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Da estação Yanke...
pilotos do USS Midway partem rumo aos céus
do sudeste asiático.
Sobrevoando o Vietnã, enfrentam um combate fervoroso.
Os homens desse notório Porta-aviões
farão história.
Derrubando o primeiro e último Mig da guerra.
Com animações computadorizadas de última geração.
Você entra no cockpit e acompanha os pilotos
do Midway em ação contra inimigos habilidosos
e determinados.
Vivencie a batalha.
Descubra as táticas.
Reviva os combates aéreos com os caçadores
de Mig do Midway.
Combates Aéreos. Os caçadores de Migs do Midway.
17 de julho de 1965. Início da Guerra do Vietnã.
Caças decolam do Porta-aviões USS Midway
na estação Yanke a 160Km da costa norte
do Vietnã.
As aeronaves se agrupam sobre o golfo e
partem rumo ao norte Vietnamita.
O alvo é a ponte férrea de Thanh Hoa.
Com o objetivo de retardar o transporte de suprimentos
para o sul.
Dentre eles dois F-4 Phanton liderados pelo Comandante
Lu Page e o oficial de radar, o Tenente J. C. Smith
no assento traseiro.
A nossa missão nos caças F-4 era formar um escudo.
Um escudo de proteção diante do alvo ao norte.
A patrulha aérea permanece próxima ao alvo, para
interceptar aeronaves inimigas.
O caça na escolta de Page Smith é
é pilotado pelo Tenente David Batson, com o
oficial de radar Robin Doremus.
Os aviadores do USS Midway terão
um encontro com o destino.
Nesta missão eles derrubarão os primeiros Migs da
Guerra do Vietnã.
O pessoal do ataque tinha finalizado o
trabalho. Disseram: missão cumprida.
Quando eu disse, vamos dar mais uma volta.
Estávamos a 3600 ou 4000m de altitude.
E nós fizemos a órbita. E quando
terminamos um giro de 360 graus,
apareceram dois alvos.
Tudo bem, seriam da Marinha, eu acho que não.
Não tínhamos tantos caças na Marinha.
Seriam da Força Aérea? Eu não sei, tomara que
sim. Temos que averiguar.
Naquela época era impossível identificar as aeronaves
eletronicamente. Eles precisavam ver a
aeronave.
Os inimigos estavam na posição 11 horas.
A 600m de altitude, a cerca de 51Km.
Page e Smith começaram a aproximação fazendo
uma leve curva para à direita, forçando os
inimigos a virar com eles.
Os americanos saem pela tangente, mas
os inimigos não se deixam enganar.
Os Phanton se voltam para a esquerda,
em uma manobra mais agressiva.
O que eu quero que aconteça?
Eu quero que os Migs virem na minha direção.
É o truque da unha. Assim você não vê
se estou com as unhas sujas.
Virando assim você consegue ver se
minhas unhas estão sujas.
Smith coloca Batson e Doremus em
posição de perseguição.
Eles, boom, recuam. Eu não via distância.
Eles sabiam que tinha que estar de 1,5 a
3Km atrás de nós.
À frente, Page e Smith identificarão as aeronaves.
Batson e Doremus acertarão a mira no primeiro caça,
e atirarão assim que forem confirmados como inimigos.
Page e Smith atacarão a segunda aeronave.
Bom, nós partimos para cima.
Eu peguei o comunicador e disse.
Lou, ele está bem no seu nariz.
Um pouco acima, bem acima.
Eu não queria colocá-lo no nariz do caça ou abaixo.
De repente, ele diz.
Lá estão eles, são quatro.
Foi quando eu soube que eram quatro.
Ele disse: Migs, Migs.
Pois eles se viraram bem em nossa direção.
Asas repletas de mísseis. Unhas muito sujas.
É confirmada a presença de inimigos.
Quatro Migs 17 em duplas.
Eles estão na mira e ao alcance dos
mísseis Sparrow.
Eu disse: Atirem, atirem, atirem.
Nunca se diz "fogo", em um avião.
Só ouvi o "puum". Senti o míssil saindo do avião.
O míssil de Page-Smith acerta em cheio o Mig17.
Os destroços da aeronave derrubam a escolta do Mig.
Eu ouvi dizerem. Acertei, o inimigo
foi atingido. E na mesma hora eu
olho para fora e vejo um míssil Sparrow
passando por mim. Que tinha vindo
do batedor atrás.
O míssil de Batson atinge a segunda
formação de Migs.
Outra vez, destroços derrubam a escolta.
Os pilotos dos Phantons conseguem um feito histórico.
As primeiras baixas de Migs Vietnamitas da guerra.
Resultado do ataque: Dois Migs derrubados
e um danificado.
A vitória foi conquistada por soldados de um
notório porta-aviões. O USS Midway.
A sua história de sucesso começou meses antes
do início da segunda guerra.
Durante a segunda guerra o porta-aviões se destacou
por seu alcance de ataque ser muito maior
do que qualquer outra embarcação, incluindo o
couraçado.
Quando lançado em setembro de 1945,
o Midway foi o melhor exemplo de porta-aviões
da segunda guerra mundial. Mas a corrida tecnológica
exigiria vastas mudanças.
A aviação a jato era um desafio para os
porta-aviões da segunda guerra mundial.
Aviões a jato são mais pesados e necessitam
mais força para a decolagem e de
um espaço maior para pouso e de
velocidades mais altas.
Em 1955 o Midway foi reconstruído com várias
inovações para a era dos aviões a jato.
Uma catapulta de lançamento de aviões pesados.
Luzes de pouso mais visíveis e um convés com desnível.
Mas o primeiro combate só aconteceu em
março de 1965, na Guerra do Vietnã.
O cruzeiro durou apenas nove meses.
Mas ficou claro que o Midway precisava ser
atualizado para acomodar as exigências de uma guerra
na Indochina.
O porta-aviões voltou ao estaleiro em 1966
e durante quatro anos passou pela maior
reforma realizada pela Marinha, até então.
Depois da reforma de quatro anos, o resultado
foi um porta-aviões novinho em folha.
A área de decolagem passou de 11.000m2
para 16.000m2.
O navio suportava qualquer aeronave da marinha.
E podia operar por um tempo maior.
Além de funcionar com tanta eficiência,
Quanto porta-aviões maiores.
Mais uma vez o Midway estava pronto para a
batalha no norte do Vietnã.
18 de maio de 1972. Estação Yanke.
Um ataque é lançado do convés do Midway.
Os caças se agrupam sobre o golfo e partem
rumo ao norte.
O alvo são elementos de infraestrutura na
área de Hai Phong. Parte de uma
intensa campanha aérea para deter a recente
invasão do Sul do Vietnã.
No ar, dois F-4 Phanton fazem parte da patrulha
aérea de combate.
Seus pilotos, Tenente Henry Bart Bartholomay
E o oficial de radar, Tenente Orah Brown.
Entrei naquela missão como o avião sobressalente.
O avião líder teve problemas
hidráulicos na catapulta. E teve que ser removido.
Então decolamos no lugar dele.
Na escolta de Bartholomay estava o Tenente Pat Arwood.
com o copiloto Mike "Taco" Bell.
A missão era nos posicionar Entre Hai Phong e a
base aérea de Cat. Para deter Migs que
viessem a desafiar a equipe de ataque.
O Nosso mantra se tornou, Migs em maio para Midway.
Nós tínhamos a frase escrita no quadro
*** da nossa sala. Tínhamos certeza de
que íamos conseguir.
Quando os Phantons aproximavam-se da
base aérea de Cat. Seus rádios captam
uma transmissão.
Inimigos. O coração acelera. Eles começam a descer lentamente.
Pat Bartholomay vasculha os céus, pronto para
visar o caça na escolta Pat Arwood de algum perigo.
Quando olhei na direção norte, vi uma dupla de
aeronaves prateadas. E sabia que não tínhamos
nada daquela cor. Sabia que eram Migs.
Os Phantons se preparam para o combate.
Será um batismo de fogo.
Na primeira missão sobrevoando o norte,
terão a chance de derrubar Migs
em maio para o Midway.
18 de maio de 1972. Duas equipes do
F4 Phanton, do porta-aviões USS Midway
estão prestes a entrar em combate no norte
do Vietnã pela primeira vez.
Sobrevoando a base aérea de Cat, eles avistam
dois Mig19.
Partimos para cima deles. Queria que Pat
estivesse 900m acima de mim e me cobrisse
enquanto eu partia pra cima deles.
Arwood ganha altitude. Bartholomay mergulha
e sai pela direita.
Sobrevoando o Cat, Bartholomay vira
para a esquerda, posicionando-se
atrás do inimigo.
Eles perceberam a presença dele. Ambos tinham
muito combustível. Tinham combustível
jorrando dos tanques das asas.
Quando vi aquilo soube que se ainda tinha
combustível nos tanques das asas. Estavam
abastecidos como nós.
Eu o segui da melhor maneira possível.
Não tinha velocidade suficiente para chegar junto.
Para manter a velocidade alta, tive que manter
O nariz do caça pouco atrás deles.
Sem puxar tanto na gravidade.
Como eles faziam na minha curva.
Basicamente o nariz apontava para trás
da aeronave em vez de para frente.
Aí você o segue assim, atrasado.
Enquanto Burt forçava os Migs a fazer o círculo.
E eles faziam mesmo. Eu estava em uma
posição mais alta. Fiz uma série de ioiôs bem altos.
A manobra do ioiô faz uso da velocidade
natural do Phanton. Cada movimento
melhora o ângulo em relação as caudas
dos Migs para o lançamento de mísseis guiados por calor.
Fiz o primeiro ioiô, mergulhando e subindo.
Fiz outro, e comecei a perder posição.
Então, no terceiro. Já sabia que estava
indo para o interior do círculo.
Estava começando a entrar na rota de Burt.
Estava chegando perto demais dele.
Naquele momento decidi disparar.
Para separar os Migs.
Senti o míssil saindo do caça e vi um Mig19
desviando com tanta força que o míssil
passou pela superfície horizontal da cauda.
Os Migs se separaram. Bartholomey parte no
encalço do Mig de escolta e Arwood segue
atrás do líder.
Ele usa de toda sua habilidade para não
perder o Mig19.
Você acelera tudo e o caça passa por você.
Você já está pendurado no cinto de segurança
e vira com toda força para a esquerda e
neste caso para enxergar o que está atrás.
Mas ele já tinha virado com tudo por trás de mim.
E eu o perdi de vista.
O coração de Arwood acelera, enquanto
procura desesperadamente pelo Mig.
Ele inicia a subida para 1200m e nem sinal do inimigo.
Enquanto isso, Bartholomay persegue o segundo Mig.
Estava perdendo velocidade. Sabia que precisava
sair da perseguição para ganhar velocidade.
Bartholomay reduz a força gravitacional
e se distancia do Mig.
Após seguir por três Quilômetros a oeste
ele volta em direção ao combate.
Recupera velocidade, mas perde o inimigo de vista.
Orah ainda tinha visão do inimigo. O que prova
o quanto vale o copiloto do caça.
Então ele foi me guiando na direção certa.
O Mig estava na posição 10 horas, virando
para a esquerda, tentando entrar
atrás de Bartholomay.
Bartholomay é tomado por puro instinto.
Ele irá atrair o inimigo e no último instante
levantará o nariz do caça, diminuirá a velocidade
e forçará o Mig a passar direto.
É uma manobra arriscada. Mas que mudará
o jogo em um instante.
Orah me avisava da posição do Mig.
O código horário e tudo mais.
E eu esperei até que o Mig estivesse na posição 08:30.
Um pouco abaixo. Vi quando levantou
o nariz do caça na minha direção.
Bartholomay puxa a alavanca e realiza a manobra.
O Phanton sai na vertical e o Mig é lançado para
fora de sua curva.
Acionei o freio de propulsão por cerca
de 5 segundos. E voltei-os para a
posição normal e fiquei nesta posição
de cabeça para baixo. Então ao sair da curva,
eu perdi velocidade e ele acabou passando por mim.
Nós estávamos assim, cabeça com cabeça,
e estávamos subindo.
A toda velocidade o Mig sai a frente de Bartholomay.
Mas o Phanton perde velocidade e não
aguenta subir por muito tempo.
Felizmente ele teve o mesmo problema.
E decidiu descer uma fração de segundos
antes de mim.
Então o que aconteceu é que ele começou
a descer um pouco na minha frente.
Eu não estava a mais de 90 ou 100m atrás dele.
É perto demais para disparar um míssil.
Ele está na posição perfeita para disparos
de metralhadora.
Mas o F4 não possui uma.
Ele tenta se distanciar para o disparo do míssil,
mas sem perder muita velocidade.
Ao leste, Pat Arwood continua sua busca incessante.
Eu não parava de procurar pelos Migs.
Procurava qualquer coisa que pudesse achar.
Eu não vi ninguém. Então comecei a
ficar preocupado.
Olho para baixo e vejo a pista de pouso da
base aérea repleta de crateras de explosões
remendadas. Se tivermos que pousar aqui não
vai ser fácil.
Finalmente Arwood localiza o Mig logo abaixo
na posição oito horas.
O inimigo balança para os lados, atrás
dos americanos.
Fiquei impressionado ao vê-lo a uma altitude
tão baixa, fazendo essas manobras.
Eu estava quase diretamente acima dele.
Diminui a minha curva e sai um pouco a frente.
Como ele continuou a virar, eu inclinei
uns 130 graus e baixei o nariz do caça na direção dele.
O Phanton parte na direção do inimigo
sem que ele perceba.
Parece que Arwood encontrará um alvo fácil.
Mas, de repente, o Mig sai em disparada.
Parece que ele me viu quando abaixou a asa esquerda.
Daí ele fez uma curva bem fechada para a esquerda.
Com a curva fechada o inimigo desaparece
mais uma vez.
Mas, de repente, Pat Bartholomay
entra no combate.
Bartholomay persegue o Mig aqui.
Arwood está nessa posição. Ele perde o Mig de vista aqui.
Quando Bartholomay passa por ele, o Mig perseguido
por Arwood passa a persegui-lo.
Bartholomay passa a toda velocidade e o
Mig de Arwood sai pela direita.
Ele reverteu e passou pelo meu nariz.
Enquanto ele cruzava pude voltar,
para a posição de tiro. Ele estava um pouco
acima da linha do horizonte.
Estava cerca de 10 graus da cauda dele.
A primeira preocupação do Mig por seu companheiro
é o seu erro fatal.
Arwood dispara.
Ele chegou a uns 3m a esquerda da cauda
e detonou.
O Mig pareceu sair ileso.
Ed disse, puxa, errei. Logo depois de dizer
isso, um pedaço enorme de fuselagem se soltou.
Olho para cima e vejo o Mig rodopiando.
A tampa se abre e o piloto é ejetado.
E "puff". Caindo de paraquedas.
O Mig perseguido por Arwood se desintegra
atrás de Bartholomay.
Segundo depois, Bartholomay recebe o sinal da mira térmica.
Ele aperta o gatilho.
Em sua primeira missão pelo norte, Bartholomay
e Arwood derrubam Migs em maio para o Midway.
E lá estávamos. Era só fazer uma curva
de 90 graus a estibordo e estávamos
prontos para o combate.
A 1 Km de distância. Partimos para o leste
e para longe dali.
Os caçadores de Mig partiram na direção
do Golfo de Tonkin.
As caçadas aos Migs foram apenas uma
parte do papel do Midway na Guerra do Vietnã.
Em seu terceiro cruzeiro de combate.
Decolando de seu convés, F-4 Phanton, A-6 intruders
e A-7 corsairs, atacaram portos estratégicos
destruíram reservas de petróleo.
E infraestrutura no norte do Vietnã.
A vantagem de se ter um porta-aviões operando
no golfo de Tonkin, é poder levar uma
esquadra inteira e mandar mais duas
dúzias de aeronaves contra um único alvo
para relativamente bem perto do alvo.
Assim não chamávamos tanta atenção da defesa
aérea vietnamita. Causando uma reação contrária.
O Midway seguiu com o combate diário na costa
norte até o fim de maio.
Apenas seis dias após o combate de
Bartholomay e Arwood outra dupla de Phantons se
viu em uma das situações mais perigosas que
qualquer piloto pode imaginar.
Uma tocaia Vietnamita perfeitamente executada.
23 de maio de 1972.
Dois F4 Phanton do Porta-aviões USS Midway
sobrevoam o interior do norte vietnamita.
Eles patrulham os ares em apoio a bombardeiros
contra alvos em Haipong. Como parte da estratégia
de impedir a invasão do Vietnã do Sul.
O caça líder e pilotado pelo Vice Comandante
Mugs e seu Oficial de radar, Tenente Jack Ensch.
Mugs e eu, sei lá, nós já nos conhecíamos.
Tínhamos um senso de humor meio esquisito
no cockpit.
Eu dizia a ele. Só tem uma coisa. Não quero morrer
de surpresa. Se o meu pensamento for mas
do que isso, vou te assombrar por
toda eternidade.
O Tenente Mike Regs voava na escolta de Mugs.
Junto de seu Oficial de radar, o Tenente
Junior Gray Ken Krendon.
Ao iniciar a descida a base aérea o rádio
capta uma transmissão.
Foi um aviso de que tínhamos inimigos
há 100Km. Eu disse: Ele falou inimigos?
E Jack disse que sim. E eu disse: Confirmar inimigos.
Ele disse: Oswald, aqui é o Bullet, confirma a presença
de inimigos. E ele disse que sim. Mas prepare-se
para atirar. É o momento decisivo para um piloto.
Mugs ajusta a direção e parte na direção dos inimigos
mantendo velocidade mínima para
economizar combustível.
Mas o trajeto os leva ao coração do espaço
aéreo inimigo. Acima da base aérea de Cat.
Lembro-me de ter pensado comigo mesmo:
Isso não estava nos planos, não estou
gostando disso.
E, de repente Mugs avista os inimigos.
Migs 19.
Olho para baixo e vejo dois caças vindo para
nossa direção. Eu digo, na mira, dois próximos a montanha
a 11Km. Jack diz: Vamos pegá-los,
estou atrás de você.
Em posição de combate, os Phantons partem
em direção dos Migs.
Interferência do solo impede travamento por radar.
Este combate será decidido a moda antiga.
Sem medo o inimigo passa pelos caças americanos.
Já estávamos prontos. Ia ser rápido.
Nós íamos derrubá-los.
Mugs ordena uma volta cruzada.
Você sobe e volta assim. É uma maneira de reverter curso.
Também pode ficar de olho no alvo.
Mugs sobe e Red desce.
Mas logo que iniciaram a manobra, desastre.
Na metade da volta, chovia Migs.
Quatro Migs17 partiam com tudo para cima deles.
Eu disse, meu Deus. Eles pagaram a aposta
e ainda quadruplicaram. E disse: Jack, vamos,
agora é só homicídio.
O Mig17 soviético é um oponente feroz em combate.
Em baixa velocidade é muito mais ágil que o
F4 Phanton da Marinha.
Aqui estão os americanos.
Os Migs17 estão nessa posição, tentando
atacar os Phantons.
Enquanto estes perseguem os Migs19 aqui.
Eles vinham na nossa direção. E começamos
a dispersar.
O Mig17 líder passa bem próximo de Mugs.
Ele passou tão perto que dava para
sentir o vácuo do avião.
Mugs partiu no encalço dos Migs.
Ele usou de uma manobra clássica chamada Yo-yo baixo.
O caça desce e, em seguida sobe, penetrando na
curva dos Migs e ganhando velocidade.
Mugs gira o leme. Seu coração acelera
durante essa manobra arriscada.
Ao apontar o nariz do caça para o horizonte,
encontra um Mig19 bem a sua frente.
Ele faz uma suave troca de alvo.
A melhor estratégia ao estar cercado de inimigos.
A melhor opção de tiro para Mugs é o rolo
lateral por fora.
O que melhora o ângulo em relação à cauda do Mig.
Mugs, acende e rola.
Com habilidade, coordena a alavanca, o leme e as
turbinas enquanto rola mais uma vez.
Mais, de repente, tudo muda.
Vi um Mig17 na posição 8 horas.
Ele ainda não atirava, mas estava se aproximando.
Avisei ao Mugs que tínhamos inimigo
na posição 8 horas.
Eu dizia para ele. Nós éramos amigos.
Jamais me diga para ir para a direita ou
para a esquerda, apenas diga o que está aí atrás.
Eu sou o piloto e você é o radar.
O Mig atrás dele se aproxima ainda mais.
A artilharia pesada do inimigo se aproximava
cada vez mais.
Mugs está baixo demais para mergulhar com o caça.
O piloto Vietnamita o encurralará.
23 de maio de 1972. O piloto de F4 Phanton,
Mugs McKeown e o Oficial de Radar Jack Ensch.
Estão sob a mira de uma arma.
Um Mig17 pronto para atacar.
Eu disse: Jack, alguém vai para casa e não seremos nós.
Situações desesperadas pedem medidas desesperadas.
Mugs tinha uma manobra especial para uma
situação assim.
Ele empurrou a alavanca ao máximo com o leme abaixado.
Em seguida, quando o inimigo tenta compensar
pela manobra. Ele puxa a alavanca com leme para cima.
Por um instante o F-4 sairá de curso ou
ficará descontrolado e cairá de costas.
Mugs empurra a alavanca para frente, pisa forte
no pedal esquerdo do leme.
Em seguida puxa para trás com força.
O F4 rola no ar, em uma manobra espetacular
possível apenas para os melhores pilotos de caça.
Nós saímos de curso há cerca de 450m de altitude.
Depois da rolagem o Jack diz: Mas que
diabos está fazendo?
Eu tentava manter os olhos no Mig e
de repente, saio batendo pelo cockpit
dizendo: Que diabos está fazendo?
E de repente o avião volta a posição normal
e ele está no controle da situação.
Quando olho para trás procurando o Mig,
não o encontro. Ele diz: Tem um a nossa frente.
O piloto vietnamita surpreso foi parar
a frente do caça de Mugs.
Mugs recebe o sinal da mira térmica.
E dispara.
O Mig17 podia virar com muita facilidade.
E ele foi mais rápido que o controle de
rota do míssil, e então, perdemos um dos
mísseis laterais. Ainda Tínhamos três.
O Mig17 segue na curva a direita,
mas Mugs não consegue persegui-lo.
Ele faz a rolagem lateral de descida.
Com tantos Migs ao redor ele precisa
seguir em frente. Sem se prender a
um único alvo.
Eu tentei manter a velocidade alta,
evitando ser previsível.
Mugs segue em frente com outro Mig17
bem no seu nariz.
Ele recebe o sinal da mira e dispara o
segundo míssil EIM9. E novamente o Mig
é mais ágil que o míssil.
E dessa vez, como isso vai para a Tv.
Não repetiremos as palavras ditas no cockpit.
Mas ficamos muito frustrados com aquilo.
Eu disse, o Senhor não vai dar mole, não é
meu Deus. Teremos que voltar e explicar como
perdemos quatro Migs.
Mas cercados de inimigos eles não têm tempo
para reflexões. O Combate continua.
Eu olho para trás e vejo um deles na
posição 4 horas. Disparando tiros
de munição 37 contra nós.
Eu disse a Mugs: 4 horas seguindo e atirando.
Ele olhou para trás e disse: puxa, mais que droga.
Balas traçantes de cor laranja passam
próximo ao cockpit.
Mugs entra com tudo no ataque.
Quando, de repente um Mig interrompe o ataque.
Ele apareceu na minha frente e quando olhei
para cima. Como já tinha pilotado Mig17.
Sabia que ele não me via.
Mugs consegue escapar do Mig bem debaixo do seu nariz.
Para virar o jogo ele cortará a aceleração
empurrará a alavanca e acionará o reverso.
A manobra forçada de gravidade zero e a
perda de velocidade farão com que o Mig passe a sua frente.
E mais uma brilhante manobra de um piloto brilhante.
Mugs empurra a alavanca e corta a aceleração.
O inimigo passa com tudo pelo Phanton.
Eu estava há uns 15m do Cockpit dele.
Dava para ver facilmente o piloto.
O Mig mergulha e rola para trás na tentativa
de alcançar o caça americano.
Pela terceira vez a mira de Mugs trava no caça inimigo.
E ele dispara um de seus mísseis.
Ele saiu em disparada e pensei: erramos de novo.
Senti um enorme desespero.
E de repente a cauda do caça se solta.
Eu vi o míssil passar pelo caça e explodir
Acho que foi acionado com a proximidade pelo alvo.
O pedaço da aeronave caiu e depois da explosão,
vimos o piloto ejetar.
Foi o primeiro que derrubamos.
Depois de cinco minutos agonizantes de
manobras sobre-humanas, Mugs e Ernst derrubam o avião.
Mas não há tempo para celebrar.
Eles encontram um caça escolta sendo pilotado
por Mike Reb, sendo seguido por um Mig.
Viro para a esquerda e vejo Mike Reb.
Ele estava na direção norte com o Mig atrás
atirando. Dava para ver as balas traçantes.
Reb está bem aqui.
Mugs aqui.
Ele guiará Reb em uma perseguição que levará
os vietnamitas para a frente de Mugs.
Eu disse, ok Mike. Saia de perto dele
e suba a direção leste.
Reb carrega consigo o Mig inimigo.
Mugs diminui a altitude.
O caçador de Migs chega rapidamente
por trás do inimigo.
A cauda do Mig brilha a poucos metros do seu nariz.
Um algo perfeito na imensidão do céu.
Mugs dispara o quarto míssil do dia.
O míssil atinge em cheio o caça inimigo.
Ficamos eufóricos. Eu estava molhado de suor
e de beber toda a nossa água.
Batia na tampa do Cockpit e gritava: Viu o que fizemos?
Derrubamos dois, dois caças.
Os outros Migs desapareceram.
Estremeceram diante de guerreiros tão determinados.
Eufóricos os americanos partem de volta
para o Midway.
Mas a briga não terminou.
Antes do final do conflito o inimigo ataca sobre o oceano.
E leva a guerra até o Midway.
12 de janeiro de 1973. Os dias finais da
Guerra do Vietnã.
Dois Phantons da Marinha decolam do Midway
diante de um céu nublado.
Eles voam com a "Barker", uma patrulha aérea
de combate entra a costa norte do Vietnã e o Midway.
Eles interceptarão qualquer Mig que voe
na direção dos navios americanos no golfo.
O caça líder é pilotado pelo Tenente Vick Kovaleski
e o Oficial de radar Jim Wise.
Na sua escolta o Tenente Pat Arwood
E o oficial de radar, Alferes Lee Otis.
Quando chegam a estação, o controlador aéreo avisa
pelo rádio que um avião inimigo se aproxima
do Midway.
Era uma grande ameaça para o Midway. Quando
não só Mig, mas qualquer veículo de superfície
o desafiava. Seria um prêmio e tanto afundar
ou danificar o porta-aviões.
Ele possuía um bom sistema de defesa.
Como uma bateria de mísseis antiaéreos.
Mas como na segunda guerra mundial, a principal
defesa de um porta-aviões é sua tripulação.
O controlador aéreo os guia na direção do Mig inimigo.
Quando diminuíamos altitude. Vick o
localizou. Estava n posição 11 horas.
Estávamos há cerca de 3.000m de altitude.
E o Mig estava há cerca de 19Km de distância.
O Mig segue na direção dos americanos.
A 3Km dali, os vietnamitas localizam os Phantons.
E partem para o confronto.
O Mig parecia vir na nossa direção.
Mas, de repente, mudou de direção e partiu
rumo ao norte.
O Piloto comunista não parece querer brigar.
Kovaleski ganha altitude e vira para a
direita para obter um melhor ângulo da
cauda dos Migs.
O poderoso Phanton se aproxima da presa.
O Mig sai pela direita para desestabilizar o Phanton.
Kovaleski e Arwood precisam ter cuidado.
Kovaleski se aproxima da distância de disparo.
Ele recebe o sinal da mira...
e dispara.
O primeiro míssil de Vick detonou próximo a cauda.
tenho certeza de que o piloto sabia que
estava danificado.
E certamente o dano era bem maior do que
podíamos ver à distância.
Kovaleski dispara outro míssil.
Quando o segundo míssil passou pela cauda,
e explodiu. O Mig arremeteu com força.
Em um angulo de 90 graus.
E praticamente parou.
Daí rolou para a direita, e mergulhou rumo ao mar.
Este foi o último Mig derrubado na
Guerra do Vietnã.
No dia 27 de janeiro de 1973. Os acordos de paz de Paris
são assinados. E chega ao fim o envolvimento dos
Estados Unidos na Guerra do Vietnã.
Entre 1965 e 1973 os americanos contabilizam
mais de 200 Migs derrubados. Oito deles derrubados por
pilotos do USS Midway.
O Midway foi a plataforma de onde partiram os
pilotos que derrubaram o primeiro e o último
Mig da guerra.
O Midway serviu durante toda a guerra fria.
Foi modernizado novamente em 1986 e equipado com
os novos F-18 Hornet.
Ele saiu em combate pela última vez em 1991
como um símbolo bélico na batalha do Golfo Pérsico.
Durante 43 dias de combate, O Midway lança 3.339
aeronaves de combate, em uma média de
121 por dia.
São 2.000 toneladas de bombas e
mísseis despejadas sobre alvos inimigos.
É um feito impressionante.
O último feito deste porta-aviões.
Em 1991, logo após o sucesso da operação
tempestade do deserto.
Ficou decidido que o Midway seria desativado
antes do planejado.
A idade já estava pesando, além do
fato de esse porta-aviões ser pequeno demais
para conseguir operar com os aviões da nossa frota.
Após 47 anos de serviço, o Midway é aposentado
na base aérea de North Island, em
San Diego, no dia 11 de abril de 1992.
Como reconhecimento por sua atuação brilhante,
nas guerras do Vietnã, e do golfo pérsico,
o porta-aviões não foi enviado para o cemitério
de navios.
Agora ele virou um museu em San Diego.
E está disponível a visitação do público.
Todos podem ver esse navio que foi um marco
na história dos porta-aviões.
É um legado justo para os homens e mulheres
que serviram no Midway. E para os bravos
pilotos que decolaram do seu convés.
Homens que sobrevoaram os céus inimigos.
Encararam oponentes determinados e habilidosos.
E retornaram para o Midway como:
Os Caçadores de Migs.
Legendas: Kilo.