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Oi!
Vem aqui rapidinho.
Não arrumei um abajur, mas arrumei uma florzinha.
Olha que coisa mais lindinha...
Olha isso!
Eu vou deixar ela aqui.
Pra ela aparecer no vídeo.
Olá, tudo bom com vocês?
Estou aqui hoje
pra falar de mais uma composição minha.
Este é o canal CRU
onde eu compartilho com vocês
todos os bastidores dessa composição.
Essa música de hoje, o nome dela é CHEGA.
Ela tem várias peculiaridades,
por exemplo, eu fiz essa música, eu morava em Niterói.
Morei em Niterói 2005 e metade de 2006.
Eu tava chegando no Rio,
não tava bem ainda dentro do mundo do samba.
Naquela época, já faziam, sei lá, quase 30 anos
que eu estava tocando MPB.
Essa influência, você não acaba de um dia pro outro.
Então, ainda aparece um pouco dessa influência,
principalmente de MPB,
mas que eu já estava tentando,
com muita força e com muito foco,
compor um samba mais tradicional.
Compus essa música,
eu lembro exatamente aonde.
Na casa de Suely Mesquita.
Uma grande profissional, grande compositora também.
Inclusive, essa música é uma parceria
com Suely Mesquita.
Vou contar como é que aconteceu.
Quando eu me mudei pro Rio,
na verdade, eu me mudei foi pra Niterói.
Foi um período muito frutífero.
Eu tava saindo de uma vida
pra entrar em outra vida,
entrar de cabeça na música.
Eu comecei a escrever essa música na casa dela.
A gente se encontrava praticamente todos os dias,
a gente era vizinha de muro, assim.
E eu lembro que foi
uma época que eu tava ouvindo muito samba,
porque eu queria entender como o samba funcionava.
Como que eu conseguiria cantar samba
sem ter nascido no samba?
Ouvia samba, assim, o tempo todo, o tempo todo.
Sem contar também,
que essa música teve uma grande influência
das próprias composições da Suely.
Horas e horas ouvindo samba
e horas e horas ouvindo Suely.
Ah, misturou tudo, já.
É que nem sangue de brasileiro,
é tudo misturado, né?
É, é assim que é.
Eu comecei essa música na varanda de Suely Mesquita
e terminei na varanda de Germana Guilhermme,
que é outra cantora, compositora,
atriz maravilhosa,
e que também estava morando em Niterói nessa época.
Germana tinha uma casinha
numa vila,
no meio de Niterói.
Parecia casa de filme, sabe?
Não existia, aquela casinha não existia!
Tinha uma varanda,
que tinha um murinho baixo assim,
a gente sentava ali...
Aquilo era tudo de bom!
Tirei meu violão, sentei ali naquele murinho
branco com a parede azul.
Eu lembro até hoje.
E ali eu fiz o final,
acabei de compor essa música.
E na verdade, essa música tinha ficado com um buraco
no meio da estrofe.
Comecei pelo refrão
e daí escrevi a primeira estrofe,
e a segunda estrofe não me vinha de jeito nenhum!
Aí então, eu resolvi pedir pra Suely.
Pra mim foi uma honra. :-)
Durante muito tempo, essa música foi meu xodó.
Eu tocava ela o tempo todo,
eu queria cantar ela o tempo todo.
Eu achava o máximo.
Engraçado, isso.
Como inspiração pra essa música,
eu usei a música "Noites Cariocas", do Jacob do Bandolim.
É uma música que eu gosto muito.
É uma música que ficou interessante.
É uma música que tem uma letra que eu adoro.
Acho que é uma música bacana.
Me deixou com orgulho
de ter composto essa música, sabe?
Muita lembrança boa, de uma época
que eu tomei a rédea da vida na mão
e falei, não, agora é por aqui.
Vamo por aqui.
É, já faz tempo...
Ih, quase derrubei a flor!
Caramba!
Não posso derrubar a flor, vou deixar ela aqui.
Então, tô falando
que são várias coisas sobre essa música...
É legal quando tem bastante coisa assim, né?
Fala isso, aí fala aquilo,
aí fala aquilo outro...
Essa música também
é daquela fase de música de terminar relacionamento.
Então, naquele momento em que a pessoa realiza:
é, realmente, desse jeito não dá mais, entendeu?
Eu aqui sozinha em casa,
e a outra pessoa na rua...
Ou então, eu, na mesa de um bar
esperando lá, toda bonita,
elegante, arrumada, cheirosa,
e simplesmente levo um bolo
daqueles enormes, de andares...
Essa é a hora.
É quando cai a ficha.
É a caída da ficha.
Chega!
Chega de parar
pra te esperar
voltar
Chega de manter a chama acesa
em cima da mesa
de um bar.
Chega de abraçar o cobertor
acabou.
Chega de rodar, fazer mil voltas
sem nunca sair
de onde se começou.
Passado já passou.
Passado já vestiu e amarrotou.
Passado já passou.
Passado já vestiu e amarrotou.
Passado já vestiu e até amarrotou.
Passado já vestiu e até amarrotou.
Chega de parar
pra te esperar
voltar.
Chega de manter a chama acesa
em cima da mesa
de um bar.
Chega de abraçar o cobertor
acabou.
Chega de rodar, fazer mil voltas
Sem nunca sair
de onde se começou.
Passado já passou
Passado já vestiu e amarrotou.
Passado já passou.
Passado já vestiu e amarrotou.
Passado já vestiu e até amarrotou.
Passado já vestiu e até amarrotou.
Passado já vestiu e até amarrotou.
Passado já vestiu e até amarrotou.
Espero que vocês tenham curtido.
Muito obrigada pela audiência de vocês.
Voltem sempre.
Esse é o meu canal CRU
e vocês todos são muito bem-vindos aqui nesse meu cantinho.
Tchau e até semana que vem.
Mas ficou bacana isso aqui!
Ficou um tom sobre tom,
degradê.
Chiquerérrimo!
CHIQUERÉEEEERRIMO!
Uh, mamãe!