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Pense no contexto da corrupção, temos
corrupção em nossa economia, as pessoas sempre dizem
"temos todos esses políticos e empresas corruptas".
Corrupção como conceito, na relação com o sistema,
assim como um disco rígido de computador pode corromper-se,
significa que há uma maneira particular de organização, hardware e software,
algo dá errado e ele se corrompe, e não funciona bem ou de forma alguma.
No modelo econômico temos corrupção que diz que
se um homem saca uma arma e rouba uma loja de conveniência
ele não está jogando o jogo que criamos, portanto ele é corrupto.
Agora, a abordagem da teoria de sistemas diz
que não existe de fato um sistema econômico no planeta hoje
porque dinheiro e afins são invenções baseadas
em uma abordagem tradicional há muito obsoleta,
como irei descrever nessa apresentação.
Então qual o verdadeiro sistema? O sistema é o planeta.
Em grego, a definição de economia é "gestão de um lar",
então o sistema é a vida no planeta, suas leis naturais, seus sistemas físicos
e podemos apenas ouvir e nos adaptar.
E o que aprendemos com o tempo é que a abordagem de sistemas é o único caminho
e essa é a base da sociedade que defendemos.
Queremos calcular a sociedade.
Não ter decisões por caprichos de opinião e tradições,
que são claramente erradas, de fato estão sempre erradas
à medida que o conhecimento continua evoluindo.
Enfim, não quero me alongar, mas vou abordar essas questões
à medida que prosseguimos
mas se há algo para deixar claro, é que o atual
modelo econômico, sobre o qual vou falar,
é uma corrupção. Sua base é corrupta, sua estrutura é corrupta,
cada atributo orientado por ele,
gerado a partir dele, é só uma extensão de tal corrupção
e os políticos e todo resto de que falamos e discutimos,
que vemos nos jornais, são apenas extensões de tal corrupção.
É um sistema econômico corrupto porque não é relacionado aos recursos planetários
e às leis físicas naturais que regulam nossas vidas.
Então, caso eu ainda não
tenha incomodado vocês,
dividi a apresentação em 3 partes, a primeira chamada
"O Organismo do Conhecimento"
e é basicamente como a cultura evolui e tende a digerir e filtrar
informação, através de preconceitos e outras coisas que já citei.
A segunda parte é "Consequências do Sistema",
como já mencionei, vivemos em um sistema, organizamos sistemas à nossa volta
e vou abordar algumas das preocupações mais comuns
com o modelo atual
para, a partir delas,
expressar uma fonte estrutural implícita
que é também uma psicologia estrutural implícita
que infelizmente muitos não reconhecem,
em específico, como a maioria dos problemas no mundo
vem desse fundamento econômico falho
e portanto nossos comportamentos
que ele continua a
recompensar e reforçar são na verdade prejudiciais.
E na parte 3 vou introduzir uma nova linha de raciocínio
que se relaciona ao que
Jason estava falando
que é uma lógica de base
a respeito do que aprendemos a entender atualmente
sobre o que significa relacionar-se, estar em harmonia
com o planeta e com as leis naturais que nos governam,
que nos definem, na verdade,
e o que irá permitir verdadeira sustentabilidade
e prosperidade, noções comprovadamente técnicas.
Parte 1: O Organismo do Conhecimento
Vivemos em uma sociedade que tende a julgar o mensageiro, já notaram?
Ao invés de analisar os dados por seu próprio mérito.
Se eu desse um pedaço de papel com algumas ideias ou um livro
você precisaria saber quem escreveu esse papel,
quem escreveu tais ideias para decidir se concorda ou não?
Essa tendência é baseada na suposição de que nós, como indivíduos,
na verdade servimos como fontes
para quaisquer ideias que temos ou trocamos,
que somos verdadeiramente originais no que comunicamos
e que quem somos, nossos vieses ou referências culturais
de alguma forma transcendem a informação em si
quando criticamente analisada de acordo com a referência
do nosso método científico de avaliação.
Então as pessoas adoram descartar os outros pelo que dizem, atacá-los pessoalmente
mas geralmente falham em apenas analisar o dado por si
frente às melhores referências que obtivemos por dados,
o método científico e a realidade científica.
A palavra chave aqui é causalidade,
uma falha comum na psicologia de *** hoje é como
pensamos na origem das coisas, quando de fato não podemos encontrar
nenhum começo nem fim, quando se trata de descoberta,
invenção ou pensamento. Tudo está
alimentando a si próprio, entrelaçando-se.
Esse entendimento é relativamente novo na história,
e não surpreende termos essa visão supersticiosa com frequência,
como as pessoas continuam atacando os mensageiros.
Na verdade, pode-se dizer
o mesmo sobre a noção de evolução, atacada por aqueles que
ainda creem em design inteligente ou tradições religiosas antigas.
É conveniente para nós presumir origens pontuais enquanto
é bem mais complicado entendermos o todo da evolução
e o todo da evolução do conhecimento.
Temos a tendência peculiar de personificar e categorizar em padrões estreitos
então, de novo, não deveria ser surpresa.
Também não surpreende que os ataques, especialmente quando se é
realmente radical, como as ideias do Movimento Zeitgeist,
muito estranhas a muitos acadêmicos,
e o que eles foram treinados para promover e comunicar,
os ataques tendem a ir contra a pessoa e não a análise
objetiva com referência científica, não canso de enfatizar.
Vendo de outra forma,
seres humanos nesse nível de conhecimento são basicamente veículos, por assim dizer.
Nossos cérebros absorvem dados
e combinam com outros dados por nossos filtros intelectuais
para depois devolvê-los novamente
ou comunicá-los de volta ao ambiente como informação
para outros absorverem, processar e devolver novamente, e assim por diante
e enquanto esse processo continua o conhecimento em si evolui
semelhante a nossa evolução biológica através do tempo,
processando através do ambiente da "mente do grupo", por assim dizer,
com nossa comunicação social e, logo, ênfase educacional,
como esta instituição, continuando o processo.
Por exemplo, Albert Einstein não descobriu ou inventou a Relatividade
em nenhum sentido técnico,
pois para isso teria que inventar toda a matemática
desde a antiguidade, com todas as ferramentas e tudo mais
que iria possibilitar
uma conclusão como essa.
Ele foi apenas uma extensão
do trabalho de outros
e que agora continuamente estende-se ainda mais
pelo trabalho de seus sucessores.
Portanto, julgar o mensageiro por sua comunicação e crenças
não faz sentido algum.
O único julgamento que pode existir aqui é em relação à
informação em si e se ela se sustenta com análise crítica,
espero que esteja claro. Porque se você não concorda com algo dito
aqui, você não está discordando de mim
mas sim da informação, eu sou completamente irrelevante.
Isso pode parecer um ponto trivial
mas se levar isso de coração e começar a ver a maneira como
você vê o mundo, considerar a "mente do grupo" e a forma que
você está interconectado e o que compartilha
e como somos todos responsáveis de certa forma por como a informação flui,
por quais informações estão lá fora, por até ações suas e dos outros
você...
mudará sua visão dramaticamente, vai parar de apontar o dedo
e de responsabilizar o ambiente por problemas sociais.
É uma noção muito profunda perceber que estamos
existindo dentro dessa
unidade que está evoluindo em conhecimento
simultaneamente.
Agora, Parte 2:
Consequências do Sistema
Como nosso atual sistema socioeconômico surgiu
e por que temos os problemas crescentes que temos agora?
Acho que o filósofo que a Shar mencionou antes, Jiddu Krishnamurti
deu a melhor explicação intuitiva:
"A crise é uma crise de consciência, uma crise que não pode mais
aceitar as velhas normas, os velhos padrões, as antigas tradições,
e considerando o que o mundo é hoje
com toda miséria, conflito, brutalidade destrutiva, agressão e tudo mais,
o homem ainda é como sempre foi:
ele é brutal,
violento, agressivo,
aquisitivo, competitivo
e ele construiu uma sociedade
de acordo com isso".
Parece que
há um conflito aqui, entre nossas visões de mundo velhas, tradicionais e estáticas,
e as instituições que surgem a partir delas,
e a emergente e mutável
evolução do conhecimento e consciência que, com o tempo,
tem provado alterar continuamente
e substituir
tudo
que achamos verdadeiro, em qualquer ponto da História.
Tudo.
Em outras palavras, nós criamos
esse sociedade tradicional
há muito tempo
baseados em informação muito limitada
e devido aos
mecanismos de auto-preservação embutidos
que a propósito, são consequência
dessa informação limitada, e eu poderia falar muito
sobre estruturas de governo,
auto-preservação, a própria natureza do sistema de lucro é auto-preservativa
ao invés de emergente.
Essas instituições querem permanecer.
Mas não... isso é para outra conversa.
Nós teimosamente mantivemos essas ideias por várias razões
e tais macanismos
diante do
estado de mudança sempre em aceleração
que está violentamente abalando a integridade
dessas velhas
abordagens tradicionais e instituições.
A taxa de mudança na sociedade humana era muito lenta antigamente
comparada ao que acontece hoje.
O fator fundamental de mudança social,
que é informação e tecnologia física,
conhecimento e ferramentas
cresce exponencialmente quase fora de controle à medida que
o organismo do conhecimento acelera.
Com os efeitos dessa mudança não só tornando completamente obsoletas
instituições que aparentavam ser relevantes,
aparentavam ser eternas no passado,
mas também trazendo à tona problemas inerentes irreconciliáveis
que simplesmente passavam despercebidos antes.
Toda instituição de governo dominante hoje, da política à economia,
até filosofia em geral,
provou ter atributos falhos e ultrapassados bastante prejudiciais
e quanto mais eles permanecem diante de novos entendimentos e habilidades
mais irão desestabilizar a sociedade, causando mais sofrimento.
Não estou dizendo que as instituições tradicionais não atendessem uma necessidade
naquele ponto no tempo, com certeza sim,
mas as mantemos cegamente como se fossem relevantes
e aplicáveis
quando na verdade
definitivamente não são.
E esse é o centro do problema psicológico-estrutural,
antes de entrar em mais detalhes,
instituições tradicionais
lutando para
manter sua auto-preservação em absoluto choque
contra uma irrefreável realidade emergente, a evolução do conhecimento
e o que significa para nós de fato nos relacionarmos com o ambiente,
e há vários exemplos que posso citar, um deles é tecnologia e guerra.
No passado, paus e pedras e catapultas e todo o resto
tinham efeito muito limitado
e se podia ter uma cultura distorcida, com sistema de valores distorcido,
acreditando em coisas como soberania,
você podia ter uma cultura que na verdade
sentia necessidade de se proteger e não via outro modo
a não ser assumir inimigos e se proteger, manter suas famílias
ou sua cultura
ou qualquer identidade que escolhessem,
mas agora é um pouco diferente.
Na guerra fria, tínhamos armas nucleares, que hoje nos padrões
da nanotecnologia seriam como uma catapulta romana, muito em breve.
Há coisas acontecendo agora que possibilitarão um nível de destruição
tão grande
que não podemos ter os valores que temos, as estruturas obsoletas,
as soberanias ultrapassadas, não vai funcionar,
ou iremos nos destruir, e quase já aconteceu
recentemente na História.
E aquilo foi primitivo, recomendo que todos pesquisem em casa
"armamento nanotecnológico", ficarão surpresos com o que há
nos estabelecimentos militares
e como é perigoso para nós manter divisões nesse ponto
da evolução humana.
Mas vou parar por aqui.
Vamos agora falar de 5 categorias de problemas sociais
a propósito, essa apresentação foi adaptada de outra que fiz
nesse fim de semana no Occupy Wall Street, em Nova York.
E eu estava abordando isso através
de suas queixas, das coisas que se ouve na mídia,
e minha intenção com isso era mostrar
como tudo isso volta a uma mesma causa raiz comum
que é a própria estrutura do nosso sistema econômico.
Então aqui estão 5 categorias de problemas, temos desigualdade de riqueza
que lidará, claro, com essa questão de classes
e pobreza relativa e absoluta.
Caso não saiba a diferença, pobreza absoluta é
um bilhão de pessoas famintas, literalmente morrendo,
e pobreza relativa é o que se vê no Ocidente com desabrigados, pessoas que
podem sobreviver, mas passam necessidades e estão muito doentes.
2ª seção, saúde pública:
padrão de vida, segurança,
coisas assim.
3ª seção, trabalho: como desemprego ou exploração de trabalho escravo.
Por último, ambiente e má utilização de recursos, em outras palavras
poluição e esgotamento
tal como pico do petróleo e coisas assim.
Número 1: Desequilíbrio de renda.
Acho que todos sabemos os números a essa altura,
os 1% mais ricos do mundo têm 40% da riqueza do planeta.
400 americanos com mais riqueza que 150 milhões juntos.
Ou ainda, como aprendi recentemente,
50% dos americanos possuem apenas 2,5% da riqueza nos EUA,
o que achei igualmente grave.
Em outro nível, quase metade do mundo, 3 bilhões de pessoas, agora vivem
com menos de 2 dólares por dia
e uma em cada duas crianças estão na pobreza.
50% das crianças são de fato pobres nesse nível
e na rica América mais de 21% das crianças estão
abaixo da linha da pobreza.
Para acrescentar, se pesquisar o que é a linha da pobreza, creio que seja
21 mil dólares ao ano para uma família de quatro pessoas,
tente viver sozinho com 21 mil dólares e depois pense
sobre o fato que os EUA colocam esse rótulo,
essa linha, para uma família de quatro
o que é completamente insano, então você pode concluir o que é pobreza real
de fato se você
fizer alguns cálculos sobre padrões de vida.
E à medida que números tão deprimentes continuam, eu resumiria esse assunto
dizendo que alguém morre de fome a cada 3,6 segundos
nesse planeta!
Como Gandhi afirmou: "A pior forma de violência é a pobreza".
E a pergunta
é por quê?
Eu faria 2 perguntas para apoiar o "por quê?"
Quais fatores contribuem para pobreza e privação?
E segundo, a existência de pobreza e privação tem algum papel benéfico
em nosso atual modelo econômico?
O mito comum sobre pobreza é que não há comida, há muita
gente no mundo, e nossos métodos de produção
não parecem ser eficientes o bastante
para atender as necessidades.
Bem, qualquer um que pesquisar verá que não há evidência
para apoiar quaisquer
dessas conclusões.
Temos eficiência crescente na produção, mesmo com os velhos métodos
que ainda usamos, sem falar nos incríveis métodos que estão no horizonte,
e hoje já produzimos muito mais calorias, que podem alimentar facilmente
toda a atual população.
Então o problema não é técnico,
é puramente econômico,
e enquanto organizações continuam apontando vários efeitos
que geram pobreza, como preços de commodities ou dívidas nacionais
ou austeridade ou declínio econômico
ou custos com saúde no sentido de
pobreza relativa e perda de emprego, etc.
Raramente
os mecanismos de nosso
sistema econômico em si são questionados.
A respeito dessa segunda pergunta,
não só o sistema gera pobreza
e uma crescente divisão de riqueza por seus mecanismos inerentes e lógica interna,
ele de fato ganha vantagem dessa privação para
se perpetuar.
Deixe-me perguntar a todos, quem foram os primeiros trabalhadores
no modelo de comércio de mercado, historicamente?
Escravos!
Escravos, na visão do mercado, significavam a capacidade de reduzir custos do produtor.
Na terminologia moderna chama-se eficiência de custos.
Para buscar lucro, adquirir lucro, produtores competitivos
devem cortar seus custos
por quaisquer meios possíveis
para continuarem competitivos.
Quando você vê trabalho escravo, imigrantes ilegais sendo
explorados no trabalho ou
cidadãos como muitos de nós nos EUA enterrados em dívidas,
presos em empregos de baixos salários
que não são leves
sem seguro saúde ou qualquer apoio social em geral,
muitas vezes sem condições de frequentar uma universidade,
você está vendo a lógica
do modelo de mercado no seu melhor.
A palavra chave aqui é escassez.
A escassez geral de bens
e recursos
significa valores mais altos,
menos poder de compra
e uma escassez geral de renda significa
mais demanda de trabalho.
Mais pobreza, logo, trabalho mais barato, portanto exploração.
Espero que faça sentido, em outras palavras,
o atual sistema não poderia operar
se algum tipo de equilíbrio básico
das necessidades humanas fosse alcançado.
Escassez é necessária
para cortar custos e manter um alto valor dos produtos.
Dois elementos que continuam a reforçar
a incapacidade das pessoas em ter o que precisam.
Nas palavras do economista Marshall Sahlins:
"O sistema de mercado institui escassez numa maneira sem igual
e em um grau sem paralelo,
onde produção e distribuição são alocadas através do comportamento dos preços,
e todo meio de vida depende de obter e gastar.
Insuficiência de bens materiais
torna-se o ponto de partida
explícito e previsível de toda atividade econômica."
Enquanto muitos ativistas hoje, como falei no Occupy Wall St.,
falam em remoção de dívidas, remoção de juros,
mais leis para criminalizar trabalho escravo e criar
rendas maiores para atender as necessidades básicas, aumentando
o salário mínimo...
Eles não parecem entender que o sistema tal como o conhecemos entraria
em colapso se tais medidas fossem aplicadas.
Podemos fazer alguma melhoria? Sim, mas a raiz do problema
ainda permanece.
Saúde Pública:
(número 2)
Nessa apresentação, vamos falar em saúde pública no que tange
a saúde física e saúde mental.
Em relação à saúde física, já notaram que tem que se esforçar muito
a custos crescentes para comprar comida não envenenada com aditivos e hormônios
e conservantes
e níveis medonhos de gordura e açúcar
que a ideia de boa saúde é
quase um palavrão, quase encarada com desprezo
pela indústria?
Sempre acho graça quando vou a uma loja e vejo coisas como
"verde" ou
"natural" ou "orgânico"
como se alguma vez devêssemos produzir algo diferente.
Podíamos logo rotular "menos venenoso" ou "mais venenoso".
"Muito venenoso".
Mortes por câncer só crescem no mundo enquanto o povo exige
mais ***, é claro, na cultura do consumidor,
por agentes químicos e exigem
mais sanidade, desculpe-me,
mais meios de produção limpos e coisas assim.
Ainda ninguém está reclamando do fato
que o sistema de mercado
em seu interesse inerente de simplesmente ganhar mais por menos, aumentar lucros
é o incentivo de quase todas as políticas de saúde pública nesse contexto.
Eu morava em Bushwick Brooklyn, uma vizinhança bastante pobre
e no mercado,
eu frequentemente via pessoas com vale-alimentação,
sua situação financeira limitada, provavelmente aliada à falta de
informação e eles entravam lá para comprar
nada além de Ramen Noodles e
basicamente Pepsi
todos os dias.
Era tudo o que comiam, eram pobres e mal instruídos, mas o elemento
pobreza é na verdade o maior atributo.
Se não tiver os meios de obter comida decente, você sabe,
o raciocínio é óbvio, nem preciso explicar,
mas eu não acreditava, via todos os carrinhos do mercado
cheios da pior comida processada que podem imaginar.
Novamente, podemos ver como é um caso de perpetuação de classes.
Os pobres não são somente pobres,
são inibidos por todos os meios
que reduzem
a saúde deles
tanto física como mental.
Vou falar um pouco sobre o trabalho de Richard Wilkinson, que fez
excelentes estudos sobre como a própria natureza da estratificação
é na verdade ruim para a saúde de todos nós
e quanto mais pobre se é, mais esse stress causará todo tipo de doença
tanto mental como física.
Mas ei...
Isso é bom, certo? Câncer de pulmão, tratamento de diabetes, criam empregos,
criam crescimento econômico,
criam PIB.
Espero que todos entendam bem que,
de uma perspectiva econômica, doentes necessitando de cuidados
são ótimos! Pense a respeito:
Não se ganha nada financeiramente com a solução definitiva
de qualquer problema
em qualquer nível.
É a manutenção e atendimento dos problemas
que serve de base
para o crescimento econômico.
Aliás, note como economistas de mercado, quando você os aborda, tendem a
justificar esse sistema com afirmações vagas e
geralmente dizem: "a economia de mercado simplesmente disponibiliza serviços
àqueles que precisam
em uma economia livre, oferta e procura".
Ou seja, se precisar trocar o para-choque do seu carro
você contrata um mecânico para fazê-lo.
Mas eles raramente falam do outro lado disso, a visão deles ignora o fato de que
o mecânico que troca o para-choque
precisa que você apareça
e os traga trabalho
e a que ponto de desespero
de escassez
essa pessoa justifica, digamos,
a venda de um para-choque vagabundo
que irá estragar mais rápido
para obter mais trabalho?
Aqui as pessoas imediatamente dizem: "isso é imoral, anti-ético!"
Mas essa é uma noção bastante relativa.
Nenhum produtor
é de fato capaz de produzir seu "melhor" em um sistema de mercado
porque o mecanismo de corte de gastos, que define
a natureza de
manter lucratividade num mercado competitivo
simplesmente "cortando as curvas"
para certificar que se produza algo o mais barato possível
mas sem qualidade bastante onde perde-se fatia de mercado, porque outros estão
competindo com você,
espero que isso faça sentido,
a própria ação de se limitar custos significa produtos inferiores
imediatamente
mesmo que tentassem fazer o melhor não poderiam
dentro da própria dinâmica do mercado. Esse computador que tenho aqui
morrerá em aproximadamente 3 anos
depois da compra.
É feito de todo tipo de componentes baratos, extremamente falhos
e é tudo um jogo de estimativas que fazem...
é chamado "obsolescência intrínseca", está embutida no sistema de mercado,
tudo que é produzido
pelas empresas é inerentemente defeituoso e inferior no momento que é feito
porque é
matematicamente impossível
numa economia de mercado produzir o melhor
ou você não seria capaz de competir,
seria muito caro, porque a natureza do sistema
aumenta preços
enquanto os valores
dos recursos aumentam,
não canso de frisar isso. Portanto um mecânico
praticando o que podemos chamar "Obsolescência Planejada"
faria um serviço ruim para você voltar, ou daria um produto falho,
isso é apenas uma extensão do que esse sistema
faz na essência.
Então onde está o julgamento moral nisso?
Só uma questão de perspectiva.
Esse sistema prospera parasitando os problemas, esse é meu ponto principal
nessa seção.
Você não quer acabar com os problemas, quer mantê-los.
Então, não esqueçam, a questão é dinheiro, não saúde ou sustentabilidade.
Sobre saúde mental.
A quantidade de pessoas em anti-depressivos e drogas contra ansiedade
continua a crescer também.
Por quê?
A palavra chave é "estresse"
como a maioria dos psicólogos diria, de um jeito ou de outro
estresse é um assassino
e o combustível para a maior parte dos problemas de saúde que vemos
causado por condições ambientais, mesmo aqueles estudos de distúrbios mentais
geneticamente induzidos
são quase sempre iniciados por alguma resposta ao estresse
na juventude ou infância
ou mesmo na vida adulta.
Não é preciso um gênio para ver como experimentamos
estresse em nossas vidas,
como podemos apresentar comportamento neurótico,
pode causar todo tipo de colapso em nosso espectro emocional.
Pode nos tornar instáveis
e facilmente leva à depressão, que provavelmente todos no planeta
já experimentaram em algum ponto da vida.
Então temos essas sociedades incrivelmente estressantes
criadas com base nesse sistema
e a sobrevivência em si, se pensar nisso, no contexto maior
(que não posso falar algora),
nós criamos um ambiente estupidamente estressante
que sequer é necessário.
Já que o mercado está fundado sobre esse desequilíbrio,
é baseado em estratificação, baseado em escassez,
que cria estresse
e então gera problemas de saúde mental, não posso entrar em todos
os assuntos aqui, por exemplo,
pressão absoluta,
preocupações com dinheiro são a causa
número um de estresse em geral, claro, por que não seriam?
Números colhidos desde o começo desse colapso econômico encontraram
uma correlação com taxas de suicídio de fato.
Pessoas também tendem a se valorizar baseadas em seus empregos
e perdem seu senso de valor quando perdem o emprego e há muitos
relatos nos últimos dois anos de pessoas que mataram outras
e suas famílias inteiras, só porque perderam o emprego.
Isso é mesmo necessário?
Digo, pode haver atributos embutidos no psicológico
para começar,
mas o estresse do sistema está sim levando pessoas ao extremo.
Em um mundo
onde podemos criar abundância
das necessidades da vida
para fornecer paz de espírito para todos,
todos,
sabendo que nunca passarão fome
e ninguém da família passará fome
o que não se baseia nesse darwinismo social, que é baseado em
uma noção tradicional
totalmente falha de que não há o suficiente para todos.
Essa consequência psicológica é mesmo necessária?
E depois temos "pressão relativa",
não a pressão direta de estar sem dinheiro ou perder o emprego, mas a pressão relativa
que surge na forma de estresse psicossocial
como mencionei antes.
É o estresse causado pela forma como as pessoas pensam sobre si mesmas
e seu status, que é uma noção cultural,
em relação aos outros.
Há grande quantidade de dados sobre esse assunto
de um homem chamado Richard Wilkinson
e o que ele descobriu
é que quanto maior a diferença de renda
dentro da sociedade
maior o nível de todo tipo de distúrbios mentais,
sem falar em violência e crime.
Há uma forma de estresse que surgiu porque somos organismos sociais
somos profundamente sociais, deve-se dizer que é parte da nossa natureza
humana sermos profundamente sociais.
Se uma criança que acaba de nascer
não for tocada
essa criança morrerá,
não importa se ela estiver bem alimentada,
não importa se a criança estiver em uma boa
casa, bom abrigo.
Se não há contato com humanos, a criança morrerá.
Faz parte de nós, somos sociais
e isso manifestou-se
com o atributo da estratificação, você vê na TV alguém com uma mansão de
50 quartos e dois jatinhos estacionados no jardim,
e foi condicionado pela cultura a pensar que isso é sucesso,
então começa a se estressar por isso,
o que causa todo tipo de comportamento neurótico.
A ciência descobriu que
nosso sistema de classes, que é um subproduto natural,
quase um atributo que define nosso modelo econômico,
parece ser literalmente
doente
por sua própria manifestação.
Novamente, são
noções tradicionais
contra conhecimento emergente.
Me dizem: "você é contra classes, deve ser um comunista".
Respondo: "Não. Sou contra classes porque não é saudável cientificamente
uma sociedade se comportar assim".
Se quer viver numa sociedade segura com menos assassinatos,
menos problemas mentais,
basicamente com menos tudo que
é negativo, temos que encontrar equilíbrio e igualdade.
É uma realidade científica.
Número 3, Trabalho:
É interessante pra mim
quantos, especialmente no Movimento Occupy, que falei antes,
e por todo mundo há várias revoltas e instalilidade.
A questão do trabalho é um ponto central, em que as pessoas reclamam do governo,
perguntando onde estão seus empregos, que não
fazem o suficiente para lhes dar empregos,
como se governos tivessem qualquer coisa a ver
com esse elemento do sistema de mercado, estão gritando para o vento.
A primeira coisa que todos precisam entender
é que a única coisa que tem eliminado empregos pelo mundo
tem sido a tecnologia.
Por quê? Porque a tecnologia é cada vez mais eficiente em custos para as empresas.
Alguns economistas dirão
e escuto esses argumentos o tempo todo, que progresso
tecnológico age em ambos os lados
substituindo trabalho humano de um lado
mas criando novos trabalhos por novos meios do outro.
Pode ter sido verdade no passado, antes do crescimento exponencial
começar a acelerar de verdade,
mas agora a tecnologia está nos deixando na poeira.
Nossos cérebros, capacidades e processos de aprendizagem não são rápidos
o bastante para acompanhar
o que surgiu dessa linda ferramenta que criamos.
Realmente desafia a própria base do que estamos fazendo.
Quanto mais automatizamos
mais produtivos nos tornamos.
É completamente irracional não aplicarmos isso.
Isso literalmente quer dizer que é hora de abandonarmos
o sistema de trabalho por renda como o conhecemos,
está completamente obsoleto, além de tornar-se mais e mais ineficiente,
sequer será capaz de manter empregada a maior parte do planeta.
E o fato que
empresas continuarão automatizando,
em sua preciosa eficiência de custos,
você não pode vencer.
Ray Kurzweil fala sobre o crescimento exponencial
da aplicação da tecnologia
e a dramática redução de custos dessa tecnologia.
Uma calculadora, quando foi inventada, custava uns 600 dólares
algumas décadas atrás.
Hoje você dificilmente pagaria por uma, pois consegue de graça,
a pergunta se torna - e essa é a defesa de muitos economistas,
eles dizem: "Bem,
a diminuição no custo da tecnologia possibilita produzir mais
ou seja, criar mais a custos menores".
Mas nunca encontrei uma correlação um-para-um.
Você não pode supor,
em um ambiente de mercado baseado em lucro e maximização,
aliás estrategicamente,
que serão de fato justos
e começar a cobrar menos baseado exatamente na proporção do que ganham
com o uso da tecnologia
aplicada.
Espero que faça sentido.
É completamente irracional pensar assim porque as motivações são contra,
mas é o que os economistas costumam dizer, e tudo que eu digo é,
olhe ao redor, a única razão para termos desempregados nesse planeta
é que foram substituídos pela tecnologia, ponto.
Isso ao longo de todo curso da História. Se quisermos voltar a ser
fazendeiros, garanto que todos estarão empregados,
queremos mesmo isso?
Ou por outro lado, continuando meu aparte,
poderíamos todos trabalhar no Facebook, ganhar "dinheiro de Facebook"
e fazer pequenas coisas no Facebook.
É onde queremos que a nova economia esteja?
São essas coisas que ouço de economistas, dizem que vamos desenvolver
todo um novo setor onde tudo é digital, pessoas vão vender
e comprar informações,
como se fosse realmente necessário.
Entendem? É assim que querem viver a vida, só para salvar esse sistema?
Então, voltando. Há apenas 3 coisas agora que irão criar
mais empregos amplamente falando:
1) temos que reduzir a jornada de trabalho
para outros preencherem,
o que aliás foi proposto no governo Roosevelt
na Grande Depressão,
e combatido veladamente
sendo ele acusado de "socialista".
2) paramos de automatizar
o que aliás também foi proposto no governo Roosevelt,
de fato submeteram uma lei
para parar com invenções, o que achei das coisas mais hilárias que já vi,
ou, como mencionei, criamos um mar de ocupações totalmente arbitrárias
e condicionamos a cultura a aceitá-las como relevantes.
Não sei, como duas coisas que recentemente apareceram,
publicidade e Wall St., dois setores completamente inúteis
que fazem nada, criam nada, contribuem com nada,
na verdade apoiam valores opostos que preservam a sustentabilidade
e o progresso, ainda assim publicidade e Wall St.
são dois dos maiores setores, indústrias,
na face da Terra, no que diz respeito à quantidade de dinheiro movimentada.
Se isso não é um sinal de onde estamos indo,
eu não sei o que é.
Por fim, pelo que sei, o sistema de trabalho por renda,
que é a base da economia de mercado, está tornando-se obsoleto.
Ou nos adaptamos e mudamos o sistema, à medida da emergência,
compensando-a,
ou ele vai desmoronar sobre si mesmo, pelo modo que as coisas estão.
Os empregos não vão voltar, não vejo isso, não faço ideia
como poderiam voltar
porque tudo se move contra
a aplicação de emprego humano no momento.
4) O Sistema Financeiro:
Esse é curto. Como sabemos, dívida e juros são invenções,
regras de um jogo que
inventamos ao longo do tempo.
No entanto, as consequências desse jogo são extremamente reais
e o bem-estar de nações inteiras
está agora em dúvida por causa delas.
Não vou falar de todos os resgates a bancos, medidas de austeridade ou
o fato que cobramos juros sobre dinheiro que nem sequer existe
no suprimento de dinheiro,
criando um buraco *** de dívida que é matematicamente
impossível de sair.
Espero que todos aqui saibam disso,
se olhar esses mapas de dívidas, é por isso que estão aí.
Mas minha pergunta para vocês, que é nova,
é como operar um sistema de mercado sem juros nem dívida?
Isso é algo que me surgiu recentemente,
quando se pensa na mecânica do sistema, como funcionar sem juros ou dívida?
Se dinheiro não for emprestado a juros,
como ele é vendido? Como a filosofia do mercado
onde tudo está a venda
é preservada?
Onde está a troca? Se dinheiro não surgir da dívida,
de onde vem seu valor, porque é isso que é dívida,
trata-se de um valor paralelo que é extraído.
Como se compra dinheiro sem dinnheiro, ou sem dívida, em outras palavras?
Ouço um monte de pessoas falando disso,
um sistema não baseado em dívidas e juros, e não é surpresa
que eles não explicam qual a solução.
Ainda estou para ver uma solução que faça sentido no sistema de mercado
preservando o que é o ethos do sistema, o livre mercado.
Parece que a dívida em si
é o valor e o juro é o ganho, o lucro,
assim como uma mesa que compramos tem valor
e a margem
do vendedor dá o lucro,
então não faço ideia
como isso poderia funcionar quando me falam disso.
É estruturalmente falho.
Quem quiser encontrar outras formas de fazer, estou aberto a sugestões.
Só o que realmente podem fazer é perdoar dívidas periodicamente,
então a coisa toda
explode como agora, perdoam as dívidas e esperam, aí explode de novo, perdoam tudo
e esperam...
Mas será que isso é mesmo saudável?
5) Habitat e Gestão de Recursos:
Poluição, esgotamento...
Isso nos remete ao mecanismo de eficiência de custos novamente.
Como as empresas precisam "cortar as curvas" para reduzir custos produtivos,
a mesma lógica se aplica a sua relação com o ambiente que fornece
os materiais para vender,
sem falar em protocolos de resíduos
e poluição, negligência ambiental
que não param, essas práticas
são literalmente sempre baseadas em ganhar dinheiro
e enquanto podem ser moralmente questionáveis
no curto prazo
nessas discussões éticas que continuam a surgir, são só extensões da
mesma motivação
e posso citar todo tipo de exemplo em que poluição e esgotamento são utilizados
sem que ninguém pense em corrupção, apenas parecem normais,
já que são recompensados nesse sistema e poupam dinheiro.
Será feito de alguma forma, não importa quantas leis façam,
é só uma questão de perspectiva.
Se você quer acabar com o abuso ambiental,
deve certificar-se que não há reforço para ele, simples assim.
É assim que o condicionamento básico humano funciona.
A economia competitiva de mercado reforça essas coisas e simplesmente não há
fuga quando as pessoas competem, vai continuar ocorrendo.
Podem chamar de ganância, termo comum que ouvimos, a "ganância" disso ou aquilo.
Ganância por não querer eliminar resíduos corretamente
para poupar dinheiro, mas de novo, um aspecto da mesma falha,
não apenas ganância, ela não existe por si só,
é só uma extrapolação.
Um extremo da mesma psicologia implícita que está em ação aqui.
Finalmente chegamos ao centro do problema. O que define nosso sistema?
Se você pensar bem, vivemos em uma anti-economia.
a palavra economia significa "gestão do lar", significa ser estratégico
em como usamos recursos e cuidamos do habitat,
significa que devemos preservar e limitar resíduos.
É isso que nosso atual sistema faz?
Pelo que sei, toda a economia mundial está baseada em consumo constante.
Quanto mais rotatividade melhor,
mais bens comprados, usados, descartados, melhor.
Toda base desse sistema é o consumo e a única razão por que
vocês têm empregos agora é porque alguém está consumindo algo
com que você trabalha em algum lugar,
seja um serviço,
seja um bem que você fabrica.
Não há incentivo algum na estrutura de nosso
modelo econômico
que busca preservar ou criar o melhor,
o mais durável,
ou resolver os problemas,
em uma frase:
preservação, eficiência e sustentabilidade são os inimigos do sistema de mercado.
Parte 3: Um novo raciocínio.
Agora, espero que na seção passada, no mínimo
deixei vocês com um entendimento de que as raízes dos nossos problemas
não serão resolvidas por caprichos de leis políticas ou apelos
por responsabilidade empresarial.
A falha é estrutural.
A falha está estruturalmente criando um elemento
psicológico que ofusca nossa mentalidade, basicamente.
E se estivermos falando sério sobre criar verdadeira mudança para resolver problemas,
precisamos ampliar nosso leque de possibilidades.
Na maior escala, o que é uma economia? Economia é aumentar
a eficiência sempre, fazer o mais correto tecnicamente,
não o que alguma empresa pode pagar para se manter competitiva
no sistema de mercado
ou qualquer outra falha estrutural que mencionei.
A palavra chave aqui é "estratégico".
Precisamos de alocação estratégica de recursos e projeto
derivados de parâmetros técnicos comprovados
para garantir eficiência máxima
e, portanto, sustentabilidade.
Devemos monitorar a Terra e garantir que não causemos sobrecargas ou problemas
como desequilíbrio ou poluição.
Isso é senso comum e qualquer coisa a menos é negligência
com nossa sobrevivência e a saúde do planeta, se pensar,
e se você tomar essa visão consciente da Terra,
essa necessidade de calcular a sociedade e usar
o que o conhecimento científico nos ensinou até hoje,
alguns fatores que definem esse novo sistema se destacam:
1) temos de sair de uma economia de
crescimento para uma economia de equilíbrio.
Crescimento constante
é impossível
em um planeta finito.
Todas as ideologias tradicionais, capitalismo, socialismo,
fascismo ou comunismo,
nenhuma delas toca na questão do planeta finito, nem sequer ocorreu
às pessoas que viviam nesses sistemas.
Sem falar da exigência por trabalho que faz parte desses sistemas,
que exigem consumo constante
e portanto crescimento para se manter.
Isso não pode mais existir também.
Então, temos que encontrar um jeito de estabilizar
nosso sistema, através de estratégia.
Precisamos de um sistema colaborativo, e não competitivo.
Design otimizado
e uso científico estratégico dos recursos só podem ser feitos
com uma abordagem sistêmica, como já foi dito.
Se eficiência de custos joga ao lado da competição,
você sempre terá coisas inferiores, sempre terá problemas.
Nosso mundo é bastante disfuncional quando se trata de propriedade intelectual.
Temos rápido crescimento de tecnologia e informação
e tudo mais
e temos essas empresas brigando para manter sua propriedade,
portanto sua fatia do mercado
e não estão trocando informações.
Quando seu computador trava, sabe por que de fato acontece?
Porque é feito de coisas que vêm de toda parte
que não são propriamente testadas, nem criadas para funcionar em conjunto,
é de onde vem a maioria dos problemas de computadores.
Softwares criados por uma empresa não são 100% testados em compatibilidade
com outros softwares, então sempre temos problemas.
As pessoas sempre me criticam, dizem: "não queremos computadores no controle,
computadores são tão falíveis, dão pau o tempo todo".
Seu computador trava porque ninguém trabalha junto. Se pegar os melhores
técnicos especialistas em tecnologia computacional
para que de fato trabalhem juntos para criar um sistema
de interação
que pode produzir o melhor
e testá-lo,
veria surgir uma incrível confiabilidade, eficiência e integridade
nesse sistema que ainda não temos.
O verdadeiro mercado é o mercado das ideias
e ideias devem ser compartilhadas,
a "mente coletiva" deve surgir
e tudo que há no sistema de mercado combate a mente coletiva.
Ele rouba partes da mente coletiva para explorar outras partes,
é nocivo.
3) precisamos de um sistema industrial planejado,
que literalmente leva em conta, como dito antes,
alocação de recursos, equilíbrio dinâmico
e design estratégico.
O sistema disperso e aleatório atual, como a globalização,
onde se usa trabalho escravo aqui,
leva partes para a China, onde serão montados por um custo ainda menor,
e depois
transportamos por aí
e montamos em algum outro lugar e eventualmente exportamos tudo
para os EUA, onde serão vendidos.
Isso é insanidade completa.
Infelizmente, é o que esse sistema requer,
constantemente buscando formas de poupar dinheiro
não para ser realmente eficiente economicamente em relação aos recursos,
economizando energia, criando mais eficiência.
É realmente contraditório, se pensar bem.
Se quiser cuidar da população humana, acabar com as guerras e a exploração,
uma abordagem sistêmica para administração da Terra é necessária.
E 4 - e vou parar por aqui -
é a automação, como já foi dito, e essa é tipo
a distinção do design estratégico.
Não apenas projetamos bens para ser tão eficientes, duráveis
e atualizáveis quanto possível,
mas também o próprio processo produtivo em si
precisa ser igualmente estratégico para maximizar precisão e produção.
Em parte, é como iremos criar uma abundância de acesso neste planeta.
Significa que é uma utopia automatizada, onde ninguém faz nada?
Não, obrigações humanas
seriam mais
na organização de tais sistemas para supervisioná-los
por qualquer falta de integridade que possa existir
e realmente, teremos apenas uma fração da população
de fato interagindo aqui.
As pessoas sempre dizem: "espere um pouco,
quem vai pagar essas pessoas,
se não teremos um sistema baseado em trocas e mercado?"
Bem, não sei,
mas eu seria perfeitamente feliz
trabalhando em um sistema que eu soubesse que
iria tomar conta de mim, evitar guerras,
proporcionar estabilidade social,
criar abundância para as pessoas da Terra.
Precisamos mesmo
desse incentivo de recompensa tão superficial
para contribuir com a sociedade?
A resposta a dar é não, se de fato analisarmos todas as outras subculturas
que existiram historicamente
por todo esse planeta
que não eram tão apegadas a essa falsa noção de incentivo.
Agora, vou basicamente parar aqui, mas
esse é basicamente um modelo econômico baseado em recursos, que Jason
mostrou mais cedo.
São apenas alguns dos atributos que o caracterizam
e o Movimento Zeitgeist basicamente existe como
um grupo que tenta espalhar essas ideias, expor as falhas
fundamentais do atual sistema,
fazer o mundo aprender a trabalhar juntos compartilhando um mesmo conjunto de valores
que é um conjunto de valores inegáveis,
não importa sua religião ou crença, ou qualquer
coisa relacionada a sua filosofia política
se não tiver embasamento técnico.
Se não houver orientação técnica, que é realmente
a beleza do ponto onde a ciência nos trouxe,
você não está realmente associado a absolutamente nada.
Há uma implícita
lógica básica que todos devem ter sobre a forma como vivemos
nesse planeta e, dada essa lógica,
podemos criar uma abordagem de base sobre como
o sistema funcionaria, que é quase auto-evidente
à medida que o conhecimento progride.
O termo "Zeitgeist" é definido como o clima cultural, moral e intelectual de uma época.
Para mudar o mundo, temos que mudar de valores.
A verdadeira revolução é a revolução de valores, não é?
É questão de evolução do pensamento.
E até termos todos a bordo para compartilhar um conjunto básico de valores,
detesto ser dramático, mas digo que estamos todos condenados,
porque o advento da tecnologia e tudo mais que está ocorrendo agora,
há instabilidade no futuro, que pode facilmente levar a problemas crescentes
que excedem de longe nossa capacidade de resolução, há um ponto sem volta,
creio que exista,
por isso o movimento é global.
1.000 regionais espalhadas por 70 países
e não é questão de associar-se ou juntar-se, nada assim,
É questão de entender
e comunicar para seus amigos o que é certo.
A instituição em si, Movimento Zeitgeist, é irrelevante,
assim como qualquer instituição. O que é uma instituição?
É um conjunto inicial de ideias
e essas ideias precisam mudar
e têm que se adaptar.
Espero que isso dê algum insight a vocês sobre valores
e talvez crie algum interesse
e agradeço por me ouvirem!