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Eu acredito que a nossa sociedade
pode sempre melhorar
O meu nome é Luís Filipe Borges
Tenho um gato, ele é adoptado
Este é o meu segundo filho adoptivo
Kairós, projecto nacional de adopção
É verdade que estão muito centradas nelas (associações)
porque os problemas que têm são imensos
E o tempo que resta para partilhar
a experiência com outras associações
ou se unirem a outras associações
ou terem aqui uma visão mais abrangente é pouco.
Há que também informar as pessoas de que há casos de sucesso
em que de facto a adopção responsável
se traduz num sentimento de maior realização pessoal
por parte das pessoas e das famílias
que adoptam os animais
É importante divulgar essas experiências de sucesso.
As pessoas ainda recorrem muito aos veterinários
porque o animal está doente
e não tanto num aspecto mais preventivo.
Não estão muito informadas
sobre aquilo que devem fazer
e às vezes são coisas simples
para evitar algumas doenças
O principal objectivo é arranjar novos donos
para os animais que albergamos.
Desde 2006 um grupo de designers,
programadores e filósofos
têm trabalhado no planeamento de um projecto
que ambiciona mudar consciências,
alterar comportamentos, para um maior esclarecimento cívico
em prol dos direitos dos animais.
Kairós é um projecto de design e comunicação
aplicado a uma causa, a uma acção.
É um verdadeiro projecto de design for good.
O projecto Kairós visa actuar
sobre três grandes eixos:
As associações, através da criação de uma plataforma
de gestão totalmente gratuita;
Os adoptantes, disponibilizando um portal de adopção;
A comunidade, sensibilizando-a
através de campanhas publicitárias.
A ideia não é nem pretende ser modesta
concentrar numa única plataforma
todas as associações, pequenas ou grandes
para melhor comunicarem e se entre-ajudarem
garantir um maior controlo
e informação responsável no momento da adopção
aumentar significativamente o número de adopções
de animais abandonados
sensibilizar a comunidade
para a premência destas causas
e... criar mecanismos que permitam
uma maior envolvência cívica
em torno desta problemática
a ideia não é modesta
mas a força das pessoas envolvidas
Também não.
Uma vida que é indiferente,
que não se comove
com as necessidades dos outros,
é uma vida que é menos bem vivida.
Ao passo que uma vida que
se interessa pelas necessidades dos outros,
e também dos outros não humanos,
é uma vida que ganha mais sentido,
que nos dá mais prazer,
que nos dá mais gozo em ser vivida.
Estou profundamente convicto disso.