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Com frequência, as pessoas identificam minha música com a cidade onde vivo
que é Nova Iorque, especialmente peças, os trabalhos antigos,
como 'Einstein on the Beach' e 'Music in Twelve parts'.
Elas são um tipo de música derivativa, parecem refletir isso. E isso é verdade.
Eu vivia lá e acredito que a energia da cidade
veio através de mim e saiu de volta do meu corpo para dentro da música.
outra coisa que acontecia na época, especialmente nos anos 1970,
é que passei muito tempo trabalhando com artistas plásticos.
Eu, de fato, era assistente do atelier de Richard Serra,
que é um velho amigo meu, mas trabalhamos juntos por três anos.
Mas eu conheci muitos artistas naquela época.
Ainda trabalho com artistas. Então, as vezes, seguidamente,
se estão trabalhando em filmes, é o mesmo, não é tão diferente.
Quero dizer, estamos falando de imagens em movimento,
imagens que se movem ao invés de não se moverem.
Aí, podemos entrar na questão da narrativa.
E filme, filmes podem ser com ou sem narrativa.
Cineastas como Godfrey Reggio, que fez Koyaanisqatsi, não trabalha com uma história.
Mas, se trabalho em filme como 'The Hours', há uma história.
Então, nesse sentido, trabalhar com um artista plástico,
pode ser numa narrativa ou numa não narrativa.
Também é assim com dançarinos, também com opera.
Então, chegamos nessas questões complicadas de como essas coisas se unem.
Em geral, os artistas hoje trabalham tanto com narrativas quanto com não-narrativas.
A narrativa nos conta uma história,
a não-narrativa não conta uma história,
mas permite ao espectador completar a história.