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E aqui estamos novamente em São Thomé das Letras.
Nova loucura!
Armando sempre na direção...
O cara não é o Spielberg, mas dirige muito
principalmente nas estradas de terra do interior mineiro.
E, chegando no Camping do Noel, a vida nos chama para mais notícias
[trocando o nome do Claudinho] Ô Toninho, tenho uma notícia meio chata pra dar pra você
Ahn?
Sabe quem morreu?
Quem?
E más notícias...
Nossa, que rolou?
Acidente...
Putz!
Vai, Paulinho?
Negócio de dez lá...
Vamos, Paulinho?
Vamos, Isabel?
Eu já vou eu só votfogvvsm vhvhfhfhrgis cckcf wuwuerr...
- Não pode jogar baixo, hein? - Vou jogar no dedão do teu pé.
E as larvas se divertindo na tarde preguiçosa
Elas conseguem se divertir com as mínimas coisas num ambiente como esse.
Para quem veio de longe então, tudo é novidade,
coisa que só se via pela TV, internet ou pelos livros escolares.
É uma mexerica minúscula.
Não, pai, não tem "mimita" não.
É uma minirica ou uma minixirica?
Esta larva procura explorar o diferente mundo das mini-tangerinas.
Realmente eu estou vendo uma mexerica.
Quer?
Não, obrigado.
Ih, parece uma abóbora.
É.
Eu procuro explorar o mundo fantástico
da rede próxima as barracas e o mundo de conforto
que ela pode oferecer em um ambiente natural como este.
A noite, fogueira e conversas sobre os amigos que vão chegar.
Engraçado, a cidade é tão pequena e é difícil conseguir notícias deles.
Mas eles vem com certeza, pelo menos desta vez.
Vocês encontraram o Waldir, não? [Paulinho, querendo saber notícias]
Não. [Armando respondendo]
Encontraram o Waldir, não? [Paulinho, insistindo]
Não. [Armando respondendo]
Nem foram lá? [Paulinho, pentelhaço]
Vocês não iam chamar ele? [Paulinho, pentelhaço total]
A gente ia, mas ele não estava lá. [Armando respondendo]
Ah, não estava? [Paulinho, pentelhaço ao cubo]
Na casinha? [Paulinho, pentelhaçaralhaçaçaço]
No supermercado.
No Paraíso, uma das divisoes do Complexo da Eubiose,
Thaygo tenta fotografar uma aranha enorme nas pedras.
Nunca vi a foto e me esqueci de perguntar se saiu boa.
As incontáveis passagens ao longo da Cachoeira da Eubiose;
passagens, pedras, arroios e pontes precárias ao longo das corredeiras
formam um panorama intrincado como um labirinto dentro do Complexo.
Complexo é realmente um bom nome
para essas sucessoes quase infinitas de passagens
que se estendem até a Cachoeira do Flávio.
Olha lá, vou começar, hein?
Começa de novo, espera aí!
Vou filmar. hein?
Cinco...
Quatro...
Três...
Dois...
Um!
Flagramos este ser ancestral, o Australopitecus
perdido em suaves devaneios e meditações com a natureza.
E não é que a rapaziada do Waldir apareceu?
Chega de se perguntar quando os amigos vão chegar.
Eles já estão entre nós.
Waldir, Lu, Gabriel, Renan, todos vêm
para encher nossas vidas de alegria
nesta cidade de São Thomé das Letras.
E vamos em grande estilo para a Cachoeira de Shangri-Lá,
difícil de encontrar, perdida no meio de muitas e muitas fazendas da região.
Investigando as inscrições rupestres de Shangri-Lá.
Lugar de pinturas rupestres rudimentares
mas muito bonitas e espantosamente gráficas.
O corpinho, a perninha prum lado, pro outro...
e a cabecinha em cima.
Ali, vermelhinho...
Está de cabeça pra baixo?
Lugar também para um belíssimo tombo do Renan
na pedra lisa como sabão das bordas dos córregos.
Já vai aí, Renan? Toma mais um copo...
Esse eu filmei, hein?
[Renan, sorrindo amarelo] Ah, caraca!
A beleza das cachoeiras escondidas pelo acaso em qualquer canto deste lugar.
A noite, tempo de ir a cidade curtir
o show de um roqueiro brasileiro
havia algum tempo afastado dos palcos:
Kiko Zambianchi, cujo irmão e baixista
foi durante muito tempo morador também da cidade de São Thomé.
Legendas por Matias Romero matiasromero@gmail.com