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VAI-TE LIXAR
Já estamos a gravar? Óptimo.
Chelios, como estás?
Já não telefonas.
Porquê? Onde está o amor?
Como te sentes?
Acho que te deves sentir mal.
Não te mexes bem.
Não respiras bem.
Que se passa contigo?
Espera, espera.
Que é isto?
Consegues adivinhar?
Aposto que não.
Olha.
Olha.
Sou doentio, não?
Sou um génio doentio sabes.
Envenenar o Chev Chelios durante o sono
é algo tipo Shakespeariano.
Ena, puseste o tipo a dormir.
Vais jogar para os Dodgers?
Talvez não entendas o que aconteceu.
Matei-te meu.
Não te embaraces porque estás nos
apanhados.
Esta droga que te dei,
é algo de alta tecnologia chinesa.
Não sei o que é que isto tem.
Só sei que quando se une ao teu sangue,
tás lixado meu, e acredita já se uniu.
Tens no máximo uma hora.
Isto é a verdade.
Devias ter pensado antes
de ter morto o Don Kim.
A pensar com clareza agora?
Imagino que sim.
Tem uma morte boa.
Idiota.
Ilumina isso.
"Home Run"
É a Eve. Ainda bem que
telefonou mas não estou.
Deixe mensagem a não ser
que esteja a vender algo.
Se não estiver...
Acabou o tempo.
Compra um telemóvel.
Por favor.
Vá lá.
Vá lá.
- Consultório do Dr. Miles, posso ajudar?
- Deixe-me falar com ele.
Desculpe mas ele não está.
Quer deixar mensagem?
- Onde está?
- Desculpe-me?
- Onde diabo está ele?
- Não. Sim.
Por favor não!
Não sei senhor.
Isto é um serviço de atendimento.
- Jesus merda Cristo.
- Quer que eu lhe envie um bip?
Sim. Diga-lhe que Chev Chelios
é um homem morto,
se ele não me telefonar numa hora.
- Poderia soletrar?
- Sim. M-O-R-T-O. Chelios.
- Sim.
- Obrigado.
- Estou.
- Kaylo. Onde estiveste esta noite?
- Que se passa Chev?
- Onde estiveste esta noite?
Eu...
- Queres saber o que eu estive a fazer?
- O quê?
- A ser morto.
- O quê?
- Ouviste bem. Ricky sacana Verona.
- Ricky Verona?
Quem diria que ele teria tomates
para me matar na minha cama.
- É inconcebível. Mas aqui estamos.
- Estamos onde?
Estou morto e tu és um simplório.
Ouve-me.
Coloca nas ruas que estou
à procura do Ricky Verona.
- Se alguém o vir, telefona-me.
- Eu...
Vou apanhá-lo nem que seja a última
que coisa que faça.
Será provavelmente a última coisa que
irei fazer. Entendeste?
- Ricky Verona.
- Percebeste Kaylo?
- Sim.
- Encontra-o.
BAIRRO DO ORLANDO
- Então meu.
- Levanta-te.
Que fazes? Que estás a fazer?
Onde vou?
Chevy! Que estás a fazer?
- Onde está o Verona?
- Do que é que estás a falar?
- Não me lixes!
- Meu, acalma-te.
- Não me mandes acalmar.
- Merda meu.
- Orlando estás bem?
- Está aqui um branco com uma arma.
Fiquem quietos.
Ouviste isto?
Estou a tentar ajudar-te.
- Tenho de encontrar o Ricky Verona.
- Porque é que eu saberia onde está?
Não sabes.
Mas vais dizer-me,
ou estoiro os teus miolos.
- Baixem as armas.
- O gajo é fixe.
O gajo é fixe.
São como os pretos da Somália.
O Chevy veio aqui porque
tínhamos de conversar.
E vamos conversar de maneira civilizada.
Chevy, tens uma pergunta ou algo
a dizer.
- Onde está o Verona?
- Não estou ligado a ele.
Fizeram o trabalho do Anselmo juntos.
Não me...
Calma, calma.
Calma. Estás a agir sob
falsos pressupostos.
O Ricky Verona e eu não fizemos
esse trabalho juntos.
Ele lixou-me nesse trabalho.
Ele ainda me deve 7500 dólares.
- Não foi o que ouvi.
- Mas foi assim.
Não sei onde está, porque se soubesse,
Ele estaria aqui a levar no coiro.
Tudo bem.
Boa.
Era o que queria dizer.
É quase civilizado.
Chev.
Que se passa contigo?
Arranja-me coca. Tens coca?
- Agora só me vais insultar?
- Não tenho tempo!
Dá-me alguma coisa.
- Estou a morrer aqui.
- Estou a ver.
Não entendes.
Estou mesmo a morrer.
Queres dizer que a coca é medicinal?
É verdade.
E?
- O quê?
- Não é de graça.
Chega.
Vais snifar essa merda aqui?
Então meu.
Deus.
Chevy...
- O que é que...
- É boa. É boa.
É boa não é?
Porque procuras o Verona?
Uns chineses contrataram-no
para me matar.
É por causa do Don Kim.
- Que sabes sobre isso?
- Puxaste o gatilho.
É claro que puxei.
Porque não o deveria fazer?
Chelios estás bem?
- Esta merda não funciona.
- Desculpa?
Acho que sei o que tenho de fazer.
Um homem tem de fazer
o que tem de fazer.
- O que é que tens de fazer?
- Dar cabo de uns pretos.
O quê?
- Merda!
- Idiota!
- Lá está ele outra vez.
- Quem quer carne branca?
- Dr.?
- Que se passa Dr.?
- Sacana do caraças.
- Porque não estás morto?
Vou atrás de ti.
Podes acreditar.
Fico à tua espera.
Não vais conseguir.
Vou ter com a gaja
que tens andado a papar.
Sei como fazê-lo.
Assim que estiveres enterrado.
Esqueci-me de te o dizer na cassete.
E a seguir violas a minha avó?
Ouve-me idiota.
Que é que achas que o Carlito
vai fazer quando descobrir?
- A tua malta vai passar à história.
- Condutor encoste.
Merda.
Excelente.
Carlito? É engraçado,
porque eu e o Carlito agora
somos unidos.
Não estás unido desde que
o teu irmão te comeu.
Engraçado. Mas lixei-te bem.
Tens de admitir.
- Vamos ver.
- Encoste.
Sabes o que é melhor?
Desculpa tenho de ir.
- Dr. Miles.
- Porque demoraste tanto?
Desculpa Chevy.
Recebi agora a mensagem.
Deixa.
Estou a morrer.
Fui envenenado com uma merda Chinesa.
- O quê?
- Tens de fazer alguma coisa.
Quais são os sintomas.
Estou a abrandar.
- Vista desfocada?
- Sim.
- Tonturas?
- Claro.
- Dores no peito?
- Não. Sinto-me bem.
- Que estás a fazer?
- Centro Comercial, com a polícia atrás.
A adrenalina é o que te mantém vivo.
- Não te consigo ouvir.
- Tens de te manter a mexer.
Explica.
Se estiver certo, foi o Cocktail de Pequim.
Uma droga lixada.
Bloqueia os receptores da
glândula adrenal.
Tens de manter o nível de adrenalina
constante.
- Significa que se paras morres.
- Espera.
Jesus. Que foi...
Estás aí? Estás bem?
- Que disseste?
- Se paras morres.
É o que estou a fazer. A mexer-me
a manter o sangue a correr.
Chev, estás aí? Chevy?
Quando abrando o cérebro enferruja.
- Tomaste alguma coisa?
- Umas gramas de coca.
Vou chegar a LA numa hora.
Telefono-te quando chegar.
Mas não pares.
Mantém-te a bombar.
Táxi!
- Vamos.
- Onde?
Conduza.
- Vire à direita.
- Onde quer ir?
Direita.
- Merda.
- Direita. À direita.
Levante a música.
Levante-a!
Encoste, encoste.
Obrigado. Não se vá embora.
Volto num minuto.
Está bem.
Olá meu.
Mexes-te, morres.
É a Eve.
Obrigado por...
Merda!
Onde quer ir?
Beverly Hills.
APARTAMENTO DO CARLITO
- Chevy.
- Olá chefe.
Apareceu algo urgente.
Eu ouvi.
As notícias viajam depressa.
Carlito, preciso da tua ajuda.
Não tenho muito tempo.
Não não tens.
Tem de encontrar um antídoto.
- Que se passa?
- O que te deram.
Droga chinesa. Não tem antídoto.
- Então é assim?
- Na verdade, já devias estar morto.
É um milagre.
- Um milagre?
- Damos essa merda aos cavalos.
Não precisa de ser tão frio
em relação a isto!
Que esperas que faça?
Que encontre o Verona e mate toda
a malta dele,
e os dê de comer aos bichos.
Que é isto?
- São amigos agora?
- Verona?
É um patife pequeno.
Não quer dizer que não
seja uma oportunidade.
Oportunidade?
Toda a gente sabe que te adoro.
Talvez isto pague a morte
do Don Kim que foi má ideia.
Má ideia?
A pressão de Hong Kong foi
muito maior que o esperado.
Espectacular, Carlito.
Ainda bem que a minha morte
vai te ser útil.
- Não sejas difícil.
- Não estou a ser difícil.
Não sei se reparou mas estou
a ter um dia difícil.
Vou-me embora.
Não vai entrar no táxi todo molhado.
Dei-lhe 200 dólares para
esperar 3 minutos.
Não vai entrar.
Não vai!
Tem razão, não vou.
Al-Qaeda!
Al-Qaeda!
Sou Americano.
Largue-me!
- Sim.
- Chev. O meu voo está atrasado.
- Merda.
- Tudo bem. Relaxa.
Não relaxes.
Ouve-me.
Aquela droga está a
cortar-te a adrenalina.
Excitação, medo e perigo obrigam o teu
corpo a fabricar efedrina.
Há?
- Introduziram um inibidor.
- Merda!
A tua safa é aumentar a efedrina para
expulsar os inibidores.
Vai às urgências.
Arranja epinefrina.
É adrenalina artificial.
Vem em seringas de 10 mg.
É potente portanto não exageres.
Um quinto de injecção é suficiente.
Chevy?
Percebeste?
- Percebeste?
- Epi qualquer coisa.
- Nefrina.
- Tá bem. Percebi.
Telefono-te quando chegar.
- Sim.
- Chev.
Sim? Que foi?
Estou?
Andem!
- Chev.
- Sim. Merda.
Vi o irmão do Verona a
entrar no "Prince"
- Interessante. O Prince.
- Sim. Estava a comer.
E ele entrou há 2 minutos.
- Onde estás?
- No outro lado da rua. E tu?
Estou aí.
Encontra-me na 7ª.
Mais um.
Ele está lá?
Entrou alguém com ele?
Espera aqui.
Merda!
Gostaste durão?
Foi espectacular não foi?
Apetece-te falar?
Onde está o teu irmão?
A comer a tua mãe como se fosse uma vaca.
Quantos bifes tu darás?
Estás a morrer sacana.
Queres dançar comigo?
- Vou te lixar.
Vem.
Jesus.
Nada é fácil.
Queres dar a mão?
Não pares.
Vamos.
- Fala irmão.
- Ricky. E que tal chupares-me?
Estás com vontade?
Deixas-me lamber o teu cú?
Quem é? Chelios?
É o sacana do Chelios?
Pois é meu.
Tenho o telefone do teu irmão.
Tinhas tudo planeado.
Devias-me ter morto quando podias.
Estou-te a ouvir mal, Ricky.
A pensar com clareza agora?
Devias estar morto!
Gosto daquilo que me deste.
Vais-me dar mais?
- Vou... Vou...
- Eu sei, eu sei.
Que é isto?
Um colar.
Vocês são mesmo maricas?
Sacana.
Sacana do caraças!
O meu avô deu esse medalhão
ao meu pai e ele...
Agarra nessa coisa e mete-a no cú.
Não obrigado.
Vou ficar com ela.
Parece que tens de vir procurar-me.
Fizeste asneira e mataste o teu irmão.
Tu...
O que era? Epi...
10 miligramas?
Bom trabalho.
Vaca.
- Idiota.
- Não empurre.
Procuro por algo que começa por E.
- Escócia?
- Boa piada.
Adrenalina artificial.
- Adrenalina artificial?
- Tenho problemas cardíacos.
- Epinefrina?
- Sim. Epinefrina.
Amo-a.
Epinefrina.
- Não lhe a posso dar.
- Porquê?
Só um momento.
Que quer dizer...
Que merda é esta?
- Spray nasal.
- Vaca miserável. O quê?
Spray nasal. Tem epinefrina.
Vai deixá-lo a bombar.
- É aquele o tipo?
- Sim.
Este quarto está limpo.
Alguém que fale coreano pode
vir às urgências?
Alguém que fale coreano.
Páre!
Páre!
Sei que vocês têm epinefrina.
- Abram alas.
- Já estamos preparados.
- Estou a ter um mau dia.
- Merda!
Diz-me que tens epinefrina
neste carrinho.
- Diz-me que tens epinefrina!
- Não sei.
Afastem-se!
Não percebes inglês?
Eu percebo.
Mas não sei qual...
Mexe-te!
Quero epinefrina!
Está bem. Não sei onde está.
Que é isto, um lar?
- Que estão a fazer?
- Despachem-se!
- Vou atirar.
- Afastem-se!
- Então?
- Não sei se tenho.
- Dê-me um segundo.
- Baixe a arma!
Onde está...
- O meu coração!
- O quê?
- O meu coração!
- Sim, sim.
Baixe a arma agora!
- Que é isto? Estamos num hospital!
- Cale-se.
Dá-me epinefrina.
- Aqui.
- Nem pensem nisso!
Albuterol, Lortab.
Epinefrina! Aqui está!
- Está aqui.
- Dá-me essa merda.
- Idiota.
- Não volto a dizer.
Tudo bem?
Silêncio.
Dá-me gás.
Gás?
- Faz.
- Tudo bem.
- Anda.
- Está bem.
Não tenho o dia todo.
Preciso dos dois.
Um, dois.
Afastem-se.
Saiam daqui!
Quanto é que ele disse para tomar?
Chevy, estou no ar.
Já tens aquilo que eu disse?
Tenho e tomei.
- Tomaste tudo?
- Sim.
Eu disse um quinto.
Isso vai-te matar.
- Tens o peito a arder.
- Certo.
- Mas estás frio.
- Certo.
- Estás com uma tesão de aço.
- Deixa-me ver.
- Certo.
- Estimulação dos vasos sanguíneos.
O teu esfíncter urinário está tão
apertado que não consegues mijar.
Esfíncter urinário, certo.
- Talvez Vicodin. Estás no hospital?
- Negativo.
- Podes arranjar "erva".
- Certo.
Isso sai do teu corpo em 30 minutos
se não te matar.
Esta chamada foi uma fortuna.
Vejo-te em 20 minutos.
- Telefono-te quando aterrar.
- Entendido.
Chevy, és um gajo porreiro.
Gostei de te conhecer.
Certo.
Emergência médica.
A polícia não forneceu a identidade
do homem que está a monte
numa fúria por toda a cidade que já
deixou um morto e dúzias de feridos
e centenas de dólares de estragos.
soubemos que o suspeito
é um assassino profissional
com ligações ao crime organizado e
com extenso cadastro.
Está armado e é extremamente perigoso.
Vamos voltar à programação habitual,
mas vamos dar cobertura desta história.
O que quer dizer é que as azeitonas
cebolas, limões...
Tenha calma.
- Afasta-te!
- Dê-me... Dê-me a...
Vamos. Vamos ver-te a correr.
- Dê-me a arma.
- Queres? Ali.
Querida vamos.
Cuidado.
Tudo bem, vou buscar ajuda.
- Sim?
- Telefonaste?
- Estiveste em casa?
- Estava a dormir.
A dormir? Óptimo Eve.
- Estás descansada?
- Folgo em ouvir.
Fui envenenado.
Está um psicopata a caminho
da tua casa para te matar.
Não saias da cama.
Chego num instante.
Faz-me uma Waffle, está bem?
Pode ser.
Vem. Estou aqui.
Vais estar aí.
Adeus.
Vamos apanhar a cabra.
APARTAMENTO DA EVE
Vamos, por favor.
Já vou.
Jesus.
Meu Deus.
É o teu novo visual.
- Sim. Gramas?
- É foleiro.
Estás à procura do meu outro namorado?
Sim.
Não ligaste a TV hoje?
- Não. Porquê?
- Bem me parecia. Vamos embora.
- O quê? Não sejas tão chato.
- Veste-te.
Ainda bem que estás aqui. Podes
acertar o relógio do micro-ondas.
- Não a mudei.
- O quê?
O micro-ondas.
Podes acertar o relógio?
A mudança de hora.
Não o acertei.
- O micro-ondas?
- Sim.
Comprei-te flores mas estragaram-se
no caminho.
Que querido.
Estás bem.
Pareces drogado.
Tu amas-me não é?
Sim.
Preciso de um favor.
O quê. Que se passa.
Preciso que te vistas e
que venhas comigo.
- Sim?
- Não.
Eu mudo o relógio do microondas.
Está bem.
- O efeito está a passar.
- Esqueci-me.
A máquina das Waffles está
ligada se quiseres.
Boa.
Boa.
Estás stressado.
Queres erva?
Sim!
Não!
Pronta! Que se passa!
- Queimei-me!
- Meu Deus.
- Vamos embora, não te preocupes.
- Quero ver.
O que...
Desculpa.
- Não devias ter feito...
- Podemos...
Está bem.
- Estacionei nas traseiras.
- Aquela coisa.
- Que coisa?
A coisa das waffles.
Tenho de a desligar.
Estou.
Estou.
Muito engraçado.
Detesto isso.
A tentar queimar o edifício?
- As chaves.
- Desculpa querida.
Boa.
Juro-te Chev.
Não sei o que se passa,
mas não está a funcionar.
O meu creme, estava aqui.
Chev, ajudas-me?
Onde está o teu carro?
O meu carro? Vim de táxi.
Tá...
Não vai ser...
Não vai ser fácil.
Merda. Aqui vai.
Desculpa.
Eu disse-te que era programador de jogos.
É mentira.
Eu...
Mato pessoas.
Sou um assassino profissional.
Trabalho para um sindicato do crime.
Ontem tive um trabalho igual a outros.
As Tríades de Hong Kong estão a atacar
os cartéis de drogas locais.
O meu alvo era o chefe delas, Don Kim.
Porque esperas?
Então uma ideia atravessa a minha cabeça.
Como uma bala à queima-roupa.
Parabéns.
- Ganhei alguma coisa?
- A tua vida.
Querem-te morto, e isso vai acontecer,
mas eu não o vou fazer.
Estou a ver.
Por isso vais fazer algo por mim.
Sair da cidade, desaparecer.
Não interessa para onde vais,
nem o que fazes
desde que desapareças por 48 horas.
É só o que peço.
48 horas?
Se preferires fazemos da outra maneira,
de modo a que encontres o Buda.
Eu desisti.
Desisti deste trabalho por ti.
- Por mim?
- Sim.
Decidi dizer-te tudo.
Se entendesses metíamo-nos num avião
e não voltávamos.
Ideia doida.
És tão estranho.
Vamos de viagem?
Eu vou de viagem,
mas tu não vens comigo.
- Eve, Eve, por favor!
- Assassino?
Veneno chinês?
Isso é ridículo.
Se queres acabar, diz-me a verdade.
Chev? Chev?
Que se passa contigo?
- Confias em mim?
- Não.
Faz amor comigo.
- O quê?
- Vai me ajudar.
Ajudar no quê? Estás a brincar?
Larga-me.
- Despe-te.
- Não!
Larga-me! Não!
- Querias que fosse mais espontâneo.
- Estás doido.
És como um viciado em adrenalina,
sem alma.
- Salva-me, Eve.
- Pára!
Desculpa.
Estás bem?
Estás bem?
Não.
Não.
Não!
Não!
Sai!
Sai!
Animal.
Come-me frente de toda a gente.
É isso.
Vamos. Faz!
Estás à espera de quê?
- Jesus Cristo.
- Vamos.
Estou a tentar.
Cala-te Eve.
- Agora não o consegues por para cima?
Vamos.
Põe-lo para cima.
Vou pô-lo para cima!
- Bolas, Chev.
- Cala-te! Merda!
Estou vivo!
Estou vivo!
Verona, filho da mãe!
Boa! Sim!
- Meu Deus!
Sim! Chev!
- Sim.
- Que estás a fazer?
- Sim.
- Tenho o Verona.
- Kaylo?
- Tenho o Verona.
- O quê?
- A sério? Onde estás?
- Fábrica do Don Kim. No 1º andar.
- Que se passa contigo?
- 5ª e Alameda?
- Quem está na 5ª e Alameda?
Não percas esse sacana de vista.
- Estou aí em 10 minutos.
- Está bem.
Fim.
Tenho de ir.
Telefono-te.
Estão a olhar para onde?
Que se passa consigo?
Está drogado?
Não. Acelere, está bem?
Não vai morrer no meu táxi.
Tenho uma coisa para si.
Tome esta coisa Haitiana.
É uma coisa poderosa.
É vegetal.
Está a rir-se de quê?
Veja isto.
Um homem é assim.
Isto é poder.
Agora olhe para si.
Que se...
Sim?
Sabe a cú.
É verdade.
Espere.
- Cala-te.
Diz adeus.
- Não.
- Abre o gajo.
Não.
Aqui está.
Que se lixe.
Chegamos.
- Que é que disse que isto tinha?
- É forte, eu disse-lhe.
São 5,35.
Tu também és.
Tenha um bom dia.
Isto é lixado.
Onde é que ele vai.
Sim.
Porque me telefonas?
Não sei onde está.
Não sou ama do gajo.
Telefonar-me com merdas.
Estou a trabalhar.
A fazer as minhas coisas.
Estou aqui a gelar, no telhado...
Chevy, Chevy. Que se passa?
Tudo bem?
- Que coincidência.
- Estás a falar de quê?
- À espera do autocarro?
- À espera do helicóptero.
- Que merda é esta?
- O quê?
- Trabalhas para os chineses?
- Chineses?
Estás doido?
Não te fazia isso.
Estou doido.
Onde está o Kaylo?
- Acabou o tempo.
- Que queres dizer?
Que queres dizer?
Onde está esse sacana?
Chev.
- Que é isto?
- Chev. Calma.
Queres dizer assim?
Diz-me onde aquele sacana está.
Verona.
O Verona não tem nada a ver com isto.
O quê?
Don Carlos quer-te fora das ruas.
- Carlito?
- Tu passaste-te meu.
Estás na TV, a destruir coisas,
a matar.
Estás a embaraçar a organização.
O Carlito queria isto?
Não te preocupes com o Verona.
Tratamos dele.
O melhor para ti é encontrares
um sítio calmo
e... morrer.
Morrer. Tenho idiota escrito
na testa.
- Talvez tenhas razão.
- Temos de morrer um dia.
Sim.
Temos de morrer.
Então vou morrer.
O que...
O meu braço! Seu sacana!
- Jesus! Eve mexe-te!
- Idiota. Que queres?
- Não lhe fale assim.
O meu namorado mata pessoas.
Fixe.
Tinha de ver se falavas verdade.
Vamos.
Espera.
Agora vamos.
Meu Deus.
Bolas.
Esqueci-me de tomar a pílula.
- O quê?
- Sim.
- Onde estão as chaves?
- Chev.
- Eve as chaves.
- Aqui.
- Vamos. Vamos.
- As minhas coisas!
As minhas coisas.
- Não estavas a mentir.
- Bem vinda à minha vida.
Quero dizer, que desistias por mim.
Sim.
- E o resto?
- O veneno? Também é verdade.
Significa...
É isso.
- Como o pararmos?
- A adrenalina abranda-o.
- Então Chinatown...
- Sim, desculpa.
- Eve, que estás a fazer.
- Isto vai-te por a bombar.
- O quê?
- Acaba o que começaste.
Ena pá.
É isso.
Está a funcionar.
- Gostas?
- Baixa-te!
Sacana!
Jesus! É isso!
Mais um pouco.
Baixa-te Eve.
- Jesus!
- És tão grande!
Meu Deus.
Só um pouco...
Que se passa?
Para que adormeças como sempre fazes?
Não me parece.
Jesus!
Estão...
Mortos.
Como podes fazê-lo?
Eu disse-te.
Desisti.
Sim.
Chev, estou a ligar-te à meia hora.
- Onde estiveste?
- No meu consultório. Consegues vir?
Sim. Porque não.
Chocolate, esta factura de
254 dólares é de quê?
Petiscos.
Devo-lhe mais uma.
Chevy, és o meu melhor cliente.
- Que é isto?
- Efedrina sintética.
Com algum soro.
Sabe bem.
Meti metanfetaminas, por isso estás
a sentir as endorfinas.
Espere. Então não estou melhor?
Não estás. Estás num estado
que é incrível
que o teu coração ainda bata.
O teu caso devia ser publicado.
O que vais fazer?
Isto funciona como um inibidor rival.
E expulsa o veneno dos teu receptores.
e substitui-os por um químico.
- Mas é temporário.
- E depois?
Estás lixado.
Posso-te ligar a máquinas, e prolongar
por mais uns dias.
Mas vais entrar em coma e...
Ela sabe?
Deixa-me dar-te alguma coisa
e vais-te num belo sonho.
Sonho.
Posso fazer isso por ti?
Não.
Não.
Não é o que eu quero.
O que queres?
Uma hora.
Quero uma hora.
Estavam a faze-lo na máquina dos jornais.
Ele era másculo e enorme.
Não acredito.
A loucura que começou às
9 da manhã continua.
o suspeito continua a monte.
Devíamos-lhe ter dado mais daquela coisa.
Achas?
É ele.
Desliga isso.
- Que se passa cadáver?
- Bonjour, maricas.
Achei que estavas interessado
num negócio.
- Agora és um traficante?
- Não te preocupes com o que eu sou.
Quero o antídoto.
O antídoto.
- É. O antídoto.
- Estás preparado para mo dar.
A jóia do teu irmão maricas.
Não rebentes uma veia seu pénis.
- Pode ser.
- Gostas do negócio?
- É mesmo.
- Vou estar no Lint dentro de 20 minutos.
- Sabes onde é?
- Conheço.
Não te atrases.
Ou troco isto por uma punheta.
Eu disse que vou estar!
Se não estiveres...
- Até logo beleza.
- Desliga isso.
Merda. Chiça.
É o Verona.
Não vais acreditar na chamada que tive.
- Vai correr tudo bem.
- Mas disseste...
Eu sei. As coisas mudaram.
Há um antídoto.
Vou fazer um negócio, mas vou sozinho.
- Tenho medo.
- É claro.
Ficas em segurança e eu volto.
Prometes?
Prometo.
Que se passa meu?
- Onde é que eu errei?
- Disseste alguma coisa?
É como falar para as paredes.
Mãe?
Espanta-me que te lembres de mim.
Mãe. Não tenho tempo para isto.
- Não tens tempo para nada.
- Orlando?
És um sacana teimoso, Chev Chelios.
- Matam-te e continuas a levantar-te.
- Sou o exterminador.
Eras, mas agora há um novo na cidade.
Não percebo.
Porque não me cortaste às postas?
Era demasiado fácil.
Tendências sadomasoquistas.
Viciado em adrenalina e na violência.
Cortar um gajo assim, no seu sangue
e excrementos,
seria um presente,
uma morte de guerreiro.
Era provável que se viesse.
O que é que tu és?
- Acho que começo a entender.
- Mais vale tarde que nunca.
- Sabes que vais morrer aqui.
- Talvez.
Mas levo-te comigo.
Que comprimidos Dr.
- Chelios.
- Olá meninas.
Espera.
Dá-me a arma.
Que belo quadro!
Chelios. És um pesadelo.
- É, não é.
- Porque não te sentas?
Espera, revista-o outra vez.
Sei que ele tem alguma coisa.
Deixa-me ver.
- Merda.
- Inteligente. É uma bomba para insulina?
- Basicamente.
- O que é insulina?
- Efedrina, certo?
- Sim.
Bem arranjado.
- Arranjaste um dono cadela?
- Não sou cadela de ninguém.
Vemos o que és quando o Carlito te
contratou por metade do que me paga.
Já chega.
Deste-lhe razões para ele pensar que
és uma cadela linda.
Não sou cadela de ninguém.
E ele paga-me quando eu lhe disser.
Eu disse, já chega.
Senta-te.
Foi um dia comprido.
Mas no fim tudo se resolveu
pelo melhor.
Don Kim apanha uma bala
e Hong Kong tem um bode expiatório.
Chev, não é nada pessoal.
Fala por ti.
Isso é o que eu penso?
É a droga chinesa.
Segura-o.
Mais devagar.
Que é que ele está a fazer?
Como queiras doido.
O número à Houdini acabou.
- Pai nosso que...
- Cala-te.
Então é assim.
Don Kim.
Ele devia estar morto.
Magia.
Vão, vão.
A polícia está a cercar o Hotel Lint.
onde o louco por detrás da destruição
está refugiado, a oferecer resistência.
A polícia confirmou disparo de
tiros no terraço.
Os nossos helicópteros vão dar
imagens do local.
Estas imagens são em directo e não
censuradas, se estiverem crianças a ver,
é melhor tirá-las da frente da Tv.
Tira-me daqui.
- Vou-te matar Chelios!
- Tarde de mais.
Cuidado!
Obrigado patrão.
Vamos sair daqui! Vamos!
Um presente do Kaylo...
- E agora o que dizes?
- Onde estavas?
Quem é a cadela agora?
Voa, filho da mãe.
Filho da mãe, voa!
Estás morto!
Meu Deus.
Estás morto!
Sacana!
Disse-te que te matava!
É a Eve. Ainda bem que
telefonou mas não estou.
Deixe mensagem a não ser
que esteja a vender algo.
Se não estiver...
Acabou o tempo.
Boneca.
Parece que te desiludi,
outra vez.
Parece que toda a minha vida foi,
ir, ir, ir...
Devia ter parado e cheirado as flores.
Mas é tarde de mais para isso.
És a melhor, querida.