Tip:
Highlight text to annotate it
X
A gente volta a falar sobre saúde, falar sobre o Centro de Reabilitação do Hospital
das Clínicas de Ribeirão Preto, que é um exemplo de atendimento a pacientes que tiveram
algum membro do corpo amputado. O HC oferece serviços em reabilitação de
alta complexidade. São seis mil pessoas atendidas todos os anos
por lá. A oficina que distribui próteses também faz adaptação em cadeira de rodas
de graça pelo SUS. Uma notícia para pacientes como Gustavo, ótima! Que perdeu um dos pés
depois de ser atropelado na calçada em Ribeirão, por um motorista bêbado.
A possibilidade de voltar a andar com a ajuda de uma prótese devolveu a esperança a Gustavo.
Aos 13 anos, o adolescente ainda precisa se readaptar a nova condição física, mas não
vê a hora de mais uma vez pegar a bicicleta e passear com a família.
Ir na casa do meu pai, jogar vídeo game, mexer no computador andar de bicicleta.
Gustavo foi atropelado por um motorista bêbado. O pé dele foi arrancado na batida. O menino
foi socorrido e levado para o HC, onde passou por uma cirurgia de reimplante, mas sem sucesso.
A mãe acredita que ele teve sorte já que está vivo, agora aposta na reabilitação.
Porque ele vai poder andar, vai poder fazer o que ele fazia antes, não vai ficar muito
dependente e triste de achar que não pode fazer nada. E com a prótese ele vai fazer
muita coisa. O garoto vai ser encaminhado para o centro
Lucy Montoro no HC que atende casos de traumas de alta complexidade do SUS de Ribeirão Preto
e outras 70 cidades da região. Além de serviços médicos de fisioterapia
e terapia ocupacional o Departamento oferece de graça, próteses e equipamentos que ajudam
na locomoção dos pacientes. Muitos são adaptados em uma oficina própria.
Seu Antônio ganhou uma cadeira de rodas novinha, mais confortável que a outra.
Ficou melhor e bem melhor. Agora mudar para outra não?
Não, agora acabar fica só com serviço. O HC ele faz um processo de compra da cadeira,
e esse paciente é encaminhado para esse ambulatório, aqui na oficina ortopédica, para que a gente
possa tirar todas as medidas do paciente, e prescrever da melhor forma possível as
adaptações para ele. A gente pensa no tempo que esse paciente fica
sentado na cadeira. Então ele ficando bem, se sentindo bem a gente consegue melhorar
a qualidade de vida desse paciente. No ano passado foram entregues pelo Centro,
1.400 próteses, órteses e cadeiras de rodas. A demanda é grande!
Hoje a fila de pedidos chega a 800 itens, segundo o médico a falta de recursos dificulta
a distribuição. Por isso, um novo sistema foi montado para que a entrega ao paciente
não passe de três meses. Sem esse controle de tempo, 50% dos pacientes
acabavam não recebendo as próteses porque eles conseguiam estas próteses de outras
fontes, e isso atrapalhava, porque nós fazíamos a prótese e acabávamos não entregando e
nem sempre é possível essa prótese foi feita para um indivíduo ser refeita para
outro. Ou pelo menos isto dava um certo custo então
diminuindo o tempo da entrega nós temos certeza que nós vamos aumentar a capacidade de que
esses pacientes realmente recebam estas próteses. O objetivo do Centro de Reabilitação é
produzir em breve as próteses aqui na oficina. A intenção é reduzir custo, diminuir a
fila de espera e atender melhor os pacientes. Nós podemos fazer os ajustes de adaptação,
ele voltar para reeducação. Então isso vai ganhar em tempo e vai ajudar muito na
sua evolução no seu tratamento. Seu José foi atropelado por um ônibus e
perdeu a perna e está com a prótese há seis meses. Segundo ele, poder caminhar novamente
mesmo com um pouco de dificuldade é suficiente para se sentir feliz.
Quando eu coloquei ela primeira vez eu pensei: "Meus Deus, será que eu vou conseguir andar?".
E ela já está movimentando e eu agradeço muito, primeiro a Deus e depois a equipe médica.
E a adaptação das cadeiras de rodas na oficina já é realizada há mais de um ano.