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Eu li em sua biografia que você ouviu bastante rádio de música eletrônica,
e isto que te inspirou. Se é o que aconteceu, conte como foi isto.
Isso está correto, desde 1996 eu estava interessada em música eletrônica na minha cidade natal de Irkutsk,
e eu ouvia muito os programas de rádio. Aí me mudei para Moscou,
e minha vida mudou totalmente, comecei a Universidade de Odontologia...
- Você se formou? - Sim, e eu trabalhei como dentista por 3 anos, então eu sou formada em odontologia.
Mas eu estava sempre ao mesmo tempo interessada em música eletrônica.
Quando você se mudou para Moscou, foi em 2000?
1999 ou 2000, por aí. Acho que uma das minhas primeiras experiências foi no Propaganda Club,
acho que Kerri Chandler estava tocando, e eu olhava para ele e pensando,
“Eu quero estar no seu lugar, eu quero estar lá”,
eu quero tocar os discos, e eu quero ter essa comunicação com o público,
e eu realmente gostei desta relação com o vinil, e eu pensei,
“Uau, isso é o que eu quero fazer!” E oito, eu não sei, alguns anos mais tarde,
eu tive a minha própria residência nas noites de sexta-feira,
e eu fiz a minha própria noite por 2 anos, é assim que tudo começou.
Vamos avançar no tempo e falar sobre seu mais recente álbum Nina Kraviz,
Eu estou muito, muito grata com isso, estou realmente feliz que pessoas como o meu álbum
e é isso que eu estava sempre sonhando, eu comecei a produzir música apenas em cerca de 2008,
e 1 ano depois eu já tinha lançado, e eu estou muito agradecida por isso.
Você canta bastante, e eu li que você não queria ter qualquer aula técnica de canto,
porque você queria ser fiel a si mesma, é isto mesmo?
Sim, foi assim, porque eu acredito em identidade, eu acredito em algo especial.
Eu sempre pensei que, depois de uma formação em canto, é legal, porque você pode cantar,
você está preparada, você tem uma técnica, então não importa quantos aviões que você tomou,
ou quantas bebidas que você teve na noite anterior, você sempre pode cantar,
porque você sabe a técnica e está preparada.
Mas por outro lado, você pode realmente perder a sua identidade,
porque você estaria cantando como todo mundo faz, então eu não quero isso.
Quando eu produzo minhas músicas, eu quase nunca faço os vocais uma segunda vez.
Eu estou tentando capturar o momento, acredito que o momento tem uma energia,
acredito que o momento tem mais magia, uma coisa misteriosa.
Acredito que a emoção da primeira vez que você entrega é o mais brilhante, excepcional e extraordinário.
Eu quero mantê-la assim. E se o meu jeito de cantar não estiver perfeito,
de acordo com os padrões de canto, tudo bem, eu não me importo.
Você está planejando lançar um novo álbum ou EP, algo que você está trabalhando agora?
OK, antes de tudo você tem que verificar o pacote de remixes enorme que está seguindo o meu álbum,
e eu acho que eles estão incríveis.
Steve Rachmad fez 3 versões surpreendentes de Ghetto Kraviz, confira pois vai sair em breve.
Saiu agora, um projeto de remix para Aus, e é engraçado,
e para aqueles de vocês que não sabem, Aus, o cara que está cantando e falando sobre a canção,
nos conhecemos em Moscou, quando eu estava indo para ter aulas de dança,
porque eu gosto de dançar, e ele foi meu professor,
e ele que está falando no meu disco, isso é engraçado não é?
Estão saindo mais remixes para a trilha Aus,
primeiro é feita pelo meu adorável chefe Matt Edwards da Radio Slave,
o outro remix é feito por Chicken Lips, mas só um do duo,
e o remix número 3 é feito pelo DJ QU, da família Underground Quality.
Existem muitos outros remixes que eu estou tocando constantemente, um é do DVS1,
o outro é feito novamente pelo Radio Slave, é para a música Petr,
Fred P da família Underground Quality, fez 3 remixes incríveis para a música Choices...
Então, eu sou uma garota de muita sorte, por ter tantas pessoas legais,
interessantes e talentosas em torno de mim,
e eu quero dizer muito obrigada, eu realmente aprecio isso.
Eu estava muito animada para vir ao Brasil,
e é claro que todos nós conhecemos seus jogadores de futebol,
e que este é definitivamente um país incrível.
Mas também é um país incrível pela música.
Eu não quero te dizer quanta Bossa Nova eu escutei quando era mais jovem,
mas escutei muito, e sei que existem tantos outros gêneros interessantes
e tantas outras variedades da música brasileira que não estão na superfície,
e estão em algum lugar aqui e ali, e eu posso ouvir as influências,
mas não é nada comparada com a experiência que eu tive em 3 clubes incríveis,
D.EDGE, Warung e no clube em Chapecó.
Muito obrigada por terem me convidando, e eu adorei aqui.