Tip:
Highlight text to annotate it
X
Cá vamos. Conseguimos, Bob! Desculpem, estamos um pouco atrasados.
Desculpem-me um segundo.
Ei Bob, pensa rápido! [vidro a partir]
Desculpa aí!
Bem-vindos ao 'Cultura em Declínio'. O meu nome é Peter Joseph.
Este espetáculo foi concebido para os que querem ser um pouco mais céticos
em relação à sociedade, porque talvez sejam como eu.
Enquanto tropeçam por aí nesta experiência que chamamos de sociedade global,
não conseguem deixar de sentir um crescente desconforto,
talvez até frustração, a respeito de como nós, a família humana,
escolhemos organizar-nos neste pequeno planeta.
O falecido astrónomo e conhecido defensor do pensamento científico, Carl Sagan,
na sua famosa série 'Cosmos', uma vez colocou a questão:
"Se fossemos visitados por uma espécie superior de outra parte da galáxia,
e fossemos forçados a explicar-lhes como gerimos o nosso planeta,
sem falar no estado atual dos assuntos humanos,
ficaríamos orgulhosos do que descrevíamos?"
Como poderíamos enquadrar a explicação de como quase metade do mundo,
mais de 3 mil milhões de pessoas, mal conseguem sobreviver na pobreza e doença,
ou simplesmente morrem desnecessariamente
a uma taxa de cerca de uma pessoa a cada par de segundos,
tudo enquanto surge uma realidade tecnológica avançada,
capaz de facilmente alimentar, vestir e abrigar todas as famílias da Terra
num padrão respeitável de vida?
Como enquadravamos as guerras globais:
230 milhões mortos por seus semelhantes só nos últimos 100 anos
com base em quê, territorialidade sem sentido, recursos,
ideologias obsoletas e dogmáticas?
Novamente, tudo isto à sombra de um reconhecimento científico iminente,
de que somos de facto apenas uma família partilhando uma casa,
ligados pelas mesmas leis da natureza,
e, portanto, a mesma ideologia operacional unificadora.
E o nosso sistema económico, o alicerce do que define a nossa sociedade,
sem falar nas nossas motivações dominantes?
Como poderíamos explicar que, ao invés de nos organizarmos de forma eficiente
como um único sistema para gerir bem a casa que partilhamos,
dividimo-nos, competimos e exploramo-nos uns aos outros
através de um jogo arcaico completamente dissociado do ambiente.
Um jogo que, aliás, não só parece perpetuar
um vasto espectro de atrocidades sociais,
como agora parece destabilizar ainda mais a sociedade,
diminuindo a nossa saúde pública.
Desculpem dizer, como indivíduo,
que não me importo com o que vocês acreditam, nem respeito isso.
Porquê? Porque também não respeito aquilo em que acredito.
Nada evidencia que qualquer um dos valores tradicionais
premissas, estruturas sociais ou práticas comuns
que temos hoje, serão relevantes amanhã.
A única coisa que parece resistir ao *** do tempo é esta noção de mudança,
o entendimento evolutivo de nós mesmos e do mundo que habitamos.
Alguns poderão pensar que, na verdade, isso é a definição da inteligência humana.
O que pensa sobre isso? Menos sobre o que sabemos,
mais sobre quão vulneráveis somos.
Então, quando olhar pela janela, questione-se.
Você vê inteligência ou vê dogma?
Vê uma cultura escutando e trabalhando para realinhar-se
com as novas ordens naturais à medida que surgem,
ou vê esforços desesperadamente persistentes por muitos
particularmente aqueles em posições de poder,
tentando manter tudo na mesma, em detrimento
de toda a experiência humana?
Sabem, tal como vocês,
eu poderia ser apenas um membro desta família de 7 mil milhões;
e como a maioria das famílias, às vezes é-nos difícil concordar,
mas as coisas ficam tão más que precisamos de intervenção séria.
A série que se segue é essa intervenção
esperando salvar o que é claramente, uma cultura em declínio.
Do criador da trilogia Zeitgeist
surge o pior reality show de sempre:
O verdadeiro
GMP filmes apresenta
CULTURA EM DECLÍNIO
Com o vosso guia, Peter Joseph
É um ano eleitoral nos Estados Unidos
e alguns podem dizer que é um ano eleitoral para todo o mundo.
Ainda o império dominante, o sistema político dos Estados Unidos
gastou cerca de 25 mil milhões de dólares só na última década.
Uma quantia que, repartida e distribuída anualmente,
poderia abrigar e alimentar todos os sem-abrigo da América,
acabando efetivamente com a epidemia.
Talvez, como eu, até ao final deste programa,
você descubra que o dinheiro será melhor gasto.
Seja como for, a eleição presidencial de 2012
está a preparar-se para ser uma das mais caras
e ostensivamente importantes eleições de sempre,
dada a crise da dívida em curso, a crise do desemprego,
e a vasta destabilização que vemos em toda a sociedade.
No entanto, não estou particularmente interessado na esquerda ou direita,
nem em qualquer mérito político dos candidatos.
Estou interessado é em toda a ideia de democracia global
na tradição em que existe, e em como ela é cegamente aceite
pela grande maioria das pessoas no planeta, como sendo a única opção
para satisfazer os seus interesses e criar bem-estar,
portanto, a gestão da sociedade no seu estado ideal.
É isso que me interessa.
Então, ao invés de debater sobre quem deveria ser o próximo presidente,
por que não recuamos e consideramos questões mais amplas?
Tais como, não sei,
talvez até porque temos um presidente, para começar?
O que é isto, feudalismo medieval?
Pensei que os dias dos reis, ditadores e dar a uma pessoa um poder enorme
estavam a chegar ao fim. Ou, de modo geral,
não parece um pouco absurdo falar de uma democracia participativa,
quando o próprio povo, na verdade, nada diz
quando se trata das decisões reais, tomadas pelos que são eleitos?
É mau o suficiente que os eleitos não tenham nenhuma obrigação legal
para fazer as coisas que possam ter reivindicado na campanha,
mas se examinarem a história, encontrarão o facto histórico
de que o bem público foi sempre secundário a outros interesses,
principalmente, os financeiros e negociais.
Claro, isto é de conhecimento comum agora, certo?
Porquê o governo dos EUA, completamente contra todos os interesses públicos,
permite que o sistema bancário privado,
um sistema que realmente não cria nada,
seja socorrido até à quantia de 13 biliões de dólares?
Você tem uma casa de 14 milhões numa marginal da Florida.
Você tem uma casa de veraneio em Sun Valley, Idaho.
Você tem uma colecção de arte repleta de pinturas de milhões de dólares.
Enquanto o povo tem que se haver com uma dívida privada a transbordar,
desemprego e uma economia estagnada.
Se vamos persistir neste joguinho tolo que inventámos
chamado economia de crescimento, onde o movimento de dinheiro define tudo,
pode ser uma boa ideia fazer as contas sobre o que pode realmente ajudar
este sistema económico a operar a um nível aceitável.
Portanto, se aumentar os impostos aos ditos ricos,
estará a aumentar impostos aos criadores de emprego,
e se o objectivo é o crescimento do sector privado,
tem que reconhecer que a melhor forma de criar esse crescimento
é deixar capital nas tesourarias dos criadores de emprego.
Se esse dinheiro gasto com o resgate dos bancos fosse gasto
a aliviar o endividamento das famílias
deixando Goldman Sachs, JP Morgan
e todas as outras instituições financeiras improdutivas e tecnicamente insignificantes
experimentar o fracasso e falência que eles mereciam,
simultaneamente nacionalizando o sistema bancário dos EUA como um todo,
a economia dos EUA podia ter tido hipótese. Porquê?
Porque os bancos realmente não contribuem em nada. Trabalhadores sim.
Se quer crescimento neste tipo de sistema, precisa de empregos.
Se quer empregos precisa de procura,
e a procura requer pessoas com dinheiro livre para gastar.
Aliviando o peso da dívida pública,
plantaria as sementes verdadeiras do crescimento económico.
Por mais óbvio que possa parecer, muitos esquecem-se:
O resgate nada teve a ver com ajudar a economia dos EUA,
nem ajuda ou ajudará
qualquer economia soberana débil no mundo.
Porquê? Porque vivemos numa plutocracia, não numa democracia,
e o único poder verdadeiro está, na verdade, atrás da cortina, não à frente.
Os poderes financeiro e empresarial não possuem e controlam só este país,
eles possuem e controlam todo o planeta;
e não, não é conspiração. É um distúrbio do sistema de valores.
Enquanto um símbolo de dólar for associado a cada folha de relva,
cada lote de terra, cada pensamento fugaz ou invenção,
para não mencionar julgar o mérito dos indivíduos
pelo seu direito à vida pelo trabalho, não devíamos esperar mais.
Desde o início do próprio estado,
juntamente com o poder subjacente do dinheiro
como o motivador final das decisões humanas e, portanto, persuasão,
que o verdadeiro poder tem sido sempre financeiro
e essas pessoas pequenas que vocês elegem para os cargos,
eles têm donos também, não esqueçam isso.
- Democracia: É algo em que você acredita como existe hoje na América?
Quando você diz "acredita em", isso existe? Como incêndios florestais, Deus,
ou o diabo?
- Qual é sua opinião sobre o sistema democrático americano existente? - Está falido.
Está profundamente falido. A democracia vem, naturalmente, da Grécia
e é a teoria de que as pessoas regulam o governo. Está na prática
a acontecer, em 2012, neste país? Nem perto! É uma corporatocracia.
Considerando isto, vamos agora pensar um pouco mais primorosamente
sobre esta questão da democracia.
Como a tradição da nossa democracia tem a ver com os representantes
eleitos para, aparentemente, pensarem por nós,
surge uma questão crítica: De onde vêm estas pessoas?
Porque são eles que aparecem na sua TV e não outros?
Você decidiu que estas pessoas são a melhor escolha
para competir por uma liderança tão crítica,
ou você já reparou que os candidatos mais fortes
especialmente os presidenciais, parecem vindos do nada,
e pelos média recebem notoriedade apenas pela repetição da exposição?
O termo "Democracia" vem do grego "demos" que significa povo,
e 'krates", que significa poder.
As pessoas numa sociedade dão as suas opiniões através de votos,
e a política é criada pelo interesse da maioria.
Parece que o processo foi formalizado na Grécia antiga
e foi-se adaptando desde então.
Mas não demorou muito a surgir um pouco de cinismo
em relação ao processo em si, dado o facto de que
toda a base da ideia pressupõe que os eleitores
estejam informados o suficiente para saber o que fazem.
Franklin D. Roosevelt uma vez realçou:
A democracia não pode ter sucesso a menos que os que escolhem
estejam preparados para escolher sabiamente.
A verdadeira salvaguarda da democracia, é portanto, a educação.
Winston Churchill, por outro lado, foi um pouco menos tolerante,
afirmando "O melhor argumento contra a democracia
é uma conversa de cinco minutos com o eleitor médio."
O infame Mark Twain arrematou,
afirmando "Se votar fizesse alguma diferença, eles proibiam-nos."
Pergunte a si mesmo: Se estivéssemos na classe dominante,
a "classe de propriedade de investimento", parafraseando Thorstein Veblen,
querendo preservar os nossos interesses contra qualquer interferência,
o que faríamos?
Primeiro, precisamos de ter a visão mais ampla que pudermos.
Precisamos garantir que o eleitorado é tão desinformado quanto possível,
sobre questões relevantes que poderiam contradizer as nossas práticas.
Junto com isso, também precisamos eliminar o pensamento independente, lógico,
causal, científico, tanto quanto possível.
Então, vamos apoiar um extremamente subfinanciado, desatualizado
e desprivilegiado sistema educacional público
um sistema focado apenas em, um dia, dar uma profissão
não em ensinar a pensar crítica e logicamente.
- O cerne da democracia é o pressuposto básico de que o público é conhecedor
do pensamento crítico. Eles sabem como pensar sobre as coisas e avaliar,
e, portanto, eles podem tomar boas decisões, certo? Qual é a sua opinião
sobre a educação americana e seus efeitos no processo democrático?
- Eu acho que nós temos vários problemas na educação na América.
Um: Acho que estamos a lidar com o emburrecimento da América.
- Acha que este tipo de sistema educacional pobre
beneficia realmente o sistema? - Ah, com certeza!
Absolutamente! Mantenha-os estúpidos, mantenha-os entretidos.
Se estão desinformados, não podem defender-se!
Entretanto, para reforçar ainda mais isto,
também precisamos promover e apoiar
sistemas de crenças que apelem à obediência passiva;
sistemas de crenças e valores obstinados, irracionais,
que promovam o pensamento fechado.
A religião torna-se super útil nesta circunstância.
É possível que a religião esteja a ser politizada
e que os candidatos a estejam a usar como uma ferramenta?
Eu acredito que Deus criou o Universo.
E somos intimados pelas Escrituras e o Senhor Jesus para nos opor-mos a isso com todas as nossas forças.
Não vamos orar para que Deus esteja do nosso lado
na guerra ou noutro momento, mas vamos rezar para que estejamos do lado Dele.
Que Deus abençoe a Igreja Adventista do 7º dia.
Penso que o Deus que nos ama, o Deus que nos deu a vida, que nos deu o ser...
E assim a cada marinheiro, soldado, aviador e marinheiro
que esteve envolvido nesta missão, eu digo, você está a fazer a obra de Deus.
Se as pessoas são preparadas para serem obedientes e seguirem cegamente,
estão prontas para estender essa obediência a outros que aleguem autoridade.
Confere.
De seguida, é fundamental reconhecer
uma característica sociológica ímpar da condição humana.
Chamemos-lhe "psicologia de rebanho".
É a tendência de nós, humanos, enfrentando um apelo em ***,
muitas vezes nos comportarmos de maneiras impensadas e maleáveis.
Nas palavras de Charles McKay, famoso autor de
"Ilusões Populares Extraordinárias e a Loucura das Multidões":
Os homens, diz-se, pensam em rebanhos;
veremos que enlouquecem em rebanhos,
enquanto que só voltam a si lentamente e um a um."
Mas isto não se aplica apenas a motins no futebol.
Tal persuasão pode ser gerada através de simples eventos culturais partilhados.
Recorda o 11 de Setembro? Fale de insanidade de massas!
Este evento criou na multidão uma loucura imediata com medo e vingança,
e não demorou muito para que o governo dos EUA e outros governos, de facto,
aproveitassem essa loucura e canalizassem apoios
para a legislação draconiana e invasões ilegais.
Mas esta tendência de psicologia de rebanho não é útil apenas
para implantar e orientar questões inferidas de importância,
mas também na definição de limites rígidos de debate,
criando a tendência para aqueles que começam a questionar além desses limites
serem ostracizados e rejeitados pelo próprio rebanho.
Está a ver, se alguém fala sobre
uma distribuição de lucro mais justa na sociedade:
Todo o crescimento ocorrido no nosso país, durante a última década ou mais,
foi para os 1 ou 2% mais ricos. "Raio de comunistas!"
Se alguém especula sobre a óbvia manipulação de poder e corrupção,
"Porra! " Estou tão farto destes conspiradores e as suas mentiras!
A Reserva Federal não conspira para o seu próprio interesse!"
E Deus nos livre daqueles bem-intencionados
que querem realmente aplicar o conhecimento científico moderno
e melhorar a sociedade com ele. "Pois, claro!"
Alimentar, vestir e abrigar toda a gente na Terra com tecnologia?
Idiotas utópicos! [vidro a partir]
Lembrem-se, provavelmente a melhor forma de controlar o pensamento humano,
é criar um profundo medo de rejeição social,
e associar esse medo com temas culturais tabu.
E com esse trabalho de base em curso,
temos agora que lidar com o problema inoportuno
de que o público possa aprender o suficiente
e se mexa para colocar uma pessoa no poder político
que nos causará problemas.
Portanto, precisamos de algumas salvaguardas mais específicas.
Basicamente precisamos de garantir que esses candidatos indesejáveis,
nem se aproximem da propaganda mais consumida pelo público;
e se o fizerem, a prática é em tratá-los como aberrações.
Está a sugerir que a heroína e a prostituição são um exercício de liberdade?
O que você está a insinuar é "Sabe que mais?
Se legalizarmos a heroína amanhã, toda a gente vai usar heroína."
Quantas pessoas aqui usariam heroína se ela fosse legal?
Como fazemos isso? Com dinheiro,
e o nosso eleitorado corporativo tem de sobra.
Só precisamos garantir de que o uso desse dinheiro
para influência política seja autorizado.
No Supremo Tribunal dos EUA em 1976, a liberdade para um candidato
usar dinheiro próprio ilimitado para a sua campanha foi considerada legal,
equiparando o gasto de dinheiro ao direito de liberdade de expressão.
Isto traduz-se, com efeito,
na remoção de qualquer regulação da equidade de expressão;
e, portanto, quem tem mais dinheiro tem mais recursos,
logo, mais efeito. Perfeito.
No entanto, vamos garantir-nos um pouco mais.
Vamos garantir que às nossas corporações
é dado o direito legal para promover sem limite as nossas marionetas.
Por sorte, em 2010, os nossos amigos no Supremo Tribunal dos EUA
confirmaram que o governo não pode restringir
os gastos políticos de qualquer corporação com candidatos a eleições,
pois eles estão, mais uma vez, protegidos pela 1ª Emenda.
Então, agora nós podemos gastar à maluca para promover quem quisermos,
tanto quanto quisermos, afogando a oposição nos média.
...e duplo "sim".
Com essas medidas amplas no lugar,
é ainda importante controlar o desenrolar
do processo eleitoral, do princípio ao fim.
A melhor forma de fazer isto, é criar uma falsa dualidade:
a ilusão de competição entre partidos.
Precisamos de um sistema de dois partidos em constantemente oposição,
mas sempre apoiando as políticas elitistas
de que precisamos para manter a vantagem.
A beleza desta farsa de 2 partidos dominantes,
é que além de dar ao público a necessária ilusão da escolha,
mais importante, oprime esses partidos terceiros pretensiosos.
Como sabemos, estes irritantes partidos terceiros hipócritas
têm sido problemáticos desde o primeiro dia.
As Emendas dos direitos civis, o voto das mulheres,
direitos dos trabalhadores, leis de trabalho infantil e outras agitações na indústria,
todos vieram destes partidos terceiros crescentes,
não do grupo dominante do sistema, nós.
Por isso temos que ficar vigilantes.
Precisamos que o público fique tão habituado a esta ditadura de 2 partidos
que nem se importe se os dois partidos tiverem o controlo direto
da maior parte do próprio processo eleitoral.
Eles precisam de ter o poder de organizar as regras de redistritamento eleitoral
as primárias, convenções partidárias e debates,
e claro, nós, a classe que manda, vamos moderar as suas ações
através de lobbys, contribuições de campanha, vocês sabem,
exatamente o que o mercado livre promete: a liberdade para manipular tudo.
Conheçam os nossos amigos: a Comissão de Debates Presidenciais, ou CDP.
Em 1988, os partidos Democrata e Republicano,
ou os 'demo-publicanos ", como eu gosto de chamá-los,
criaram a Comissão de Debates Presidenciais.
Assumindo-se como instituição apartidária, o CDP com sucesso tomou o controlo
do evento eleitoral mais influente, os debates presidenciais.
O CDP, que é uma instituição privada co-presidida pelos ex-chefes
dos partidos republicano e democrata, decide por meio de contratos secretos,
quem vai participar nos debates, e sobre o que vai ser discutido.
Os partidos terceiros chatos, bem como ideias controversas,
só podem entrar em jogo se os 'demo-publicanos' decidirem que podem.
A sério, conseguem imaginar o que aconteceria se esses irritantes arrivistas sociais
fossem de facto capazes de contrariar o banal,
miserável, lógico, e superficial típico dos nossos debates manipulados?
Mas para a enfermeira, o professor, o polícia que
francamente, no final de cada mês têm uma pequena crise financeira em curso:
Eles têm que contrair novas dívidas apenas para pagarem as suas hipotecas.
Nós não lhes temos prestado atenção.
Se olharem para a nossa política fiscal, é um exemplo clássico.
Desculpe interrompê-lo Sr. Presidente, mas não podia concordar mais.
No entanto, não sente que a política fiscal
e outros factos conhecidos sobre o que está a prejudicar o americano médio,
é bastante benigna, em comparação com
o próprio fundamento do nosso sistema económico?
Sabe, ganhar dinheiro com a dívida, cobrando juros sobre ela, que não existe,
o que significa que há sempre mais dívida por saldar do que dinheiro para pagá-la.
Claro, isso conduz a mais dívida que está a ser criada para cobri-la,
e essencialmente, falência e bancarrota são inevitáveis.
Menos para as classes superiores do que para as classes médias baixas, claro,
(Porquê?) Porque as classes baixas são as que fazem os empréstimos
para a casa e o carro, enquanto a classe alta está a receber juros.
Ao invés de pagarem juros, eles na verdade ganham juros
através dos seus depósitos e investimentos.
Obviamente isto garante o aumento da divisão de classes, estruturalmente.
Não é algo que vale a pena considerar?
Não?
Como um ponto final sobre o CDP,
as nossas corporações podem agora doar-lhes diretamente,
logo aos partidos, impondo a nossa influência financeira, logo a agenda, ainda mais,
contornando essa maldita legislação,
que impede as empresas de contribuir diretamente para campanhas políticas.
Um belo contorno.
No entanto, nada é perfeito, e você não pode ser demasiado cuidadoso.
Por vezes, boas velhas táticas são precisas.
Nada é tão antiquado, como uma boa velha fraude eleitoral direta.
Recorramos aos nossos amigos empresários para fazer umas máquinas de votar
de integridade duvidosa,
e colocá-las nos pontos mais críticos que pudermos.
Sim , eu sei , é desleixado . E já se tornou público
que as máquinas podem ser hackeadas remotamente, com $10 de materiais
e com a matéria de ciências do 8º ano;
mas como a maioria dos americanos estão distraídos com a sua dívida,
decrescente nível de vida, crescente desemprego,
a informação liberal cai em ouvidos surdos.
Então , vamos recapitular.
Livres pensadores tendem a reconhecer
a necessidade de constante adaptação e mudança,
então temos de garantir que a educação apoia a tradição existente,
por mera aprendizagem mecânica, sem pensamento lógico crítico.
Depois, fixamos limites de debate claros na cultura
e fazemos com que os que passam dos limites,
sejam silenciados por ridicularização e humilhação sem fim.
Depois, precisamos aproveitar a psicologia de rebanho
e passá-la pelos média, quer para identificação
com as nossas prioridades ou distraí-los completamente.
Quanto à influência de larga escala,
precisamos ter a liberdade de fazer o que quisermos
e usar a nossa vasta riqueza empresarial para influenciar
tanto a opinião pública como os próprios candidatos.
O estatuto legal de pessoa jurídica já nos garante a liberdade de expressão,
e portanto, despesas livres.
Depois criamos a ilusão pública de concorrência e escolha,
e ganhamos tanto controlo sobre o processo eleitoral quanto possível.
Os peões Demo-publicanos, com o nosso patrocínio interminável e lobbying,
agora lidam com isso muito bem, incluindo a restrição do debate público
e a recusa da interferência dos partidos terceiros.
Se não chegar, que se lixe! Reordenamos a contagem de votos nós mesmos,
invadindo a caixa-preta de votação nos estados eleitorais mais influentes.
E assim vai!
Desde o começo da civilização,
esses no poder restringiram com sucesso os interesses da maioria
regulando os seus valores, controlando os recursos através do dinheiro,
sem falar no controlo dos próprios processos que existem para desafiá-los.
É uma conspiração? Esses homens poderosos reúnem-se em salas escuras,
e trabalham para descobrir como manter o seu poder?
Na verdade não, não tanto como podem pensar.
Vejam, o hilariante acerca de tudo isto é que tal processo
de manipulação é realmente auto-gerado,
justificado de um modo passo-a-passo
com auto-interesse básico guiando todo o caminho.
Está a ver, a corrupção real não está a ocorrer em reuniões secretas, ou nas docas;
o poder real reside em como vocês, o público,
na verdade perpetuam, perdoam e apoiam
os sistemas muito ocultos que vos oprimem.
Ideias finais: Muitos ao ver o conteúdo deste programa
irão provavelmente interpretar a farsa ampla conhecida como democracia americana
ou de facto, a farsa da democracia global,
como um sistema a necessitar de melhor regulação.
A ACLU, Democracia Agora, Michael Moore, Ocupar Wall Street, Annie Leonard,
e outras inteligentes e francas instituições e vultos ativistas
buscando o que chamam de "mudança",
todos, na verdade, operam dentro do mesmo pressuposto:
"Se ao menos conseguirmos regular melhor o poder monetário e corporativo,
podemos reparar o mundo."
Não.
Lamento dizer que até que a própria premissa social,
e portanto, as bases psicológicas fundamentais da nossa economia:
desequilíbrio, escassez, ganância, exploração e competição.
Até estes serem alterados de modo a que o sistema comece a recompensar
e a reforçar a colaboração, o equilíbrio ecológico e humano,
eficiência e sustentabilidade, nada vai mudar realmente.
Numa condição sociológica onde tudo se baseia na vantagem sobre os outros,
o que hoje chamamos de corrupção não é realmente corrupção.
É só o costumeiro negócio.
A sério, o que vocês esperavam?
Numa economia onde tudo está à venda pela mesma ética inerente,
sublinhada pela falsa noção de que não conseguimos colaborar de forma inteligente
para beneficio de todos, nenhum nível de corrupção
nos deveria surpreender.
Em suma, assumir que vamos perpetuar esta filosofia económica aqui,
e depois contradizê-la aqui com a ideia de que certos elementos da sociedade
devem ficar à margem da manipulação monetária e ganho,
é totalmente ingénuo e absurdo;
mas não vão por mim. Recostem-se observem o fluxo e refluxo
ao passarmos de um conjunto de práticas corruptas e prejudiciais para o próximo.
Claro, devagar corrigimos algumas questões com o nosso conformismo,
mas até atingirmos o âmago de todo o sistema,
infelizmente, é quase tudo um desperdício de tempo
e as melhorias serão muito poucas.
Até alcançarmos esse nível, sente-se, relaxe, desfrute do programa
e até à próxima, eu sou o Peter Joseph,
agente e vítima de uma cultura em declínio.
Por favor notem que nenhum Demopublicano foi ferido
ou abusado na gravação deste programa.
(No entanto, parece que sua extinção pode ser iminente.)
Esta transmissão foi possível graças a generosas doações da Fundação Rockefeller
George Soros, a Sociedade Teosófica, o Grupo de Bilderberg,
o Conselho de Relações Exteriores, a Nova Ordem Mundial, Alex Jones
e o culto de morte satânico conhecido como O Movimento Zeitgeist.