.
Isso é muito gratificante. É a parte mais interessante do projeto. A gente ajuda os alunos a se formarem, né?
Então, muita gente aqui, assim como eu, não conhecia muito bem.
E a gente tem a chance de passar o conhecimento para que eles se tornem bons profissionais no mercado.
Quem começou agora vê no projeto chance de futuro.
Eu pretendo entrar no mercado de trabalho primeiro para ganhar mais experiência.
Depois, penso em abrir um negócio.
Uma nova reunião entre representantes dos centros de recondicionamento de computadores
está prevista para o mês de abril.