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2 00:00:37,640 --> 00:00:41,570 Acho que eu e o meu marido, Ben, vamos completar uns 11 anos morando em barcos
este novembro, e com a nossa filha nos últimos 2 anos e 7 meses.
Nós amamos a vida a bordo e o fato de estarmos conectados à agua. Esta é a única área em que é viável
ter uma casa na beira d’água. Nós temos um lugar privilegiado.
Acho que, se você me perguntasse se foi desafiador criar uma filha em um barco,
eu responderia que a maioria das mães de primeira viagem, principalmente as que não têm família por perto, diria que
o primeiro filho é sempre um grande desafio. Mas, em um barco, a parte mais difícil
tem sido as exigências físicas de transportar uma criança pelas eclusas
e o julgamento de quem achava que este seria um ambiente perigoso para a nossa filha
quando ela começasse a andar. Mas eu acho que, se eu vivesse em uma rua movimentada, eu
enfrentaria vários outros desafios. Então, nós lidamos com as questões de cada ambiente.
Acho que ela gosta de dar nome aos animais
comigo. E de poder alimentar cisnes da porta de casa e colher amoras logo
ali no jardim ou na frente do caminho na beira d'água. Acho que podemos desfrutar de
muitos tesouros diferentes aqui nos barcos.
Facebook - na verdade, eu comecei a usá-lo quando eu tive a Willow e a amamentava ao longo da noite. Eu acordava
umas seis vezes e pensava: "Deus, será que eu sou a única pessoa acordada nesta noite de
inverno, tremendo de frio e amamentando o meu bebê no escuro?" E eu confesso que eu entrava, sim, no
Facebook e mandava mensagens para outras mães: "Ah, você também está online." e
"Ah, você está acordada às duas da manhã?" E era uma verdadeira conexão, perceber que
você não era a única pessoa fazendo aquilo naquele momento.
Então, o Facebook acabou sendo muito útil quando eu tive a minha filha. Acho que as pessoas se sentem isoladas
quando se tornam mães. Você não tem vizinhos próximos. E ele faz com que você se sinta incluída,
com que você se sinta conectada a outras pessoas que estão passando por experiências parecidas.
Por isso, acho que o Facebook é uma boa maneira de criar um círculo social e
de reunir as pessoas para um
chá e um bolo com as crianças, para que elas possam se conectar umas às outras e brincar juntas.
Acho que, se eu não tivesse usado o Facebook, eu teria sido convidada menos vezes para
esses eventos de mães e bebês que as pessoas organizavam. Na verdade, agora eu e a Willow
estamos bem integradas socialmente nesta área. Temos grupos incríveis de amigos que visitamos
regularmente. Tenho que reconhecer que o Facebook foi uma verdadeira necessidade para mim ao longo
do último ano e meio; o primeiro ano e meio da Willow.
Há pessoas que sobem e descem
o canal, e elas usam o Facebook.
Por exemplo, há um barco sanitário, ou o barco do cocô, como nós o chamamos.
É um cara com um velho barco de trabalho.
Parece este, mas sem a cobertura e com um monte de tanques na sua
frente. Ele circula por aí e trabalha esvaziando as privadas dos outros. Na verdade,
é um serviço muito útil, porque alguns barcos têm tanques integrais. É como um balde
que você mesmo pode retirar. Mas ele coloca um status no Facebook que avisa a
todos os seus clientes, a toda a comunidade dos barcos, onde ele está. Então, se você for
pego desprevenido, você não vai ter que se apertar por muito tempo, porque
ele estará a caminho para esvaziar a sua privada para você. É realmente algo maravilhoso, se
você parar para pensar na história dos barcos de trabalho, subindo e descendo o canal com cargas, você
percebe como isso se modernizou. Agora, ele transformou essa coisa
doméstica nojenta em um negócio.