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Oferecer minha voz aqui como representante da mídia, que é frequentemente, na minha
opinião com justiça criticada por ser grande parte do problema quando se trata de justiça
para mulheres, igualdade para mulheres, como mulheres são objetificadas, como nós nos
objetificamos.
Eu penso muito na origem de grande parte desses problemas. Nossa responsabilidade é contar
histórias, por essa razão estamos contando histórias que educam as massas a se empoderarem
para evitar muito dessa situação. Parece que parte do processo de cura são as comunidades
se reunindo e se empoderando através do poder do grupo e entendendo que não precisam mais
tolerar esta merda. Por que isso não está vindo da mídia, por que mulheres em particular
não estão sendo empoderadas desde muito jovens na mídia?
Então eu me interesso muito por isso e eu acho que não é inteiramente surpreendente
considerando que dentro da mídia, dentro de Hollywood, não se consegue entender a
injustiça dentro do próprio sistema; é algo que eu confronto no dia a dia é que
qualquer um trabalhando em qualquer nível, qualquer parte de Hollywood vai dizer é que
é realmente difícil conseguir que sejam feitas histórias sobre mulheres, não apenas
mulheres obcecadas por homens ou ajudando homens, e é realmente muito difícil conseguir
que homens sejam parte de filmes sobre mulheres como protagonistas.
Eu tenho muito interesse em como podemos ajustar isso já que é tudo baseado na demanda. Filmes
são feitos de acordo com o que as pessoas pedem, revistas são baseadas no que se acha
que as pessoas estão pedindo, então o poder está de fato em nossas mãos, e é só uma
questão de pedir em voz alta.
Eu não acredito que você tenha estado em alguma dessas leituras ao vivo na LACMA, em
que um filme clássico é lido por atores, só sentam e leem o roteiro, e fizemos recentemente
com American Pie então, American Pie, mas nós invertemos os gêneros, então todas
as mulheres fizeram homens e todos homens fizeram mulheres, e foi tão fascinante ser
parte disso porque conforme as mulheres pegaram todos os papéis centrais elas tinham todas
as boas falas elas tinham todas as boas risadas todos os grandes momentos
os homens que se juntaram a nós pra sentar ao palco começaram a se contorcer bem desconfortavelmente
e ficaram muito entediados porque não estão acostumados a ser o elenco de apoio e foi
fascinante sentir o desconforto deles discutir com eles depois quando disseram
é chato fazer o papel feminino e eu disse sim, bem-vindo ao nosso mundo.
Foi fascinante ver como o filme ficou tão divertido, hilário e excitante com mulheres fazendo esses papéis, que não ficou
embaraçoso ver uma mulher dizendo uma fala que é algo que claramente deveria ser feito
mais frequentemente que quando a gente muda os papéis como tem sido feito com filmes
sabe muitos de vocês provavelmente sabem que o papel de Sigourney Weaver em Alien foi
escrito para um homem em Salt o papel de Angelina Jolie foi escrito para Tom Cruise essas coisas
quanto invertidas provaram ser tão excitantes e divertidas com mulheres nos papéis principais
mas eu acho que é algo que ainda está nos estágios iniciais em Hollywood é muito difícil
conseguir que um filme seja financiado com uma mulher no papel principal e é algo com
o que agora como produtora estou começando a me familiarizar então estas são coisas
que eu tenho que mudar para que a mídia seja uma força positiva para que pessoas por todo
o mundo porque é impressionante o alcance da mídia
Eu estive no Senegal recentemente e parece que estou inventando mas eu juro por Deus,
num camelo no Senegal no meio do deserto e o cara que estava me ajudando a não cair
de meu camelo disse você é a Drª 13 em House e eu então percebi que temos que fazer
um trabalho melhor representando diferentes estilos de vida e mulheres empoderadas porque
literalmente todo mundo está vendo as coisas que exibimos e nós temos que ser mais responsáveis
com o que exibimos.