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"SISSI"
Bom dia, Alteza!
Bom dia!
Minha nossa!
Pesquei um, olha o tamanho!
Crianças, venham aqui, peguei um!
Papi pegou um peixe!
- Vamos ao lago! - Papi pescou um peixe
Olhem! Vejam só o tamanho!
Venham logo!
Depressa, olhem, que peixão, heim?
- Ele deve pesar uns 5 quilos! - Mami, Papi pescou um peixe!
Deste tamanho!
Viva!
Quem segura a vara? Calma, quietos.
O Gackel segura. Preciso buscar a rede!
Gackel!
- Papi, o Gackel caiu na água! - Era só o que faltava!
- Pegou a vara? - Peguei, mas o peixe fugiu!
Então vamos tomar o café!
- Não gritem tanto! - Oba! Tem lingüiça branca!
Não subam na mesa! Max, tire seu chapéu!
Sobrou o suficiente para mim? 2, 4, 6, 8, 10. Está bom.
Gackel! Parece um rato molhado!
E você também!
Thomas, seque Suas Altezas.
É, troque os príncipes!
- Também quero! - Então comam!
- Max, você come como um camponês! - Porque está gostoso!
Você deveria ser o exemplo para elas.
- Elas comem como eu! - É... infelizmente.
- Onde está a Sissi? - Ela foi cavalgar!
- E a Nenê? - Ela nunca come lingüiça branca!
- Então temos o suficiente. - Papi, podemos jogar bolão?
Podem, sim!
Está batendo, batendo, batendo.
Veja. Ninguém usou talheres. E por quê? Você sempre come com os dedos!
Veja, meu coração. Há 5 anos você se esforça tentando me educar...
Cuido para que nossa casa não vire bagunça!
Penso no futuro. São 5 filhas. Helena está em idade de casar.
- Quem é? - Sr. Johann Petzmacher.
- Faça-o entrar! - O filho do dono de um restaurante!
Beijo-lhe as mãos, Alteza.
Bom dia!
- Salve, Max! - Salve.
- Quando chegou? - Ontem à noite!
Só agora aparece? Onde está hospedado?
Na casa do correio! Passei a manhã vendo como se passam os tele...
como se chama esta invenção moderna?
Lembrei! Como ele telegrafou.
É bem interessante, também já fomos ver.
Incrível, ele fica batendo na mesa...
- e Munique ouve! - Isso não quer dizer nada.
Também sei telegrafar. Thomas!
Às suas ordens, Alteza!
- O que telegrafou? - Traga o vinho tinto leve!
- Quais as novidades em Viena? - Nada de mais, somente...
o atentado contra o Imperador. Os cavalheiros do governo ainda...
tremem nas bases, o único "homem" na Hofburg é a Sofia!
Se diz Sofia, trata-se então da mãe de Sua Majestade...
Sua Alteza Imperial, a Arquiduquesa Sofia?
Exatamente.
Agora, a Sofia... a senhora sua irmã, a Imperatriz...
quer casar o filho Franz, perdão... seu Imperador...
quer dizer, nosso Imperador... ela pretende casá-lo.
- E sabe-se com quem? - Não se comenta nada.
Ah, safra 49!
Fantástico.
Se não gostar deste, não gostará de nenhum!
Gosto de qualquer vinho.
Brindemos à sua Sofia! Não a suporto...
mas se ela me dá um motivo para beber, vamos brindar!
Ao futuro Imperador da Áustria também!
Saúde, Max!
- Foi a Sissi! - Montada naquele cavalo selvagem!
- Sissi! - Bom dia!
- Pule sobre as rosas! - Não!
Pare!
Use as esporas!
- Bravo! - Por isso estou sempre nervosa.
Menina fabulosa!
Mittermeier!
Estou aqui, Princesa! Então, a Gretel saltou bem?
Maravilhoso, deviam ter visto! Como uma gazela na fuga!
- Hoje receberá mais aveia. - Ela mereceu!
- Onde está a comida dos pássaros? - Pus ali!
- Obrigada! - Venha, Gretel. Venha!
- O leite para o Xavier. - Como ele está?
Ótimo, mas não aceita nada de ninguém, só de você!
Claro, eu o encontrei.
Xawier, venha. Venha comer.
Barri, Bella, saiam! No canto! Deixem Xawier comer!
Empurre-o. Empurre-o. Bravo! Defenda-se, Xawier!
Empurre-o! Defenda-se! Empurre-o!
Para o canto vocês três! Vão!
Venha, Xawier! Venha!
Agora vocês olham, não é?
Está gostoso, Xawier?
- Bom dia, Princesa! - Bom dia, senhora Stoeckel!
- Como está sua gota? - Ameaça chuva, e sinto nos dedos!
- Trarei mais aguardente do Franz! - Só para friccionar!
Ela sempre bebe a aguardente!
- Não é verdade, nunca fiz isso! - Sim...
Bom dia, Papi!
- Bom dia! - Veja!
- Lindo... - Como olha interessado os três...
- Quieto! Você também, Bella! - Montou e saltou muito bem.
Como recompensa, subirá ao Bock comigo!
Verdade?
- Qual o problema, Baronesa? - Esta carta chegou agora, Alteza.
Carta para mim?
Da Hofburg?
Isso é maravilhoso!
Chame a Princesa Nenê, imediatamente.
Que maravilha!
- Mandou chamar, Mami? - Sim, minha filha!
Nenê...
Recebi agora uma carta de Tia Sofia...
- Ela fala de você! - De mim?
Sim. Mas não comente com ninguém, principalmente com seu pai.
Tia Sofia pediu encarecidamente! A notícia é para nós duas!
- O que a Tia Sofia escreveu? - Ela escreveu...
Mami!
- Mami! - Sim?
- Papi vai me levar na caçada! - E precisa gritar?
- Então, o que tia Sofia escreveu? - Ela nos espera em Ischel...
no dia 17 de agosto... Meu Deus... não ouso nem pensar.
- O quê? - Você deve ser a Imperatriz da Áustria!
- Eu? - Sim! Imagine que felicidade!
Franz Joseph é bonito, poderoso, rico! O mundo todo irá invejá-la.
Barri!
- Mami! Mami! - Mas o que foi?
- Nenê está com você? - Sim!
- Quero saber se quer ir à caçada! - Nenê está sem tempo. Vão sozinhos!
- Vamos sim. Beijinho! - Sim!
- Beijinho. - Mas, mamãe...
o que Papai dirá se formos sozinhas a Ischel?
Também pensei nisso. O que vamos fazer?
Talvez seja melhor levarmos Sissi junto...
assim parecerá um passeio. Oh, Nenê, estou tão feliz!
Eu também, mas ainda não entendi.
Em Insbruck, Franz Joseph mal falou comigo.
Estava pensando em outras coisas, a revolução, a fuga de Viena...
a luta pelo trono! Mas o importante é que...
tia Sofia deseja essa união. O que ela deseja, é fato consumado!
Sua Majestade!
- Beijo-lhe as mãos, Mamãe! - Meus cumprimentos.
Quero ficar a sós com Sua Majestade.
- Tem um momento para mim? - Para a senhora sempre, Mamãe!
- Mais tarde. - Às ordens, Majestade!
Pois não, querida Mamãe. Estou à sua disposição.
Não na sua mesa de trabalho.
O que tenho a dizer é de natureza particular. Vamos sentar ali.
Com prazer, Mamãe.
Você sabe que até agora tudo fiz para o seu bem estar.
- Claro, Mamãe. - Pessoalmente abdiquei do trono...
devolvi à Áustria o seu Imperador...
Agora quero pôr nos braços deste Imperador uma esposa digna...
- Devo casar? - Sim, Franz.
Quase todos os países têm princesas em idade de casar.
Muitas potências me sondaram. Por motivos políticos...
- não recusei nenhuma. - Nem sei quem devo desposar.
Por isso já tomei a decisão.
Uma escolha que não agredirá nem favorecerá nenhum país.
Querida mamãe, sempre fui grato por cada sugestão e iniciativa...
mas não crê que nisto a decisão deve ser minha?
Claro.
Mas pode confiar em mim. A moça que será sua esposa e Imperatriz...
tem todos os predicados que você pode desejar.
É jovem, linda e vem de uma casa católica...
- Só que não a conheço... - Conhece!
Você a viu em Insbruck. É a sua prima Helena...
filha da tia Ludovica e... o único ponto obscuro...
do arquiduque Max da Bavária. Precisamos considerar isso.
Incrível...
de toda a família é o único de quem me lembro.
E bem!
Lindo, não?
Maravilhoso!
Lembre-se de uma coisa, minha filha:
Quando tiver problemas ou estiver aflita, caminhe pelo bosque com...
os olhos bem abertos. Na árvore, no arbusto, na flor e no bicho...
você perceberá o poder de Deus e Ele lhe dará consolo e forças.
Sou muito feliz por ter um pai como você.
Sou muito feliz por ter você como filha...
eu não deveria dizer isso...
mas agora, bico calado, senão espantamos a caça.
- Já estou com o coração na boca. - Silêncio.
O que traz, Excelência?
A condenação à morte de oito rebeldes de Praga.
- Como são essas pessoas? - Estudantes, universitários e...
- artistas. - Seus crimes são tão violentos...
- que mereçam essa condenação? - Sim, Majestade.
Rebelião, subversão e ofensa a Sua Majestade.
- Vou analisar os autos. - Preciso de sua assinatura urgente.
- As execuções serão amanhã cedo. - Mas não posso decidir sobre...
- as vidas de oito jovens! - Majestade...
as condenações foram proferidas pelo mais Alto Conselho de Guerra.
Não importa. Vou analisar os autos.
Também Sua Alteza Imperial, a Arquiduquesa Sofia é de opinião...
Creio ter sido claro...
- Majestade? - Obrigado, Excelência.
Agora preste atenção. Vamos arrumar a cama...
e agora vamos colocá-lo aqui. Ele precisa dormir.
Seppel! Devolva a boneca! Vá buscar outra boneca.
- Apresentando arma! - Que faz com o meu chapéu?
Não é brinquedo. Ponha-o no lugar! Se precisar dele, não vou achá-lo.
- O que é isso? - O castelo de Nymphenburg!
A pobre família real... Como residência de verão deve servir.
Agora vou mostrar uma coisa. Vamos embrulhar o Hansi.
Assim, assim, tem que cobrir a barriga para não se resfriar.
Cobrir, pôr no saco de dormir e prender...
- Tivemos outro filho? - Mas, Max...
Prender bem para não soltar. E agora vocês tentam sozinhas.
Depois Mami volta para olhar. Vão.
- O que a Sofia escreveu? - Convidou-me para o aniversário...
do Franz Joseph em Ischel. Gostaria de levar a Nenê e...
- a Sissi comigo. - Posso ir junto?
- Sim, pode ir junto. - Karl Ludovic estará lá?
Claro. É o aniversário do irmão dele.
Parece que Karl Ludovic continua na sua cabeça.
- Leve o anel que ele lhe deu. - Onde ele está?
- Na caixinha de costura. - Não, na de penas.
Oh, santa bagunça. Qualquer coisa urgente, posso telegrafar.
Para mim não, senão o encarregado irá me acordar no meio da noite.
Telegrafe ao Petzmacher. Ele mora na casa do correio, com o Bazi...
- aquele safado. - Então telegrafo ao safado do Bazi.
- Quando vamos? - Amanhã cedo.
Já? Ótimo!
Como Sua Majestade estará em Ischel, o controle de pessoas será rigoroso.
Controle rigoroso!
Um segundo atentado deve ser impedido de qualquer modo!
De qualquer modo! Alteza, sei da responsabilidade que me pesa...
a partir deste momento... perdão... sobre o ombro.
Mas pode confiar totalmente. Segurança de um imperador...
- é minha especialidade! - Já fez isso alguma vez?
Nunca! Mas teoricamente conheço as estratégias.
- Posso dormir sossegada? - Claro. Desejo bom repouso.
- Pode ir. - Aonde?
Alteza Imperial, major da polícia se retirando!
Pelo amor de Deus, Sissi! O que está fazendo?
- Dando de beber aos cavalos! - Mas isso é função dos cocheiros...
- agora veja só como está! - No sol secará num instante!
Minha vontade é mandá-la de volta para casa.
E a tia Sofia está chegando!
- Ludovica! - Sofia!
- Estou tão contente! - Eu também.
- Beijo-lhe as mãos, tia. - Karl Ludovic!
Nenê.
- Ela ficou ainda mais linda! - Saudações, Karl Ludovic!
- Estou muito satisfeita. - Vejam só, a Sissi!
- Trouxe a Sissi? - Mais tarde explico o porquê.
- Boa tarde, tia Sofia. - Saudações, minha filha.
- Está com as mãos molhadas! - Dei de beber aos cavalos!
- Deu de beber? - Para ir mais depressa!
- Olá, Karl Ludovic! - Sissi, que modos de cumprimentar.
Aprendi com ele. Em Insbruck sempre dizíamos "olá". Não é?
Claro. Estou contente que tenha vindo.
E eu por estar aqui! A sua Áustria é linda!
- Gostou então? - Muito!
Não entendo porque essa menina veio!
- Porquê... - Sua mãe vai esclarecer.
Ela não participará da recepção, ficará com a governanta...
rigorosamente separada da sociedade.
Claro. É uma criança.
- Sissi, pensou em mim? - Claro. Olhe!
Nem imagina a felicidade de vê-la com o meu anel...
- Também usa o meu? - Nunca tirei do dedo!
- Que gentil! - Se não tivesse vindo a Ischel...
eu iria a Possenhofen. Só iria esperar pelo noivado.
- Noivado? - Ainda é segredo!
Diga-me, por que o tio Max não veio?
Aqui há uma área de caça ótima! Camurças, Gamos, Cabritos monteses!
- Escreverei para ele vir. - Telegrafe! É muito mais rápido!
- Não divulgue. Será surpresa! - Minha mãe está entrando no carro.
- Precisamos ir. - Estamos indo!
- Vamos nos ver em breve? - Claro!
Por isso ruas, caminhos, atalhos, pontes, etc. que levam a Ischel...
devem ser rigorosamente controlados! Entendido?
Qualquer suspeito ou renitente... pôr imediatamente no gelo.
- Digo, a ferros! - Sim, Senhor!
"Melhor prender um rebelde a mais, do que soltar um inocente"!
Retirar...!
Baronesa, e o meu cestinho? Pus na mala!
- Na mala de roupas? - Sim.
- Princesa, os vestidos... - Aqui está, querida.
Muito bem. Precisamos melhorar mais ainda para o baile.
- Vamos a um baile? - Você não!
- Por que não? Já sei dançar! - Você ainda é uma criança.
- Onde está meu xale veneziano? - Sissi, gostou do meu penteado?
Está bom. O cabelo devia estar mais alto! Assim!
Sissi! O que está fazendo?
Temos que estar na tia Sofia para o chá às cinco!
- O que vou usar? - Nada.
Quer dizer, não foi convidada!
- Então vou pescar! - Meu Deus, o penteado!
Por favor, ajeite-o!
- Aqui está! - Sissi, o que está fazendo agora?
- Queria o meu cestinho! - Vamos já para o seu quarto...
- senão vou ficar louca... - Minha vara de pesca!
- Sua vara! Entre logo. É terrível! - Não me tranque, quero ir pescar!
Não! Daqui você não sai!
Está batendo, batendo... Por que eu trouxe essa criança?
Pode me dizer onde é o Telégrafo?
- O Telégrafo. - Sempre em frente, em frente!
Sempre em frente... obrigada!
Parado! O que falou com a moça? O que falou com ela?!
- Nada! - Nada? Fez uma indicação!
Indicar, eu indiquei!
O que indicou? O quê e por quê?
- A senhorita pediu uma informação! - O que ela perguntou? O quê?
- Onde era o telégrafo mais perto. - O telégrafo mais perto!
Tenho que arrancar a informação do seu nariz? Vá! Vá embora!
Pronto. Por favor!
- Muito bem. - Posso ficar olhando?
Claro.
Sr. Johann Petzmacher...
Possenhofen. É na Bavária, não é?
Sim, no lago de Starnberg.
Agência do Correio. Estive presa...
Fugi pela janela.
Enviar depressa...
- O Petzmacher consegue ler isso? - Escrevem num papel.
Papili, venha com espingardas.
O Imperador chega hoje às quatro horas.
Sissi.
- Isso aí significa Sissi? - Sim.
- Você inventou este aparelho? - Não, foi o Senhor Morse...
e o Sr. Karl Von Siemens o construiu.
- Então, obrigada. - De nada.
- Até logo! - Um momento! Precisa pagar!
Ah, é?
- Mas não tenho dinheiro. - E me fez telegrafar?
Olhe, trago-lhe o dinheiro mais tarde.
Por enquanto fique com o anel.
- É ouro puro? - Não sei, acho que sim.
- Não morda! Preciso dele! - 10 palavras... dá 60 cruzados.
60? Acho que ele vale isso!
- Você acha? - Acho.
Muito bem, depois me traga o dinheiro.
- Sim. - Minhas recomendações.
Também me recomendo.
- Saudações, Boeckel. - Sem intimidades! Estou a serviço.
O que a pessoa que acaba de sair telegrafou? Onde começa?
Não dá para ler isto, são somente pontos e traços.
- Aqui, leia. - "Fiquei presa". Uma fugitiva.
- Bem que desconfiava... - O que vai telegrafar?
- Quem? - Você!
Então tire daí! "Fugi pela janela".
- Ela aprontou alguma? - Calado! Eu faço as perguntas!
"Fugi pela janela". Quem está telegrafando?
É o Gemundner perguntando quem telegrafou. Vou responder já.
- Já respondeu quem telegrafou? - Sim. Um idiota.
- Não fale assim, estou em serviço! - Eu também!
Perdão. "Envie Papili". - Quem é Papili? É um nome croata.
"Com espingardas"! Mas isto é um ataque ao Imperador!
Um ataque ao Imperador! Eu sei... Só pode ser!
Ela está na rua onde o Imperador precisa passar! Meu capacete!
- É particular! - Não há tempo!
Como vou receber o meu dinheiro? A menina não tinha dinheiro e...
- me deu este anel como garantia! - O quê? E aceitou? Você é um receptador!
- O que eu sou? - Receptador! Só pode ser roubado!
- Devolva! - Ficará em poder da polícia!
Sabe, Boeckel? Quando está em serviço, você é um burro!
Agora essa? Ofensa à autoridade! Levante-se. Considere-se preso!
Venho buscá-lo mais tarde! Onde está o idiota? Vou levá-lo...
comigo como "corpus... delicti"!
Por que os cavalos estão rebeldes?
- É uma mochila! - Então tire daí!
O que é isso? Quem está pescando aí?
Eu!
Oh, Majestade!
Por favor, não corte! Estou indo!
Por favor, não corte! Majestade, vou soltá-lo num instante!
Pelo amor de Deus, Majestade!
Dê-me a faca! Dê-me...
Majestade, creio que estou no encalço de uma nilista...
- estou seguindo-a há algum tempo! - A mochila!
- Nessa mochila pode ter uma bomba. - Então tome!
Majestade, ele está louco, não sou uma nilista.
Acredito. Mas também não é austríaca.
- Não, sou da... Bavária! - Da Bavária? Conde Gruenne?
Por favor, vá na frente e informe minha mãe que fui a pé um pedaço.
- Às ordens, Majestade! - Poderia acompanhar-me...
- se tiver tempo. - Oh, sim. Eu tenho tempo!
Vamos dar uma volta e admirar a beleza de Ischel.
- Só vou buscar minha vara. - Como um servo humilde, peço...
- tome cuidado! - Sim, sim!
- Posso? - Pois não!
Conseguiu pescar alguma coisa com isso?
Sim, Majestade.
Devo dizer, é a primeira surpresa agradável que tive em Ischel.
- Isso me deixa feliz. - Quanto tempo ficará?
- Gostaria de revê-la. - Dois a três dias.
Que pena. Nos próximos dois, três dias não terei um momento livre.
Espere...
Reservei tempo. Aceita caçar hoje à tarde?
Sim. Sempre acompanho Papili na caça.
- Papili? - Ele é meu pai.
- Também é caçador, o Papili? - Um grande caçador...
- o melhor que já conheci! - Fico contente.
Diga-me, esta é a primeira vez que você veio à Áustria, Nene?
- Não! Estivemos juntos no Tirol. - Claro, há três anos, em Insbruck.
Aquela vez, quando nós saíamos correndo...
- foi um tempo muito gostoso. - Quer mais chá?
Não. Por favor, uma aguardente.
Sua Alteza Imperial deseja um licor.
Alteza, o carro de Sua Majestade acaba de entrar no parque.
Sim? Então vamos ao balcão cumprimentar Franz Joseph!
- Karl Ludovic! - Sim, Mamãe!
O que foi? Por que todos saíram correndo?
O carro de Sua Majestade acabou de entrar no parque!
Então me sirva mais uma aguardente!
Alteza, Ajudante Geral de Sua Majestade apresentando-se!
- Onde está Sua Majestade? - Recebi ordens de vir na frente.
- Queria caminhar. - Sozinho?
Sim. Quer dizer, não. Quer dizer...
- Sua Majestade estava acompanhado. - Acompanhado?
Por uma dama, por mim, desconhecida!
- Desconhecida pelo senhor? - Sim, Alteza!
Agradecida. Venham, minhas queridas!
Aquele ali é o "Dachstein".
Ali é meu reduto de caça.
Aquele monte.
Ali é a Serra dos Infernos.
E ali é o Monte Jainsen.
- É lindo. - Muito bem...
então às cinco horas, em ponto, na ponte dos gamos?
- Sim, Majestade. - Encontrará o caminho?
- Com certeza! - Espero que não se perca no bosque.
Eu? Impossível! Mesmo que o bosque seja desconhecido.
Agora tenho um pedido a lhe fazer.
Converse com o major da polícia para ele não me perseguir de novo!
- De acordo! Então? Às 5? - Até logo, Majestade!
- Posso ter minha mochila? - Posso pedir umas informações?
- Sim? - Um momento! Tenho perguntas...
- Senhor Major! - Majestade?
Primeiro as minhas perguntas.
Diga, como estava o tempo nos últimos dias em Ischel?
Estava maravilhoso, Majestade. Perdão, devo seguir a dama!
- Ela está acenando! Está acenando! - Deixe-a acenar!
Ela chamou minha atenção de imediato.
A minha também. Mas diga-me, Senhor Major...
- queria saber como estará o tempo. - Terrível, nos próximos dias...
- teremos chuvas torrenciais. - Tem um sapo renita?
Não, reumatismo! Sinto o tempo dois dias antes!
Ela se foi... como se a terra a tivesse engolido!
- Diga-me o que queria da dama. - Saber o nome e o endereço.
Por que não falou logo? Corra!
E me informe imediatamente!
Dormiu bem, princesa?
- O que a leva a crer que dormi? - O quarto estava tão quieto...
não quis incomodar.
Não, eu não dormi. Eu sonhei.
Estou curiosa. O que a Mamãe e a Nenê dirão sobre a recepção?
Será que havia muitas pessoas? Como será o Imperador?
- Lindo! - O quê?
Acho que deve ser maravilhoso, pelos quadros...
Claro, quero saber se ele mudou muito desde Insbruck!
- Totalmente. - Como?
- Naquele tempo éramos todos crianças. - Sim, você está certa!
Baronesa, às cinco no meu quarto haverá novamente silêncio.
Seria gentileza sua se não incomodasse.
- Beijo-lhe as mãos, Mamãe. - Eu o saúdo, Franz!
- Meus cumprimentos, Papai! - Salve, Franz!
- Estou feliz por vê-lo finalmente! - Eu também. Recuperou-se bem!
- O que foi? - Você se recuperou bem!
Verdade, estou bem! Sempre digo que faço tudo, menos reger.
Franz...
tia Ludovica e sua prima Nenê vieram de Possenhofen...
para festejar seu aniversário!
Querida tia, que bom que vieram a Ischel.
A alegria é nossa, querido Franz.
Meus cumprimentos, Nenê.
Quase não a reconheço.
Já faz alguns anos desde que nos vimos em Insbruck.
- Sim, você ficou muito bonita. - Obrigada.
- Tio Max não veio? - Infelizmente.
Pediu que transmitíssemos seus votos de feliz aniversário.
- Que pena. - Queria fazê-lo pessoalmente...
mas tinha assuntos inadiáveis para resolver.
Essa bolada valeu!
Max! Recebi um telegrama de Ischel, da Sissi!
- Da Sissi? - A Sissi telegrafou?
- O que ela telegrafou? - Esteve presa, fugiu pela janela.
É para você ir e levar as espingardas.
Oba! Vamos viajar para Ischel! Hurra! Hurra!
Quietos!
O que vou fazer em Ischel? Não vêem que estou ocupado?
Meninos, levantem os pinos e perguntem ao Thomas...
onde está a cerveja. E você, anote que fiz um strike!
- E você vai jogar bolão! - Papi, por favor...
Desapareça!
Vou ficar em casa! A primeira vez que posso fazer o que quero...
e aí devo viajar? De jeito nenhum!
- Como? Não sabe quem era a garota? - Não, Mamãe. Só sei que é linda!
Uma desconhecida fez o Imperador da Áustria deixar sua carruagem e...
caminhar como qualquer estudante pelas ruas!
E no dia em que sua futura noiva o espera.
Sinto por ter se irritado tanto por causa desse acontecimento.
Nada me preocupa mais do que deixá-la aborrecida.
- Por favor, perdoe-me. - Tudo bem.
Esqueçamos este caso desagradável! Não se fala mais no assunto!
O que achou de Nenê?
- Acho-a muito... muito bonita. - Bonita? Acho-a linda!
- E você, filha, gostou dele? - Ele é simpático!
Simpático? Acho-o encantador!
- Só acho a Nenê um pouco fria. - Meu Deus, ela é um pouco tímida.
- Ela sabe o que a espera! - Ela sabe que devemos noivar?
Claro. Mas isso não deve influenciar sua decisão.
Conversei com Nenê. É inteligente, devota, bem educada, culta...
e pelo seu visual, predestinada a ser a esposa de um imperador.
- Sim, certo. Mas... - Não diga nada ainda.
Precisa conhecê-la melhor e aí terá a mesma opinião que eu.
- Venha conversar com ela. - Agora não. Vou à caça.
- Você irá caçar ainda hoje? - É uma oportunidade única!
- Ficarei só dois dias! - Dedique uma hora aos hóspedes.
Não dá. São quase 5 horas. Tenho encontro marcado com os caçadores.
E sabe que gosto de ser pontual. Mas mais tarde, no jantar...
e no baile, terei oportunidade de conhecer Helena melhor.
Como quiser.
- A partir daqui irei sozinho. - O armador deveria acompanhá-lo.
- Ninguém, o cão também fica! - Boa caçada, Majestade!
- Boa caçada. - Boa caçada!
Saudações, Majestade! Oh, perdão.
- Fui pontual? - Que bom que veio!
- É bom andar no bosque outra vez. - O caminho é íngreme!
- Não faz mal. - Então vamos!
Sua Majestade foi caçar? Mas isso não estava previsto!
- Não fale tão alto! - Perdão. E como posso...
efetuar as medidas de segurança?
Precisa se contar também com fatos não planejados.
A mulher que Sua Majestade encontrou ao chegar...
- não foi inspecionada também! - Sobre ela eu quero falar!
- Ele a conhece? - Com certeza, ele caminhou...
- bastante com ela. - Conhece-a?!
Eu? Sim, senhora. Quer dizer, não a conheço, mas sei que é ladra.
- Uma ladra? - Sim. Agora só me resta saber...
se se trata de uma ladra comum.
Criminosos políticos costumam cometer infrações simples...
- para confundir as autoridades. - Não quero aula de criminalística.
- Quero saber se foi indiciada! - Infelizmente ainda não.
- E por que ainda não? - Porque ela fugiu de mim.
- E por quê? - Pergunta esquisita!
Perdão, Alteza Imperial, escapou.
Ela escapou pois Sua Majestade não me deixou escapar...
digo, Sua Majestade me envolveu em uma conversa.
E me disse que podia dormir sossegada!
- Quem, por favor? - O Senhor!
Eu de novo?!
Que bom que ama o bosque tanto quanto eu.
Mas raramente passeio pelo bosque. Normalmente...
estou sentado atrás da mesa de trabalho...
- ou passando revista. - Então é digno de pena!
Quando tiver problemas ou estiver aflito, caminhe pelo bosque com...
os olhos bem abertos.
Na árvore, em qualquer arbusto...
na flor, nos bichos, você sentirá o poder de Deus e...
Ele lhe dará consolo e forças.
- Leu isso em algum livro? - Não, é sugestão do meu Papili.
Ah, o Papili!
Deve ser um homem maravilhoso, o Papili!
E como!
Mas agora temos que ficar de bico calado.
Devemos ficar bem quietos... senão espantamos a caça!
Eis a caçadora "por excelência"!
- Portanto, silêncio! - Sim.
- Majestade? - Sim?
- Pretende mesmo matar o gamo? - Claro. Para quê a espingarda?
- Papili não atira? - Sim. Mas gosto de olhar...
- os animais vivos. - Eu também. Mas hoje quero um gamo.
- Olha um aí! - Onde?
Ali!
- Fugiu! - Perdão, Majestade!
Como aconteceu isso com uma caçadora?
Também não sei. Por favor, não fique bravo comigo.
- Não, eu ainda o pego. - Mas não hoje, não é?
Não, hoje não. Mas já podemos falar alto.
Podemos até cantar alto!
Não acredito! Trouxe uma cítara à caça?
Sim, o Papi também a levou ao Egito, na pirâmide de Queóps!
O Papili já esteve no Egito?
De repente dá desejo de viajar e ele vai...
e eu, acredito que serei como ele, um dia!
Pena que ficarei dois a três dias, gostaria de prolongar as férias.
Por minha causa? Isso é muito gentil!
- Conte alguma coisa de você. - De mim? Não há muito o que contar!
-Atividade favorita: cavalgar! -A minha também!
- Flores favoritas: rosas vermelhas. - As minhas também.
- Sobremesa favorita: Apfelstrudel! - Não acredito! A minha também!
É?
- E o nome? - Em casa, Liesel Von Possenhofen.
Possenhofen?
É no Lago de Starnberg! Onde mora o Arquiduque Max da Bavária!
Então conhece minhas primas Helena, Elisabeth, Matilde!
Maria, Sofia! E também os meninos, digo, os príncipes...
Gackel, Karl Teodor. Pelo que sei, a arquiduquesa Ludovica...
veio com as princesas Helena e Sissi para Ischel, não é?
Vieram me cumprimentar pelo aniversário!
- Mas a princesa Sissi não veio! - Ela veio sim!
- Não a conhece? - Superficialmente.
- E que tal, gostou dela? - Insignificante, mas Liesel...
me agrada! Nunca pensei que pudesse invejar alguém.
- Sim? Quem? - O homem que a tomará por esposa!
- Mas por quê você pensa assim agora? - É um pensamento racional.
- Está pensando em casar? - Infelizmente eu preciso.
- Quer dizer que é noivo? - Ainda não.
- Somente apaixonado? - Também não.
Devo ficar noivo esta noite.
Mas como se pode ficar noivo de alguém que não se ama?
Em nossos meios isso é comum...
devido a interesses de estado...
por motivos de dinastia, por...
Assim ela deveria ser...
esses olhos...
essa boca...
esse cabelo...
- assim ela deveria ser. - Sua noiva não é bonita?
Claro, muito bonita... Mas... Mas não tanto!
- Creio que roubou meu coração! - Quem é? Uma princesa, é claro.
- Talvez a conheça. - Claro que conhece.
- Sim? - Princesa Helena da Bavária.
Nenê?
Não falemos mais de mim...
Estou feliz por tê-la conhecido.
Creio que poderá ser muito amada.
Quer dizer, precisa-se gostar.
- Liesel! - Por favor, não.
O que foi? De repente se transformou?
- Liesel, o que há? - Nada!
Liesel!
Liesel!
Por favor, pare! Liesel!
- Sabe o que tia Sofia disse? - O quê?
Você educou Nenê para ser Imperatriz.
Olá, Sissi. De onde está vindo?
Fui passear no bosque.
Mamãe, podemos contar a Sissi agora porquê estamos aqui?
Claro que sim.
Sissi, uma grande novidade! Hoje ficarei noiva de Franz Joseph.
Nem acredita como estou feliz. É lindo, diferente dos quadros.
É encantador e gentil!
Estou contente pela sua felicidade, Nenê.
Sissi!
Sissi, o que há com você?
Está tão diferente, não está se sentindo bem?
- O que você tem? - Nada.
Está triste pois não foi convidada? Tenho uma notícia maravilhosa.
O Príncipe Khevenhueller veio sem avisar e falta uma dama à mesa.
Então tia Sofia a convidou. Bom?
Não, Mamãe, não quero ir. Quero ficar em casa.
Mas não é possível. Tia Sofia ficará ofendida, se não aceitar.
- Sim! - Não importa! Não vou.
Por favor, não me aborreça. Não seja geniosa.
Qualquer outra princesa ficaria feliz em participar desse jantar.
Mas vou ficar em casa!
- O que ela tem? - Não faço idéia.
Mas ela irá. Era o que faltava, contrariar tia Sofia.
E nesta noite, que pode significar o destino de nossa casa.
Boa noite, Excelência!
Sua Alteza, o Marechal de Campo, Príncipe Radetzky.
Estou feliz, pois apesar do longo caminho, tenha vindo me visitar.
É uma grande honra e deferência para mim...
participar dos festejos de aniversário de Vossa Majestade.
Sua Majestade, a Rainha da Prússia!
Bem-vinda, querida tia!
- Estou muito feliz com sua visita. - Também estou por poder...
transmitir, pessoalmente, meus votos de feliz aniversário.
Sua Majestade, a Rainha da Saxônia.
Bem-vinda, querida tia!
- Estou muito feliz com sua visita. - Também estou por poder...
transmitir, pessoalmente, meus votos de feliz aniversário.
Sua Alteza, Arquiduquesa Ludovica da Bavária.
Princesa Helena da Bavária.
Princesa Elisabeth da Bavária.
Bem-vinda, querida tia.
Bem-vinda, Nenê!
Bem-vinda... Elisabeth!
- Vocês já se conhecem! - Como?
- De lnsbruck. - Sim!
Estou feliz em revê-la... Liesel Von Possenhofen.
Saudações.
Vamos, minha filha!
Saúdo-a, minha filha.
Franz?
- Acompanhe Nenê à mesa. - Sim, Mamãe.
Não acredito. Não teria reconhecido Sissi.
Em lnsbruck, ela era uma criança insignificante.
E agora é a moça mais encantadora que jamais vi!
- Perdão, Nenê, não fique zangada. - Por que deveria ficar?
Não é galante devanear sobre outra mulher com sua parceira de mesa.
Sissi é minha irmã! Também a acho encantadora.
- Mais linda a cada dia! - É encantadora!
Pena Max não ter vindo. Gosto muito dele.
- Direi a ele. - O quê?
- Direi a ele! - Problema de rim? Oh, não!
- O que há? - Max está com problema de rim.
Também sofro com isso.
- O quê? - Também tenho.
Ademais ele está bem? Ótimo, bravo!
Posso me registrar no seu feulleton?
- Com prazer. - Quantas danças me concede?
Quantas quiser.
- Também o Cotillon? - Sim.
- Quais são suas flores favoritas? - Flores favoritas?
- O quê? - A flor predileta para bouquet.
Ah, bom!
- Rosas vermelhas - Rosas vermelhas...
- Mas eu a descrevi detalhadamente. - Não a achamos, Major!
Caminhos, atalhos, ruas e pontes foram fiscalizados.
As casas foram vistoriadas. Onde ela está?
Talvez apareça no desfile de archotes.
Com tanta iluminação, ela correrá para vocês.
- Amanhã na missa? - Terrorista não vai à missa.
Ela aparecerá no próximo atentado, e isso vai me custar meu pescoço!
E ele ri! Ele ri...
Retirem-se! Retirem-se!
Que atrevimento! Inacreditável!
Cotillon!
- Com licença, Franz. - Pois não.
- Por favor, Arquiduquesa. - Obrigada, Excelência.
Isso significa que Nene vai ser a futura Imperatriz da Áustria?
- Por que pensa isso? - Com duas rainhas presentes...
Franz Joseph leva uma princesa à mesa, isso tem algum significado.
Acho estranho que mantenha segredo perante suas irmãs.
- Nenê é encantadora. - Mas não é para você.
E por que não?
- Não cace no santuário imperial. - É isso?
Alteza Imperial, seu chá de camomila.
- Colocou uma dose de conhaque? - Sim, Alteza Imperial!
Obrigado.
Por que cheira o seu chá?
Para saber se não está muito forte.
Para que fique a par, Franz Joseph fica noivo de Nenê hoje.
- Fale mais alto! - Não posso gritar!
- Franz ficará noivo da Nenê. - Bravo! Os dois estão apaixonados?
- Não, mas isso virá mais tarde. - Bravo! E por que já noivam hoje?
Nós também noivamos sem estarmos apaixonados.
Foi decidido pelo Congresso.
- Sim! Hoje, decido eu. - Bravo!
Pare de dizer bravo! Não está num circo!
- O que aconteceu? - Nada, está tudo bem.
Bravo!
- Não se aborreça, mas vou parar. - Por quê?
- Não me sinto bem. - Vamos até o jardim...
- ar fresco fará bem. - Não. Deixe-me sozinha.
- Não devo ir junto? - Por favor, não!
O que houve, Sissi?
- Por que saiu correndo esta tarde? - Preciso explicar?
Creio que o destino resolveu agir diferente do decidido pelas mães.
Não pode ser mero acaso...
termos nos encontrado hoje, longe da pressão da corte.
- Acho até que está tudo em ordem. - O que está em ordem?
Minha mãe queria que ficasse noivo de uma das filhas de tia Ludovica.
Este desejo de minha mãe nunca deixarei de atender.
Sissi...
eu a amo.
Quer ser minha esposa?
- Não, nunca! - E por que não?
Não vou atrapalhar a felicidade de Nenê! Não tirarei o homem dela!
Seja razoável! Não está tirando o homem da Nenê. Não sou dela.
Não está no caminho da felicidade dela, pois não creio que...
ela seja feliz casando-se comigo. Eu sou o Imperador da Áustria...
Senhor de um país poderoso, mas há perigo por toda parte.
Os rebeldes em Milão, a revolta na Hungria.
E assumo meus deveres com muita seriedade, Sissi.
Não terei muito tempo para a minha mulher!
Mesmo assim, seria muito feliz tendo uma mulher a meu lado...
como você.
Não se lembra do que lhe disse hoje... sem saber quem você era?
Assim ela deveria ser... ter esses olhos...
- essa boca... - Por favor, pare de falar...
senão esqueço a etiqueta e saio correndo!
Não acha que Franz não dá atenção suficiente à Nenê?
Franz sempre abre o Cotillon. Com certeza o abrirá com ela.
Não se preocupe, tudo está correndo como eu desejo!
Confio em você!
Sissi...
Quer me ajudar a carregar este fardo tão pesado?
- E se não houvesse Nenê? - Mas ela está aí e eu amo Nenê.
E não conseguiria, de modo algum, magoá-la. Ela o ama, ela me disse!
Franz?
- Sim, Mamãe? - Gostaria de conversar com você!
Claro, Mamãe.
Com licença, Sissi!
- Estava maravilhosa! - É?
Todos a observaram. Já devem estar desconfiados.
- Percebi. - Tia Sofia disse...
- O quê? - Que Franz Joseph dançará...
- o Cotillon com você. - Foi o que imaginei.
E junto, o noivado será anunciado! Estou tão feliz!
Muito bem, Franz, está na hora de oficializar seu noivado...
gostaria então de saber a sua decisão.
- Sim, Mamãe. Estou decidido. - Que bom! Posso então oficializar?
Afinal, todos estão desconfiados que ficará noivo de Nenê!
Mamãe, minha decisão não recaiu sobre Nenê...
mas pela Sissi!
Pela Sissi?
- Sabe o que está dizendo? - Claro, Mamãe!
Mas, Franz!
Não pode casar com uma menina de 16 anos, mal educada...
Sissi será uma imperatriz... como o mundo nunca viu.
- No mal sentido! - No melhor sentido!
Ela é o próprio encantamento. Seu charme é de uma delicadeza...
como nunca conheci. Sissi é um tesouro...
e não vou permitir que me tirem este tesouro.
Minha decisão está tomada: Caso com Sissi ou com nenhuma!
Peça, em meu nome, Mamãe, a mão de Sissi à tia Ludovica.
Ao Tio Max, pedirei pessoalmente.
Está me pondo perante um fato consumado?
Infelizmente Sissi estará na mesma situação.
Sinto, Mamãe. É a primeira vez que não concordamos um com o outro!
Messieurs, escolham as flores de suas damas do Cotillon!
O que você tem, Sissi?
Já à tarde, estava tão tristonha. Não estou gostando nada.
- Diga-me, o que há com você? - Nada, Mamãe.
- Então vá dançar. Você é jovem! - Não tenho vontade de dançar!
Então mostre-se alegre. A quem prometeu o Cotillon?
- Ao Karl Ludovic. - Então dance com ele, está bem?
- Rosas vermelhas para mim. - Não temos mais rosas vermelhas.
Sua Majestade reservou todas.
- Para quem são as rosas vermelhas? - Para Sissi. Ela não é um encanto?
- Mas não para você! - E por que não?
- Caminho de imperador não se cruza. - Que quer dizer?
Meus olhos enxergam mais do que os seus!
Perdão, procuro Karl Ludovic. Prometi dançar o Cotillon com ele.
Isso agora não importa. Venha cá.
- Deixe-me olhar para você! - Sim, titia!
É...
- Você não é muito alta! - Infelizmente não.
Mas isso é da família. Mamãe não é alta...
e você também não!
Não quero, de forma alguma, que me trate por você.
Mas você é minha tia!
Franz Joseph é meu filho e me trata por senhora!
Pois não.
Se você... perdão, se a senhora assim o deseja...
tia, isso é tão incomum, tão bobo!
Terá que se adaptar a muitas coisas.
Na corte austríaca predomina um cerimonial rigoroso...
o cerimonial espanhol que deve ser obedecido, em qualquer situação.
Este é o meu desejo... e também o desejo do Imperador.
Que idiomas fala além do alemão?
- Inglês e francês. - Deveria saber húngaro, croata...
- e o idioma da Boêmia. - Para quê?
Porque Franz Joseph me disse que a ama e...
- que a quer como sua esposa. - Mas eu disse...
Por favor, não me interrompa, quando eu estiver falando.
Responda: você também o ama?
- Por favor, não me pergunte! - Exijo resposta à minha pergunta.
Sim, eu o amo. Eu o amo muito. Mas pedi...
Soube que cavalga muitas horas por dia.
Nada tenho contra cavalgadas, pois ajuda a silhueta.
Agora deverá pensar na sua saúde.
Seus dentes estão amarelos, precisa escovar melhor!
Eu escovo! Meus dentes são brancos!
Seu modo estouvado precisa mudar!
Seu modo deve mudar se você for a Imperatriz da Áustria.
- Não quero ser Imperatriz! - Deve considerar-se feliz se for!
Sempre fui feliz na minha casa. Talvez mais do que todos aqui.
De modo algum mudarei de vida! Quero ser livre e sem pressão!
- Que linguajar é este? - A linguagem que meu pai ensinou!
Para quem a liberdade e a verdade estão acima de tudo!
Creio que por enquanto nada mais temos a dizer.
- Aonde vai? - Para casa!
Agora? No início do Cotillon e que estou esperando tanto?
- Perdão, mas não vou dançar. - Não penso em deixá-la ir.
- Exijo minha dança! - Nem eu pedindo...?
Majestade, as rosas!
Obrigado!
Sofia, nosso sonho se tornará realidade!
- Irmã, está enganada! - Não vê que está indo até a Nenê?
Querida Sissi, permita-me oferecer as suas flores prediletas.
Está dando flores à Sissi? O que quer dizer isso?
Isso quer dizer... que não ficará noivo de Nenê.
Querida Nenê, tinha lhe pedido o Cotillon. Peço, permita-me que...
o dance com Sissi... a minha noiva.
- Ele quer casar com a Sissi? - Sim.
Viva a futura Imperatriz da Áustria.
Salve, salve, salve!
Permita, Majestade, que em nome de todos os convidados presentes...
e como o convidado mais velho, eu transmita os votos de felicidade...
pelo noivado de Sua Majestade com a princesa Elisabeth da Bavária.
- Está transmitido. - Agradeço, meu Marechal de Campo.
Majestade...
A população organizou uma queima de fogos em sua homenagem.
É muito gentil. Sissi?
Minha filha, estou com tanta pena de você.
Oh, Mamãe, por que viemos a Ischel?
Que humilhação!
Peço, Nenê, seja forte e mantenha sua postura.
- E acredite, Sissi não tem culpa. - Eu sei.
Não fique zangada com ela.
Nenê, por favor, não deixe que percebam o que está sentindo...
que a magoaram. Eu peço, por favor.
Isso não posso fazer, mamãe! Não posso!
Por que fez isso?
Por que me pôs numa situação de fato consumado?
Eu sabia que nunca teria dito sim!
Ludovica, brinde com suas irmãs. Também trouxe um imperador à família.
- Por que está chorando? - Não tem motivo para chorar!
Quem merece piedade aqui sou eu.
Tenho a tarefa de fazer de uma camponesa uma imperatriz!
Não tem necessidade. Sissi será uma imperatriz.
Pelos meus ensinamentos. Em um ano não a reconhecerão mais.
Em um ano quem não a reconhecerá mais, será você!
- Então bravo! - Agora foi você!
Mas esta é... Esta é...
A noiva de Sua Majestade.
- Sr. Prefeito, onde há um buraco? - Para quê?
Para desaparecer nele!
De quem é a vez?
fígado não é de peixe Ele é de um gato
Saboreiem o bom vinho Do futuro sogro!
fígado não é do porco Ele é de um touro
Hoje não quero mais vinho Agora eu quero é cerveja!
Mas Sissi, o que você tem?
Sentada aqui sozinha e triste? Não dá impressão de noiva feliz.
- Tem notícias de Nenê? - Claro.
Ela continua com tia Elisabeth em Potsdam. E está muito bem.
Ela conheceu o príncipe Thurn un Tacsis e gostou muito dele...
ele está lhe fazendo a corte...
Mas ela não volta...
pois ainda não me perdoou por ter destruído a sua vida!
Sissi, por favor...
Agora me escute! Você não destruiu a vida dela...
tudo acontece como tem que acontecer.
Tia Sofia tentou brincar de destino e isso não é possível.
Franz Joseph gostou mais de você do que da Nenê!
Considere-se feliz! Ele a ama de todo coração. E você a ele, não é?
E isso é o que importa!
Não serei feliz enquanto Nenê estiver magoada e não vier para casa
- O quê? No meio da noite? - O que há?
- Um mensageiro real! - O que deseja?
Não faço idéia. Não se incomodem. Já volto. Bebam à minha saúde!
Viva o nosso duque Nosso querido duque Max!
- Conde Arco, mas que surpresa! - Desculpe perturbar tão tarde...
- não foi possível chegar antes. - Saudações. Pegou o temporal?
Vim por solicitação de Sua Majestade, o Rei Maximiliano...
da Bavária, para transmitir ao senhor e sua família...
- votos de felicidade. - É muito gentil da...
...Sua Majestade enviar felicitações por mensageiro especial.
Boa noite.
- Há mais uma mensagem especial. - Há?
Infelizmente não é agradável.
Sua Majestade solicitou-me lembrar à Sua Alteza Real...
que não é mais uma pessoa particular...
mas que... enfim... tornou-se uma pessoa pública...
- Em outras palavras? - Sua Majestade deseja que...
Sua Alteza Real, a partir de agora...
como dizer? Leve uma vida um pouco mais moderada.
Transmita que eu desejo que meu marido continue como ele é!
- Mas Alteza Real! - Até agora fomos felizes e...
contentes! Ninguém se preocupava... nem o Rei. Então deixe-nos em paz!
Oh, Vicka! Você é uma tremenda mulher!
Segure, Conde.
Seja não fosse casado com você, acredite, casaria agora.
Desculpe!
Conde Arco, informe Sua Majestade sobre este idílio familiar...
enviamos lembranças e tudo permanece como sempre!
E, se não gostar, que comunique, nos tornaremos austríacos...
Mas, por favor, Altezas...
Isso o Franz fará com o maior prazer.
Venha, Xawier.
Vamos ao bosque!
Venha.
Cuidado para que nada lhe aconteça.
E quando for grande, saia do caminho do Papi!
- Quem deve sair do meu caminho? - O Xawier.
Mas Sissi...
O que está fazendo?
Vou libertar meus animais, já que devo renunciar à minha liberdade.
Que negócio é esse?
Qualquer princesa seria feliz se estivesse no seu lugar...
e você faz uma cara...! Ouça, recebi uma notícia.
O casamento foi marcado para o dia 4 de abril.
No dia 1o você descerá o Danúbio, com o navio.
Nenê!
Não acredito, que surpresa boa!
O príncipe Thurn un Tacsis me trouxe. Queria cumprimentá-la.
Estou feliz em recebê-lo!
- O prazer é meu, Sra. duquesa! - Obrigada.
O que está acontecendo? Age como se fosse outra pessoa!
- Será que não gosta do Franz? - Sim, eu gosto, até demais!
Mas tenho medo da tia Sofia e de todo aquele cerimonial da corte...
Isso eu entendo! Sempre tive pavor disso! Sabe de uma coisa?
Quando a amolarem demais em Viena, com todas aquelas bobagens...
você vem aqui e vamos passear no bosque. Não!
Agora o Franz deve acompanhá-la.
- Sissi levará um susto! - Onde ela está?
Com os animais! Sissi! A Nenê está aqui! Venha!
A Nenê chegou!
- Nenê! - Sissi!
Só queria dizer que seremos sempre as mesmas...
Quero que seja tão feliz como eu o sou!
Que bom que está dizendo isso, Nenê!
Estou tão feliz!
Eu nunca poderia ter sido feliz.
Sua nova pátria é um lindo país, Sissi!
Tenho a impressão de estar sonhando!
O navio! Ela está chegando!
- Sissi! - Franz!
Pode dizer o que procura aqui?
Bom dia, tia!
Estou seguindo-a por vários ambientes.
Vai de uma janela à outra! Falta alguma coisa? Não consegue dormir?
- Não, estou procurando os animais. - Que animais?
Franz Joseph me disse, que ele possui um grande parque.
E por isso anda por aí de camisola e peignoir?
- Cabelos soltos e descalça? - Mas ninguém me viu!
- Franz Joseph... - Ainda está dormindo.
Engano seu, a essa hora o Imperador já está trabalhando!
Desculpe, eu não sabia!
Pare.
Irá se perder neste palácio.
- A princesa Auersperg! - Sim, Alteza Imperial!
- Por que chamou a princesa? - Para levá-la aos seus aposentos.
- Não é preciso! - Eu decido.
Chegando aos aposentos, prepare-se para a confissão.
Desnecessário me lembrar, já me preparei!
Também já falo os idiomas que acha importantes: húngaro, croata...
- Meus dentes estão brancos! - O tom de voz que usa comigo...
- continua o mesmo! - O que há?
Pronto! Precisava se mostrar ao seu noivo nestes trajes?
- Bom dia, Franz! - Bom dia, Sissi.
- Aconteceu alguma coisa? - Não.
- Só queria ver os animais. - Não dá para vê-los daqui!
Mais tarde lhe mostro. Bom dia, Mamãe!
- Não há razão para se enervar! - Obrigada por me informar!
Sinto, no dia do casamento, ter discutido com sua noiva, mas...
Mandei chamar a princesa!
Bom dia, princesa. Não, por favor.
Mais essa agora. Obrigada, está dispensada.
Por que ofendeu uma dama retirando a mão?
Sinto-me mal se uma senhora mais idosa me beijar as mãos!
- Vou lhe explicar... - Perdão, mamãe. Posso?
Este beijo na mão nada tem a ver com idade.
Hoje, após a cerimônia do nosso casamento...
você será a primeira dama no meu reino.
Em outras palavras...
você assume a posição que até hoje minha mãe ocupava!
Daqui para frente, será a primeira dama do país...
e com este beijo nas mãos...
as outras damas mostram que, como imperatriz, está acima de todos.
Uma única pessoa pode lhe beijar a testa ao invés das mãos.
Minha mãe.
Minha mãe? Não era isso que queria dizer?
Sim, Franz!
Vamos, minha filha. Vou acompanhá-la a seus aposentos!
Sim.
Ah, Franz... tudo seria tão lindo se você não fosse imperador!
Cumprimentamos nossa noiva amada, a princesa Elisabeth da Bavária...
mais uma vez em solo austríaco...
e transmitimos as nossas boas vindas à sua nova casa!
Que a Áustria...
se torne seu segundo lar e uma nova pátria...
e que você, querida Elisabeth...
em sua nova pátria só tenha horas felizes.
Farei tudo que estiver ao meu alcance.
O que exceder, está nas mãos do Todo Poderoso!
Viva os noivos!
Viva, viva!
Viva!
Viva, minha Elisabeth, viva!