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Quando fizemos o primeiro Game Hobby Program Contest o mercado no ***ão ainda era muito pequeno.
Eram cerca de dez empresas com poucos funcionários, desenvolvendo jogos.
Nessa época, um sucesso, um hit, eram jogos com três mil cópias vendidas.
Porém, com o concurso, nós chegamos a lançar treze jogos, dos quais dois tiveram vendas de dez mil cópias e outros dez superaram as três mil cópias.
Ou seja, grande parte dos jogos foi um sucesso de vendas,
e isso fez com que todo o mercado crescesse, tanto que os outros dois jogos seguintes que lançamos alcançaram vendas de vinte mil cópias.
Nesse sentido, a gente acredita que o mesmo pode acontecer aqui na América Latina e no Brasil e
esse concurso poderá contribuir para todo o desenvolvimento do mercado.
Nós estamos entre três países: Brasil, México e Chile, para decidir onde vamos abrir nossa subsdiária.
O motivo de minha presença na viagem é, além de promover o concurso,
identificar os pontos fortes e vantagens desses locais para escolhermos o local de nossa presença.
As maiores vantagens do Brasil são a grande população – 200 milhões de consumidores em potencial – e o grande momento econômico que o país passa.
No entanto, a maior desvantagem são os elevados impostos relacionados ao nosso negócio, que são absurdamente altos.
Primeiro, queremos jogos que demonstrem muito bem o talento do desenvolvedor,
que sejam uma prova das habilidades que eles tenham.
Também desejamos que sejam jogos originais, inovadores, diferente de tudo que a gente já viu por ai.
Mesmo no ***ão, nós estamos focando cada vez mais no desenvolvimento para plataformas móveis.
Em 2010, o faturamento em venda de itens ou acessórios nessas plataformas já representou mais da metade
do faturamento que obteve o mercado de consoles.
É um segmento que está crescendo muito rapidamente e nós acreditamos que o mesmo fenômeno
será observado na América Latina, e é por isso que estamos colocando cada vez mais força
e lançando novos títulos, que já estão obtendo grande sucesso.
Então, sim, focaremos cada vez mais fortemente – não só na América Latina, mas também nos EUA e Europa – nessas novas plataformas de jogos.
Sim, nós temos planos para essas áreas também.
Uma das categorias do concurso contempla justamente os jogos para browser – que tem todo potencial para serem jogos sociais.
Esperamos trabalhar em um futuro próximo com esse potencial brasileiro.
Sabemos que houve algo, mas não tenho mais detalhes.
Todos os jogos que nós vamos produzir e lançar aqui no Brasil serão em português local.
Em relação aos nossos títulos mais tradicionais, isso ainda está em estudo.
Temos o interesse, obviamente, mas ainda não temos uma previsão de quando isso irá acontecer.
Eu poderia afirmar, no entanto, que há mais de 50% de chance de um lançamento de um jogo clássico da companhia ser lançado em PT-BR em breve.
Com certeza, quando tivermos uma subsidiária local, nossos investimento em publicidade e em promoção irão aumentar.
A gente acredita que ter um produtor nosso perto do desenvolvedor é muito importante.
Essa pessoa deve ficar baseada aqui por um bom período.
Videogame nada mais é que uma forma de entretenimento,
e se você olha os outros mercados de entretenimento o que acontece
é que grande parte do conteúdo mais popular é o conteúdo local,
como podemos observar no Brasil em relação à música.
A gente acredita que o mesmo irá se passar com os jogos locais.
Ou seja, ter jogos desenvolvidos por produtores nativos é muito importante.
Tudo depende muito do mercado.
Se houver mercado, não só a rádio, mas também jogos, conteúdos, enfim, outros serviços, poderão chegar ao Brasil.
Por enquanto, não há previsões nesse sentido.
Nós fizemos uma pesquisa, que durou cerca de duas semanas, em novembro do ano passado,
visitando diversas empresas de desenvolvimento, empresas de plataforma,
empresas de hardware, enfim, gente que conhece o mercado brasileiro
para levantarmos as informações necessárias.
Bom, o que eu posso comentar é que nossa pesquisa não foi só sobre o mercado de consoles,
mas sim sobre o mercado de videogames no geral.
Nós ficamos sabendo que os custos dos jogos – ou mesmo do hardware – no Brasil é demasiado caro,
chegando a custar mais que o dobro do valor praticado nos EUA.
A gente acredita, inclusive, que esse é o principal motivo para a indústria no Brasil seguir tão pequena.
Fiquei sabendo sobre a iniciativa da Microsoft de produzir seu hardware localmente,
e que com a redução de preço houve uma explosão na demanda.
No entanto, sobre a prensa local de jogos, ainda não temos nada definido,
teríamos que conversar mais profundamente com Sony e Microsoft para fazê-lo.
Algo que gostaríamos, mas ainda não há nada concreto.
Tive a oportunidade de conversar com diversos brasileiros e todos foram muito amigáveis.
Sobre a popularidade da empresa, eu me surpreendi, achei que seria bem menor!
Já sobre a repercussão do concurso, em proporção à população, o Chile vem ganhando,
depois o México e depois o Brasil, mas acho que depois dessa minha passagem por aqui,
teremos um crescimento da participação brasileira.
Eu pessoalmente fico muito feliz em saber que nossos jogos são amados aqui também!
E penso nas pessoas que fizeram esses jogos, que devem estar muito felizes com isso!
Sobre o primeiro ponto: quando eu fundei a empresa eu nunca imaginei que
estaria hoje à frente de uma companhia que é amada em todo o mundo!
Eu estava muito focado em fazer a indústria crescer, então só olhava para o mercado japonês.
Dicas para quem quer abrir seu próprio negócio no mundo dos jogos:
não fique olhando o que os outros fizeram, tente encontrar seu próprio caminho.
O mais importante é o timing em que você entra no mercado.
Um exemplo é o mercado nipônico: nos últimos vinte anos, não surgiu nenhuma grande empresa de jogos por lá.
Por isso, esse é o momento, com o surgimento das plataformas móveis, essa é a hora de apostar,
porque depois que já estiverem consolidadas as grandes, as coisas se tornam bem mais difíceis.
Apostem suas fichas agora e vamos trabalhar juntos para fazer com que
o mercado da América Latina e do Brasil também cresça!
Não posso falar sobre como será daqui a dez anos,
mas como tendência posso afirmar que a venda de consoles em mercados consolidados tem caído,
e o que tem equilibrado as contas são as vendas em mercados emergentes.
É por isso que apostamos nas novas plataformas móveis.
Faz sete anos que eu estive fora da empresa, desde 2005 até agosto do ano passado,
então eu não tenho muita ideia dos jogos desse período.
Uau, essa é uma pergunta bastante difícil!
Fico devendo a resposta!
Um arrependimento...
Nenhum!
Deixe-me pensar...
O Sr. Hiroshi Yamauchi, da Nintendo.
(Foi o presidente da empresa japonesa de 1950 a 2002 e é o homem mais rico do ***ão)
Nada!
Eu não saberia lhe dizer o nome de nenhum...
Eu gosto de pessoas,
então prefiro jogar com os amigos!
Eu quero que seja a maior empresa do mundo!
E não em trinta, mas já nos próximos dez anos!
Nós esperamos desenvolver jogos especificamente para o público brasileiro,
então esperamos que vocês gostem!