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APRESENTADOR: Falar agora de uma iniciativa muito interessante, muito bacana,
um espetáculo de dança que é exemplo de inclusão social.
CLARISSA: O nome da peça é "Leve", está em cartaz no teatro Hermilo Borba Filho no Recife,
e foi adaptada para deficientes visual e auditivo.
NARRADORA: Ainda na bilheteria, as pessoas com deficiência visual recebem um fone de ouvido.
E por ele que é feita toda a descrição da peça. Antes do espetáculo, o deficiente é levado para conhecer os bastidores.
LILIANA TAVARES: É um momento em que ela pode chegar e sentir essa cortina, sentir a roupa das bailarinas,
saber como é a roupa. Então é uma sensação diferente.
NARRADORA: Durante a peça, os sentimentos são representados em forma de cenas.
Cada ação é descrita por uma locutora que fica nesta cabine. LILIANA: em lados opostos. Lentamente pendem para o lado...
Para os deficientes auditivos, o espetáculo traz também um intérprete de Libras. São 45 minutos em cena.
Durante a apresentação, as bailarinas interagem com o público e emocionam a plateia.
RENATA: Esse é o momento que a gente chama de "Apoio", quando é aquele momento do luto,
em que de fato a gente precisa do outro, e que a gente assume...
MARIA: O resultado é um grande aprendizado, não é? E uma vontade mesmo de que a inclusão seja real.
NARRADORA: Marluce tem apenas cinco porcento da visão, e disse que com a ajuda do sistema de áudio-descrição
foi possível sentir tudo que a peça quis transmitir.
MARLUCE: É apenas com o coração que podemos ver direito, o essencial é invisível aos olhos.
A Áudio-descrição faz com que transmita pra gente o mundo que a gente realmente consegue alcançar.
NARRADORA: Quem também se emocionou foi Gibson, que com a ajuda de um intérprete, fez questão de elogiar a iniciativa:
VOZ DO INTÉRPRETE: Consegui captar toda a beleza da mesma forma que uma pessoa ouvinte.
O ouvinte se emociona, eu sou surdo, não escuto mas também me emociono. Por isso a importância da participação
em igualdade de condições de acesso, porque a pessoa surda também é capaz de se emocionar.
BÁRBARA: Nem tinha reparado que tinha na platéia pessoas com deficiência. No final eu vi ele conversando
com as pessoas, interagindo, achei muito belo, achei fantástico.
CLARISSA: O espetáculo fica em cartaz até o dia 4 de Maio, no teatro Hermilo Borba Filho, no Bairro do Recife,
às sete horas da noite. O ingresso custa cinco reais, preço único. Você consegue outras informações pelo 3355-3319.