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Eerie Investigations encontra-se com Peter Joseph
Diretor de Zeitgeist e Zeitgeist Addendum
Zeitgeist, que significa 'espírito ou disposição do tempo',
é o filme do momento.
Produzido como um projeto pessoal criativo,
foi disponibilizado na Internet
e rapidamente se tornou um fenômeno global.
A sua cobertura abrangente sobre os fatos por trás da Religião,
do 11 de setembro e do sistema financeiro
causaram tamanha explosão em popularidade
que os contadores do Google atingiram seus limites aos 15 milhões de visualizações.
Em Outubro de 2008, o segundo filme, "Zeitgeist: Addendum", foi lançado.
Abordando o sistema bancário, seus efeitos negativos sobre a humanidade
e projetando um futuro alternativo, novo e melhorado.
Peter Joseph, diretor de "Zeitgeist" e "Zeitgeist: Addendum"
conversa conosco sobre suas razões e inspirações
para criar ambos os filmes e suas esperanças para o futuro da humanidade.
Olá Peter, muito obrigada por poder conversar conosco hoje.
Eu sei que você tem tido uma agenda muito cheia desde que chegou à Inglaterra.
E, obviamente estamos aqui para falar sobre o "Zeitgeist" - É claro.
"Zeitgeist: Addendum" - Obrigado por me receber.
Isto é fantástico, estamos muito satisfeitos por isso.
Primeiramente, antes de partirmos para o "Zeitgeist"
gostaria que você me falasse
um pouco sobre você, o que você faz, sua história,
e porque você começou esse projeto?
Bem, trabalhando como produtor de comerciais em Nova York,
não me sentia realizado na maior parte do tempo.
Você anda na linha, tem o seu emprego assim como todos,
e no fim das contas, eu sempre tive outras aspirações criativas
então eu estava engajado com outros projetos, como produção de filmes,
projetos fora da Broadway e projetos multimídia.
Então eu costumava fazer isso de forma independente, em Nova York
mesmo que não fosse realmente por dinheiro ou algo do tipo.
E com o tempo eu comecei a enxergar uma quantidade enorme de
problemas terríveis e sinistros ocorrendo no mundo
e decidi que usaria isso ao meu favor
e em favor da sociedade, e na verdade para minha própria satisfação,
fazer algo que não seria apenas
um elemento artístico por causa da arte, mas algo
que seria realmente benéfico para o sistema,
porque a arte sem consciência, muitas vezes
é meio sem sentido, eu concluí.
Acho que com o passar do tempo, você se lembra do que as contribuições
artísticas realmente fizeram, elas na verdade têm uma grande presença
na medida em que elas se relacionam com a condição humana.
Você volta para J.S. Bach e a Igreja
e todos esses elementos que contribuem com a arte
que tiveram uma relevância além do 'apenas por causa da arte'.
Então, uma pintura não apenas por causa da pintura, mas pela razão de
realmente comunicar algo sobre a humanidade
e sobre as condições sociais daquele tempo, talvez.
Então, "Zeitgeist" foi uma tentativa de combinar meus interesses artísticos
com alguma causa ou interesse social.
E acho que o que provocou isso foi o 11 de setembro
por causa da sua magnitude catastrófica, e com o passar do tempo,
informações começaram a aparecer,
acerca do quão ridículo o relato do governo sobre essa história foi,
e então você começa a ver quem realmente lucra com isso,
com o passar do tempo, com as guerras e as corporações.
Então, meu estímulo inicial para o filme "Zeitgeist" original foi o 11 de setembro,
pode-se dizer. E então, à medida em que eu me aproximava disso
para criar um trabalho artístico representando essa idéia
que, a propósito, o "Zeitgeist" original foi exibido
como um trabalho multimídia na baixa Manhattan inicialmente
sem nenhuma intenção de ser um lançamento oficial.
Ele foi exibido por 6 noites, de graça, a um grupo de ativistas
que vieram, e depois foi posto na Internet
e então ele simplesmente se popularizou. - Ele explodiu.
O que, a propósito, me colocou em uma posição precária,
porque eu não tinha os direitos sobre uma certa parte dele.
Grande parte veio de amigos que eu tinha feito no movimento e tal.
Então eu tive que lidar retroativamente com esse grande problema.
Já com relação ao filme em si, a religião sempre foi
muito interessante pra mim, desde que eu era criança.
Eu nunca fui criado em um ambiente religioso muito rigoroso,
mas convivi com isso de certa forma. Os parentes dos meus familiares
eram muito católicos, mas meus pais particularmente não eram religiosos.
- Sim, eu também fui criada como católica. - Certo. - E eu fui
para uma escola católica por um tempo então eu tive que experienciar isso,
e como criança, sempre existiu algo estranho para mim.
Em uma aula eu tinha ciência, e então em outra aula
eu ia para um evento em uma pequena igreja e, mesmo quando jovem,
havia uma estranha dicotomia para mim que não tinha sentindo algum.
E para não dizer que nenhuma religião possui algum valor,
elas todas realmente possuem, historicamente. E muitas pessoas
que assistiram o filme tiiveram uma impressão errônea sobre
o que eu estava tentando dizer sobre religião.
No primeiro filme, lido com a história da religião
que é o tipo de história que ninguém comenta
porque ela não condiz com a representação estabelecida. - Padrão. - Certo
Tenho que admitir que quando vi o filme pela primeira vez,
fiquei absolutamente pasma quando você
mostra como a religião cristã e muitas outras aparecem
sob situações muito similares e aquilo me surpreendeu completamente
porque eu nunca tive conhecimento de nada como aquilo.
- Sim, a morte e ressurreição do Homem-Deus. - Isso mesmo!
- Tem sido assim por milênios, por eras
e isso é um renascimento simbólico, como nas primeiras ideologias pagãs,
é onde você nasce de novo, todas estas... - porque isso vai diretamente ao encontro
do Druidismo e a Cruz Solar, o Mito do Sol.
- É muito antigo, exatamente.
E ela tem múltiplos simbolismos, embora o Sol esteja no centro.
Astroteologia é a terminologia usada para descrever este elemento estelar
e solar que foi basicamente transmutado
e transformado nas religiões históricas
por isso pensamos que estes atributos são história real, mas quando você olha
suficientemente para trás, vemos que isto é basicamente alegoria pura.
E mesmo se houveram certos personagens que emergiram historicamente
digamos no Cristianismo, houve provavelmente alguém
que executou algum papel que este personagem, Cristo, assumiu.
Mas, no tempo em que a Bíblia se materializou,
o personagem de Cristo foi transformado em uma figura totalmente mitológica.
Então realmente não há um elemento histórico, não há documentação de
um Cristo histórico. Sobre isso, há muita contestação, claro...
- Então como ficamos em relação à Bíblia,
porque existem tantos livros nela falando sobre Cristo
então, acho que você deve deixar muitos cristãos zangados
quando você fala isso. - E eles interpretam mal, eu acredito,
porque mesmo se ele não existiu isso não importa,
a mensagem importa - A mensagem, sim!
A religião tem uma propensão ao materialismo, eles não a chamam de
materialismo, mas eles se agarram a alguma coisa
e eles realmente não podem fugir disso
e isso é a definição de materialismo na minha cabeça.
Então pensando assim, apenas porque este personagem não existiu
isto avilta a coisa toda, não é necessariamente o caso.
Se você quer se guiar por pura superstição, então sim
é o caso, o qual obviamente eu não advogo.
Acho que a filosofia é muito mais importante do que
filosofia... superstição é um termo meio depreciativo...
Mas quando se tem essas noções de
um homem morrendo por seus pecados. Eu penso que são más interpretações.
Acho que não há real relevância nisso. E é baseado nessa espécie de
mecanismo de controle que te torna culpado desde o momento que nasce,
e ele morreu por seus pecados - Pecado original
- Sim. É uma distorção e então há também núcleos de verdade
que dialogam com a condição humana como "ame teu vizinho".
- Então tudo acaba se misturando, não é?
- Sim e, para falar um pouco mais sobre isso,
o personagem Cristo é muito complexo, porque
há muita dicotomia na sua retórica.
Em uma passagem ele diz: "Eu não trago paz, eu trago a espada",
"Eu quero ver seu vizinho contra o vizinho" e então
em outra passagem "Ame teu vizinho e ame seus inimigos".
- Então é uma mensagem meio mesclada, não é verdade?
- Bem, porque é um texto composto e faz sentido
você encontrar tais dicotomias, estes ying e yangs
acontecendo através de vários Homens-Deus diferentes que existiram,
então por isso se prova ainda mais que... -
- Sobre a pesquisa que você fez sobre todas estas diferentes
personagens na história que vêm como líderes religiosos, ícones.
Qual deles você diria, realmente, que você acredita que existiu?
- Com relação às principais religiões? - Qualquer religião
- Acho que é óbvio que nas religiões mais recentes, há alguns deles.
Maomé existiu, ele é bem documentado pelos historiadores.
Mas quanto mais você volta ao passado, mais os personagens
se tornam elusivos na sua definição.
Buda, eu questionaria se Buda existiu.
Sua simbologia é extremamente solar, assim como Krishna.
E estes, claro, estão há milhares de anos antes de Cristo.
Eu não foco realmente nisso, francamente.
Eu não acho que importa se eles realmente existiram ou não, mas se você volta
longe o bastante não há de fato documentação histórica, secular.
Então, se você não pode encontrar essa documentação, tudo que você vê
são os textos baseados na fé,
que são inerentemente tendenciosos por causa do que eles realmente são.
Então, eu não poderia realmente te dizer. Eu penso, obviamente,
que Alá não existiu, por si só.
É o deus que foi um elemento redefinido
do Velho Testamento e do Novo Testamento.
E então, Maomé, eu presumo,
definitivamente existiu porque aconteceu
há menos tempo, como 800, 900 anos depois de Cristo e aí existem
verdadeiras documentações históricas. Eu acho que ele tem sido interpolado,
como todos os outros... todos eles foram,
eles simplesmente usam as crenças principais como base.
Eles são culminações emergentes, mas os personagens estão nas histórias.
Você tende a encontrar isto em todos os textos religiosos,
eu acho que até nas religiões modernas,
e você encontrará todos os tipos de coisas estranhas, como Cientologia,
coisas do tipo, que continuam com esses tipos de padrões.
Então, a tristeza, para mim, é que a maioria das religiões é arrogante,
e não percebem que estão todas interconectadas.
E acho que se elas percebessem isso, não haveria tanta disputa.
Quero dizer, o problema com os textos religiosos em geral
é que eles são interpretados semanticamente.
Só o Cristianismo tem cerca de 34.000 sub-grupos diferentes,
e todos eles são pouco diferentes uns dos outros.
Os Adventistas do Sétimo Dia, você sabe. Todos eles têm variações
muito pequenas de interpretação. Eu acredito que isso é muito dicotômico
e, no fim, meu argumento principal
com relação à religião é que ela divide a humanidade por completo.
Então, não é progressiva. Elas têm algumas verdades,
mas eu acho que é hora das pessoas superarem desses dogmas
e essas fés que realmente tendem a separar a humanidade porque
nada de positivo sairá desse tipo de consciência.
- Bem, eu estava conversando com alguém sobre isso um outro dia
todos queremos trabalhar juntos como uma Humanidade mas,
existem grupos, e então grupos dentro de grupos.
Como eu estava dizendo a alguém um outro dia, "Você é rosa e eu sou azul",
ainda estamos tentando alcançar as mesmas coisas, mas isso só disseca as pessoas
a todo momento. E nessa cultura onde o mundo está se tornando
um lugar cada vez menor, é muito triste nós não nos unirmos
e parece que estamos nos afastando ainda mais.
- De alguma forma. - Sim, e é realmente triste, sabe,
cada um em seu próprio campo, e ninguém quer se unir
- Certo - Porque há uma pequena diferença.
- Claro, todos vêm as diferenças entre si,
e tendem a não ver semelhanças.
No novo filme, eu tenho uma citação do Carl Sagan que é muito boa,
que diz algo como: "Se visitantes extraterrestres viessem ao planeta,
eles provavelmente reconheceriam todas as semelhanças
entre as espécies e tenderiam a ver as diferenças como triviais"
Porque nós todos funcionamos no mesmo ambiente,
nós todos precisamos basicamente das mesmas coisas.
Então acho que houve uma falha de consciência.
E eu diria, para dar a isso um tipo retórico de conceito,
nós mal saimos da selvas nesse planeta, no que tange à consciência.
- Exatamente! - Então, eu acho que, com o passar do tempo, e é por isso
que eu fiz os filmes que fiz, que eu falo sobre os tópicos que falo,
as pessoas irão perceber essa luta interna, e eu acho que parte dela vem
das restrições da nossa linguagem, porque para que eu possa
descrever alguma coisa a você, eu preciso separar as coisas
em palavras: isto é uma mesa, isto é um copo.
Então divisão é inerente à nossa consciência cognitiva,
mas não atingimos uma consciência espiritual suficiente para saber que
embora isto seja um copo, ele ainda é feito da mesma coisa que essa mesa
e o fato de ele estar separado dessa mesa é na verdade um tanto suspeito.
Só parece dessa forma devido à nossa realidade de cinco sentidos.
Molecularmente, quando você entra em mecânica quântica
e altos níveis de ciência, tudo é mais como um mar de moléculas
que de certa forma se juntam, e existem diferentes coisas
que ocorrem com o tempo, intervalos de tempo tão vastos
que não podemos realmente perceber, então não os vemos.
Por exemplo, se eu mantiver minha mão aqui por muito tempo, ela fará
uma impressão nessa mesa, com os elementos químicos
que emergirão... - Certo - ...e se unirão.
Então não há separação, é uma ilusão
que haja qualquer tipo de separação. - Da mesma forma, nesse assunto,
eu sei que estou saindo um pouco do foco,
mas, falando de coisas que deixam uma marca:
sons e visões, fantasmas,
eu sei que estou fugindo aqui, mas,
coisas vêm sendo gravadas, como nós estamos gravando isto agora.
Isso seria algo que poderia vir onde coisas estão presas no tempo,
e então algo as faz despertar. O que você acha disso?
Na verdade eu nunca pensei muito sobre isso especificamente, mas acho
que existem muitas possibilidades por aí que não temos a habilidade
para reconhecer. O problema típico com a mente humana é que nós só
vemos aquilo que fomos condicionados a ver.
E quero dizer isso bem literalmente.
Há alguns *** que foram feitos, *** psicológicos
em que você pode ter uma foto e em um lado dela
estarão múltiplas simbologias. E ela irá avaliar
a mentalidade de alguém, o estado mental de alguém naquele momento.
Então, digamos que alguém esteja com raiva e eles mostrem a foto, a pessoa
reconhecerá imediatamente os atributos negativos na foto.
Se alguém está feliz, eles encontram os atributos positivos na foto.
Então acho que nós projetamos muito,
então as coisas que estão fora da nossa consciência geral,
acho que a razão por que elas não são reconhecidas por muitos
é a falta de vocabulário para reconhecê-las.
Então, o fenômeno que seria considerado
sebrenatural, para o que quer que isso signifique.
Bem, eu diria que de um modo geral tudo é natural
Não existe tal coisa como sobrenatural. So é sobrenatural
na medida em que...- Nós não entendemos isso, sim
Então, coisas como fantasma, o que quer que seja, que nós dizemos ser algo
assim, nós temos uma noção cognitiva do que poderia ser.
Mas estas invenções que poderiam ocorrer
poderiam, na verdade, ser muitas coisas diferentes
e a maioria que experimenta isso está muito fechada
para reconhecê-lo de modo geral. - Exatamente. Eu sempre comparo isso a...
minha expressão tem sido sempre: É uma ciência superior
que nós ainda não descobrimos como funciona.
Sabe, quando dizemos, como você diz, fenomeno sobrenatural
e depois, em algum lugar, mais tarde é explicado,
daí as pessoas falam, "ah, é assim que funciona" - Sim, assim como
antigamente pensavam que fantasmas podiam te possuir e causar
doenças. - Sim, nós evoluimos um pouco desde então. Eu espero.
-Bem, sim. E nós continuaremos a evoluir e
descobrir todas as nuances do inexplicável que
certamente serão explicadas pelo discernimento e
conhecimento tecnológico que podemos reconhecer. Acho
que é um padrão óbvio. E isso é algo ímpar no conhecimento.
Não existe conhecimento tangível, ou algo
como pessoa esperta. É so uma questão de tempo até que tudo que sabemos
seja essencialmente transformado, erradicado e reconstruido. - É como uma criança.
Uma criança da escola maternal comparada a um professor
na universidade. É somente porque o professor teve
mais tempo para aprender tudo o que aprendeu.
Então, não significa que uma criança, por não ter
conhecimento, nunca antingirá este status na sua vida.
- Exato. - E também, estamos falando sobre frequências,
e o que você disse agora há pouco foi, "Nós vemos o que queremos ver"
- Muito frequentemente, sim. -Porque muitas vezes bloqueamos as coisas,
porque talvez seja demais para nosso cérebro querer assimilar
-Possivelmente. -Nós simplesmente não queremos aprender. - Certo
E isso me lembra uma estória, não sei se já ouviu falar
e acho que deve ter sido o Paul Mckenna, não tenho certeza
um hipnotizador daqui, não sei se já ouviu falar dele,
e ele estava no palco e havia um sujeito e
ele usava um relógio e havia uma criança em frente
do hipnotizador que dizia "o que, o que há no relógio?"
ele não podia ver porque a criança estava la, mas conseguia ver
através da criança qual era a inscrição
no relógio, então como ele podia fazer isso? - É fascinante!
- Então, o hipnotizador fez com que ele bloqueasse
o que estava na frente dele ele; a criança,
que estava bloqueando a visão para o relógio, e ele conseguia ver
através da criança, ele conseguia dizer a inscrição e tudo mais
e fiquei completamente atônita com isso. Então isso só nos mostra
que podemos sintonizar e ver, indo a um nível molecular. - Claro.
Então você pode ver através da névoa, como dizem. - Exato
-E já que estamos falando em enxergar
a imagem real, porque é disso que estamos falando
com "Zeitgeist", de ver a situação real
eu sinto que, e não sei se você também sente,
que às vezes nós estamos sintonizados numa frequência
em que tudo que dizemos é aquilo que alguns querem que a gente diga.
-Bem, claro, pode-se dizer que os meios de comunicação fazem isso
diariamente, tanto que criaram essa ilusão de terrorismo.
- Exatamente! - Que é estatisticamente irrelevante.
As chances de qualquer um de nós morrer
num ato terrorista é de praticamente zero.
Entretanto, você liga a tv e isso parece ser
continuamente, um tópico muito comum
e daí eles mudam a linguagem, e agora a guerra é no Iraque, por exemplo
já não é mais uma guerra contra insurgentes; mas contra o terrorismo
e daí você tem este absurdo que é perpetuamente montado,
e eles fizeram a mesma coisa, sabe, com o comunismo
eles fizeram o mesmo. Eles so precisam de inimigos para tal exemplo.
Mas a mídia nos diz o que pensar e cria um estado de espírito
Nós tendemos a absorver e a nos identificar com isso
e acabamos projetando este estado de espirito
Então, é assim que nós somos tão influenciados
que temos que ser muito cuidadosos em como nos comportamos, em multiplos níveis.
É uma das coisas a respeito da consciência que
muitos não percebem mesmo. Quanto ao novo filme,
uma das coisas que eu falo a respeito é do sistema de livre mercado
ou como eu chamo mais comumente, o monetarismo
como uma distinção geral, que é mais uma palavra inventada.
Onde todas as sociedades, não importa se são
comunistas, socialistas, fascistas ou até capitalistas de livre mercado
todas tem o mesmo tipo de estrutura competitiva inerentemente,
e porque isto ainda existe, nós ainda vivemos em escassez
Há um mecanismo de retirada que vem naturalmente no ambiente.
Não digo naturalmente porque este é o jeito que somos.
Há este debate, é claro, entre natureza humana e comportamento humano,
e natureza versus criação, esses atributos.
Tendo a encontrar em meu entendimento,
isso me traz de volta a este ponto da consciência,
que é principalmente...
Diria que 90% daquilo que conduz o que fazemos é o comportamento.
Em outras palavras o nosso meio ambiente determina o que comunicamos e como,
obviamente, eu poderia ter nascido no Oriente Médio,
e poderia ter nascido em uma família muçulmana
e provavelmente eu falaria árabe e seria muçulmano.
Então, por exemplo, a religião,
em relação ao mesmo ponto que estavamos discutindo,
na medida em que essa lavagem cerebral, por assim dizer, é como eu colocaria,
é um tipo de condicionamento que mencionamos.
É completamente arbitrário, tanto quanto as religiões estabelecidas
Se nasceu em determinada região, muito provavelmente será parte daquela religião
A maioria das pessoas não pensa dessa forma. O que eu acho fascinante.
De qualquer maneira, isso é um pouco como uma via paralela do que eu quis dizer
a respeito de livre mercado, capitalismo e tudo o mais.
Vivemos num ambiente que recompensa mentalidades
competitivas e traiçoeiras. Mentalidades parasitárias, onde todas as nossas
instituiçoes, para sobreviverem, precisam ganhar dinheiro.
E para ganhar dinheiro eles precisam lutar por ele,
de um jeito ou de outro. Eles não chamam isso de luta, chamam de
negociação ou chamam disso ou daquilo - Palavras bonitas
Sim, mas o fato é que
toda a espécie humana está dividida entre um tipo de "nós contra eles"
diariamente, somente porque, para sobreviver
você tem que fazer certas coisas pelo seu proprio interesse.
Você tem que tomar em vez de dar. E a diferença, eu acho, é que
o meio em que vivemos agora, nos condicionou a esta
mentalidade extremamente egoísta, que realmente atingiu um ponto
em que coisas como a corrupção da guerra do Iraque e, um pequeno furto
não tem a menor diferença. Quebrei a linha de raciocinio por um instante,
Não há diferença entre um ladrão, precisando sobreviver
por causa da escassez, ou sendo mais especifico,
de onde venho, no centro sul de Los Angeles,
não há trabalho, todo mundo vende drogas.
Eles estão viciados em drogas porque estão deprimidos,
por estarem neste ambiente horrível de pobreza
Então eles fazem o que tem de fazer para sobreviver. Não há nenhuma diferença
entre esse tipo de comportamento criminoso e, digamos, a alta elite empresarial
que escolhe invadir um país para tirar seus recursos, tomá-los
e criar todos os elementos que querem
para beneficio próprio. É o mesmo mecanismo.
E acho que é algo que ainda não foi percebido.
E é o meio que é culpado por tudo isso.
Garantir a sobrevivencia é inerente. É a base genética do que precisamos pra viver.
Mas o modo como conduzimos nossa existência é baseado no que nos foi ensinado
quanto ao que é a necessidade. Então, voltando ao ponto original, é que
neste sistema tudo é tomado, de uma forma ou de outra, ou manipulado.
Você manipula o seu meio para obter o que precisa, de uma forma ou de outra.
Se quero um emprego, tenho que convencer o chefe de que preciso do emprego.
Se o chefe quer me dar um salário baixo, ele tem de me convencer
de que por algum motivo, eles têm que me dar esse salário. Eu tenho que convencer,
se eu tiver de competir com alguém que precisa do emprego.
Você pode girar isso em torno de todo tipo de, você sabe, espirais
aparentemente infinitas, como: "é assim que as coisas são e tudo bem."
"Não é verdadeiramente corrupto". Ouço esse tipo de argumento o tempo todo.
-Mas isso muda a pessoa, não muda? Porque, como você disse
você tem que se tornar perverso.
-Num certo nivel - Para conseguir o emprego, sim, você tem.
e as pessoas dizem: "bem, você não tem que pegar esse emprego"
mas na verdade todos tem de trabalhar. De um jeito ou de outro
Esta é uma das coisas no sistema a respeito da qual todos falam
e o mecanismo é este tipo de mentalidade manipuladora, traiçoeira
parasitária e usurpadora.
e o ponto original, do qual eu tenho saído bastante, é que
eu acho que o despertar da consciência tem que ocorrer
quando as pessoas perceberem que a chave está em dar e não em tomar
Então, numa nova sociedade, que é o que defendo no meu novo filme,
a mudança aconteceria quando as pessoas perceberem que sua integridade
é simplesmente tão importante quanto a integridade de tudo ao seu redor.
Por exemplo, se estou andando por aí e vejo um morador de rua
sei que com o tempo, haverá
a probabilidade desse morador de rua cometer um crime.
Por precisarem sobreviver, provavelmente terão que roubar
eles poderão fazer o que for preciso; e
quando encurralados, como animais, com medo,
eles farão o que tiverem que fazer para sobreviver. - Exato.
bater ou correr? - Sim, claro. Então, enquanto houver
um morador de rua ou alguém desprovido de tudo
e talvez sofrendo abuso, eu não estarei seguro.
E isto é algo que ninguém pára realmente para pensar.
No geral, ninguém está seguro neste sistema.
uma vez que este separa as coisas; há sempre
os "tenhos" ou "não tenhos" devido ao sistema
porque há sempre arestas no sistema,
existem arestas manipuladoras onde certos grupos podem ganhar, é inerente.
É inerentemente corrupto, basicamente, é como eu o descreveria.
Então, para combatermos isso, para impedir que, digamos,
alguém que vai te roubar e te machucar, que é simultanêo
ao combate da corrupção de uma elite governante, na minha opnião,
você tem que começar a alterar o ambiente e alterar
a consciência das pessoas e para fazer isso
as pessoas precisam perceber que precisam começar a contribuir
com o mundo de um modo geral e num senso comum.
Não pode ser um mecanismo egoísta, a sobrevivência do mais forte.
Não pode ser a ideologia do livre mercado do velho Adam Smith de:
"Você preserva a si mesmo e todos fazem o mesmo por si próprio
e sendo assim a sociedade funcionará como um todo por uma mão invisivel"
que é o que ele costumava alegar. Não estou esnobando o Adam Smith,
ele disse muitas coisas boas, estou somente usando isso como exemplo.
Ele é um dos pais deste sistema de livre mercado.
e está relacionado também a todas as outras formas, não só o livre mercado.
As pessoas pensam que eu estou só atacando o capitalismo e tal
Eu tenho trabalhado neste conceito que chamo de "Movimento Zeitgeist"
que é uma tentativa de conscientizar as massas para
uma mudança ambiental de todas as espécies
por mais ambicioso que isso possa soar
Vemos que a maioria dos movimentos tem uma orientação política,
são regionais, específicos para certas coisas.
Eu nunca vi algo que verdadeiramente tentasse unir a humanidade,
principalmente com uma linha de pensamento palpável
e não somente uma hipérbole de idealismo
Então depois do primeiro filme, todo mundo me perguntava
"o que fazer quanto a essas questões?", "o que fazer quanto a esses problemas?"
e pensei a respeito disso, é claro, comigo mesmo.
O primeiro filme não dá muitas respostas para nada do tipo
exceto bem no final quando falo de consciência de um modo geral,
a necessidade das pessoas perceberem que estão interconectadas.
Muito rapidamente, demonstro isso através de diferentes personalidades
no final e que, na verdade, retomo no novo filme.
O que encontrei através das minhas pesquisas, enquanto fazia o novo filme
descobri um homem chamado Jacque Fresco
e um projeto chamado "Projeto Vênus"
Jacque Fresco tem cerca de 92 anos de idade agora,
ele trabalhou por toda sua vida pensando em design social
pensando em algo que normalmente nunca nem ouvimos falar.
Onde realmente planeja-se a sociedade para o bem dela mesma.
Ao contrário deste tipo de sociedade em que estamos agora,
em que todos meio que podem tudo, em diferentes níveis
de vantagem diferencial, todos querem vender algo.
Nada é feito em nossa sociedade, a menos que algum lucro
possa ser obtido. Há todo tipo de problemas, tais como o fato
de acharmos que vivemos numa sociedade livre. Bem, você pode ser livre para
sair de casa e caminhar pela rua e comprar coisas
mas você é tão livre quanto o seu poder de compra te permitir.
-Exatamente. -Então, num sistema monetário, não existe tal coisa
como um país livre. Isso não existe.
Então, basicamente, você é um escravo de uma estrutura corporativa.
Jacque Fresco, essencialmente,
me mostrou ideias novas, sobre as quais eu jamais havia pensado
e levei muito tempo para as absorver, como acho que
a maioria das pessoas, quando as escutam pela primeira vez,
leva um certo tempo para que entendam, porque estão tão
doutrinadas neste tipo de
conotação capitalista de liberdade,
ou de livre mercado, onde pensam que,
eles associam liberdade com o fato de sair e
poderem comprar o que quiserem. Eles podem comprar,
podem escolher 75 diferentes tipos de cereais numa mercearia
entretanto há somente 2 partidos politicos no país. -Exatamente.
Há uma desconexão maciça - Isso é uma loucura, não é?
E eles não tem a menor idéia de que democracia é uma completa ilusão.
porque numa verdadeira democracia, bem, primeiro,
o que quer que seja uma verdadeira democracia é algo a ser questionado.
Mas, em nosso sistema o dinheiro comanda tudo.
E tudo que você tem que fazer é olhar para qualquer campanha no mundo,
principalmente no mundo ocidental, para ver que o dinheiro e o
apoio dos financiadores, a indústria financeira em si,
assim como na América, nós temos Barack Obama agora
que é fortemente apoiado por Wall Street.
Ele destruiu McCain e seus patrocinadores, completamente.
Sua verba é das instituições financeiras e corporações...
Eles colocam no poder pessoas que sustentam fortemente a indústria.
Os EUA, por exemplo, é somente uma grande corporação.
-Claro que é - Assim como o Reino Unido ou qualquer outro lugar.
Se as pessoas não enxergam isto, então realmente precisam abrir os olhos
Absolutamente, e é uma das coisas em que as pessoas
não pensam muito a respeito, é o verdadeiro problema do dinheiro em si,
e isto é o que Jacques Fresco pensou.
E suas conclusões, que eu encontrei, fazem total sentido pra mim.
É que você não pode ter equilibrio ou igualdade ou um mundo sem pobreza
ou um mundo sem guerra, nenhum desses tipos de ideais,
utópicos e cristãos em que as pessoas pensam num sentido muito tradicional.
Tipo, por que não podemos ter pessoas vivendo num ambiente
em equilíbrio, sem divisão de classes, sem hierarquia, não elitista?
Por que a elite sempre chega onde quer? E para realmente
entender, se você não reconheceu que a maior ferramenta,
o maior catalizador disso é o sistema monetário
porque ele perpetua a estratificação. Perpetua a ganância,
perpetua a pobreza, perpetua a escassez.
Muito rapidamente, uma das muitas coisas
que aprendi sobre o Projeto Vênus, muito rapidamente é
que o sistema monetário cria escassez porque
escassez é recompensada. Então nunca teremos um mundo abundante,
nunca teremos um mundo onde todos são alimentados. Porque num
ambiente assim, ninguém conseguiria lucrar.
Inerentemente. A escassez e a privação estão embutidas no sistema.
Corrupção está embutida no sistema. Então o que ele começou a pensar
e o que eu defendo no meu novo filme, que verdadeiramente apóio,
e tenho a minha própria linha de pensamento também, não é só
O Projeto Vênus e, na verdade, não é só Jacque Fresco,
é a sua ideologia subjacente que você tem que começar
a projetar a sociedade para o bem a humanidade como um todo.
E assustadoramente, para muitas pessoas, neste temível
ambiente de nova ordem mundial com pessoas que pensam assim
é preciso um certo grau de união do mundo tecnológico
para realizar isso. E quando digo isso, muitos dizem;
"Uau, é um mundo com um único governo"
-Sim, as pessoas têm falado muito isso, na verdade. - Sim, têm.
-Estão assustadas a respeito de como poderiamos trilhar este caminho. - Claro.
Mas existe uma falácia inerente a estes pensamentos,
precisamos unir o mundo, basicamente porque a mais alta otimização
da utilização do planeta seria uma organização mundial.
É por isso que digo união intelectual e tecnológica.
Não é que devessemos derrubar todas as fronteiras, e não ter
mais países, de jeito nenhum. Primeiro que países são inerentemente
primitivos. O sistema monetário e a necessidade de sobreviver
é o que cria países, basicamente.
Países existiriam no futuro, como uma forma de organização, espero.
Não seria nacionalismo. -Eu ia dizer isso, quem
iria comandar o show? Quem seria o encarregado?
- Nós nos livramos do dinheiro, o que eles estão mesmo tentando fazer.
- Bem, mais ou menos. - Estão tentando remover as cédulas,
e daí pra onde isso vai? - Eles querem ter uma moeda digital.
- Se não existirem cédulas, isso afetará a economia de muitos países. - Sim.
Eles não conseguem controlar. O mecanismo em cédulas.
é rastreável e eles costumavam ter a libra
sustentada pelo ouro, e era o mesmo com o dólar
e agora que o ouro se acabou, eles têm essas coisinhas
que eles chamam de fiat, basicamente, os EUA. No fim,
eles vão erradicar a moeda, e você vai chegar ao ponto onde
não haverá fomas de rastrear nada, nem de ver os números ou cálculos,
eu posso olhar os cálculos, mais ou menos, na reserva federal
e ver o quão corrupto é tudo isso no esquema da pirâmide. Você pode olhar
para inflação, você pode olhar para a desvalorização do dólar.
Você pode olhar para os atributos, relativamente parados. Quando eles
financeiramente atinjam o ponto de ter tecnologia para isso,
eles tornarão isso uma completa ilusão. O que na verdade, já é.
O dinheiro não é real. A única coisa que é real são os recursos
e isso foi o que Jacque Fresco reconheceu. Então é preciso superar
isso e perceber que os recursos são o que de fato importa
e até utilizarmos os recursos e utilizarmos nossa
criatividade intelectual, que é o que cria a tecnologia,
o que na verdade é tudo no que diz respeito ao
que nos ajuda em se tratando de utilidade.
Tudo é tecnologia, dessa cadeira a isso...
-Porque não falamos de tecnologia?
se pudermos - Claro - Estou fascinada sobre
como vamos nos livrar do petróleo da poluição.
E se você pudesse falar sobre energia solar
e geotérmica? - Energia Geotérmica - Sim, essa mesmo.
-Há tantos tipos diferentes de energia por aí, nós estamos
presos ao petróleo ou qualquer coisa só por causa da estrutura corporativa.
Então não há sustentabilidade neste tipo de sistema porque
há a necessidade de auto-preservação, que é inerentemente
corrupta. Porque sistemas que...
A evolução continua num ciclo emergente, e descobrimos
certas coisas e sempre iremos descobrir algo melhor.
Mas o que acontece no sistema monetário é que, uma vez que o dinheiro vem
de uma instituição, eles não querem mudar. E até que eles consigam
o que é necessário para crescerem sozinhos...-Exatamente, em algo melhor.
Por exemplo; querem trazer hidrogênio para a América.
Por quê? Porque podem usar a mesma infra-estrutura da gasolina,
ao contrário da tecnologia da bateria, que atualmente
poderia ser incrível, se eles realmente maximizassem todo o potencial dela.
Considerando o tamanho dos microchips e tudo mais agora, não há razão
para não termos uma bateria num carro que pudesse durar por,
digamos, mil milhas, com uma só carga. É simplesmente insano
achar que é impossível porque certamente não é.
Então o sistema é parasitário e paralizante.
Nós estamos paralizados. - E parasitários -Bem, inerentemente.
mas quanto ao verdadeiro progresso, estamos paralizados.
Então o progresso tecnológico é restrito em função do
sistema monetário e da necessidade de auto-preservação.
- Mas de que modo faremos este salto? - Bem, você precisa mudar.
- Este Projeto Vênus, a utopia? - Essa é a pergunta mais difícil.
-Exatamente, como faremos isso? - Mudando a nossa consciência
as pessoas terão de perceber o que é importante. Infelizmente, temos
tantas religiões e visões de mundo dicotômicas ...
Não sou ingênuo e nem ignoro as dificuldades disso,
mas este é o caminho. É isso que precisa acontecer.
É preciso fazer as pessoas perceberem como estão interconectadas
simbioticamente, e então simultaneamente perceberem que tudo
é emergente e está mudando. E há duas coisas
que as pessoas não reconhecem. A arrogância da religião é tanta
que as pessoas acreditam estar separadas e que são especiais.
Elas acham que, por alguma razão, são diferentes de um besouro
ou algo assim. Na verdade não há nenhuma diferença.
Mas isso é o que foi ensinado a eles. É o nosso primitivismo
que perpetua e nos mantêm divididos e separados da natureza.
Porque quando você olha pra trás e percebe o quão estamos ligados à natureza
bem, primeiro estamos conectados à natureza, no sentido de que
tudo que fazemos tem uma causa e um efeito. De um para outro,
com tudo que nos cerca e com o meio. A poluição das corporações
é inacreditável, eles não ligam para o meio ambiente.
Ninguém percebe isso. Então, quando você percebe,
você percebe que para viver em harmonia com a natureza
você tem que ouvir a natureza, entender o seu processo.
Suas leis naturais, alinhadas, não há razão para fazer qualquer coisa
que não seja sustentável. 75% da nossa produção é desperdício.
Então, pra se fazer o que quer que seja, há desperdício demais.
Sem mencionar, por exemplo; um computador é feito de materiais
que durarão somente o tempo que o sistema de mercado
permite, para que eles mantenham suas quotas.
Os melhores recursos não são utilizados para fazer coisas
realmente duradouras e eficientes porque, inerentemente,
eles precisam manter uma fatia do mercado, então tudo fica mais e mais barato.
-Hoje tudo é feito para quebrar. - Obsolescência planejada.
-Exatamente. Quando eu era criança, um secador de cabelo, por exemplo,
duraria décadas! Agora tudo enguiça
por falta de uma palavra melhor. Em um ano ou dois,
simplesmente quebram. Não foram feitas pra durar.
Não é sustentável. -Sim, Insustentável neste caso.
- E isso é horrivel para nós.
porque tem tantas ramificações. Dos aterros
à poluição. Então estamos totalmente desligados natureza.
A primeira coisa que precisa acontecer, eu acho, é as pessoas perceberem
que tudo a ser feito precisa ser ecologicamente consciente,
ponto. E se você acha que não é assim,
você está fazendo algo errado e o sistema
obviamente, está errado quando você sai um pouco dele.
Pois o sistema não recompensa nada disso.
Acho que quando essa consciência vier à tona,
daí as pessoas começarão a mudar e isso já está começando.
Muito devagar, infelizmente, pois ainda somos paralizados pelo sistema.
Mas de forma mais tangível, a primeira coisa que precisa acontecer é que
devemos construir uma nova cidade, e se você olhar para "O Projeto Venus",
esta é uma das coisas que eles têm defendido. Precisamos encontrar
um lugar que tenha um raio de vários quilômetros e construir o primeiro
projeto de cidade circular que Fresco tem desenvolvido e defendido
há anos, o qual é completamente auto-sustentável.
Poderia ser uma cidade de ***, talvez. Poderia ser um parque de diversões,
poderia ser um experimento para mostrar a todos o que poderia ser
Se quisessem que fosse. Então, seria tudo auto-sustentável,
teriamos tudo feito dos materiais mais nobres.
Certamente, ainda vamos ter que fazer isso dentro do sistema monetário,
assim, precisariamos de um grande suporte financeiro.
Mas isso definiria um precedente para mostrar, "Hey, isso pode ser feito!"
Podemos ter um ambiente sem praticamente nenhum desperdício.
E tudo é auto sustentável. - Mas há comunidades
como aquela, não há? - Pequenas - Ouvi falar de uma.
uma ilha na verdade, chamada, acho que "O unicórnio"
O Projeto Unicórnio - Como um tipo de comunidade? Não tenho certeza.
- Acho que sim. Pessoas, meio que, desistem
do resto do mundo, e constroem suas casas,
e vivem num tipo de fazenda. - Claro, mas por causa da necessidade
de preservar, por causa das restrições financeiras disso.
Como ainda estamos no sistema monetário, isto não reflete
os nossos avanços tecnológicos. Então, nesta cidade, em particular
teriamos as mais avançadas formas de transporte.
Teriamos os trens maglev. - Que parece realmente fantástico!
Não teriamos carros, de modo algum, porque seria tudo projetado
para chegarmos a qualquer ponto da cidade com extrema facilidade.
Ela teria inúmeros atributos.
Casas feitas de materiais à prova de fogo.
Não haveria razão para bombeiros, pois nada pegaria fogo.
Conceitos como este, que ninguém pensa.
Problemas nesta sociedade são regulados por leis
A idéia é realmente eliminar as leis.
Então, basicamente temos que criar um exemplo,
para mostrar ao mundo o que pode ser feito
porque a maioria não têm ideia do que é tecnicamente viável.
E a tecnologia que temos hoje é.
A tecnologia é realmente a nossa divindade, por assim dizer, é o que temos,
é o que nós criamos para facilitar a nossa vida.
Não estou dizendo que substitui outras formas de espiritualidade.
Mas concretamente, a utilização da tecnologia
é o que cria a liberdade para nós. Nada mais.
Eu não conseguiria pensar de outra forma.
Dinheiro e capitalismo são ferramentas,
para torná-lo um pouco mais livre, mas à custa da subserviência
e a este vasto tipo de visão baseado em classe
Todo mundo que é rico, o é às custas de outra pessoa.
Muito simplesmente, há um equilíbrio para isso, e há muitas razões
para tal. Precisamos eliminar isto e ter um ambiente projetado
para que as pessoas realmente vivam juntas, e comecem a estabelecer
uma linha de pensamento diferente, uma consciência diferente
onde chegaremos ao ponto em que a tecnologia será tão avançada
que não haverá trabalhos monótonos. Ninguém atrás de caixas registradoras.
Não haveria dinheiro. Então não haveria motivo pra isso.
Profissões como direito desapareceria. Haveria somente questões técnicas
para serem resolvidas. Você mantêm o ambiente
e certamente as pessoas fariam isso porque querem contribuir.
Entendem quais são seus papéis. Não por queiram uma recompensa por isso,
não porque queiram sugar. Querem doar, pois entendem
que disso que o sistema se trata.
E isso é muito mais natural para a condição humana do que apenas tirar.
E eles percebem algo mais importante, neste sistema
que é muito primitivo, porque a sobrevivência está ligada a
sugar e tirar vantagem, e começar um trabalho e mantê-lo,
e manipular o meio ambiente, pelo seu próprio interesse.
O que só é benéfico até certo ponto. E é isso que
temos visto, por causa da falta de moradia, das guerras,
da pobreza, das epidemias que não recebem nenhum tratamento.
Da morte de milhões de pessoas na África
que ninguém dá a mínima. Este é o preço disso.
Então, o que vai acontecer é que a consciência mudará,
as pessoas vão doar, porque vão reconhecer que se não o fizerem,
é isso que vai acontecer de novo. Portanto, contribuir mesmo
com a sociedade, numa visão diferente, é do seu próprio interesse,
e é realmente o despertar que precisa acontecer.
E é inteiramente disso que se trata todo o elemento,
com "O Projeto Venus" e "O Movimento Zeitgeist",
que são um meio para as pessoas tentarem obter essa informação
e essa compreensão, e de se motivarem
a um nível global para avançar nessa direção.
Não sou ingênuo para pensar que isso aconteceria do dia pra noite,
eu acho que levaria algumas gerações.
- Bem, o que me preocupa é que, tudo soa absolutamente fantástico
se isso acontecesse e todos pudéssemos trabalhar juntos
por um projeto como o Projeto Vênus
mas acho que, infelizmente, as pessoas que estão no controle,
Eles têm tanto poder
- Claro - E todos os dias você os vê,
ganhando mais poder. Quer dizer, esta manhã,
vi algo na TV sobre o uso de armas de choque.
E isso realmente me assusta, que eles,
a polícia, podem atirar nas pessoas com essas armas de choque.
Eu sinto que nós estamos regredindo na tentativa de tentarmos progredir.
Mas então você está lutando contra isso o tempo todo.
Como fazemos essa mudança?
em tão pouco tempo?
- Bem, primeiro temos que fazer o ativismo geral.
Ainda temos que combater essas coisas num nível fundamental
Ao nível tradicional, o nível de protesto e ativismo.
Mas eu acho que com o tempo, a elite só é tão poderosa
quanto as pessoas que apoiam seu sistema,
é por isso que defendo, no final do novo filme, começar a boicotar
diferentes atributos do sistema. Por exemplo,
se ninguém mais nunca se juntar a nenhum exército do mundo,
não haveria guerra. Não haveria razão para ela.
Porque a instituição militar é essencialmente ..
quanto mais poder tem um país, só significa que outro país
tem que ter o mesmo poder. Então é só acabar com isso. Ponto.
a guerra é irrelevante de qualquer forma por múltiplas razões,
Mas no final, se eles não tivessem exércitos,
não haveria motivo para tantas coisas diferentes.
Não haveria meio para controlar - Com certeza!
-E, então, a polícia acabaria por ir também. A consciência mudaria
na mente humana, onde pessoas que são policiais
ou militares diriam: "por que estou apoiando este sistema,
se acabo percebendo que na verdade estou machucando a mim mesmo?"
- E a outros, à sua família e a pessoas próximas a você, sim.
- Claro - Porque, contra quem estamos lutando? Estamos todos
vivendo no mesmo planeta. - Claro! Ainda mais profundamente,
na verdade não existe "eles". Eu acredito nisso.
Quero dizer, é claro que há, num sentido temporal,
existe um grupo de pessoas arrogantes que têm mantido o poder
por muito tempo e eles continuam mantendo,
e nós ainda apoiamos isso. Na verdade somos só nós.
e enquanto nos focarmos no "eles", num nível cognitivo
num nível psicológico, por assim dizer, eles sempre existirão.
Até que a consciência desperte, até que percebamos
que não há um "eles". - Porque nós,
não eu pessoalmente, mas as pessoas dão a eles o poder
-Sim, eles desistem e - Desistem, sim
- E apoiam os sistemas que criados por eles.
mas, na verdade, somos nós. Então, isso é uma das piores coisas
que as pessoas realmente não percebem em um nível fundamental,
que não existe "eles". Então, eu não defendo ativistas
que perpetuam isso, sabe, temos que combater a nova ordem mundial,
ou lutar por isso e aquilo. Eles não entendem mesmo,
até onde percebo. Eu não gosto disso.
Acho que eles tem que perceber. Há uma razão para os defensores da paz
se encontrem com pessoas com armas. Porque estes estão esperando
os defensores da paz fazerem algo que os obriguem
a precisarem usar as armas.
Eles querem o conflito. Então o conflito não vai resolver nada.
Quanto mais nós lutamos com algo, mais as lutas vão continuar.
Então, isso é algo que todos precisam pensar a respeito.
- Mas nós precisamos de lutas pacíficas. - Sim.
Bem, é mais uma mudança de consciência. - E espalhar conhecimento, sim.
Trata-se da consciência. E fazer as pessoas acordarem.
Bem, eu adoraria passar mais tempo com você.
- Eu sei, espero... - E não estou a par do relógio aqui.
- Mas foi fantástico, por favor, venha falar conosco de novo. - Sim
- Quando você voltar à Inglaterra, espero que seja logo.
E muito obrigado por seu tempo. - Eu que agradeço, gostei muito.
Muito obrigado ao Peter pela entrevista.
Para mais informações veja www.zeitgeistmovie.com
e o site do Movimento Zeitgeist www.thezeitgeistmovement.com
Apresentado por Karen Frandsen
Câmera e som - Ian Pleasance
Tema musical - Mark Cocking e Rod Giles
Gráficos - Neal Pleasance Design
Pesquisadores - Karen Frandsen
e Lisa Herbert
Edição e pós-produção - The Eerie Investigations Team
Diretor - Ian Pleasance
Copyright © Eerie Investigations
Para mais entrevistas e investigações visite www.eerieinvestigations.com