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Imagine...
Imagine como era a vida para aqueles que vieram antes de nós.
No início da raça humana.
Quando a Terra era plana, o sol e a lua eram nosso pai e mãe e as estrelas apenas buracos
na cortina do céu. Quando desenhavamos nossa história com imagens
primitivas. Quando chamávamos de abrigo o interior de
frias pedras.
Quando uma longa vida eram 20 anos.
Quando tudo que víamos era um sinal, um brilho no céu significava a ira de Deus, quando
a terra tremia, os espíritos estavam descontentes, a inundação vinha e imploravamos perdão,
o vulcão entrou em erupção, e nós o apaziguamos com sacrifícios.
Sofríamos de enfermidades e doeças, e as chamávamos de maldições.
Quando entes queridos pereciam e nós chamávamos isso de julgamento.
Tudo estava além de nosso entendimento, misterioso, estranho, assombroso, terrificante, desconhecido.
Mas mesmo assim de alguma forma acreditáva-mos que nós eramos o centro de todas as coisas,
e então, começamos a ver nosso mundo.
Com novos olhos...
A lua era um lugar que um dia visitaríamos, e deixariamos nossas pegadas na poeira.
O sol era um brilhante cascata de hélio e hidrogênio, uma estrala.
Uma única estrela solitária, junto a cem bilhões de estrelas, dentro de uma única
galáxia acompanhada de cem bilhões de outras galáxias, num universo
nascido bilhões de anos antes de nós.
A tempestade acima de nós, o fogo abaixo; eles se tornaram explicáveis, mensuráveis,
muitas vezes previsíveis.
Nossos símples desenhos se tornaram ricas expressões de pinturas e versos que incendiaram
a imaginação.
Nós construímos nossos lares com madeira, cimento, vidro e aço.
Descobrimos mundos de vida, além do olho nu, e nós habitamos este mundo, para entender
e começar a conquistar doenças e enfermidades, começamos a
decifrar o código do nosso próprio ser, e a descobrir a aliança de compartilhamos
com todos seres vivos.
Nós celebramos longas vidas de mais de cem anos.
Nossa era é uma nova era de iluminação, neste exato momento a raça humana está começando
a crescer e a deixar de lado os medos de sua infância.
Se recusando a se satisfazer com perguntas não respondidas, entendendo um universo muito
maior e mais maravilhoso do que a supertição de nossos
ancestrais deixariam e a entender que embora ocupamos um pequeno planeta dentro de um vasto
universo, ainda sim somos parte dele.
Estamos crescendo, estamos aprendendo, estamos conquistando, estamos evoluindo, para finalmente
entender que nós não somos o centro de todas as coisas.