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Como comunicar ao paciente o diagn�stico de melanoma?
Quais as regras gerais a observar na comunica��o do diagn�stico ao paciente?
O caso do melanoma � um pouco espec�fico. Por qu�? Porque deve-se
explicar ao paciente que o
sinal de nascen�a que o mesmo possui h� 10 ou 20 anos
evoluiu para um c�ncer de pele.
E quando este diz no in�cio, n�o � poss�vel.
A primeira rea��o � retrucar: �n�o � poss�vel, n�o sangro, n�o passo mal, n�o h� prurido. �
Ent�o sou levado a explicar que esta transforma��o
pode ocorrer sem nenhum destes sintomas ou sinais.
A segunda coisa que explico ao paciente � que ser� necess�ria uma grande excis�o,
em geral de cerca de 2 cm, e que a seguir ele precisar� de um enxerto de pele.
� bastante dif�cil de aceitar, para o paciente,
sendo necess�rio dar-lhe explica��es detalhadas.
Deve-se em seguida explicar que a les�o
est� sujeita a met�stase no decorrer do ano seguinte.
Logo, h� de se encontrar um equil�brio preciso nas explica��es dadas ao paciente.
� necess�rio dizer-lhe que dever� ter um acompanhamento bastante rigoroso,
por�m evitando ao m�ximo inquiet�-lo. Com efeito, os pacientes nos explicam
que no decorrer dos dois anos seguintes � excis�o do melanoma,
sua qualidade de vida caiu de forma acentuada.
T�m com frequ�ncia dificuldade para dormir,
em raz�o deste tipo de coisas. E tamb�m nos dizem �N�o paro de pensar no meu c�ncer.�
Passados dois anos sem reca�da, eles come�am a ficar um pouco mais relaxados,
por�m como se v�, � muito importante. Com toda certeza,
quando detectadas as met�stases durante o acompanhamento,para os pacientes � terr�vel. Por qu�?
para os pacientes � terr�vel. Por qu�?
Porque a primeira coisa que far�o � entrar na internet, onde constatar�o que a probabilidade de sobreviver a um melanoma metast�tico
est� estimada em 20% em 5 anos.
Felizmente, dois novos tratamentos para o melanoma metast�tico
estar�o dispon�veis este ano, talvez nos permitindo
mudar as coisas para estes pacientes. Seja como for,
as coisas s�o bem diferentes nos casos
de c�ncer do pulm�o ou do f�gado, por exemplo.
O paciente jamais poderia imaginar que um c�ncer de pele, no caso o melanoma,
viesse a ter um progn�stico t�o negativo, como um c�ncer de outra parte do corpo.
Trata-se de elemento de extrema import�ncia para se levar em conta.