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Ele estava delirante.
Mas perguntou por si pelo nome.
Deixe-me vê-lo.
Só trazia isto com ele
.... e isto.
Veio para me matar?
Eu sei o que isto é.
Jás o vi, antes.
Há muitos, muitos anos.
Pertencia a um homem que conheci
num sonho meio esquecido.
A um homem obsessivo com
conceitos radicais.
Qual a parasita mais resistente?
A bactéria? O vírus?
-A lombriga intestinal?
-O que o Sr. Cobb está a tentar dizer...
A ideia.
Resistente e altamente contagiosa.
Uma vez que a ideia ganha força no cérebro,
é quase impossível erradicá-la.
Uma ideia que se forma totalmente é
tão compreendida, que permanece.
Aqui mesmo.
E alguém como você tenciona roubá-las?
Sim. Durante o sono as defesas do seu consciente são mais baixas, o
que faz com que os seus pensamentos sejam vulneráveis ao roubo.
Chama-se extracção.
Sr. Saito, podemos treinar o seu subconsciente
para que ele se defenda.
Mesmo contra os extractores
mais qualificados.
-Como é isso possível? -É, porque eu
sou o extractor mais qualificado.
Eu sei onde procurar, para
encontrar um segredo na mente.
Conheço os truques.
E posso ensiná-los. E assim, mesmo quando
estiver a dormir, as suas defesas nunca baixaram.
Mas se quiser a minha ajuda, vai
ter que ser completamente aberto.
Preciso de conhecer os seus pensamentos
melhor do que a sua esposa, terapeuta...
Melhor do qie ninguém.
Se isto fosse um sonho e você tivesse o cofre cheio de
segredos, eu precisaria de saber o que está lá dentro.
Para que tudo funcione, você precisa
de me deixar a par de tudo...
Um resto de boa noite,
meus senhores.
Vou considerar a sua oferta.
Ele sabe.
O que está a acontecer
lá dentro?
O Saito sabe disto.
Está a gozar connosco.
Não importa.
Eu posso fazer isto, confia em mim.
Essa informação está aqui, no cofre.
Ele irá escrever para alguém
após mencionar o segredo.
O que faz ela ali?
Volta para o quarto, eu trato dela.
Ok, certifica-te de que fazes o que tens fazer.
Se eu saltar, sobrevivo?
Embora o impacto, talvez.
-Que fazes aqui? -Pensei que
estavas com saudades minhas.
E estou... Mas já não
posso confiar em ti.
E depois?
Parece ser do Arthur.
Na realidade o tema é comum
a todos os pintores británicos.
Por favor, senta-te.
Diz-me, sentes a minha falta?
Não imaginas o quanto.
Que estás a fazer?
Preciso de algum ar fresco.
Fica onde estás.
Raios!
Vire-se.
Larga a arma, Dom.
Por favor.
E agora o envelope, Sr. Cobb.
Ela disse-lhe,
ou sempre soube?
Que você está aqui para me roubar ou
que estamos actualmente a dormir?
Gostaria de saber o
nome do seu chefe.
Nos sonhos, isso acorda-os.
Não o podes fazer, certo Mal?
Depende, do que estás a pensar.
A morte, só o acorda...
Mas a dor,
é obra da mente...
E a julgar pela decoração estamos
na tua cabeça, Arthur.
Que estás a fazer? Ainda é muito cedo!
Eu sei, mas o sonho está a deteriorar-se.
Vou tentar mantê-los
vivos.
Estava quase.
Detenham-no!
CONFIDENCIAL
Acho que funciona.
Acorda-o.
Ele não quer acordar!
Dá-lhe o pontapé.
O quê?
Atira-o à água.
Está de fora.
Estás pronto?
Nem a segurança conhecia aquele lugar.
Como o encontrou?
Para um homem na sua posição não é fácil
esconder o ninho de amor...
Especialmente quando a
mulher requesitada é casada.
Ela nunca...
E aqui estamos.
É melhor apressares-te,
eles estão perto.
Já tem o que queria.
Isso não é verdade.
Você deixou lá uma informação
importante, não é verdade?
Escondeu-a, porque
sabia que ia ser roubada.
La pregunta é porque nos deixou?
Um ***.
Um *** para quê?
Não importa.
Vocês falharam.
Extraimos cada peça de informação
que ali tinha...
As vossas acções eram óbvias.
Assim...
Deixem-me ir.
Acho que não percebeu, Sr. Saito.
A Corporação contratou-nos
e não admite fracassos.
Só temos alguns dias.
Acho que vou ter que fazer
isto de uma maneira mais fácil.
Diga-nos o que sabe!
Diga-nos o que sabe!
Agora!
Eu sempre odiei este tapete.
E o seu estranho e feio
tacto.
O meu é, certamente, de lã.
Agora, estou sem dúvida
deitado em poliéster.
O que significa que não estou deitado
no tapete do meu apartamento.
Confirmou a sua reputação, Sr. Cobb.
Ainda estamos a sonhar.
Como correu?
Mal.
Um sonho dentro de um sonho?
Estou impressionado.
Mas no meu sonho jogam
segundo as minhas regras.
Sim, mas você sabe, Sr. Saito.
Este sonho não é seu.
É meu.
Idiota, estás lixado com o tapete.
Não foi culpa minha!
Tu é que és o arquiteto.
Eu não sabia que ele se ia deitar lá!
Chega.
E tu, que diabos se passou?
Tinha tudo controlado.
Então não te quero ver descontrolado.
Não temos tempo para isto.
Vou para Quioto.
Podes ir de comboio.
Não gosto de comboios.
Agora, cada um por si.
Sim, olá?
Olá, pai.
Olá, crianças.
Como estão?
Bem.
Acho eu.
Bem?
Quem é que disse "bem"? Tu, James?
Sim.
Vens para casa, pai?
Não posso, querido.
Nós falamos sobre isso, lembras-te?
Porquê?
Eu disse que tinha ido embora,
porque tenho trabalho.
Ok?
A avó disse que tu não voltavas.
Phillipa, és tu?
Passa-me o telefone à avó.
Ela abanou a cabeça.
Esperemos que ela esteja errada.
Papá?
Sim, Jamie?
A mãe está contigo?
Eu já te disse...
A mãe já não está connosco.
Porquê?
Crianças, dispessam-se.
Eu mando-vos alguns presentes
pelo avô, ok?
E portem-se bem...
O helicóptero está no telhado.
Estás bem?
Sim, estou óptimo.
Porquê?
É que a Mal apareceu no sonho.
Desculpa lá a perna.
Não volta a acontecer.
Está a piorar, não está?
Um pedido de desculpas não chega?
Onde está o Nash?
Ainda não apareceu. Esperamos?
Não, era suposto termos feito uma extração da mente para a Coporação
de COBOL há duas horas. Eles já sabem que falhámos.
Desta vez desaparecemos.
-Para onde vais?
-Buenos Aires.
Tenho trabalho a fazer. E tu?
Estados Unidos.
Manda lembranças.
Vendeu-o. Veio ter com a Corporação
a implorar pela sua vida.
Dou-lhe a satisfação.
Não o vou fazer.
O que vão fazer com ele?
Nada.
Mas não posso falar pelo Paulo
e pelo Angineri.
O que quer de nós?
Inspiração.
É possível?
Claro que não.
Se você é capaz de roubar uma ideia da mente,
como é que não consegue colocar lá uma?
Bem, deixe-me plantar uma ideia na sua mente.
Eu digo, não pense em elefantes.
No que pensa?
Em elefantes.
Exacto, mas não é uma ideia sua,
porque sabe que eu lha dei.
A mente sabe sempre a origem das ideias.
A Inspiração não pode ser falsificada.
Não é verdade.
Consegue fazê-lo?
Dá-me escolha?
Porque consigo com ajuda do COBOL.
Então tem uma escolha.
Eu escolho sair, senhor.
Diga à tripulação onde deseja ir.
Sr. Cobb!
Gostaria de ir para casa?
Para a América. Para
junto dos seus filhos.
Não pode arranjar isso.
Ninguém pode.
Tal como a inspiração.
Cobb, anda.
Quão complexo acredita ser?
Bastante simples.
Nada é simples quando temos alguém
plantado na nossa mente.
O meu adversário é um homem muito velho com pouca saúde.
Em breve morre e o filho irá herdar o negócio.
Tenho que decidir vender o império do seu pai.
Devíamos ir andando.
Espera.
Se eu for fazer isto...
Se conseguir fazer isto,
preciso de uma garantia.
Como é que sei se cumpre?
Não sabe.
Mas eu cumpro.
Então...
Prefere ter um voto de fé
ou tornar-se num homem
velho, com remorsos?
À espera da morte, sozinho.
Reuna a sua equipa.
E escolha os seus companheiros
com mais cuidado.
Eu sei o quanto queres ir para casa.
Mas isto não pode ser feito.
Pode sim.
Só tenho que me aprofundar.
Não sabes disso.
Já o fiz, antes.
O que é que fizeste?
Porque voamos para Paris?
Precisamos de um novo arquitecto.
Nunca tiveste o teu
escritório assim, pois não?
Não há espaço para pensar,
neste cubículo.
É seguro para ti, estar aqui?
A transição de criminosos entre a França e os Estados
Unidos é um pesadelo burocrático. Sabias disso?
No teu caso, certamente que vão
encontrar uma forma de funcionar.
Olha, gostaria que me desses estes presentes
às ciranças, quando tiveres opurtunidade.
Vais precisar mais do que peluches para
os convencer de que ainda têm um pai.
Eu apenas faço o que sei e
o que tu me ensinaste.
Nunca te ensinei a ser ladrão.
Ensinaste-me a controlar a mente humana.
E que acontecesse o que acontecesse
eu iria usar isso legalmente.
Que fazes aqui, Dom?
Acho que encontrei o
caminho para casa.
É trabalho para pessoas muito instruídas.
Pessoas que acredito poderem marcar
os meus alvos permanentemente.
Mas preciso da tua ajuda.
Estás aqui para recrutar um
dos meus melhores alunos.
Sabes o que eu ofereço.
Decide por ti mesmo.
Dinheiro.
Não é só isso, lembras-te?
A opurtunidade de construir catedrais e cidades inteiras que
nunca existiram e que nunca poderiam existir no mundo real.
Então queres levar alguém que
te siga nas tuas fantasias.
Não precisam de entrar no sonho. Eles só
desenham os níveis e ensinam-nos os cursos.
Desenha-os sozinho.
A Mal não mo permite.
Volte à realidade, Dom.
Por favor.
Os meus filhos, os teus netos, estão
à espera do pai. Essa é a realidade.
E este último trabalho
vai-me levar até eles.
Eu não estaria aqui se
soubesse doutra maneira.
Preciso de um arquitecto
tão bom como eu fui.
Tenho alguém melhor.
Ariadne?
Gostava de te apresentar o Sr. Cobb.
Prazer em conhecê-lo.
O Sr. Cobb tem um trabalho
para discutir contigo.
Emprego?
Não propriamente.
Tenho um trabalho para ti.
Não vai, primeiro, dizer-me qual é?
Antes de te dizer qual é, tenho
de saber se o consegues fazer.
Porquê?
Não é propriamente legal.
Tens dois minutos para desenhar um
labirinto que leve um minuto a resolver.
Pára.
Novamente.
Pára.
Vias ter que te esforçar mais.
Assim está melhor.
Quando estamos acordados, usamos apenas uma
pequena parte da capacidade do cérebro.
Quando dormimos, é ao contrário.
O que quer dizer?
Imagina que estás a desenhar prédios.
Conscientemente crias cada detalhe. Mas
às vezes parece que é criado por si mesmo.
Entendes o que quero dizer?
Sim.
Apenas surge.
Auto-Inspiração, certo?
Num sonho, fazemo-lo constantemente. Criamos
e percebemos o nosso mundo, simultaneamente.
A mente está lá tão bem
que tu nem te apercebes.
Nós estamos mesmo no meio.
-Como? -Aí está a parte
criativa de que precisas.
Tu crias o mundo dos sonhos.
Levas-te a ti própria para esse sonho
e ele preenche o meu subconsciente.
Como poderia ser possível criar tantos
detalhes, para tudo parecer real?
Nos sonhos tudo
parece real, certo?
Só quando acordas é que percebes
que algo estranho aconteceu.
Deixa-me fazer-te uma pergunta, tu nunca te
lembras do príncipio de um sonho, pois não?
Entras sempre a meio da acção, certo?
Provavelmente...
E como chegamos nós aqui?
Nós viemos de...
Pensa Ariadne, como
chegamos nós aqui?
Onde estamos agora?
Estamos a sonhar?
Estás a meio do teu trabalho.
Acalma-te, esta é a tua primeira lição.
Se é apenas um sonho,
porque te proteges?
Nunca é só um sonho, não é?
Levar com estilhaços na cara dói.
A dor é real.
Portanto, o exército começou a desenvolver-se.
Para o treino militar.
Os soldados são capazes de
matar apenas com o toque.
Porque precisas de um arquitecto?
Alguém tem que desenhar o sonho.
Dá-nos mais cinco minutos.
Cinco minutos?
Conversamos durante uma hora.
Durante o sono o cérebro
trabalha mais rápido.
Assim, o tempo passa mais devagar.
Cinco minutos no mundo real correspondem
a uma hora num sonho.
Vamos ver o que consegues
fazer em cinco minutos.
Este é o ambiente básico.
Biblioteca, café, quase tudo.
Quem são estas pessoas?
Projecções do meu subconsciente.
Do teu?
Tu és a sonhadora, criaste este mundo.
Eu sou o sujeito, a minha mente habita.
Tu podes falar com o
meu subconsciente.
E assim extraír informações.
Que mais posso fazer?
Cria algo seguro, seguro
como um telefone.
O subconsciente da mente será automaticamente
preenchido com informações que ela quer proteger.
Ok?
E tu roubas-as?
Acho que já percebi.
Pensava que o sonho era essencialmente visual,
mas tem mais a ver com sentimentos.
O que acontece quando se
começa a alterar a física?
Já é alguma coisa, não?
Sim, é.
Porque estão eles a olhar para mim?
Porque o meu subconsciente sente
que alguém criou este mundo.
Quanto mais mudas, mais agressivo
fica o subconsciente.
Agressivo?
É uma protecção natural.
Como os glóbulos brancos
atacam os vírus, no sangue.
Atacam-nos?
Não...
Só a ti.
Muito bem, mas se continuas
a mudar coisas assim...
Podes dizer ao teu subconsciente
que se acalme?
É o meu subconsciente, não
consigo controlá-lo.
Realmente impresionante.
Eu conheço esta ponte.
Este sítio é real, não é?
Sim, passo aqui todos os dias
quando vou para a escola.
Nunca cries lugares a partir das tuas memória.
Imagina sempre sítios novos!
Deves fazê-lo segundo o
que conheces, certo?
Utiliza apenas os detalhes.
Um candeeiro, uma cabine telefónica.
Nunca regiões inteiras.
Porque não?
Porque construir sonhos a partir de memórias é a melhor maneira
de perder a habilidade de distinguir a realidade dos sonhos.
Já te aconteceu?
Ouve, isto não é um jogo, ok?
Então precisas de mim,
porque eu criei o sonho?
Afaste-se dela.
Afaste-se!
Acorda-me!
Mal!
Acorda-me!
Estás bem?
Porque é que eu não acordava?
Porque ainda faltava algum tempo. Caso
contrário, só podes acordar com a morte.
Explica-lhe sobre o totem.
O quê?
O totem é um pequeno...
Aquele é o teu subconsciente, Cobb?
Mas que mulher bonita e importuna!
Viste a Sr.ª Cobb?
É a sua esposa?
Sim. O totem é um pequeno objeto,
que só tu conheces.
Mais ninguém precisa de o conhecer.
Como uma moeda?
Não, algo mais único.
Como isto.
Não to posso emprestar, o que quer dizer que apenas eu
posso saber o peso e a harmonia deste dado em particular.
Quando olhares para o teu totem, saberás
se estás no sonho de outra pessoa.
Eu não sei se tu não vês o que se está a passar, ou
se ignoraras, mas o Cobb tem sérios problemas.
E está a tentar escondê-los.
E não estou errada por abrir a
minha mente num caso destes.
Ela volta.
Nunca vi ninguém aprender tão rápido.
A realidade de hoje não
será suficiente. Irá voltar.
Quando voltar explica-lhe os labirintos.
Onde vais?
-Visitar o Eames. -O Eames?
Mas ele está em Mombasa.
Lá é ao virar da esquina.
É um risco necessário.
Está cheio de bons ladrões.
Nós precisamos mais do que um ladrão.
Precisamos de um falsificador.
Podes esfregar o que
quiseres que não te safas.
Nunca se sabe.
Vem tomar uma bebida.
Pagas tu.
-Ainda assim, tens problemas
com a ortografia. -Cala-te.
Qual é o teu estilo?
Ok, tudo bem.
Inspiração. Antes de me dizeres
que é impossível...
É perfeitamente possível,
mas muito difícil.
O Arthur continua a
dizer-me que é impossível.
-O Arthur... ainda trabalhas com ele?
Ele é bom no que faz, certo?
-É o melhor, mas sem imaginação.
Não é como tu.
E tu deste sugestões para obter
a inspiração com a imaginação.
-Deixa-me perguntar uma coisa,
já fizeste isto antes? -Tentamos.
Plantamos a ideia,
mas fomos apanhados.
Foram fundo o suficiente?
Não se trata de profundidade.
Apenas precisas da simples substância
que vai fazer crescer o assunto.
Para a roubar.
Então, qual é a ideia que
precisas de plantar?
O herdeiro de grandes empresas deve
dissolver o império do seu pai.
Isso estende-se muito a motivação política
e a ambiente de desconfiança.
Muitas emoções prejudicam o sujeito... tens
que começar pelo mais básico.
Que é?
O relacionamento com o seu pai.
Tens uma farmácia?
Não, ainda não.
Ok, há um homem, Yusuf, que formula
a sua própria versão dos compostos.
Vais levar-me lá?
Arranja outra pessoa.
O homem no bar.
Engenheiro de COBOL.
Tem uma recompensa.
Vivo ou morto?
Não faço a mínima ideia.
Vejamos se começa a disparar.
Vamos ficar aqui durante meia hora.
Aqui?
O último lugar onde irão procurar.
Fred!
Fredy Simmonds?
O quê?
Meu deus, és tu, não és?
Bem, provavelmente não.
Pareces ser tu.
Um café.
Precisa de um táxi, Sr. Cobb?
Que faz em Mombasa?
Preciso de proteger o meu investimento.
Então, finalmente foste apanhado?
Pela outra pessoa.
O Cobb disse que irias voltar.
Tentei não voltar.
Mas nada se compara a isto.
É apenas...
pura criação.
Vamos ver a arquitectura paradoxal?
Tens que aprender alguns truques,
para criares mundos complexos.
Desculpe.
Que tipo de truques?
Num sonho, não é possível criar
formas. Faz um laço fechado.
Como estas escadas infinitas.
Vês?
Contra-senso.
Este tipo de laços ajudam a esconder
as fronteiras dos sonhos.
Quão grandes podem ser?
De escadas a cidades inteiras.
Mas têm de ser complicados, para
nos esconder de projecções.
Como o labirinto?
Como o labirinto.
Ou, melhor ainda.
Quando temos as projecções?
Exactamente.
O meu subconsciente
até que se porta bem.
Espera que também te vais rebelar.
Ninguém resiste quando ele te dá cabo da cabeça.
O Cobb não podia criá-los?
Não sei se podia, mas não quer.
Ele diz que é mais seguro, não conhecer os detalhes.
Porquê?
Ele não me diz.
Acho que é por causa da Mal.
A sua ex?
Não é ex.
Eles ainda estão juntos?
Não.
Ela está morta.
Tu só viste uma projecção.
Como era ela, na vida real?
Era amável.
Está à procura de uma farmácia para
preparar o composto na sua ordem.
E vem para o campo connosco.
Eu não faço isso, Sr. Cobb.
Então queremos as substâncias
específicas de que precisamos.
Quais são?
Estabilidade.
Um sonho dentro de um sonho?
Dois níveis...
Três.
Não é possível.
Os níveis ficam muito instáveis.
É possível!
Só temos que usar um sedativo.
Um sedativo forte.
Quantos membros tem a equipa?
Cinco.
Seis.
A única maneira de saber quem
conclui o trabalho é ir com vocês.
Não há lugar para turistas, Sr. Saito.
Desta vez parece haver.
Este é um bom começo.
Uso-o diariamente.
O quê?
Deixe-me mostrar-lhe.
Talvez não queira ver.
Por favor.
Há... doze assinantes.
Como prova isso?
Eles vêm aqui todos os dias para
sonhar um sonho em conjunto.
Vê? É muito estável.
Há quanto tempo estão eles conectados?
A poucas horas.
Todos os dias.
Uma vez num sonho?
Cerca de quarenta horas por dia.
Por que fazem eles isto?
Diga-lhe, Sr. Cobb.
Depois de algum tempo, é a
única forma de sonhar.
Ainda tem sonhos, Sr. Cobb?
Vêm aqui todos os dias para sonhar?
Não.
Eles vêm aqui para acordar.
O Sonho tornou-se realidade.
Ainda consegue adquirir
isso, ao contrário?
Vamos ver o que consegue fazer.
Sabes onde me encontrar.
Sabes o que fazer.
Potente, não?
Está bem, Sr. Cobb?
Sim.
Óptimo.
Robert Fischer, o herdeiro do
aglomerado de energia.
Qual o seu problema com
o Robert Fischer?
Não é da sua conta.
Sr. Saito, isto não é nenhuma
espionagem ordinária.
Solicita-me inspiração e eu espero que
entenda a gravidade desse requesito.
A ideia que palntamos na cabeça
deste homem está a crescer.
A ideia é que o define.
Ela pode mudar de personalidade.
Nós somos a última empresa que faz
o monopólio da energia global.
E você não pode competir contra isso.
Brevemente será marcada uma fonte de
alimentação para metade do mundo.
Assim, haverá uma nova
superpotência.
O mundo precisa que Robert Fischer
mude a sua maneira de pensar.
E aqui nós entramos.
Qual é a relação com o seu pai?
Um pouco complicada.
Precisamos mais do que falar.
Consegue dar-me acesso
a este homem aqui?
O Browning.
Braço direito do Fischer, patrocinado
pelo próprio Fischer.
Não deve ser difícil, apenas
precisa de uma boa referência.
As referências são a minha
especialidade, Sr. Saito.
Ela dá-me cabo da paciência.
Livrem-se deles.
Sr. Browning, o Maurice tenta
sempre evitar os tribunais.
Deseja comprová-lo
directamente com o Maurice?
Penso que não é necessário.
Não, acho que devemos.
Como está ele?
Não o incomodaria se não
fosse necessário, mas...
Devem ser as suas memórias mais preciosas.
Eu coloquei-o na cama.
Ele nem a conhecia.
Precisamos de falar sobre
questões jurídicas.
Agora não.
Mas é importante.
Conforme Maurice Fischer perde
poder, Peter Browning recebe.
Tive muitas oportunidades
para observar o Browning.
Aprendi a imitar a sua voz,
os seus gestos...
Agora, no primeira nível do sonho,
eu sonho ser o Browning.
E tomo a noção consciente
da mente do Fischer.
Quando chegarmos a um nível mais profundo, o próprio
Browning desenha as suas recordações.
Ele pode criar a ideia?
Exactamente.
Só assim será estável,
deve ser ele a criá-la.
Eames, estou impressionado.
Aprecio muito o seu desdém,
obrigado, Arthur.
Conectas-te a ti mesmo?
Não, estou a fazer alguns ***.
Não conhecia ninguém dali.
Terminei o meu totem.
Deixa ver.
-Aprendes rapidamente. -Uma solução elegante
para o reconhecimento da realidade.
Foi ideia tua?
Não, foi da Mal, por acaso.
Este foi dela. Quando ela se
tornou num sonho, nunca parava.
Só girava e girava.
O Arthur disse-me que ela morreu.
Como vai ele com o labirinto?
Cada nível é algo que se refere
ao objecto inconsciente.
Uma vez acessado.
No nível mais baixo estará o Hospital,
onde ele encontra o seu pai Fisher.
Mas tenho uma dúvida
nesta área...
Não, não me mostres os detalhes. Somente
o sonhador deve conhecer o mapa.
Porque é tão importante?
Porque existem projecções nossas.
Nós não queremos saber os detalhes.
Quer dizer, como quando trazes a Mal?
Não é possível livrares-te dela, certo?
Sim.
Não consegues construir porque
quando conheces os detalhes, ela também os conhece.
Poderia sabotar toda a operação.
Cobb, os outros sabem?
Não, nem eu sei.
Devias avisá-los,
podes fazer pior.
Nada vai piorar.
Eu só preciso de chegar a casa.
Nada mais é relevante.
Porque não podes ir para casa?
Porque pensam que eu a matei.
Obrigado.
Por quê?
Por não me perguntares pela ideia.
"Dividir o império do meu pai."
O Fischer nunca diria isto.
Portanto, temos de encontrar
uma maneira de o dizer como ele.
O subconsciente é
impulsionado pela emoção.
Como queres converter o
negócio em emoções?
Temos de descobrir.
Podemos usar o relacionamento do Robert com o pai.
Sugerimos que a destruição do império
do seu pai é uma vingança apropriada.
Não, as emoções positivas
têm mais poder.
Precisamos da reconciliação,
a catarse.
Precisamos de tudo em que o Robert
teve uma emoção positiva.
Então tenta isto...
"O meu pai queria que eu me representasse sozinho,
se não, bastava seguir os seus passos."
Pode resultar.
Pode?
Precisamos mais do que isso.
Obrigado pelo contributo, Arthur.
Desculpa, quero
algo mais específico.
Especificidade.
Os sussurros do sujeito não são
problema, deve resolver a mente.
Devem ser semeadas e
deixadas a crescer.
No nível mais alto abre-se o
relacionamento com o seu pai.
Diz algo como "eu não vou
seguir os passos do meu pai."
E no próximo nível
desafiam-no.
Isto vai criar algo
para ele.
No nível mais baixo temos
de usar mais calibre.
"O meu pai quer que eu o siga?"
Exactamente.
No terceiro nível, estamos de
acordo com a menor perturbação.
A Sedação.
Para lidar com três níveis, terão
de lidar com sedativos muito fortes.
Boa noite.
O Cobb está a prepar os três níveis.
A actividade cerebral aumenta.
Ficamos mais tempo em cada nível.
A atividade cerebral num sonho é
cerca de vinte vezes mais rápida.
Se sonhares num sonho dentro
de um sonho...
Ele está constantemente a crescer.
Três sonhos de dez horas.
Desculpem, a matemática
não é o meu forte.
Quanto tempo dá?
Uma semana no primeiro nível.
Seis meses no segundo nível.
E no terceiro...
Dez anos!
Quem quer sonhar durante dez anos?
Depende do sonho.
E como é que saimos?
Encontramos algo mais elegante
do que um tiro na cabeça?
Um pontapé.
O que é um pontapé?
Isto é um pontapé.
Sente-se que se vai cair.
Bem, acorda-se.
E a sedação?
Eu arranjo isso.
Eu misturei-lhes a orelha
interna, está funcional.
Por mais profundo que estejam,
sentem a queda.
Eu empurro-vos.
É crucial para sincronizar
pontapés em todos os níveis.
Podes usar música.
Cirurgia programada, odontologia.
Nada.
Ele não tem uma cirurgia no joelho?
Nada.
Sem alternativas, iria dormir.
Precisamos, pelo menos,
de dez horas de sono.
O vôo de Sydney para Los Angeles.
Um dos mais longos do mundo.
São executados de duas em duas semanas.
Deve ter um jacto particular.
Isso pode ter uma falha inesperada.
Precisamos de 747.
Porquê?
Há um cockpit na parte superior.
A primeira classe está muito à frente.
Ninguém passa por ela.
Como é que vai comprar a tripulação
e a cabine de primeira classe?
Comprei a companhia aérea.
Pareceu-me mais fácil.
Parece que ganhamos as dez horas.
Ariadne, excelente trabalho.
Sabes o que fazer.
Lembras-te de quando me pediste a mão?
Claro que sim.
Tu dizes que sonhas com isso...
Como envelhecermos juntos.
Ainda assim, podemos.
Não devias estar aqui.
Queria ver que "***"
estavas a fazer à noite.
-Não tens nada a ver com isto. -Claro que tenho.
Nós compartilhamos os teus sonhos contigo.
Estes não.
Estes sonhos são meus.
Porque fazes isto a ti próprio?
É a única maneira de eu ainda sonhar.
Porque é tão importante para ti?
Nos sonhos, nós ainda estamos juntos.
Isto não são apenas sonhos.
São memórias. Tu disseste que
não deviam ser usadas.
Eu sei o que disse.
Estás a tentar mantê-la viva.
Não a queres deixar ir.
Tu não entendes.
Estas são as memórias
que eu tenho de alterar.
O que está escondido em baixo?
Há uma coisa que tens de saber sobre mim.
Está é a tua casa?
Minha e da Mal, sim.
Onde está ela?
Já não está aqui.
Este é meu filho, James.
A escavar algo. Talvez minhocas.
A Phillipa. Gostaria de os chamar, e que
eles se virassem para lhes ver as caras...
...bonitas a sorrir, mas
é tarde demais.
É agora ou nunca.
E então comecei a entrar em pânico.
Percebendo a gravidade daquele momento,
tinha de os ver pela última vez.
Mas o momento passou.
Faça o que fizer, não posso
mudar este momento.
Quando os chamo...
...já eles se foram embora.
Vou voltar a ver-lhes a cara
quando chegar a casa.
No mundo real.
Que fazes aqui?
Eu sou...
Eu sei quem tu és.
Que estás a fazer aqui?
Só estou a tentar perceber...
Como poderias perceber?
Sabes o que é estar apaixonado?
Ser metade de um todo?
Não.
Deixa-me dizer-te uma adivinha.
Estás à espera de um comboio.
De um comboio que te vai
levar para longe daqui.
Espero que ele te leve para onde queres ir.
Mas podes ter a certeza.
Não importa.
Porque te importas, do sítio
onde apanhar o comboio?
Porque nós estaremos juntos.
Como chegaste aqui, Dom?
Que lugar é este?
Suite Hotel, onde se comemorou
o nosso aniversário.
O que aconteceu aqui?
Tu prometeste!
Vou só levá-la,
já volto.
Prometeste que iríamos estar juntos!
Eu volto.
Prometo.
Achas que te podes simplesmente
prender nas tuas memórias?
Achas mesmo que isto vai continuar?
Venha. Maurice Fischer morreu
em Sydney.
Quando é o funeral?
Na quinta-feira.
-Em Los Angeles. -O Robert vai
voar com o caixão na terça-feira.
Temos que nos apressar.
Claro.
Eu voarei contigo.
Não podes, prometi ao meu pai.
Precisas de alguém lá, que
compreenda os teus problemas.
E se eu não for, então deves
mostrar ao Arthur o que eu vi.
Arranjem outro lugar no avião.
Se entrar no avião e não
manter o nosso acordo,
depois de aterrarmos irei persegui-lo
para o resto da minha vida.
Complete a sua tarefa, eu vou chamar o
avião, não terá problemas com a migração.
Desculpe.
Sim, desculpe.
Desculpe, acho que isto é seu.
Deve tê-lo deixado cair.
Alguma coisa para beber?
Uma água gelada, por favor.
Eu também.
Obrigado.
Não pude deixar de reparar, é
parente do famoso Maurice Fischer?
Sim, é... era meu pai.
Foi um homem inspirador.
Sinto muito pela sua perda.
Aqui tem.
Obrigado.
Ao seu pai.
Que descanse em paz.
Não podias ter urinado antes de voar?
Desculpa.
Muito champanhe gratuito?
Muito divertido.
Procurem um táxi.
É idiota?
Afaste-se.
Tenho que ir. Táxi!
O que está a fazer?
Pensei que estava livre.
Pois, mas não está!
Podemos partilhar?
Claro que não. Pode encostar...
Óptimo.
Anda.
Estão aí 500 dólares e a
carteira é ainda mais cara.
Leve-me pelo menos
onde eu quero ir.
Temo que...
Cobre-nos!
De onde veio este comboio?
Cobb?
Pára-o!
Estás bem?
Sim, estou. O Fischer também.
Parece confortável.
Saito?
Leva-o para as traseiras!
Está morto?
Não sei.
Onde estavas?
Bati no comboio.
Comboios na rua?
Não o pus lá!
Quem nos tramou?
Estas não foram projeções
normais, foram treinadas!
Como têm eles informados?
O Fischer aprendeu a extrair
inconscientemente para se defender.
Por isso, eles estão armados.
Devia ter descoberto. Desculpa.
E porque não descobriste?
Acalma-te.
Não me digas para me acalmar.
Era a tua responsabilidade!
Eras capaz de examinar
o passado do Fischer.
Nós não estamos prontos
para este trabalho!
Temos experiência. Só temos
de ter mais cuidado!
Isto não fazia parte do plano.
Ele está a morrer!
Vou poupá-lo da dor.
Não atires!
Não atires!
Ele está em agonia,
só vou acordá-lo.
Ele não acordará.
Quando tu morres num sonho, acordas.
Não desta vez. Com esta sedação
não se acorda.
Então o que acontece quando morremos aqui?
Cais no deserto.
Estás a falar a sério?
No deserto?
Os sonhos com mortes vão lá ter.
E o que há lá?
Apenas restos de subconsciente,
é tudo o que existe.
Restos do único homem que,
entre nós, já lá esteve.
Que neste caso és tu.
Quanto tempo podemos lá ficar?
Não há como escapar dos sedativos...
-Quanto tempo? -Décadas,
talvez para sempre. Não sei!
Ele estave lá, pergunta-lhe a ele.
Fantástico.
Obrigado!
Então, agora estamos presos na mente do Fischer,
a lutar contra o seu próprio exército particular,
e se formos mortos, estaremos perdidos no deserto,
até que os nossos cérebros decidam viagar de volta.
Mas tu sabias deste risco?
E não nos disseste?
Não teria sido nenhum risco.
Se não tivessemos no
meio de um tiroteio.
-Não tinhas o direito. -É a única maneira
de alcançar o terceiro nível.
E tu, sabias disto há quanto tempo?
Eu confiei nele.
Confiaste? Ele prometeu-te
metade da sua quota?
Não. Todo.
Ele disse que já o fez antes.
Já o fizeste antes? Com a Mal?
-Será que correu assim tão bem? -Eu fiz o que tinha
a fazer para voltar para os meus filhos.
E levaste-nos para
uma rua sem saída.
Há sempre uma saída. Se continuarmos
com o nosso trabalho
o mais rápido possível podemos sair
com o pontapé, tal como combinado.
Esquece isso. Tenho uma ideia. Acabamos de
descansar e ficamos aqui sentados durante horas.
A guarda do Fischer está à nossa volta.
A este nível são 10 horas de vôo por semana.
Posso garantir-vos que aqui
todos nós vamos ser mortos.
A única opção é continuar a
ser o mais breve possível.
Para baixo é o nosso único caminho.
Prepara-te.
Vamos tentar saber mais um bocado.
Tenho seguro contra sequestro de 10 milhões.
É bem simples!
Cala-te!
No escritório, o seu pai
tem um cofre pessoal.
Queremos saber a combinação.
-Eu não sei nada sobre esse cofre. -Isso não
significa que não conheças a combinação.
Diz-nos qual é.
Eu não sei.
Temos uma boa fonte.
Que fonte é essa?
Isto custa 500 dólares.
O que tem dentro?
Dinheiro, cartões, identificação.
E isto.
É útil?
Talvez. É a tua vez.
Tens uma hora.
Uma hora?
Eu devia ter a noite toda.
O Saito tem um buraco
no peito com uma bala.
Tens uma hora.
Sê mais útil, por favor.
O quê?
A nossa fonte.
Tio Peter.
Faça-os parar.
A combinação?
Não sei.
Porque nos diz ele o contrário?
Não sei. Deixe-me falar
com ele e descobrir.
Uma hora.
Começa a falar.
Estás bem?
Os sacanas torturam-me há dois dias.
Tiveram acesso ao escritório do
teu pai e querem abrir o cofre.
Eles pensaram que eu sabia a
combinação, mas não a sei.
Eu também não.
O quê?
O Maurice disse-me que depois de ele
morrer, apenas tu o abririas.
Ele nunca me disse
nenhuma combinação.
Talvez tenha dito...
talvez te tenha dito a combinação
sem te aperceberes.
Tipo com o quê?
Não sei, algo que se aplique
às suas experiências comuns.
Só temos um monte de
experiências comuns.
Talvez depois da tu mãe morrer.
Sabes o que ela me disse?
"Robert, não há nada a ser dito."
Foi pura emoção.
Eu tinha onze anos!
Como está ele?
Com muitas dores.
Em níveis mais baixos, a dor será menos intensa.
E se ele morrer?
Na pior das hipóteses acorda
com o cérebro vazio.
Cobb, vou manter o nosso acordo.
Agradeço isso, mas depois de acordar, não
se vai lembrar de que tem um acordo.
O deserto torna-se na sua realidade.
Vai estar lá tanto tempo, que
vai ficar um homem velho.
Cheio de remorsos.
À espera da morte, sozinho.
Não. Eu voltarei e estaremos
outra vez juntos.
Eles vão nos matar se não lhes dermos a combinação.
Eles só querem um de nós...
Eu ouvi-os dizer que nos amarram
a um carro e que nos atiravam ao rio.
Ok, o que está no cofre?
Algo para ti.
O Maurice sempre disse que é
um presente precioso para ti.
Um testamento.
-O Maurice é advogado. -Vai extraí-lo.
E dividí-lo por pequenas empresas.
Será o fim de
todo o nosso império.
Destruir a minha herança?
Porquê algo assim?
Ele amou-te, Robert.
Há sua maneira...
De uma maneira diferente.
No final, ele chamou-me.
Mal falava. Mas esforçou-se
para me dizer uma última coisa.
Inclinei-me e apenas
detectei uma palavra...
"Desapontado".
O que nos espera no deserto?
Podes convencer o resto da equipa,
mas eles não sabem toda a verdade.
-Que verdade? -Que a tua mente
pode ter invocado o comboio.
Que a Mal está a lutar para sobreviver
no teu subconsciente.
E que para nos aprofundarmos no Fisher
temos que nos aprofundar em ti.
E talvez nós não vamos gostar
do que eles pensam.
Estamos a trabalhar juntos pra descobrir o conceito dum sonho dentro
dum sonho, e para isso temos que nos aprofundar e ir em frente.
Só não percebemos o facto de horas
estarem a tornar-se em anos.
Quando se está muito tempo no subconsciente,
perde-se a noção da realidade.
Primeiro criamos e construímos o nosso mundo.
Demorou anos, mas construímo-lo.
Quanto tempo ficaste lá preso?
Cerca de cinquenta anos.
Jesus!
Como aguentaste?
Os primeiros anos foram fáceis,
sentíamo-nos deuses.
Mas nada era real. E, eventualmente,
tornou-se impossível viver assim.
E o que lhe aconteceu?
Tinha algo escondido mesmo lá no fundo.
Pediu o seu anonimato.
Mas queria esquecê-lo.
O deserto tornou-se a sua realidade.
E o que aconteceu quando acordas-te?
Depois de tantos anos, décadas, acordamos
com almas velhas em corpos jovens...
Algo estava errado com ela.
Só não o queria admitir.
Estava obececada com uma ideia.
Esta simples ideia que iria mudar tudo.
Acreditava que a realidade era mentira, e que
precisava de acordar para voltar à realidade.
Que para chegar a casa
tinha de se matar.
E os teus filhos?
Pensou que eram projecções.
Que os nossos verdadeiros filhos
estavam à nossa espera algures.
Eu sou a sua mãe, não consegues
perceber a diferença?
Se este é o meu sonho, porque não consigo controlá-lo?
Porque não sabes que estás a sonhar!
Estava tão convicta que não havia nada que eu
pudesse fazer para que ela mudasse de ideias.
Ela queria-se matar, mas não
podia porque amava-me demais.
Por isso desenvolveu um plano
para o nosso aniversário.
Querida, que estás a fazer?
Junta-te a mim.
Volta para dentro
Ok? Volta para dentro.
Não.
Eu vou saltar e tu vens comigo.
Não, não vou.
Ouve-me.
Se saltares, não acordas. Morres,
agora volta para dentro, vamos lá.
Volta para dentro para falarmos sobre isto.
Já conversamos muito.
Vem até ao parapeito ou eu salto.
-Vamos falar sobre isto, ok? -Estou-te a
pedir para me dares um voto de fé.
Não posso, sabes que não.
Pensa nos nossos filhos.
Pensa no James e na Philipa.
Se não saltares eles
tiram-tos na mesma.
Que queres dizer?
Deixei uma carta com um advogado.
A explicar como temo pela minha segurança.
Como tu me podes matar.
Porque fizeste isso?
Amo-te, Dom.
Porque me fizeste isto?
-Deixa os nossos filhos.
Vamos para casa, para junto
dos nossos verdadeiros filhos.
Mal, ouve. Olha para mim.
Estás à espera de um comboio...
Mal, raios! Não faças isso!
Um comboio que te vai levar para longe...
O James e a Phillipa estão à nossa espera!
Não sei para onde esse comboio te vai levar...
Mal, olha para mim.
Mas não importa.
Porque vamos estar juntos.
Não, Jesus Cristo!
Ela tinha três psiquiatras diferentes
a confirmarem a sua saúde.
Eu não lhes podia contar o motivo da sua loucura.
Por isso fui embora.
Agora o nunca, Cobb.
Ok, vamos lá.
Deixei os meus filhos e eles tiverem
que começar noutro lugar.
Não podias saber os seus pensamentos.
Não és responsável pelo que a destruiu.
Se formos bem sucedidos aqui, vais
ter de te perdoar e lidar com isto.
Tens de o fazer.
Não.
E contar aos outros, pois eles não fazem a
mínima ideia dos riscos que estás a correr.
Temos de ir.
O tempo acabou.
Olhe, eu não sei de nenhuma
combinação. Não conscientemente.
Neste momento alguém está preparado no escritório
do teu pai para abir o cofre. Diz-nos a combinação.
Diz-nos os seis primeiros números
que te vierem à cabeça.
Não sei.
Agora!
Eu disse agora!
Agora!
-528491.
Vais ter de te esforçar mais.
Pega neles.
Aumentamos o preço da tua vida.
Consegue ouvir-me?
-Então? -A sua relação com o pai
é pior do que pensavamos.
Que grande ajuda.
A catarse está maior.
-Quem está com eles? -Estou a trabalhar nisso.
-Mais rápido.
Temos de sair daqui.
Não tenhas medo de sonhar em grande, querido.
Temos de o virar contra o seu padrinho.
Destruir a única relação funcional?
Não, encontramos o padrinho
e expiamos o pai.
Na realidade devemos mais
ao Fisher do que ao Saito.
Quanto mais a abaixo, pior fica.
-Talvez esteja na hora do Sr. Charles.
Quem é o Sr. Charles?
Má ideia.
Quando chegarmos ao hotel a guarda
do Fisher vai continuar a atacar-nos.
Tal como Charles Stein.
Então, já tentaste isto?
Sim, e não funcionou. O sujeito reparou
que ele estava a dormir e destrui-nos.
Excelente, é capaz de ser divertido!
Precisam de uma distracção.
Torna a usar a senhora adorável.
Ouve, vai com cuidado. Lá em baixo
será terrível brincar connosco.
Nós preocupamo-nos em
sincronizar o pontapé.
Eu trato da música, o
resto é com vocês.
Estão prontos?
Sim!
Bons sonhos.
Estou a aborrecê-lo? Ia contar-lhe a minha história,
mas provavelmente não quer saber.
Estou na minha cabeça.
Aí vai o Sr. Charles.
Sr. Fischer, certo?
Prazer por voltar a vê-lo.
Rob Green, do marketing.
E você deve ser?
De saída.
Para o caso de ficares aborrecido.
Por acaso reparou que esse número
de telefone tem seis dígitos?
528-491
E para amiga, roubou-lhe a carteira.
Raios partam. Aquela carteira custou...
500 dólares, certo?
Não se preocupe.
A minha equipa já sabe que a roubaram.
Quem ou quê é o Sr. Charles?
Uma forma de voltar o Fisher
contra o seu subconsciente.
E como faz ele isso?
Diz-lhe que está a sonhar.
O que pode chamar muita
atenção indesejada.
-E o Cobb fá-lo, certo? -Devias averiguar
com que frequência viola ele as regras.
Sr. Saito, posso ter um momento?
Desculpe, mas...
Está bem vivo.
Muito engraçado, Sr. Eames.
Turbulência no avião?
Não, mais perto. Na carrinha.
Desculpe, como disse que se chamava?
-Rob Green, do marketing.
Mas não é verdade de todo, não é?
O meu nome é Sr. Charles,
lembra-se de mim?
Estou aqui para zelar pela sua segurança.
Saia noutro piso. Deite fora
a carteira, é mais seguro.
Precisamos de mais tempo para o Cobb.
Segurança?
Trabalha para o hotel?
Não, eu lido com um tipo de
segurança muito específica.
Segurança do subconsciente.
Está a falar de sonhos?
Está a falar de extracção?
Estou aqui para o proteger.
Sr. Fisher, estou aqui para protegê-lo de quem quer
ter acesso à sua mente através dos seus sonhos.
Não está seguro aqui.
Eles vêm por si.
Tempo estranho, não?
Sente isso?
O que está a acontecer.
O Cobb acaba de dizer ao Fisher que está a sonhar.
O que faz com que o subconsciente procure o
sonhador. Através de mim. Rápido, beija-me.
Continuam a olhar.
Valeu a pena pelo beijo.
Devíamos ir.
Sente sito? Você foi treinado
para isto, Sr. Fisher.
Sinta o tempo estranho, a
alteração da gravidade.
Nada disto é real.
Está a sonhar.
A melhor maneira de se testar é tantar lembrar-se
de como chegou a este hotel. Lembra-se disso?
Sim, eu...
-Respire, lembre-se do treino.
Isto é um sonho e esu estou
aqui para o proteger.
Você não é real?
-Não.
Estou aqui para proteger o seu subcosciente. Estou aqui
para o proteger de quem o quer roubar durante o sono.
E acredito que é isso que está
agora a acontecer, Sr. Fisher.
Consegue tirar-me daqui?
Claro, venha comigo.
O que está a fazer?
Eles são os enviados. Se quer a minha
ajuda vai ter de manter a calma.
Preciso da sua colaboração.
Se isto é um sonho devia matar-me para acordar, certo?
Eu não o faria se fosse a si, Sr. Fisher.
Eu acredito que eles o sedaram. E se
puxa esse gatilho pode não acordar.
Pode ir para o meio de sonhos perdidos.
Sabe o que eu quero dizer...
Lembre-se do treino, lembre-se
do que eu lhe disse. Dê-me a arma.
Este quarto deve estar directamente abaixo do 528.
Sim.
Pense Mr. Fisher, do que se
lembra antes deste sonho?
Houve um grande tiroteio.
Estava a chover.
O tio Peter.
Fomos sequestrados.
Onde estavam?
Nas traseiras de uma camioneta.
Isso explica as alterações na gravidade.
Actualmente encontra-se na camioneta.
continue.
Tem algo a ver com um cofre.
É tão difícl lembrra-me.
É como lembrar-se de um sonho depois
de acordar, requer anos de prática.
Você e o Browning foram postos neste sonho
porque estão a tentar roubar-lhe algo.
Preciso que se concentre
e que se lembre do que é.
O que é, Sr. Fisher? Pense!
-Uma combinação!
Eles queriam os primeiros seis
números que me viessem à cabeça.
Estavam a tentar roubar-lhe os
números do seu subconsciente.
Isso pode significar qualquer coisa.
Estamos agora num hotel.
Vamos tentar o número do quarto.
Que número era esse?
Tente recordar-se.
É muito importante.
5...2... era um grande número.
Por agora chega.
Quinto piso.
Ok.
Vais usar um cronómetro?
Não, eu próprio detono-a.
Quando tiveres a dormir no 528.
Dou-te o pontapé.
Como saberás quando.
Vão-me avisar com música.
Quando a carrinha partir as barreiras da
ponte, não posso cometer nenhum erro.
Precisamos de um bom pontapé sincronizado.
Se for cedo demais demais
tornamos a ir para baixo.
Porquê?
Porque a carrinha estará em queda livre.
Sem gravidade não há pontapé.
Claro.
Estão comigo.
Si. Charles!
Reconhece isto, Sr. Fisher?
Iam tantar po-lo a dormir.
Mas eu já estou a dormir.
Outra vez.
Um sonho dentro dum sonho?
Vejo que mudou.
Desculpe?
Peço desculpa, confundi-o.
Certamente com alguém bem parecido.
Esta é a projecção do
Browning, do Fischer.
Pelo seu comportamento
já deve suspeitar.
-Porquê? -Porque demos instrucções ao
Fisher para o levar como um obstáculo.
Tio Peter?
Disse que foram sequestrados juntos?
Não, eles já o tinham, torturaram-no.
Você viu-os a torturá-lo?
O sequestro veio de ti?
Robert...
Tentaste abrir o cofre,
para ficar com a herança?
Eu deidiquei-te a minha vida.
Não podia ver-te a destruí-lo.
Eu não quero destruir a minha
herança, porque quereria?
Eu não podia deixar-te sucumbir
ao último truque do teu pai.
Truque?
O seu último crime.
Disse que não eras digno do seu legado, que
queria que tu construísses algo sozinho.
Espera, estava desapontado?
Desculpa.
Mas ele estava errado, tu consegues fazer uma
companhia melhor do que alguma vez ele fez.
Sr. Fisher, ele está a mentir.
Como sabe?
Confie em mim, é o que eu faço.
Ele está a esconder algo.
Precisamos de saber o que é.
Preciso que lhe faça o mesmo
que ele lhe ia fazer.
Entre no seu subconsciente e
descubra o que ele quer saber.
Ok.
-Está de fora. -Esperem, vamos
para o subconsciente de quem?
Para o do Fischer, mas acho que o mais importante
é o Browning. Vamos lá dar na mesma.
Vai-nos ajudar a conhecer
o seu subconsciente.
Os guardas estão a cercar-nos.
Nunca acreditei muito em ti.
Espera pelo pontapé.
Dorme bem, Sr. Sonhos.
Estás bem?
Estás pronto?
Sim. Estou bem.
Estou pronto.
Cobb?
O que se passa aí em baixo?
Para dizer a verdade, é
só a guarda do Fisher.
Quer dizer, o que
se passa contigo?
Viram isto?
Eames, este é o teu sonho, preciso que
desvies as atenções dos seguranças.
Como faço isso?
Não sei.
Alguém que conheça isto.
Eu desenhei-o.
Tu estás comigo.
Eu sei como fazê-lo.
Vão para a parte superior do edifício.
Fisher, vá com ele.
Deixa-o, esterei sempre
a ouvir.
As janelas estão suficientemente
altas para cobrires a torre sul.
Vens comigo?
Não.
Tenho de descobrir a verdade sobre
o seu pai, com o Browning.
Vamos, Fisher.
Soa o alarme.
Espero que estejas pronto.
Não, é demasiado cedo.
Cobb, ouves? Há vinte minutos atrás...
penso que é uma brisa.
Consigo ouvir, é música.
Então, o que fazemos?
Apressa-te.
Tens dez segundos até ao salto.
Aqui, Arthur, são três minutos.
Quanto tempo temos?
Sessenta minutos.
Só temos uma hora?
Ele vai saltar da ponte.
Então precisamos de um atalho.
é um labirinto.
Entramos no hall.
Eames?
O Eames alterou alguma coisa?
Não sei se te posso dizer isso.
-A Mal pode... -Não temos
tempo para isso! Ele alterou?
Acrescentou um ventilador na sala principal.
Bom, explica-lhes isso.
Paradoxal.
O que foi isto?
O pontapé.
Cobb, perdemo-lo?
Sim.
Não podias ter sonhado
com o raio de uma praia?
Que fazemos agora?
Termina o trabalho antes do próximo pontapé.
Que será quando?
Quando a carrinha bater contra a água.
Como é que vos lanço sem gravidade?
O Arthur tem alguns minutos,
nós temos cerca de vinte.
Está bem?
Algo está errado, eles
sabem alguma coisa.
Mais um pouco de tempo, ok?
Isto é seguro?
Estamos a salvo onde houver janelas.
Não é bem assim.
O Fischer está no interior.
São projecções do teu subconsciente?
Sim.
Fazem parte da tua mente?
Não, são apenas projecções.
Reúnam todo o exército.
Estou aqui.
Está lá alguém.
Fischer, é uma armadilha, saí daí!
Um pouco mais a baixo.
Cobb, ela não é real!
Como sabes isso?
É uma projecção!
O Fischer é real!
Eames, vai imediatamente para o cofre.
Que se passou?
A Mal matou o Fisher.
Bom tiro!
Não faz sentido reanimá-lo, a
sua mente já está no deserto.
Acabou.
É tudo, não é?
Sim, estamos feitos.
Desculpa.
Bem, não és o único que quer
voltar a ver a família, certo?
É uma pena não o ter aberto.
Gostaria de ver o que está ali dentro.
Vamos preparar os cargos.
Ainda há outra maneira. Só temos
de seguir o Fisher para baixo.
Há há tempo.
Não, haverá tempo suficiente.
Encontramos-o, ouvimos a música, e usamos
o desfibrilador para lhe dármos o pontapé.
Mesmo por baixo.
Ficamos lá, ouvimos a música e
voltamos ao hospital,
e acordámos todos.
Vale a pena tentar.
O Saito fica de guarda.
O Saito não consegue
Cobb, temos de tentar.
Ok, mas se voltamos antes do
pontapé fico lixado contigo.
Ela tem razão, vamos.
Podes fazer isto? A Mal vai lá estar.
Eu sei onde a encontrar.
O Fischer vai estar com ela. Ela
pensará que eu voltei por ele.
Ela quer que eu vá com ela.
Estás bem?
Este é o teu mundo?
Foi.
Isto são destroços.
Anda.
Saito, preciso qu fique de guarda
com algumas recargas, ok?
Agora tenho uma boa proposta.
Aguenta.
Construíste isto?
É incrível.
Construímos durante anos.
Começamos com memórias.
Por aqui.
Este é o nosso bairro.
Sítios do meu passado.
O nosso primeiro apartamento.
Até então, vivíamos no prédio ao lado.
Quando a Mal deu à luz vivíamos aqui.
Construíste isto tudo com memórias?
Já te disse, tinhamos
montes de tempo.
Que é isto?
A casa onde cresci.
Ela está lá?
Não.
Nós sempre quisemos
viver num arranha-ceús.
Aquí podíamos escolher.
Como vamos levar o Fisher de volta?
Precisamos de encontrar o pontapé.
Talvez.
Ouve, há algo que tens de saber sobre mim.
Inspiração...
Uma ideia é como um vírus.
Resistente.
Altamente contagiosa.
Cresce a partir de pequenas sementes.
Ou define-te ou destrói-te.
Incluíndo a menor ideia que é
"Este mundo não é real"
pode mudar tudo.
És tão seguro do teu mundo.
Achas que isto é real?
Ou estás perdido, como eu estava?
Eu sei o que é real, Mal.
Não tens dúvidas aterradoras?
Não te sentes víctima, Dom?
Estás a correr o mundo com
uma corporação anónima?
Como quando a projecção
parece ser real?
Admite.
Já não acreditas na realidade.
Então escolhe. Escolhe ficar aqui.
Escolhe-me a mim.
Sabes que eu tenho de voltar para junto
dos meus filhos porque tu os deixaste.
Porque nos deixaste.
Estás errado. Estás confuso.
Os nossos filhos estão aqui. Gostavas de
lhes voltar a ver as caras, não gostavas?
Sim, mas eu vou vê-los no mundo real, Mal.
Estás errado.
Ouve-te a ti mesmo.
Estes são os nossos filhos.
Olha.
-James, Phillipa? -Por favor, pará.
Eles não são os nossos filhos.
Repete, porque
tu acreditas.
Não, eu sei!
E se estiveres errado?
E se eu for real?
Repete o que sabes.
No que acreditas?
Que sentes?
Culpa.
Sinto-me culpado.
Não importa o que eu faço, ou
o quanto estou desesperado.
Estou tão confuso...
que a culpa continua lá.
Diz-me a verdade.
Que verdade?
De que a ideia que te faz questionar
a realidade veio de mim.
Plantaste a ideia na minha mente?
De que está ela a falar?
Eu sei que a inspiração é
possível porque já a fiz.
À minha mulher.
Porquê?
Estavamos perdidos no deserto.
Precisavamos de fugir.
Mas ela não aceitava.
Escondia algo bem lá no funfo.
Ela pediu o seu anonimato. Mas a
verdade é que o queria esquecer.
Não se podia libertar.
E comecei a procurar
No fim, encontrei esse lugar escondido.
Arrombei-o e plantei uma ideia.
A simples ideia que iria mudar tudo.
Que o nosso mundo não é real.
E que a morte é a única saída.
Estás à espera de um comboio.
Um comboio que te vai levar para longe.
Sabes para onde este comboio te vai levar.
Não podes ter a certeza.
Mas não importa.
Dis-me porquê!
Porque vamos estar juntos!
Só não sabia que aquela
ideia ia continuar a crescer.
Quando voltaste para a realidade.
continuavas a achar que
aquele mundo não era real.
E que a morte era a única saída.
Mal, não! Jesus!
Infectaste a minha mente?
Estava a tentar salvar-te.
Traiste-me?
Ainda podes manter a tua promessa,
ainda podemosficar juntos.
Aqui mesmo. Num mundo
que críamos juntos.
Cobb, precisamos de encontrar o Fisher.
Não me podes deixar.
Se eu ficar, deixas o Fisher ir?
De que estás a falar?
No terraço.
Vai ver se ele está vivo.
Cobb, não podes fazer isto!
Vai vê-lo, imediatamente!
Está aqui!
Temos que voltar.
Certifica-te de que tudo corre bem.
Não podes ficar aqui com ela.
Não vou ficar. O Saito está morto,
o que significa que está aqui algures.
Tenho que encontrá-lo.
Já não posso ficar com ela,
porque ela não existe.
É a única maneira de ficarmos juntos.
Gostava mais do que nada, mas...
Não te posso imaginar em toda a tua
complexidade. Perfeição e imperfeição.
Estás bem?
Olha para ti.
És uma sombra da minha mulher real.
Posso te fazer melhor.
Mas ainda não é suficiente.
Isto chega?
É real?
Que estás a fazer?
A improvisar.
Não, não!
Abre-o, anda lá.
Eu estava desapon...
Eu sei, pai.
Sei que estás desapontado,
eu não sou como tu.
Não, eu estava desapontado,
por teres tentado.
É o pontapé, salta!
Encontra o Saito e volta!
Ok.
Lembras-te quando me pediste a mão em casamento?
Sim.
Disseste que íamos envelhecer juntos.
E fizemo-lo!
Envelhecemos, lembras-te?
Sinto tanto a tua falta,
que é insurportável...
Mas já passamos tempo juntos.
Tenho que ir.
Voltar para casa.
Desculpa, Robert.
Sólo quería que
valerse por sí mismos.
Ele só queria que eu fosse eu mesmo.
E é o que vou fazer, tio Peter.
O que se passou?
O Cobb ficou lá.
Com a Mal?
Não, para encontrar o Saito.
Vai-se perder.
Não, ele está bem.
Veio para me matar?
Estou à espera de alguém.
De alguém dum sonho meio esquecido.
Cobb?
Não é possível.
Nós eramos jovens juntos.
Eu sou um homem velho.
Cheio de remorsos.
À espera para morrer sozinho.
Eu voltei por você.
Lembro-me de me ter dito algo...
Algo que já conhecia.
Que este mundo não é real.
Para cumprirmos o nosso acordo.
Um voto de fé até ao fim.
Volte, podemos ser outra vez jovens.
Volte para mim.
Volte.
Uma toalla quente? Estamos em
Los Angeles dentro de vinte minutos.
Precisa de formulário de imigração?
Obrigado.
-Toalha, senhor?
-Não.
Precisa do formulário de imigração?
Obrigado.
Bem-vindo a casa, Sr. Cobb.
Obrigado.
Bem-vindo.
Olhem quem está aqui.
Crianças!
Pai!
Olá!
Olha o que eu fiz, pai.
Uma casa na árvore.
TRADUÇÃO E LEGENDAGEM; srgio127
Resync; Polenice