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Momento de Reflexão
O ESCAPULÁRIO DE NOSSA SENHORA DO CARMO
Quem o não trará consigo como penhor de salvação eterna e protecção dos perigos ,
se Deus o concedeu ao mundo para honrar Sua Mãe e ajudar a salvar
e proteger os Seus filhos justos e pecadores?
Foi em 16 de Julho de 1251 que Nossa Senhora, aparecendo a São Simão Stock,
Superior Geral dos Carmelitas, lho entregou dizendo:
“Recebe, meu filho, este Escapulário da tua Ordem,
como sinal distintivo da minha confraria e selo do privilégio que obtive para ti e para todos os Carmelitas.
O que com ele morrer, não padecerá o fogo eterno.
Este é um sinal de salvação, uma salvaguarda nos perigos e prenda de paz e da aliança eternas”.
- Setenta anos mais tarde apareceu a Virgem ao Papa João XXII,
confirma esta promessa e acrescenta outra, chamada a do Privilégio Sabatino ,
em que, mediante determinadas condições, a alma do confrade carmelita será livre do Purgatório,
se lá estiver, no sábado a seguir a sua morte.
Os Soberanos Pontífices consideram como pertencentes à Ordem do Carmo, todos os que recebem o Escapulário.
Para que todos possam usufruir das graças inerentes ao Escapulário,
Sua Santidade, o Papa Pio X, em 16 de Dezembro de 1910,
concedeu que o Escapulário, uma vez imposto,
pudesse ser substituído por uma medalha que tenha dum lado Nossa Senhora sob qualquer invocação
(Carmo, Dores, Conceição, Fátima, etc.)
e do outro lado o Coração de Jesus, e benzida com o simples sinal da cruz,
na intenção de substituir este Escapulário.
- Em 28 de Janeiro de 1964, o Papa Paulo VI concedeu ainda
que todos os Sacerdotes pudessem impor o Escapulário e substitui-lo pela respectiva medalha,
pois até aí era privilégio dos Padres Carmelitas e de outros Sacerdotes
que o pedissem à Santa Sé e nisto se mostra o desejo da Santa Igreja de que todos o tragam.
CONDIÇÕES
I- Para a Iª graça ( isto é ser livre do fogo do Inferno, a mais importante):
- Ter recebido este Escapulário imposto pelo Sacerdote e trazê-lo, ou a medalha que o substitui.
- Morrer com ele ou com a medalha, o que significa que se saiu deste mundo em estado de graça santificante.
II- Para a IIª graça (isto é, o privilégio Sabatino):
ser liberto do Purgatório no 1º Sábado, depois da morte, se para lá se foi.
Além das condições para primeira graça, que é a mais importante,
é guardar ainda a castidade própria de cada estado, que, aliás já É OBRIGATÓRIA PARA TODOS POR MANDAMENTO DIVINO;
rezar, sabendo ler, todos os dias, o pequeno Ofício de Nossa Senhora,
ou, não se sabendo, abster-se de comida de carne nas quartas feiras e Sábados.
Estas obrigações podem ser comutadas (a reza do Ofício e da abstinência de comida de carne) por um Sacerdote,
o que impôs o Escapulário ou o confessor, por outra obra pia, por exemplo:
a reza de 7 Pai -Nossos, 7 Ave-Marias, e 7 Glórias ou pela reza do Terço ou por outra mais fácil.
Quem reza o Terço todos os dias, esse vale, sem ser preciso mais nada,
podendo aplicá-lo por todas as intenções costumadas.
O Sacerdote que reza o Ofício Divino, também já cumpre sem ser preciso outra comutação.
Aos homens e às crianças, que normalmente rezam menos que as mulheres,
pode-se comutar por 3 Ave-Marias, rezadas diariamente. Assim aconselhava o Santo Padre Cruz,
que foi um grande apóstolo do Escapulário.
QUEM O PODE RECEBER?
Todos os católicos, que o peçam, o podem receber, imposto por um Sacerdote.
Podem-no receber ainda as crianças baptizadas, mesmo inconscientes e os doentes destituídos dos sentidos,
pois parte-se do princípio que, se conhecessem o seu valor, o quereriam receber.
É óptimo costume de o pôr logo no dia do Baptismo.
O Escapulário é de tecido de lã de cor castanha ou preta, mas, o mais comum, é
o de cor castanha.
O Escapulário, uma vez benzido, não precisa de nova bênção.
O valor do Escapulário está no tecido de lã com a bênção própria e não nas imagens que costuma ter.
Pode ser lavado, podem-se mudar os cordões, pode ser revestido de plástico para não se sujar, etc.
Devemos andar sempre com ele ou com a medalha e, sobretudo, tê-lo à hora da morte.
Nunca o deixemos, mesmo ao tomar o banho.
Quem o recebeu e deixou de o trazer consigo,
basta que comece de novo a usá-lo, ou a medalha, sem precisar de nova imposição.
Sua Santidade Pio X concedeu que os militares em campanha possam impor a si próprios o Escapulário ou a medalha,
uma vez benzidos pelos Sacerdotes e que, tendo acabado a sua missão,
continuem a usufruir de todas as graças e privilégios a ele inerentes, sem terem de o receber de novo.
Certamente que o Escapulário não dispensa dos Sacramentos,
que são os meios instituídos por Nosso Senhor como via normal para nos santificar,
nem dispensa da prática das virtudes.
Não mete no Céu as almas em pecado mortal,
mas ajuda a bem receber os Sacramentos e à conversão da alma e a perseverar no bem.
Ajuda a sair do estado de pecado mortal, onde houver um mínimo de boa-vontade.
O Escapulário do Carmo é um dom misericordioso do Céu, obtido por intercessão da Mãe da Misericórdia,
já que os justos e os pecadores custaram o Sangue de Jesus e as Lágrimas e Dores de Maria Santíssima.
Caros Irmãos e Irmãs, Jesus já tinha dado a Sua Vida para nos salvar,
mas desejando salvar todos os homens, ao longo dos séculos, enviou muitas vezes Nossa Senhora, Sua e nossa Mãe,
com mensagens divinas, cheias de Grandes Promessas, para colaborarmos com Eles na salvação das nossas almas.
Quantas aparições de Jesus e Maria nestes dois mil anos de cristianismo!
Lembremos que Nossa Senhora do Carmo, Aquela Senhora que apareceu em 1251 a São Simão Stock,
apareceu também aos Pastorinhos de Fátima.
Aceitemos o convite de Maria e comecemos a usar, se ainda não o usamos, o Escapulário do Carmo.
+ A Bênção de Deus Omnipotente e Misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo desça sobre vós,
por intercessão de Nossa Senhora do Carmo, e permaneça para sempre. - Ámen