Tip:
Highlight text to annotate it
X
>> CRISTINA: Como tem sido preparada a sucessão dinástica no Brasil?
>> D. ANTÔNIO: Os nossos filhos,
como nós fomos preparados por nossos pais,
têm sido criados principalmente para servir à nação.
Eles sabem desde pequenos,
já têm uma obrigação, um dever, perante os brasileiros.
É um peso, sim, mas que,
quando se toma de coração
e principalmente com fé,
passa a ser uma alegria,
porque o serviço, para alguém,
é uma alegria.
Então os nossos filhos são criados
na religião católica e,
baseados na religião católica,
são chamados a assumir a serviço da nação.
>> CRISTINA: Então aproveito para perguntar:
Quais valores têm sido inculcados
nos futuros herdeiros do Trono Brasileiro?
>> D. ANTÔNIO: São esses.
São os valores católicos.
Da Igreja Católica.
E como muitas vezes digo em palestras,
a melhor constituição de um país são os Dez Mandamentos
Então a função de um chefe de estado.
A função de quem esteja com a responsabilidade sobre um país,
sobre uma sociedade,
é a função de um pai de família.
E, baseado neste princípio, vai guiar a nação
(os seus filhos).
>> CRISTINA: De que forma a Monarquia poderia resgatar a auto estima,
o prestígio e o pundonor das Forças Armadas?
>> D. ANTÔNIO: As Forças Armadas são a única instituição que não foi afetada.
Ela é muito atacada pela política atual, pela esquerda.
E, por dentro, a minha família sempre foi educada,
primeiro por uma admiração muito grande pelas Forças Armadas.
Normalmente os nossos ancestrais faziam parte...
[inaudível]
Nós temos muito orgulho das Forças Armadas.
São heróis que sempre puseram sua vida em defesa da nação,
da segurança da nação,
externamente e internamente.
[...] o valor dela sempre foi reconhecido pela Família (Imperial).
É muito bem reconhecido.
Nós sempre fomos muito gratos às Forças Armadas.
>> CRISTINA: Diante da restauração do Império,
como ficariam os títulos de nobreza?
Seriam restituídos aos herdeiros dos antigos nobres brasileiros?
Haveria concessão de títulos a brasileiros não descendentes
dos antigos nobres?
>> D. ANTÔNIO: Isso teria que ser estudado.
Teria que ser feito um estudo.
Se eles tiverem mérito de manter os títulos.
Grande parte dos descendentes continuam com mérito.
Isso teria que ser estudado caso a caso.
E, claro, pessoas novas, que nunca tiveram título,
mas que, por gestos, por obras,
por alguma coisa que fizeram pelo bem do país,
podem receber um título.
Eu acredito que, no futuro,
o ideal seria fazer uma nobreza hereditária.
[...] como foi no nosso Império.
A história da nobreza é o seguinte:
o nobre, para receber um título, teria que passar por 3 gerações
dentro da mesma família fazendo um grande ofício,
servir o País. [...]
[...] e acho que no Brasil não houve tempo.
Dom Luís poderia responder melhor.