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Quando o rapaz nasceu, ENCODE POR @FHx
como todos os espartanos, foi inspeccionado.
Se fosse pequeno ou franzino ou doente ou deformado,
ter-se-iam livrado dele.
Assim que se pôs em pé, foi baptizado no fogo do combate.
Ensinado a nunca bater em retirada, a jamais se render.
Ensinado que a morte em combate, ao serviço de Esparta,
era a maior glória que poderia alcançar na vida.
Aos sete anos, como era costume em Esparta,
o rapaz foi retirado à mãe e mergulhado num mundo de violência.
Fabricado por 300 anos de sociedade guerreira espartana,
para criar os melhores soldados que o mundo alguma vez conheceu.
A agoge, como lhe chamam, obriga o rapaz a lutar.
Mata-os à fome, obriga-os a roubar,
e, se necessário, a matar.
Com látegos e vergastadas foi o rapaz castigado,
ensinado a não mostrar dor, nem misericórdia.
Constantemente testado, atirado para os ambientes mais agrestes.
Para pôr à prova as suas faculdades e determinação contra a fúria da Natureza.
Foi a sua iniciação,
o seu tempo na Natureza,
porque regressaria para junto dos seus transformado em espartano,
ou não regressaria.
O lobo começa a rodear o rapaz.
Garras de aço ***,
pêlo como uma noite de breu.
Olhos de vermelho ardente,
jóias do próprio poço dos Infernos.
O lobo gigante fareja,
saboreando o odor da refeição que se avizinha.
Não é o medo que o prende,
apenas um sentido mais elevado das coisas.
O ar frio nos pulmões.
Pinheiros fustigados pelo vento contra a noite que chega.
As mãos são firmes.
A forma...
...perfeita.
E é assim que o rapaz, dado como morto,
regressa para junto dos seus, à sagrada Esparta, um rei!
O nosso rei, Leónidas!
Já se passaram mais de 30 anos, desde o lobo e o frio do Inverno.
E agora, tal como então, aproxima-se um monstro.
Paciente e confiante, a saborear a refeição que se avizinha.
Mas este monstro é composto de homens e cavalos,
espadas e lanças.
Um exército de escravos, de dimensões inimagináveis,
pronto a devorar a pequena Grécia.
Pronto a extinguir a única esperança do mundo de razão e de justiça.
Aproxima-se um monstro,
e foi o próprio Rei Leónidas que o provocou.
Isso mesmo.
Quanto mais suares aqui, menos sangrarás na batalha.
O meu pai ensinou-me
que o medo é sempre uma constante.
Mas aceitá-Io
torna-te mais forte.
Minha rainha.
Um emissário persa aguarda Leónidas.
No fundo,
a verdadeira força de um espartano é o guerreiro que tem ao lado.
Portanto, respeita-o e honra-o, e serás correspondido.
Primeiro...
- ...lutas com a cabeça. - Depois, lutas com o coração.
O que foi?
Um mensageiro persa aguarda-te.
Não te esqueças da lição de hoje.
- Respeitar e honrar. - Respeitar e honrar.
Conselheiro Terone. Arranjaste que fazer, desta vez.
Meu rei e rainha, estava só a receber as vossas visitas.
Não duvido.
Antes de falares, persa,
fica a saber que, em Esparta, até o mensageiro de um rei
é responsabilizado pelas palavras da voz dele.
Que mensagem me trazes?
Terra e água.
Vieste da Pérsia por terra e água?
Não sejas esquivo ou estúpido, persa. Não o podes ser, em Esparta.
Porque pensa esta mulher que pode falar entre os homens?
Porque só as espartanas dão à luz homens a sério.
Caminhemos, para acalmar a língua.
Se dão valor à vossa vida e não querem ser aniquilados,
ouve com atenção, Leónidas.
Xerxes conquista e controla tudo o que os olhos dele vêem.
Comanda um exército tão grande, que o solo treme, à sua passagem.
Tão vasto, que seca os rios, ao saciar a sua sede.
O rei-deus Xerxes só exige isto:
Uma simples oferenda de terra e água,
uma prova da submissão de Esparta à vontade de Xerxes.
Submissão.
Isso é um problema.
Diz-se
que os atenienses já vos recusaram.
E se aqueles filósofos e amantes de rapazes arranjaram tal coragem...
- Temos de ser diplomatas. - E, é claro, os espartanos
têm uma reputação a defender.
Escolhe bem as tuas próximas palavras, Leónidas.
Podem ser as últimas que proferes, enquanto rei.
"Terra e água."
Louco. És um louco.
Terra e água.
Encontrarás ambas com fartura, lá em baixo.
Nenhum homem, persa ou grego, nenhum homem ameaça um mensageiro.
Trazes as coroas e as cabeças de reis vencidos aos degraus da minha cidade.
Insultas a minha rainha.
Ameaças o meu povo de escravidão e de morte.
Escolhi as minhas palavras com cuidado, persa.
Talvez devesses ter feito o mesmo.
Isto é blasfémia. Isto é loucura!
Loucura?
Isto é Esparta!
Bem-vindo, Leónidas.
Estávamos à tua espera.
Os éforos, sacerdotes dos deuses antigos.
Porcos endógenos.
Mais criatura do que homem.
Criaturas que até Leónidas tem de subornar e a quem tem de rogar.
Porque nenhum rei espartano partiu para a guerra sem a bênção dos éforos.
Os persas dizem que as forças deles contam-se em milhões.
Espero, para nosso bem, que exagerem.
Mas não há dúvidas. Enfrentamos o maior exército de que há história.
Antes de ouvirmos o teu plano,
o que ofereces?
Usaremos as nossas técnicas de combate superiores,
e o terreno da própria Grécia para os eliminar.
Iremos para norte, para a costa, onde tudo farei...
Estamos em Agosto, Leónidas. Vem aí a lua cheia.
O festival sagrado e antigo.
Esparta não faz guerras, no tempo de Carneia.
Esparta arderá!
Os homens morrerão à mercê das armas,
e as mulheres e as crianças serão escravizadas ou pior.
Portanto, vamos bloquear o ataque persa na costa,
reconstruindo a grande Muralha Fócia.
E, de lá, empurramo-los
para a garganta da montanha a que chamamos Portões Quentes.
Nesse corredor estreito, o facto de eles serem muitos de nada valerá.
E todas as vagas de ataques persas
chocarão contra os escudos espartanos.
As baixas de Xerxes serão tantas, os homens ficarão tão desmoralizados,
que ele não terá escolha senão abandonar a sua campanha.
Temos de consultar o oráculo.
Confia nos deuses, Leónidas.
Preferia que confiassem na vossa razão.
As tuas blasfémias
já nos custaram bastante.
Não as combines.
Consultaremos o oráculo.
Velhos místicos enfermos.
Restos imprestáveis de uma era anterior à ascensão de Esparta.
Restos de uma tradição sem sentido.
Uma tradição que nem Leónidas pode desafiar,
porque tem de respeitar a palavra dos éforos.
É essa a lei.
E nenhum espartano, súbdito ou cidadão, homem ou mulher,
escravo ou rei, está acima da lei.
Os éforos escolhem só as espartanas mais belas,
para viverem entre eles, enquanto oráculos.
A beleza delas é a sua maldição,
porque os velhos desgraçados têm as necessidades dos homens
e almas tão negras como o Inferno.
"Ora aos ventos...
...Esparta cairá.
Toda a Grécia cairá.
Não confies nos homens.
Honra os deuses.
Honra o Carneia."
A descida do rei custa mais.
Porcos endógenos pomposos.
Inúteis, enfermos, podres,
corruptos.
Caíram nas boas graças do rei-deus,
homens sábios e sagrados.
Sim.
E quando Esparta arder, banhar-se-ão em ouro.
Ser-vos-ão enviados oráculos frescos,
todos os dias,
de todos os cantos do império.
Os teus lábios podem terminar o que os teus dedos começaram.
Ou o oráculo roubou-te também o desejo?
Seria preciso mais do que as palavras de uma adolescente embriagada
para me roubar o meu desejo por ti.
Então, porque estás tão distante?
Porque parece
que embora cativa e escrava de velhos devassos,
as palavras do oráculo podem incendiar os que amo.
É por isso que o meu rei perde o sono e sai do calor da sua cama?
Só as palavras de uma mulher deveriam afectar o meu esposo.
As minhas.
Então, o que deve um rei fazer para salvar o seu mundo,
quando as leis que jurou proteger o obrigam a não agir?
A questão não é o que um cidadão espartano deveria fazer,
ou um esposo, ou um rei.
Pergunta-te antes, meu querido amor,
o que deve fazer um homem livre.
- São todos? - Como ordenaste. Trezentos.
Todos com filhos que garantirão a continuação do nome.
Estamos contigo, senhor.
Por Esparta. Pela liberdade.
Até à morte.
É o teu filho.
É jovem demais para ter sentido o calor de uma mulher.
Tenho outros que o substituirão. Astinos é corajoso e está pronto.
Não é mais jovem do que nós éramos, da primeira vez que combatemos juntos.
És um bom amigo,
mas não há melhor capitão.
Meu bom rei.
Meu bom rei, o oráculo falou.
Os éforos falaram. Não pode haver marcha.
É a lei, meu senhor.
- Os espartanos não devem ir guerrear. - Nem vão.
Não dei tais ordens.
Vim só dar um passeio, esticar as pernas.
Estes trezentos homens são os meus guarda-costas pessoais.
O nosso exército ficará em Esparta.
Para onde irás?
Não tinha pensado nisso,
mas, agora que me perguntas,
suponho que seguirei para norte.
Para os Portões Quentes?
Vamos!
Vamos!
O que fazemos?
O que podemos fazer?
O que podem fazer?
Esparta vai precisar de filhos.
Espartano!
Sim, senhora?
Volta com o teu escudo,
ou sobre ele.
Sim, senhora.
"Adeus, meu amor."
Ele não o diz.
Não há espaço para a brandura,
não em Esparta.
Não há lugar para a fraqueza.
Só os duros e fortes se autodenominam espartanos.
Só os duros. Só os fortes.
Marchamos...
...pelas nossas terras, as nossas famílias, as nossas liberdades.
Marchamos.
Daxos.
- Que surpresa agradável. - A manhã está cheia de surpresas.
- Enganaram-nos. - Não são mais do que umas centenas.
- É uma surpresa. - Silêncio.
Não é o exército deles.
Soubemos que Esparta ia partir para a guerra e quisemos unir forças.
Se procuram sangue, juntem-se a nós.
Mas trazes só um punhado de soldados para enfrentar Xerxes?
Enganei-me, ao esperar que o empenho de Esparta fosse equiparável ao nosso.
Não é?
Tu, aí.
Qual é a tua profissão?
Sou oleiro, senhor.
E tu, arcadiano. Qual é a tua profissão?
- Escultor, senhor. - Escultor.
- E tu? - Ferreiro.
Espartanos! Qual é a vossa profissão?
Vês, velho amigo?
Trouxe mais soldados do que tu.
Esta noite, não há descanso,
não para o rei.
Os seus 40 anos foram uma estrada em linha recta
até este bruxuleante momento no destino,
este choque radiante de escudo e lança,
de espada e osso, e de carne e sangue.
Ele só lamenta
ter tão poucos para sacrificar.
Estamos a ser seguidos.
Segue-nos desde Esparta.
Meu rei! Olha!
O que aconteceu aqui?
Onde estão todos?
Os persas.
Devem ser uns 20.
Um grupo de batedores.
Mas estas pegadas...
Atrás de nós!
Uma criança!
Agora, está silencioso.
Eles...
Apareceram com monstros na escuridão.
Com as suas garras e presas,
apanharam-nos.
A todos...
...menos a mim.
Os aldeões.
Encontrei-os.
Os deuses não têm misericórdia?
Estamos perdidos.
Cala-te.
A criança fala dos fantasmas persas, conhecidos dos tempos remotos.
São os caçadores das almas dos homens.
Não podem ser mortos nem derrotados.
Não estas trevas. Não estes Imortais.
Imortais?
Testaremos o nome deles.
Marchamos em direcção aos Portões Quentes.
Marchamos para aquele corredor estreito,
onde os números de Xerxes não contam para nada.
Espartanos, soldados-cidadãos, escravos libertados.
Todos, gregos corajosos.
Irmãos, pais, filhos,
marchamos.
Pela honra, pelo dever, pela glória, marchamos.
Olhem! Persas.
Para a boca do Inferno marchamos.
Vamos ver estes cães sem mãe
abraçados pelos amorosos braços da própria Grécia. Vem.
É verdade.
Parece chuva.
Zeus apunhala o céu com raios,
e destrói os barcos persas com um ciclone.
Glorioso.
Só um, entre nós, mantém o comedimento espartano.
Só ele.
Só o nosso rei.
Minha rainha?
Minha rainha,
o átrio é mais apropriado a uma mulher casada.
Os mexericos e o protocolo
são as minhas menores preocupações, conselheiro.
Será necessário tanto sigilo?
Como confiar, para lá das paredes da minha casa?
Até aqui, Terone tem olhos e ouvidos que enchem Esparta de dúvida e medo.
Falas como se Esparta inteira conspirasse contra ti.
Oxalá fosse só contra mim.
Muitos no nosso Conselho votariam para dar tudo o que temos
e seguir Leónidas,
mas tens de os favorecer.
E arranjas-me forma de falar com o Conselho?
Se querem razão, eu farei com que saibam.
O quê, minha rainha?
Que a liberdade não é gratuita.
Que comporta o mais alto dos custos, o custo do sangue.
Farei os possíveis por reunir o Conselho.
E a câmara encher-se-á com a tua voz.
- Fico a dever-te um favor. - Não.
Leónidas é o meu rei, como é teu.
Vi os barcos esmagarem-se nas rochas.
Como é possível?
Vimos uma fracção do monstro que é o exército de Xerxes.
Não pode haver vitória, aqui.
Porque sorris?
Arcadiano,
combati inúmeras vezes,
mas nunca conheci um adversário que me oferecesse
aquilo a que nós, espartanos, chamamos "morte linda".
Só posso esperar
que, com todos os guerreiros do mundo reunidos contra nós,
possa haver um ali em baixo que esteja à altura.
Mexam-se!
Não parem, seus cães!
Mexam-se!
Em frente, já disse!
Parem!
Quem manda aqui?
Sou o emissário
do governante do mundo inteiro,
o deus dos deuses, o rei dos reis,
e, por essa autoridade,
exijo que alguém me leve ao vosso comandante.
Ouçam. Julgam que a mísera dúzia que mataram nos assusta?
Estas montanhas estão apinhadas de batedores nossos.
E julgam que a vossa patética muralha servirá para algo,
além de cair como um monte de folhas secas diante de...?
Os nossos antepassados construíram esta muralha,
com pedras antigas do seio da própria Grécia.
E, com uma ajudinha espartana,
os teus batedores persas forneceram a argamassa.
Pagarão pela vossa selvajaria!
O meu braço!
Já não é teu.
Vai, agora. Conta ao teu Xerxes que, aqui, enfrenta homens livres,
e não escravos.
Rápido,
antes que decidamos tornar a muralha um pouco maior.
Não.
Não são escravos.
As vossas mulheres serão escravas.
Os vossos filhos, as vossas filhas,
os vossos velhos serão escravos!
Mas não vocês, não.
Hoje, até ao meio-dia, serão homens mortos.
Mil nações do Império Persa cairão sobre vós.
Os nossos dardos apagarão o sol.
Então, combateremos na sombra.
A muralha é sólida.
Vai empurrar os persas para dentro dos Portões Quentes.
Os homens encontraram caminho nas montanhas?
Nenhum, senhor.
O caminho existe, bom rei.
Além daquela serrania ocidental.
É um velho caminho de cabras.
Os persas poderiam usá-Io para nos flanquearem.
Não te aproximes mais, monstro!
Rei sábio, peço humildemente uma audiência.
- Eu espeto-te onde estás! - Não dei tal ordem.
Desculpa o capitão.
É bom soldado,
mas tem poucos modos.
Não há nada a desculpar, corajoso rei. Sei o que pareço.
Usas o carmim de um espartano.
Sou Efialtes, nascido em Esparta.
O amor da minha mãe levou os meus pais a fugir de Esparta,
para que não me eliminassem.
O teu escudo e armadura?
Eram do meu pai, senhor.
Imploro-te, valoroso rei, que me permitas
reparar o nome do meu pai, servindo-te em combate.
O meu pai ensinou-me a não ter medo, a tornar a lança, o escudo e a espada
tão parte de mim como o meu coração que bate.
Merecerei a armadura do meu pai, nobre rei,
servindo-te na batalha.
Uma boa investida.
Matarei muitos persas.
Levanta o escudo.
- Senhor? - Levanta-o o mais alto que puderes.
O teu pai deveria ter-te ensinado como funciona a nossa falange.
Lutamos
como uma única unidade impenetrável.
É essa a fonte da nossa força.
Cada espartano protege o homem à sua esquerda,
da coxa ao pescoço, com o seu escudo.
Basta um ponto fraco para que a falange ceda.
Da coxa ao pescoço, Efialtes.
Lamento, meu amigo.
- Nem todos nascemos para ser soldados. - Mas eu...
Se quiseres ajudar a uma vitória espartana,
limpa o campo de batalha dos mortos, trata dos feridos, traz-lhes água,
mas, para a batalha propriamente dita,
não te posso usar.
Tu...
Mãe! Pai! Enganaram-se!
Enganaram-se!
Leónidas! Enganas-te!
Despachem os fócios para o caminho de cabras,
e peçam aos deuses que ninguém fale disso aos persas.
Terramoto.
Não, capitão.
Formações de batalha.
É aqui que os reprimimos.
É aqui que lutamos!
É aqui que eles morrem!
Façam por merecer os escudos, rapazes!
Lembrem-se deste dia, homens,
porque será vosso para sempre.
Espartanos!
Baixem as armas!
Persas!
Venham buscá-los!
Sejam firmes!
Não lhes dêem nada,
mas tirem-lhes tudo!
Firmes!
Invistam!
É o melhor que podem fazer?
Invistam! Invistam!
Agora!
Invistam!
Não há prisioneiros!
Nem misericórdia!
Parecem sedentos.
Vamos dar-lhes de beber.
Para os penhascos!
Alto!
Foi um bom começo.
Protejam-se!
Cobardes persas.
- De que diabo te ris? - Tinhas de o dizer.
- O quê? - "Lutamos na sombra."
Retomar posição.
Hoje, nenhum espartano morrerá.
Calma, filho.
Fazemos aquilo para que fomos treinados,
aquilo que fomos criados para fazer,
aquilo para que nascemos.
Sem prisioneiros. Nem misericórdia.
Um bom começo.
- Receava que não viesses. - Desculpa, o meu filho...
Está a fazer o que as crianças melhor fazem. Por favor, não peças desculpas.
O teu filho começa a agoge para o ano.
É sempre um momento difícil, para uma mãe espartana.
Sim, vai ser difícil. Mas também necessário.
Falarás para o Conselho dentro de dois dias.
O meu marido não tem dois dias.
Pensa nos dois dias como uma dádiva.
Não é segredo
que Terone quer o que tu controlas.
É a voz dele que deves silenciar.
Faz dele um aliado
e terás a tua vitória.
Obrigada.
És tão sábio quanto generoso.
Aqui está a tua mãe.
Deves olhar melhor por ele, se queres que seja rei, um dia.
Seria uma pena acontecer-lhe algo.
Ou à sua bela mãe.
Não!
Os nossos camaradas gregos imploram um ataque aos persas, senhor.
Óptimo.
Tenho um serviço para eles.
Diz ao Daxos que o quero a ele
e a 20 dos seus melhores homens, sóbrios e prontos para a próxima carga.
Rei Leónidas.
- Stelios, recupera primeiro o fôlego. - Sim, senhor.
Os persas acercam-se.
Um pequeno contingente. Demasiado pequeno para um ataque.
- Capitão, ficas ao comando. - Mas, senhor...
Descansa, velho amigo.
Se me assassinarem, Esparta inteira partirá para a guerra.
Reza para que sejam tão estúpidos.
Reza
para termos essa sorte.
Além disso,
não há razão para não sermos corteses,
pois não?
Nenhuma, senhor.
Deixa-me adivinhar.
Deves ser Xerxes.
Vamos, Leónidas.
Raciocinemos juntos.
Seria uma perda lamentável,
uma loucura, se tu, bravo rei,
e as tuas valentes tropas perecessem,
por causa de um simples mal-entendido.
- Temos culturas com tanto a partilhar. - Não notaste?
Partilhámos a nossa cultura convosco toda a manhã.
O teu bando é fascinante.
E continuas desafiador,
face à aniquilação e à presença de um deus.
Não é sensato insurgires-te contra mim, Leónidas.
Imagina o destino terrível dos meus inimigos,
quando eu mataria com agrado qualquer um dos meus pela vitória.
E eu morreria por qualquer um dos meus.
Vocês, gregos, orgulham-se da vossa lógica. Sugiro que a empregues.
Pensa na bela terra que tão vigorosamente defendes.
Imagina-a reduzida a cinzas, por capricho meu.
Pensa no destino das vossas mulheres.
É óbvio que não conheces as nossas mulheres.
Mais valia tê-las trazido até cá, a julgar pelo que vi.
Tens muitos escravos, Xerxes,
mas poucos guerreiros.
Não demorarão a temer mais as minhas lanças,
do que os teus chicotes.
Não é o látego que eles receiam,
é o meu poder divino.
Mas sou um deus generoso. Posso tornar-te infinitamente rico.
Posso nomear-te comandante de toda a Grécia.
Carregarás o meu estandarte de batalha até ao coração da Europa.
Os teus rivais atenienses
ajoelhar-se-ão a teus pés,
se tu te ajoelhares aos meus.
És tão generoso
quanto divino,
ó rei dos reis.
Só um louco recusaria tal proposta.
Mas a...
A ideia de me ajoelhar é...
Sabes, chacinar tantos homens teus...
Bom, deixou-me com a perna presa,
portanto, vai-me ser difícil ajoelhar.
Não haverá glória no teu sacrifício.
Apagarei até a memória de Esparta das histórias.
Todos os pergaminhos gregos serão queimados.
Arrancarei os olhos a todos os historiadores e escribas gregos,
e cortar-lhes-ei a língua da boca.
Proferir o nome de Esparta ou Leónidas será punido com a morte!
O mundo jamais saberá que existiram.
O mundo saberá que os homens livres se insurgiram contra um tirano.
Que poucos fizeram frente a muitos.
E, antes desta batalha terminar,
que até um rei-deus pode sangrar.
Lutaste bem, hoje,
para uma mulher.
Como tu.
Talvez, se me ferirem, me consigas alcançar.
Talvez eu estivesse tão à frente que nem me visses.
É mais provável que estivesses a mostrar o traseiro aos tespienses.
A inveja...
...não te fica bem, meu amigo.
Despachem-se, homens!
Empilhem bem esses persas.
Porque, ou muito me engano,
ou vamos ter uma noite infernal.
Serviram a perversa determinação dos reis persas durante 500 anos.
Olhos negros como a noite.
Dentes limados em presas.
Sem alma.
A guarda pessoal do próprio Rei Xerxes. A elite guerreira persa.
A força de combate mais mortífera de toda a Ásia.
Os Imortais.
O rei-deus traiu um vício fatal:
o Hubris.
Fácil de escarnecer, fácil de iludir.
Antes que as feridas e o cansaço façam estragos,
o reilouco atira-nos o melhor que tem.
Xerxes mordeu o isco.
Espartanos, à investida!
Imortais.
Pomos o nome deles à prova.
Pai!
Meu rei!
Arcadianos, agora!
Vamos! Mostremos aos espartanos do que somos capazes.
Vamos!
Gritam e praguejam,
apunhalando selvaticamente, mais turbulentos do que guerreiros.
Deixam uma confusão assombrosa.
Amadores corajosos, fazem o papel deles.
Imortais.
Chumbam no *** do nosso rei.
E um homem que se considera um deus
sente um arrepio muito humano pela espinha acima.
Ao nosso rei!
E aos nossos honrados mortos.
Quem ousará Xerxes enviar a seguir? Quem?!
Nada nos pode deter, agora!
Até o rei se permite esperar mais do que a glória.
Uma esperança tão louca, mas ei-la.
"Contra as infindáveis hordas da Ásia, e inesperadamente, somos capazes.
Podemos controlar os Portões Quentes.
Podemos vencer."
Raia o dia.
Estalam os chicotes. Uivam os bárbaros.
Quem vem atrás grita: "Em frente!"
Quem vai à frente grita: "Para trás!"
Os nossos olhos testemunham o espectáculo grotesco
saído do canto mais *** do império de Xerxes.
Quando o músculo fracassou,
recorreram à magia.
Sobre nós, abatem-se cem nações, os exércitos de toda a Ásia.
Empurrados para este corredor estreito, os seus números de nada servem.
Caem às centenas.
Enviamos os corpos esquartejados e os corações frágeis a Xerxes.
O rei Xerxes fica descontente com os seus generais.
Castiga-os.
Xerxes envia os seus monstros vindos de meio mundo de distância.
São bestas desajeitadas,
e os mortos persas empilhados são escorregadios.
- Continuas aqui? - Alguém tem de te proteger.
Agora não, estou ocupado.
Reagrupar!
Astinos!
Meu filho!
Astinos!
Não!
O dia vai passando.
Perdemos poucos,
mas cada um que cai é um amigo, ou um ente querido.
E ao ver o corpo sem cabeça do seu filho mais novo,
o capitão sai das fileiras.
Enlouquece, embriagado de sangue.
Os gritos de dor do capitão, ao perder o filho,
assustam mais o inimigo do que os mais graves tambores da batalha.
São precisos três homens para o deterem e o trazerem para junto de nós.
O dia é nosso.
Não são entoadas canções.
Os teus deuses foram cruéis ao dar-te essa forma, amigo Efialtes.
E os espartanos
também foram cruéis ao rejeitar-te.
Mas eu sou magnânimo.
Tudo o que desejares,
toda a felicidade que imaginares,
todos os prazeres que os teus pares e os teus falsos deuses te negaram
ser-te-ão concedidos por mim.
Porque sou generoso.
Aceita-me como teu rei e teu deus.
Sim.
Conduz os meus soldados ao trilho na retaguarda dos malditos espartanos,
e as tuas alegrias não terão fim.
Sim! Quero tudo.
Riqueza. Mulheres.
E mais uma coisa.
Quero uma farda.
Concedido.
Descobrirás
que sou generoso.
Ao contrário do cruel Leónidas, que exigiu que te levantasses,
só te peço
que te ajoelhes.
Está uma bela noite.
Sim, mas não te chamei aqui para conversa fiada, Terone.
Podes estar certa disso.
Nunca poupaste palavras comigo.
Posso oferecer-te alguma coisa? Uma bebida, talvez?
É veneno?
Lamento desiludir-te, é apenas água.
Soube que está tudo preparado para falares ao Conselho.
Sim.
Preciso da tua ajuda para ganhar votos e enviar o exército ao nosso rei.
Sim.
Imagino-nos aos dois, lado a lado.
Eu, o político. Tu, a guerreira. As nossas vozes, como uma.
Mas porque havia de querer isso?
Prova que te importas com um rei que está a lutar pela água que bebemos.
É verdade.
Mas isto é política, não é guerra.
O Leónidas é um idealista.
Conheço-te bem. Mandas homens para a matança, para proveito próprio.
O teu esposo, nosso rei, levou 300 dos nossos melhores para a matança.
Violou as nossas leis e partiu sem o consentimento do Conselho.
- Sou apenas realista. - És um oportunista.
És tão tola como o Leónidas, se julgas que os homens não têm um preço.
Nem todos os homens são iguais. É o código espartano, minha rainhazinha.
Admiro a tua paixão.
Mas não julgues que tu,
uma mulher, mesmo sendo rainha,
pode entrar na câmara do Conselho e influenciar a mente de homens.
A câmara é minha,
como se a tivesse feito com estas mãos.
Podia esmagar-te já a vida.
Irás falar ao Conselho, mas farão ouvidos moucos às tuas palavras.
O Leónidas não receberá reforços, e, se regressar, sem a minha ajuda,
irá para a prisão ou pior.
Amas a tua Esparta?
Amo.
- E o teu rei? - Sim.
O teu esposo luta pela terra dele e pelo amor dele.
O que tens tu a oferecer,
em troca da minha palavra de que te ajudarei a enviar um exército?
O que quer um realista da sua rainha?
Acho que sabes.
Isto não acabará depressa.
Não vais gostar disto.
Não sou o teu rei.
Dilios.
Espero que esse arranhão não te tenha inutilizado.
Nem por sombras, meu rei. Foi só um olho.
Os deuses acharam por bem agraciar-me com outro.
O meu capitão?
Amaldiçoa os deuses e chora sozinho.
Leónidas!
Estamos perdidos. Perdidos, garanto-te. Destruídos.
Daxos, tranquiliza-te.
O traidor corcunda levou os Imortais de Xerxes
ao trilho que temos à retaguarda.
Os fócios que lá puseste foram desbaratados sem luta.
- Esta batalha acabou, Leónidas. - Esta batalha só acaba quando eu disser.
De manhã, estaremos já cercados pelos Imortais. Os Portões Quentes cederão.
Espartanos! Preparem-se para a glória!
A glória? Enlouqueceste?
Não há glória, agora!
Só a retirada ou a rendição. Ou a morte.
Bom, a escolha é-nos fácil, arcadiano.
Os espartanos nunca batem em retirada! Os espartanos nunca se rendem.
Passa a palavra.
Que todos os gregos saibam desta verdade.
Deixa que cada um deles veja o que tem na alma!
E, enquanto o fazes, vê o que tens na tua.
Os meus homens partirão comigo.
Boa sorte, Leónidas.
Meus filhos!
Meus filhos!
Juntem-se.
Não batemos em retirada nem nos rendemos.
É essa a lei espartana.
E, pela lei espartana, lutaremos
e morreremos.
Começou uma nova era.
Uma era de liberdade!
E todos saberão que 300 espartanos
deram a vida para a defender.
Meu amigo.
Vivi a vida inteira sem arrependimento, até agora.
Não é porque o meu filho deu a vida pela nação dele.
É porque nunca lhe disse que o amava.
Que estava ao meu lado com honra.
Que era o melhor que havia em mim.
O meu coração chora com a tua perda.
Coração?
Enchi o meu coração
de ódio.
Óptimo.
Dilios...
Vamos dar uma volta.
Sim, meu senhor.
Mas, senhor, estou apto e pronto para a batalha.
Isso estás, és um dos melhores.
Mas tens outro talento que mais nenhum espartano tem.
Transmitirás as minhas ordens finais ao Conselho,
com força e energia.
Conta-lhes a nossa história.
Que todos os gregos saibam o que aqui aconteceu.
Terás uma grande história para contar.
Uma história de vitória.
Vitória.
Sim, meu senhor.
Senhor, alguma mensagem...?
Para a rainha?
Nenhuma que precise de palavras.
Partem centenas.
Fica um punhado.
Só um deles olha para trás.
Espartanos!
Preparem o pequeno-almoço e comam com apetite,
porque esta noite jantamos no Inferno!
Passo agora a palavra
à esposa de Leónidas e rainha de Esparta.
- O que é isto? - Não é nada.
Conselheiros,
venho à vossa presença não só como vossa rainha.
Venho aqui como mãe.
Venho aqui como esposa.
Venho aqui como espartana.
Venho aqui com grande humildade.
Não venho representar Leónidas.
Os actos dele falam mais alto do que as minhas palavras.
Venho aqui pelas vozes que não podem ser ouvidas.
Mães, filhas, pais, filhos.
Trezentas famílias que sangram pelos nossos direitos,
e pelos princípios que serviram de base a esta sala.
Estamos em guerra, meus senhores.
Temos de enviar o exército espartano ao nosso rei,
não só para nossa preservação como para a dos nossos filhos.
Enviai o exército pela preservação da liberdade.
Enviai-o pela justiça.
Enviai-o pela lei e ordem.
Enviai-o pela razão.
Mas, sobretudo, enviai o nosso exército por esperança.
De que não se tenha perdido um rei e seus homens nas páginas da história.
De que a coragem deles nos una.
De que seremos mais fortes pelos seus actos,
e que as vossas escolhas de hoje reflectirão a bravura deles.
Trezentos.
Temos de os enviar.
Comovente,
eloquente, apaixonado.
Mas não altera o facto de que o teu esposo nos envolveu numa guerra.
Enganas-te. Foi Xerxes quem a fez,
e, antes dele, o pai, Darius, em Marathon.
Os persas não pararão,
até nos restar apenas destroços e caos.
Esta câmara não precisa de uma lição de história, minha rainha.
Então, qual é a lição que gostarias de deixar?
Queres que as enumere todas?
Honra. Dever. Glória.
Falas de honra, dever e glória?
E de adultério?
- Como te atreves? - Como me atrevo?
Observem-na com atenção.
É uma embusteira, na verdadeira acepção da palavra.
Não brinques com os membros desta câmara sagrada, minha rainha.
Ainda há poucas horas me ofereceste os teus préstimos.
Se fosse um homem mais fraco, ainda teria em mim o perfume dela.
- Isto é um ultraje. - O hipócrita fala!
Não recebeste um pagamento semelhante, que aceitaste,
em troca de uma audiência com estes nobres homens?
- Isso é mentira. - É?
Por teu convite, não foi chamado aos aposentos do rei?
À mesma cama onde tentaste negociar tão vigorosamente comigo?
Parecem chocados. Um suborno de carne, senhores,
enquanto o esposo promove a anarquia e a guerra.
Ele diz a verdade.
Até a língua mais ardilosa se silencia,
minha rainhazinha rameira.
Que atitude tão digna de uma rainha.
Levem-na desta câmara antes que nos infecte mais,
com a sua presença vergonhosa e indigna.
Isto não vai acabar depressa.
Tu não vais gostar. Não sou a tua rainha.
Traidor.
Traidor! Traidor! Traidor!
Traidor!
Leónidas, os meus cumprimentos e felicitações.
Transformaste a calamidade em vitória.
Apesar da tua intolerável arrogância,
o rei-deus começou a admirar a coragem e a perícia em combate dos espartanos.
Serás um aliado poderoso.
Rende-te, Leónidas.
Sê razoável. Pensa nos teus homens.
Imploro-te.
Ouve o teu conterrâneo grego.
Ele pode comprovar a generosidade do divino.
Apesar dos teus múltiplos insultos, apesar das tuas terríveis blasfémias,
o senhor das hostes está disposto a perdoar tudo,
e mais, a recompensar o teu trabalho.
Lutas pelas tuas terras.
Fica com elas.
Lutas por Esparta.
Ela será mais rica e mais poderosa do que antes.
Lutas pelo teu reinado.
Serás proclamado comandante de toda a Grécia,
e responderás apenas ao verdadeiro senhor do mundo.
Leónidas, a tua vitória será plena,
se depuseres as armas
e te ajoelhares diante do sagrado Xerxes.
Passaram-se mais de 30 anos, desde o lobo e o frio do Inverno.
E agora, tal como então, não é o medo que o prende,
apenas a inquietação. Um sentido mais elevado das coisas.
A brisa marítima beija-lhe com frescura o suor do peito e do pescoço.
As gaivotas crocitam,
queixando-se enquanto se banqueteiam com os milhares de mortos à deriva.
A respiração constante dos 300, atrás dele,
prontos a morrer por ele, sem pestanejarem.
Cada um deles
pronto a morrer.
O elmo dele é sufocante.
O escudo é pesado.
A tua lança.
Tu aí.
Efialtes.
Que vivas para sempre.
Leónidas, a tua lança!
Stelios!
Chacinem-nos!
O elmo dele era sufocante.
Limitava-lhe a visão, e ele tinha de ver ao longe.
O escudo era pesado. Desequilibrava-o,
e o seu alvo está longe.
Os velhos dizem que nós, espartanos, descendemos do próprio Hércules.
O corajoso Leónidas atesta bem a nossa linhagem.
O seu rugido é prolongado e vivo.
Meu rei.
É uma honra morrer ao teu lado.
Foi uma honra ter vivido ao teu lado.
Minha rainha!
Minha mulher.
Meu amor.
"Recordem-se de nós."
A ordem mais simples que um rei pode dar.
"Lembrem-se da razão da nossa morte."
Porque ele não desejava homenagens, canções,
ou monumentos, nem poemas de guerra ou de bravura.
O desejo dele era simples.
"Lembrem-se de nós."
Disse-me ele.
Era a esperança dele.
Se alguma alma livre encontrar aquele lugar,
nos inúmeros séculos ainda por vir,
possam todas as nossas vozes
segredar-vos das pedras intemporais.
Vai dizer aos espartanos, passante,
que aqui, pela lei espartana, jazemos.
E foi assim que o meu rei morreu,
e os meus irmãos morreram,
ainda mal fez um ano.
Ponderei muito sobre o enigmático discurso de vitória do meu rei.
O tempo deu-lhe razão.
Porque de grego livre em grego livre,
espalhou-se a notícia de que o bravo Leónidas e os seus 300,
tão longe de casa,
se sacrificaram, não apenas por Esparta,
mas por toda a Grécia e pela promessa que esta nação encerra.
Aqui, neste escarpado pedaço de terra chamado Plataea,
as hordas de Xerxes enfrentam a obliteração!
Ali, arrebanham-se os bárbaros,
o terror puro aperta-lhes o coração,
com dedos gelados,
sabendo bem os horrores que sofreram,
à mercê das espadas e das lanças dos 300.
Mas olham, do outro lado da planície, para 10.000 espartanos,
que comandam 30.000 gregos livres!
O inimigo está em vantagem numérica, uns meros três contra um.
São boas probabilidades, para qualquer grego.
Hoje, salvamos um mundo do misticismo e da tirania,
e anunciamos um futuro mais auspicioso do que tudo o que possamos imaginar.
Dêem graças, homens,
a Leónidas e aos valorosos 300.
À vitória!
Legendagem: ENCODE POR @FHx
[PORTUGUESE] ENCODE POR @FHx