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Meu blog : www.discutindoafranca.com/pt/
Eu vejo de novo a cidade em festa e em delírio sufocando sob o sol e alegria
E ouço na música os gritos, os risos, que estouram e ressoam ao meu redor
E perdida nessa gente que me empurra, atordoada, desamparada, eu fico lá
Quando de repente, me viro, ele recua e a multidão vem me jogar contra seus braços
Empurrados pela multidão que nos leva, nos embarca
Espremidos um contra o outro, formamos só um corpo
E a onda sem esforço, nos empurra, acorrentados um ao outro
E nos deixa a ambos desabrochados, inebriados e felizes
levados pela multidão que se lança e que dança
uma louca "farandole", nossas duas mãos ficam soldadas
E às vezes levantados, nossos corpos abraçados voam
E caiam a ambos, desabrochados, inebriados e felizes...
E a alegria estampada no seu rosto, me perfura e brota dentro de mim
Mas logo eu dou um grito entre os risos quando a multidão o vem rouba-lo de meus braços
Empurrados pela multidão que nos leva, nos embarca
Nos afasta um do outro, eu luto e me debato
Mas o som de sua voz se abafa com os risos dos outros
E eu grito de dor, de furor e de raiva e eu choro ...
levados pela multidão que se lança e que dança
uma louca "farandole", sou empurrada para longe
E eu fecho meus punhos, amaldiçoando a multidão que me rouba
O homem que ela me havia dado e que nunca mais o encontrei de novo ...
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