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Diga quando for gozar.
-Está gozando? Está gozando?
-Sim.
Alô.
E aí, irmão?
Estou acabado.
O que está fazendo?
Que festa?
Do que está falando?
Está brincando comigo?
Está brincando comigo?
Onde?
Droga!
Droga!
O número chamado encontra-se
desligado. Para...
De jeito nenhum!
Onde fica o telefone público?
Nos fundos, depois dos
banheiros, à esquerda.
Oi, Mallory.
Oi, Syd, e aí?
Vai à reunião da Becca
hoje à noite?
Eu quero ir, para me despedir.
Por quê? Você vai?
Acho que sim.
Estou pensando em ir.
Tem falado com London?
De vez em quando.
Por quê?
Eu fiquei surpreso ao saber
que ela estava se mudando.
Ela achou um lugar?
Vai ficar com alguém?
Ela não disse onde ia ficar?
Ela disse alguma coisa sobre
ir morar com o namorado...
ou coisa assim, e
é só o que eu sei.
-Quer um drinque?
-Sim.
Pode ser vodca? Dupla.
Pura, por favor.
Com licença. Um segundo.
Pronto.
Obrigado. Escute, eu...
não quis ser grosso.
Tudo bem.
Ei, Syd, eu fecho o caixa...
Até à noite.
Eu arranjei pó.
Se quiser um pouco, me avise.
-Verdade?
-Sim.
Quanto custa?
Não se preocupe. Basta me achar.
Não conte à London.
Ela odeia essa porcaria.
Como se eu fosse contar.
-Tudo bem. Até mais tarde.
-A gente se vê.
Por acaso seu nome
é Bateman?
-lnfelizmente é.
-Oi. Syd.
Muito prazer.
Obrigado por ter vindo.
Eu sei que não entrega tão longe.
Tive um dia difícil.
Preciso arejar a cabeça.
Não esquenta, companheiro.
Onde quer fazer isto?
Não banheiro, não.
Lá é um horror.
Vim de carro. Pode ser nele?
Seu carro? Por que não?
Então, é mercadoria da boa?
Eu não experimentei
dessa remessa...
mas, pela origem,
imagino que seja pura.
Então, é disso que você vive?
Trabalho em tempo integral?
Não, cara. Eu sou banqueiro.
Corretor de câmbio.
Comerciante de moeda.
-Comerciante de moeda?
-Euros, libras, arbítrio de câmbio...
Então não é traficante.
Cara, eu não sou traficante.
Apenas comprador.
Eu ia passar por aqui.
Foi um favor.
Sei. E seja como for,
eu agradeço muito, cara.
Aqui está.
Comerciante de moeda?
E a grana é boa?
Não se gastar com drogas.
Entendo. Que droga estúpida.
Não sei o que vai fazer depois,
se acaso tem planos...
mas uma amiga está dando uma festa
aqui perto, se interessar.
Não, obrigado.
Eu tive um dia péssimo.
Entendo. Mas você veio até aqui.
Acho que vai ser boa.
Que tipo de festa é, exatamente?
Na verdade é uma...
festa de despedida para
uma garota, a minha ex-namorada.
E vai ser boa. Bebida e comida
grátis, meninas bonitas.
Eu não posso. Mas obrigado.
Agradeço o convite.
Droga, Syd. Vou embora.
Cuide-se.
Por quê?
Acabou de chegar.
Você veio até aqui.
Por que ir embora?
Porque tive um dia horroroso.
Não quero ir para não encontrar
um monte de desconhecidos.
-Divirta-se.
-Fique um pouquinho.
-Tome um drinque.
-Não, vá você.
Tem algo a fazer
melhor do que isto?
Garotas, bebidas grátis, fazer um pó.
Tive uma sessão de terapia
das mais psicóticas...
como não tinha há anos.
Custei para achar um táxi.
Não sei se estou pronto
para essa droga.
Entre por cinco minutos.
Se não gostar poderá ir embora.
Um drinque, irmão.
Mallory estará aqui.
Um drinque?
Um só.
-Como é que vai, cara?
-Boa noite.
-Para o 501 1 ?
-Sim.
Obrigado, cara.
-Ei, Maya.
-Oi, Syd.
-Como vai?
-Bem.
-Já faz tempo.
-Como você está?
Bem. Bateman,
está é Maya. Desculpe.
-Maya, Bateman.
-Muito prazer.
Como está?
Que tem feito?
No inferno. Fui mal no vestibular,
vou ter de fazer de novo.
-É isso, sabe?
-Entendo.
Estou a fim de me matar.
Pois se quiser esquecer o vestibular,
estou com um bocado de...
-Você sabe...
-Está traficando?
Estou, sim. Não, não estou.
Mas tenho sobrando, se quiser...
-Está certo. Obrigada.
-É só me achar.
-Pode ser que procure.
-Alguém...
Já vai!
-Olá.
-Olá.
-Oi, amor.
-Como vai?
-Bem. Syd, como vai?
-lsto, querida, é para você.
Puxa, gente. Obrigada.
-Você merece o melhor.
-Não chegou ninguém.
Pegue uma bebida.
Fique à vontade.
Olá? Syd e London.
-Olhem o respeito em público.
-Em público.
Vamos lá para cima.
Por quê?
Quem está lá em cima?
Muito ruim. Pegue-me.
Você é louco.
O que é isto?
É para você.
-Para mim? Para mim?
-Para você.
Meu Deus, Syd, adorei.
Obrigada.
Amo você.
Amo você.
Ande, "Também amo você, London" ,
desgraçado.
Pode falar.
Não conto para ninguém.
-London, não.
-O que estou fazendo?
-lsto.
-O que está errado?
É essa obsessão de colocar
um rótulo verbal em tudo.
-Não se trata de palavras.
-Trata-se de palavras, sim.
Porque se não tivéssemos
as palavras viveríamos em cavernas...
-e falaríamos com as mãos.
-Pare.
Nunca brigamos.
Se evitarmos a primeira briga,
teoricamente jamais brigaremos.
Tudo bem? Por favor.
Foi perfeito até agora.
Não faça isso.
Tem sido perfeito só para você.
London.
Já vou!
Um momento,
há alguém na porta.
-Olá.
-Oi.
Puxa, está linda.
Você também.
Belo chapéu, belas botas.
Obrigado.
-Oi.
-Oi, Becca.
-Rebecca.
-Bateman. Amigo de Syd.
-Muito prazer.
-Ninguém chegou ainda.
Entrem e fiquem à vontade.
Não vai acreditar quem apareceu.
Grande festa, cara.
Vai melhorar.
Pode confiar. Eu garanto.
Eu preciso ir.
Por favor, diga que
não trouxe o Syd para cá.
Eu subi no elevador com ele.
-Por quê? Não foi convidado?
-Não foi mesmo.
Ele está tocando
na cabeça do meu Buda.
Oi, London, sou eu.
Ligue-me assim que ouvir
esta mensagem, sim?
Dane-se.
Ei, Syd. Faça-me um favor.
Não toque no Buda.
Está bem?
Ele é um grande cretino.
Onde comprou esse chapéu?
Ficou muito bem em você.
Ele pirou.
Aparecer na festa de alguém
sem ter sido convidado.
Eles foram lá para cima?
Legal terem perguntado.
Estou confuso. Você disse que
acredita ou não em Deus?
"Deus" pode não ser a palavra
adequada para isso, na verdade.
É mais uma epifania.
Epifania?
Qual foi a sua epifania?
Para mim, epifania é quando
você realmente vê o universo...
em todo o seu esplendor e beleza...
...de repente entendendo tudo.
-O que quer dizer isso?
-Tudo.
O que puder imaginar. Não sabe
o que "tudo" significa?
Sei o que significa. Não sei
o que quis dizer com "tudo" .
Quer dizer tudo, não é?
Você sabe, tudo.
-Qual é o seu problema?
-Para alguém que viu o infinito...
você é vago. Achei que para
alguém que teve uma revelação...
-você seria mais específico.
-Não se trata de ser específico.
É uma energia que o atinge
entre os olhos, iluminando-o.
-Você vê tudo?
-Não se vê tudo.
Você não vê nada.
Mas entende tudo.
Sabe o que é o máximo para mim?
-Eu entendi os horizontes do tempo.
-O que é isso?
É isto: eu entendi a minha
posição em relação...
aos romanos e judeus
há dois mil anos...
e porque estou aqui agora.
Eu senti muita compaixão...
pelo esforço da raça humana e
tudo o que ela passou por nós...
para que a nossa vida
chegasse a este ponto.
É algo notável, mas ao mesmo
tempo profundamente perturbador.
Somos os mesmos povos que
viveram na época dos romanos...
fazendo ataques de óleo fervente
e crucificando cristãos.
Não que isso seja totalmente ruim.
Ei, Syd, você está aí?
É Maya.
Droga!
-Droga. Um segundo.
-O que foi que você fez?
-Desculpe. Merda.
-Desajeitado.
-O que você fez?
-Droga.
Olhe só.
Caiu na cerveja.
-Droga.
-Meu Deus.
O que vai fazer?
-Que coisa, Syd.
-Carma instantâneo.
-Deixe.
-É bom parar de blasfemar.
-Levante-se.
-Podemos salvar isto.
Por acaso vai cheirar do chão?
-É nojento.
-Faça-me um favor.
-Deus, que merda.
-Foi Deus?
-Sim.
-Está brincando?
-Foi culpa minha também.
-Cheire do chão.
Você não quer isso.
Eu não devia ter posto perto da pia.
O que está fazendo?
-O que é isso?
-Eu disse, nem tudo se perdeu.
-Bateman, por favor.
-Meu Deus, você é o máximo!
-Conhece este quadro?
-Não.
É Campos de Trigo com Corvos,
de Van Gogh.
O quadro mais importante
pintado pelo homem.
-Está bem.
-Mas é verdade.
Para o começo está bom.
Foi o último que ele pintou
antes de se suicidar.
É seu bilhete suicida. Ele até pôs
a orelha esquerda nas nuvens.
Aí está a orelha esquerda
decepada.
Está vendo? Nem todos a vêem,
mas ela está aí.
Ele decepou a orelha esquerda
e a colocou no quadro.
O que isso quer dizer?
Maya, estou curioso.
Acredita em Deus?
Você tem se drogado muito.
Responda. Sim ou não?
Esta é uma longa conversa...
mas vou lhe contar uma coisa
que li e me deixou assustada.
Não lembro onde foi.
Foi na Rússia ou Alemanha,
um desses lugares...
onde cientistas pegaram
uma lebre prenhe...
e a conectaram a um monitor
cardíaco e a um EE G...
que medem as ondas cerebrais.
Assim que ela tem os filhotes,
eles pegam os animaizinhos...
entram em uma van
e começam a matá-los...
um por um, com um tiro na nuca,
usando um rifle .22.
De uma distância de 1 .600m...
ou 1 2 mil metros, ou 32 mil metros.
Não me diga que estão
matando coelhinhos.
O interessante é que toda vez
que eles atiram...
na nuca de um desses
pobres filhotinhos...
os batimentos cardíacos e ondas
cerebrais da mãe se alteram.
Só estou dizendo que coisas
desse tipo existem.
A mãe sabia que os filhotes
estavam sendo mortos...
Todas as vezes. Exatamente.
Essas coisas existem. Como o que
ocorre com gêmeos idênticos.
Um dos irmãos caminha pela rua...
e é esfaqueado por
um assassino em série.
Espere. Ele é esfaqueado.
E a 1 .500 km dali, exatamente
no mesmo momento...
seu irmão gêmeo cai.
É muito esquisito.
Posso terminar
o que estou dizendo?
-Termine, por favor.
-Ele cai.
É hospitalizado com palpitação...
ao mesmo tempo em que
seu irmão foi esfaqueado.
-Por que sacode a cabeça?
-Você fala como London.
-É coincidência.
-Coincidência como?
Já tive uma conversa assim.
Não vou repetir aqui.
Está bem. Então não me pergunte
sobre Deus, Syd.
London já chegou?
Acho que não.
Já encontrou o namorado dela?
Algumas vezes. Ele é legal.
Ele é atraente?
É bonito?
Está me perguntando
se ele é atraente?
Acho que sim.
Você acha?
Como assim, você acha?
Eu acho que sim.
Estou curioso. Ele é mais
ou menos atraente do que eu?
Syd, eu não sei.
Você sabe.
Mas não quer me dizer.
Eu não sei, Syd.
Vocês são tipos muito diferentes.
Está bem. Somos tipos diferentes.
E qual prefere?
O meu ou o dele?
É estupidez, Syd.
Está certo.
De certa forma, eu o acho atraente.
Não quer dizer que o ache...
mais ou menos atraente do que você.
Certo?
Não mentiria para você.
Estarmos saindo...
não quer dizer que...
de repente o sexo oposto
deixe de me atrair.
Ele é um amigo
e também é atraente.
Foi um almoço.
Por que está criando caso?
Você não me vê almoçando
com um bando de gente atraente.
Primeiro, era um homem,
não um bando.
E não é problema meu se você
não tem amigas, concorda?
Ninguém o impede
de ter amigas.
A propósito, adoro isto.
-Pelo bem desta conversa...
-Syd.
-Vamos fingir que você e eu...
-Por favor, podemos parar?
...não nos conhecemos.
Escute.
Vamos fingir por cinco minutos: você
não me conhece, nem eu a você.
Eu e o fulano estamos na sala.
-Quem você escolhe?
-Eu o conheço, Syd.
Tire isso da equação.
-Não pode.
-Quem você escolhe?
Você. Eu o escolheria
em qualquer equação.
Você está bem?
Está tudo bem. Obrigada.
Syd, esta é uma das conversas
mais loucas...
que já tive com você.
Eu não quero transar com ele.
-Transar?
-Foi um almoço.
Quem falou em transar?
-Eu falei em atração.
-É a mesma coisa.
-Não é.
-Fale baixo, por favor.
De atração passou a transa.
Será que pode calar a boca?
O que você quer?
Quero que responda
a maldita pergunta.
Syd, você é um cara bonito.
É mesmo, mas eu não sei.
Ele tem alguma coisa angular,
sensual, que se manifesta.
Mas nem o conheço.
-Talvez seja um cretino.
-Quer saber?
Dane-se, Maya. Se fosse minha,
amiga não teria mentido.
Syd. Você está na festa
de despedida dela.
Se não se acalmar,
vai deixar a mim...
a você mesmo, a ela e a todo mundo
nesta maldita festa, louco.
Despeça-se e esqueça-a,
porque acabou.
Acabou, cara.
Alguém vai?
Não, obrigado.
Mas tem um cigarro?
Desculpe.
lsqueiro. Desculpe.
Está certo. Sabe de uma coisa?
Vou embora.
-Vai embora?
-Obrigada por tudo.
-Mesmo.
-Faça-me um favor.
Não conte à London que estou
me drogando aqui. Vai me arrasar.
Está bem, Syd.
Vou tentar me lembrar disso.
Maya, é sério. Por favor.
Diga que não foi cheirar coca
no banheiro dos meus pais.
-O quê?
-Eu vi você subir.
-Aonde foi?
-Ao banheiro.
Jure que não está cheirando coca
na casa dos meus pais.
Eu juro por Deus...
não estou cheirando coca
na casa dos seus pais.
Desculpe, querida.
Está bem. Divirta-se.
Desculpe.
Quanto tempo ficaram juntos?
Quem? Eu e London?
Dois anos e meio.
-E quando acabaram?
-Há seis meses e alguns dias.
Você está contando, Syd.
Não é um bom sinal.
Por que diz isso?
Brincadeira.
Qual é o nome da garota?
-Maya. Pode me dar um?
-Maya.
Fiz coisas horríveis com ela.
Ele é uma Barbie proibida
para menores.
-Quantos anos tem?
-Acho que uns 1 6, 1 7.
Dezessete?
-Eu quero transar com ela.
-Com uma garota de 1 7 anos?
Você não?
Se não for contra a lei,
qual é o problema?
Transa-se com
as de 1 5 anos na França.
E não é pedofilia?
Na situação e país certos,
você faria o mesmo, acredite.
Certo. Em águas internacionais,
ilha deserta, a gente faz besteiras.
Mas se minhas amigas souberem
que transei com uma de 1 7 anos...
-vão pirar.
-Qual é o seu problema?
Se contássemos a elas um décimo
do que pensamos e fazemos...
acha que conseguiríamos transar?
Como quando pedi a uma garota
para urinar em mim.
Urinar em você?
Sim, mas eu tinha tomado muito
ecstasy.
Ela urinou em você?
Na verdade, não...
ela urinou na minha boca.
Urinou na sua boca?
Não foi nada agradável,
acredite.
Como foi que aconteceu?
Que tipo de conversa leva uma garota
a urinar na sua boca?
Ela era uma prostituta.
-Você pagou uma sadomasoquista?
-Muitas vezes.
"Muitas vezes" .
É um passatempo caro,
mental e financeiramente.
E aí, como funciona?
Não sei se quero falar sobre isso.
Explique. Ninguém liga.
Molhou a manga? Eu também.
É meu terno Savile Row.
Custou cinco mil.
Evitei a chuva o dia todo.
Veja o estado dele.
Eu não quero falar sobre isso.
Está bem, Syd?
Vamos, eu não conto.
-Por que quer saber?
-Como funciona?
-É só ir lá?
-Você é um sujo.
-Você começou.
-Se quiser ir lá...
então vá. Deixe-me
com meus demônios.
-Onde é?
-Em Tribeca, seu chato.
Explique como é.
Basta entrar?
Você liga da rua...
e magicamente o deixam passar
pelos enormes portões de ferro.
SAFADO
Você fica excitado.
Fica cheio de gás,
ansioso para entrar.
Só de pensar, a coisa entra
nas suas veias.
Envolve você.
Aí lhe dão um formulário.
É um contrato de cinco folhas
em três cópias.
Você pergunta: "O que é isso?
Um documento?
Eu vim aqui pelo sexo oral.
Não vim assinar papéis" .
É hilário.
Você não paga,
só faz uma doação.
É tão americano, não acha?
Por favor.
Eles lhe dão uma lista e um lápis,
como em um sushi bar.
Você começa a checar
os requisitos. Chicotes, surras...
Anda, sua vadia imunda!
Manda o chicote!
pregadores de mamilo,
cropofilia.
-O que é cropofilia?
-Defecar em você.
Na sua boca.
Podem defecar na sua boca
ou sobre uma mesa de vidro.
Imagine. Elas sobem
em uma mesa de vidro...
defecam em cima dela.
E você só diz:
"Sua vadia imunda!"
E quem pede essa baixaria?
Não você, espero.
O que é que tem eu?
Escute, há muitas...
A lista é longa, companheiro.
-lnfantilismo...
-O que é infantilismo?
Você vira um bebê,
com mamadeira.
Põem-lhe fraldas, dão-lhe
de mamar, você é um bebê.
É o lugar mais doentio
e depravado para se ir.
Elas apertam seus testículos...
enfeitam seu pênis
com um laço...
enfiam cassetetes no seu traseiro.
É uma maldita perversão.
E no momento em que você ejacula...
Nesse momento, você fica sóbrio.
Você fica sóbrio mesmo.
Tipo: "O que foi que eu fiz?
Que diabos eu fiz?
Paguei US$2 7 5 para...
uma mulher desconhecida
me chicotear...
e urinar na minha cabeça".
Qual é o objetivo?
Por que o faz? Não entendo.
No nível físico,
pode ser bem prazeroso.
Psicologicamente...
Não vamos nos aprofundar muito.
Tem muito a ver com dor
e autoflagelação...
literal e metaforicamente.
Não sei se é ou não
questão de cultura...
mas os ingleses, em geral,
gostam de dor e espancamento.
Os ingleses? Verdade?
Sempre há alguma história
nos jornais...
sobre algum juiz ou vigário
deitado nos joelhos de uma rameira.
REVERENDO
ASSANHADO APANHA!
Não sabia que os ingleses
eram pirados.
Cara, os ingleses...
são muito pirados.
Um segundo.
Suando como um estuprador.
Syd.
Veja a vista.
É Mallory, a garota do bar.
Eu o apresento.
-Entre.
-Quem?
Mallory. A garota do bar.
-É bonita. Eu o apresento.
-Não, cara.
Eu estou acabado.
Não me meto com garotas.
E daí? Também faço isso.
Eu estava bebendo.
Não posso. Dane-se.
-Não funciono assim.
-E daí?
-Estou tonto.
-Ela vai entrar e sair.
Fique à vontade,
eu vou embora.
-Foi um prazer.
-Não vá.
Por favor, não vá.
Beba alguma coisa e volte.
-Não, amigo.
-Bateman, só um drinque.
E volte. Fale com Mallory.
É gostosa.
Dane-se. Que bebida quer?
Qualquer coisa.
Jack, tequila, uísque.
Mas vai ficar, não é?
-Um drinque só.
-Um drinque só.
Ótimo. Mas não saia daqui.
Vai me agradecer.
Estou a seco há umas três horas.
Bateman, minha amiga Mallory.
Mallory, este é Bateman.
Você é do bar, não?
Mallory?
Bateman.
Muito prazer.
-Desculpe.
-Com licença.
-ldiota desajeitado.
-Desculpe.
Como vocês se conheceram?
Um amigo de um amigo.
Que amigo?
Não sei, Mallory.
É um questionário? Droga.
Só perguntei.
Você está indo embora?
Vou buscar uma bebida
para nós...
e volto já.
Quer uma?
Sim, vou querer mais uma.
-É só um minuto.
-Ótimo.
Volto já, Syd.
Puxa, menino.
Como o conheceu?
Ele conseguiu o pó.
Não é traficante, só conhece o cara.
-É?
-É. Bom sujeito.
Você não sabe se London está aqui.
Ela chegou há um minuto.
O que ela disse?
Sabe que estou aqui?
Não. Ela não disse nada.
Não acredito que ela vai embora
amanhã. Que droga!
Em vez de ficar a noite toda aqui,
por que não vai falar com ela?
-Ela vai adorar falar com você.
-Duvido.
Por que não falaria com você?
Têm brigado?
Brigado? Mallory,
ela não me liga há dois meses.
Não fui convidado hoje.
Não acha estranho...
ela não me contar que
está indo para longe?
Não ligou para você?
-Mas que coisa.
-Nem mandou recado.
-Conheço-a melhor do que ninguém.
-Quando se falaram pela última vez?
-Sei lá. Uns dois meses.
-É mesmo?
-Eu sei que ela ia ligar.
-Quando? Ouvi os meus recados.
-la me ligar de LAX?
-Cara, não sei. Puxa.
Que droga!
Syd, posso lhe fazer
uma pergunta pessoal?
O quê?
Bem...
Não sei se é verdade, e é óbvio
que estou perguntando por isso...
e já que estamos numa boa,
eu pensei... Estou meio preocupada.
Mas eu... enfim, eu soube que...
-Alguma coisa sobre London?
-Deve ser mentira.
-Mas soube que você...
-O que, Mallory? Fale. Droga.
Cara, eu fiquei sabendo
que você tentou se matar.
-O quê? Quem disse isso? London?
-Não foi ela.
-Quem lhe disse? Quem?
-Cara, eu não sei.
Não me lembro.
London é a única pessoa
que sabia disso.
Seja como for, está errado.
-E não é verdade?
-Não é verdade.
Não entendo.
Então, o que aconteceu?
Diga-me o que lhe contaram
e lhe direi o que houve realmente.
Depois desta carreirinha.
Está bem.
Eu soube que vocês brigaram
e você se descontrolou.
Ela foi à sua casa,
você estava inconsciente...
perto de um vidro de comprimidos.
Sofreu uma lavagem estomacal.
Quer saber o que
que realmente aconteceu?
Por isso perguntei.
Sabe o meu cão, Toker?
-Bem, ele é epilético.
-Tudo bem.
-O veterinário receitou fenobarbital.
-O que é isso?
É um barbitúrico.
Um calmante, para as crises.
Espere. O seu cão
tem epilepsia e receitaram...
Deixe-me terminar.
Fazia dois anos que estávamos juntos
e ela achou que eu tinha esquecido.
-Então...
-Syd, você sempre esquece.
Droga.
-Estou me sinto uma megera.
-Você é uma megera.
Abra.
-Abra.
-Está bem.
Meu Deus.
É lindo! Como soube que
eu queria este vestido?
Eu a vi babando por ele
quando fomos ao Valentino.
Adorei!
É tão lindo!
Obrigada, amor.
Tem mais.
-O que é isso?
-Uma bola de basquete.
O quê? Meu Deus!
Oi, garotinho. Oi, garotinho.
Querido...
-Amo muito você.
-Amo você.
Olhe para ele.
Não acredito que você fez isso.
Obrigada. Tudo bem. Tudo bem.
Alô?
Posso ligar de volta?
Não, estou resolvendo uma coisa.
Está bem. Até logo.
-Quem era?
-Era Mallory.
Olhe as patas dele.
-O que foi? O que houve?
-Era voz de homem no telefone.
Está maluco? Era Mallory.
Jura por Deus?
Sim, juro por Deus.
Se não acredita,
ligue para ela.
Syd. Você vai mesmo
ligar para ela?
Mallory está?
É o namorado da London.
Quem fala?
London, o que é isto?
Quem era? Por que mentiu?
-Deixe-me explicar.
-É melhor que explique.
Por que mentiu?
Está me traindo?
Não. Escute.
Eu estava bêbada.
Estava com as meninas.
-Perfeito.
-Vai me deixar explicar?
É melhor explicar mesmo, London.
Acabamos indo para o apartamento
do namorado da Becca.
Eu apaguei.
Acordei no dia seguinte...
e... havia alguém deitado
ao meu lado.
E ele não tentou nada?
Você na cama dele,
e ele não tentou nada.
Difícil de acreditar.
E não minta para mim.
Se mentir para mim
eu saio porta afora.
Ele tentou me beijar. Mas não foi
nada, porque o empurrei.
-Nada sério...
-Defina "tentou" .
Quero saber cada detalhe.
Estavam sob as cobertas?
A mão dele no seu seio?
Não, Syd. Ele tentou me beijar
e eu o empurrei.
-Você o empurrou?
-Sim. E saí.
Mallory chamou um táxi,
e vim para casa.
Se veio para casa, por que
ele ligou para você?
-Como tem seu telefone?
-Não sei.
Vai ver o namorado de Becca
lhe deu meu número.
Mas eu não dei.
Nada aconteceu. Juro por Deus.
Não acredita em mim? Por favor.
Não sei em que acreditar.
Você jurou que
era Mallory ao telefone...
e não era. E aí?
Namoramos por dois anos.
Sempre acreditei em você, até agora.
Mas não sei mais
em que acreditar.
Suas palavras não fazem sentido.
Não confio mais em você, London.
Cometi um erro.
Um erro enorme.
-Desculpe.
-Se foi um erro...
por que disse que ligava de volta?
Por que diria a um cara
que não conhece...
cujo telefone você não tem,
que ligaria de volta?
Que merda é essa?
Eu tomei uns comprimidos
de fenobarbital do Toker.
Você tomou remédio
do seu cachorro?
Fenobarbital é um só.
Não importa se era para o meu cão.
As pessoas o tomam
por diversão há anos.
Fume.
Espere. O que acontece?
Fazem você sentir-se bem.
São calmantes.
-Está bem.
-Mesmo assim...
eu estava bêbado e
tomei uns cinco ou seis.
-Cinco ou seis calmantes de cão?
-Toker pesa 22,5 kg, e toma dois.
-Peso 7 7. Tomo cinco ou seis na boa.
-Droga.
Acontece que, se estiver bêbado,
você pode entrar em coma...
-se não tiver cuidado.
-Entrou em coma?
-Qual é o seu problema?
-Eu não entrei em coma.
London voltou
para se desculpar, acho.
Syd? Syd!
Syd! Alguém ajude!
O fato de ela contar para todo mundo
me deixa furioso.
Eu não faria isso a alguém.
É grosseiro.
-Não fez lavagem estomacal?
-Não. Fui para o hospital...
fiz uns *** de coerência.
E foi tudo.
Viu como tudo se distorce
quando as mulheres fofocam?
É. lmagino.
-Não acredita em mim?
-Claro que acredito, Syd.
Por isso perguntei.
Fiquei apreensiva.
Enfurece-me que ela esteja...
contando a todos a versão
distorcida dos fatos.
Por favor, não diga a ela
que eu lhe contei isso.
Não vai ser bom.
Eu não vou mencionar seu nome.
Se eu fosse você, eu nem
tocaria no assunto.
É a última noite dela aqui.
Seja positivo.
Ela não vai querer ouvir isso.
Droga.
Qual é o problema?
Não sei, eu não sei.
Começo a suar, meu coração
a bater forte...
sinto a cabeça rodar
e o mundo desabar em volta.
E sou puxado para
os mais escuros...
recônditos do meu cérebro,
e começo a sufocar.
Parece que vou morrer.
O que foi? Diga alguma coisa.
-O que quer que eu diga?
-Qualquer coisa. Não importa.
Não posso ser sua muleta, Syd.
Você é um ser humano triste.
Triste em que sentido?
No sentido de estar sentado aí,
pegando meu maldito dinheiro...
e eu estou morrendo. O dinheiro
não ajuda. Prozac não ajuda.
O lítio não ajuda. O Zoloft não ajuda.
Nada que você faça ajudará.
Você é um imbecil.
Eu só quero me livrar da dor,
você entende?
Dê-me alguma coisa que
faça parar a dor.
Pode fazer isso? Don?
Acho que está indo muito bem.
Quando a ansiedade ataca,
é apavorante...
porque se pensa:
"Vai ver estou ficando louco.
Vai ver minha cabeça
está tão mal...
que não sei o que é real" .
-Foram revelações horríveis.
-Tais como?
Comecei a ficar obcecado
pela morte.
Não podia imaginar não estar aqui.
Só isso, não estar aqui.
Um dia, Mallory, você e eu
estaremos mortos e enterrados.
Pense na religião. As pessoas
apenas engolem esses conceitos.
Deus e paraíso, para
suprimir nosso maior temor...
de não saber por que estamos aqui.
Não faz sentido.
Faz todo o sentido.
Ao mesmo tempo permite que
vivam o seu dia-a-dia...
sem a constante obsessão por
essas coisas, essas realidades.
Vida, morte, céu, inferno.
Existência. Por que estamos aqui.
Quem sabe, é possível
que exista um deus.
Energia, força, espírito, como
quiser chamar. Acredito nisso.
É justo. E o que acontece
quando você morre?
Não sei. Você morre. Por que
tem de haver uma resposta?
Por que não o mistério?
Não sei. Seu corpo morre.
Seu ser físico morre, mas seu espírito,
creio, continua a viver.
A viver no mundo. É essa coisa
contínua da existência.
Não tem de haver um por quê.
Não creio em um sujeito invisível...
controlando seis milhões de pessoas.
Parece Papai Noel, para mim.
É um conto de fadas para adultos
que não sabem lidar com a morte.
Sim, porque se pensarmos bem...
houve um tempo em que não
sabíamos que o mundo era redondo...
nem que o átomo existia,
ou sei lá o quê...
porque não tínhamos
a tecnologia para isso.
E então... um dia a temos.
Portanto, é concebível e
totalmente possível...
que venhamos a ter a tecnologia
para observar Deus...
ou seja o que for que nos criou
e aos planetas...
ao universo e tudo o mais. Correto?
É importante pelo menos ter fé
na possibilidade...
de um ser superior, ou qualquer
coisa do gênero...
porque caso contrário você...
Você fica completamente maluco.
Certo. E essa é realmente
a palavra em vigor, não é?
Como assim? Que palavra?
"Fé " . Porque sem fé, o que temos?
Não temos nada.
Algumas histórias escritas
há cem, há milhares de anos...
por pessoas mais ignorantes
do que somos hoje.
As mesmas que crucificavam
as que diziam ser o mundo redondo.
Só preciso de mais provas. Preciso
da lógica para sustentar a religião.
Se quer provas,
eu lhe darei.
Alguns físicos fizeram
um estudo no ***ão.
Encheram dois vidros com arroz...
e puseram cada um deles
em uma sala.
Colocaram uma câmera programada
para observá-las por um mês.
Depois, diariamente várias pessoas
entravam em uma das salas...
e diziam: " Amo você, arroz.
É o melhor arroz que já vi.
É o arroz mais bonito, mais
maravilhoso e sensual que já vi" .
Na outra sala, as pessoas diziam:
"Eu odeio você, arroz.
Odeio. É o pior arroz que já vi
Vá para o inferno, arroz".
Após um mês, o arroz que era amado,
ainda podia ser consumido.
O outro parecia uma lama preta.
Eu vi as fotos.
E também assisti ao vídeo.
É um estudo. É real.
Eu vi com estes olhos.
Aí está a sua prova. É energia.
Nós afetamos alguma coisa.
-Deus é energia.
-London, você está falando de arroz.
Arroz. Nada a ver com religião.
Nada a ver com Deus.
-Eu lhe provei.
-Lamento. Para mim não é uma prova.
Sabe qual é o seu problema?
Você está tão convencida...
de tudo o que seus pais
e professores lhe ensinaram...
que, para você, essa é a verdade
única e indiscutível.
Syd, vamos parar com isso?
Dá para parar?
Quer parar porque sabe
que tenho razão. Admita que...
-falaremos do que quiser.
-Cale a boca.
-Cale a boca.
-Admita.
Tem medo de questionar a autoridade.
E se eles estiverem errados?
E se seus pais e todos
os velhos...
foram medrosos e sofreram
lavagem cerebral, como você?
Você não quer ver.
Sofri lavagem cerebral...
porque acredito
que alguma coisa...
fora da falta de sentido e da
não-existência seja algo positivo?
-Muito inteligente, Syd.
-Que bom que concorda comigo.
Eu estava sendo irônica, babaca.
Por que me chama de babaca?
Por que me chama de babaca?
Porque...
você quer sempre estar certo.
Por que sempre quer ter razão?
E o seu ego...
O seu ego é enorme.
-Totalmente descontrolado.
-Não precisa se irritar.
Syd, você não sabe quando parar.
Você vai e continua...
até as pessoas terem vontade
de quebrar a sua cara.
Está bem. Talvez Deus não exista.
Acho que eu e os bilhões
e bilhões de pessoas...
que rezem por alguma coisa
estão totalmente enganadas...
e você está certo.
Você é o dono da verdade.
Você é Deus, Syd. Não era isso
que você queria ouvir?
-Que todos estão enganados e...
-Todos querem ouvir isso.
Eu estou enganada?
Você é doente.
É um doente, Syd.
Precisa de ajuda mental.
Você deixa todo mundo louco.
Está me deixando louca.
Você cobre as pessoas com seu
besteirol pseudo-intelectual...
até que não possam respirar.
Você sufoca as pessoas.
Você não fala com as pessoas,
fala para elas.
Pelo menos falo da realidade.
Estamos saindo há dois anos.
Qual e conversa mais
inteligente que tivemos?
Quanta gordura há em
uma fatia de pizza vegetariana?
-Vá se ferrar! Você é irritante.
-Vá se ferrar você, London!
É mais irritante do que eu.
Você se safa porque ninguém a ouve.
Olham para os seus peitos,
querendo transar com você.
Como pude me apaixonar
por um cretino como você!
-Você é um cretino!
-Pare!
-Eu odeio você!
-London. Acalme-se.
Pare, pare, pare.
Pare. Pare.
Pare.
Amor, por favor.
Ela não vai voltar para mim.
Eu não sei.
Vá falar com ela.
Está indo embora?
Estou com claustrofobia.
Preciso de ar.
-Não estou aborrecendo você?
-Não. Estou chapada.
Preciso de um drinque.
-Tome um pouco disto.
-Pode me passar a bolsa?
-Claro.
-Obrigada.
Tome.
-Obrigada.
-lsto é para você.
-É demais para mim.
-Por favor, aceite.
-Tem certeza?
-Sim.
Obrigada. Foi muita gentileza.
Você... quer sair um pouco?
Eu vou em seguida.
Quero...
-ficar aqui uns minutos.
-Está bem.
Eu o vejo lá.
Olá, meninas. Como se chamam?
Estamos em uma festa.
Para que estão lendo um livro?
Querem fumar na salinha?
Estamos lendo sobre
robopatologia.
Vocês são coisinhas complicadas.
Eu ia sair, mas algo me atraiu
até você.
Como se eu a conhecesse.
Em escala de um a dez...
você é um quatro. Na luz fraca.
Uma lanterna, para eu não precisar
de ver seu rosto desfigurado.
Você é... absolutamente linda.
Tenho de ir.
Meu helicóptero. Mas antes...
-Veio apanhá-lo?
-Sim.
Eu inventei este movimento.
Ela gostou de mim. Está rindo.
-Quantos anos você tem?
-Dezoito.
Dezoito.
Vou buscar outro drinque.
Pare. Não estou cantando você.
-Gostei dos seus sapatos.
-Gostou?
-Com licença. Eu já vou.
-Já?
-Vou sentir saudade.
-Eu também.
-Obrigada por ter vindo.
-Por nada.
-Não vá me esquecer.
-Está brincando?
-Desculpe. A gente se vê.
-Foi um prazer.
Telefone quando chegar,
para dizer que está tudo bem.
Tudo bem, tudo bem. Vamos.
Vamos, Syd.
Tem de sair dessa.
Tem de sair dessa.
Precisa de uma cerveja.
Precisa de uma garrafa.
Pare de cheirar.
Pare com a cocaína.
Não faça isso. Se ela o vir
rangendo os dentes, acabou-se.
Vamos, Syd.
Saia dessa, saia dessa.
Seja homem.
Pronto. Beba alguma coisa.
Saia, tome um drinque.
O que pode acontecer?
O que pode acontecer?
Posso ver London. E daí?
Droga. Droga.
Você estragou tudo. Acabou-se.
Vamos.
Você sabe que sim.
Pois se você me ama,
por que não diz?
Por que não pode dizer?
Por que é impossível para você?
São três palavras.
São nove malditas letras.
Não pode dizer nove letras?
Não são tantas assim.
EU TE AMO
Diga...
Diga que não estava cheirando pó
no banheiro dos meus pais.
-Do que está falando?
-Não me venha com essa.
-Eu vi você subir.
-Eu fui ao banheiro.
-Verdade?
-Eu precisava fazer xixi.
Jure por Deus que não está
cheirando cocaína.
Quem é Bateman?
Amigo dele, acho.
Eu não sei.
Ele é bonito.
Acho que quero sexo
com coca com ele.
Você cheirou cocaína!
Não brinque comigo. Cheirou?
Ele é bonito.
Gosto de homem com sotaque.
Meu Deus.
Preciso ir.
-Conheci sua garota.
-Como assim?
Mallory nos apresentou.
Não disse que o conhecia.
Não quis estragar seu mistério.
Mas, puxa...
Ela é linda de morrer.
Não me diga.
Eu iria falar com ela
imediatamente.
Não posso ir lá assim.
Não estou raciocinando.
Se ela me vir cheirado,
não vai falar comigo.
Como é que estou?
Parece que estou cheirado?
-Não, está ótimo.
-Não, olhe-me nos olhos.
Um pouco, sim.
Beba um pouco mais.
Vai ficar bem.
Por que fiz isso?
Foi estupidez, Syd.
Eu queria limpar minha mente.
Tentar pensar com mais clareza.
Agora estou tão doido
que nem pensar consigo.
-Droga.
-Acontece, cara.
Eu nunca fico muito social
quando estou cheirado.
É uma droga solitária.
lsto é loucura.
Vou embora. Não posso fazer isso.
-Devo ir embora?
-Você pode.
-Mas vai se arrepender.
-Por que diz isso?
Eu prefiro me arrepender
por algo que fiz...
do que de ter tido medo de fazer.
Não diga.
Mas não falo com ela
há dois meses.
Todos aqui me odeiam.
São amigos dela.
Se eu for lá, a coisa vai
ficar feia. Muito feia.
É como se todos tomassem as dores
da mulher que o deixou.
Seria legal.
Existe uma teoria.
Talvez ajude. Não sei.
Sabe-se lá de onde veio.
Mas ela diz...
que leva um terço do tempo...
que a relação durou
para você se recuperar.
Por exemplo, se a relação
durou um ano...
você estará bem em quatro meses.
-Dois anos, estará bem em oito meses.
-Não é um terço, é metade.
-É um terço. Acredite.
-Não, é metade.
Na lnglaterra pode ser um terço.
Nos EUA é metade.
Saí com ela dois anos. Faz
seis meses e está piorando.
Seis meses? Por favor.
Do que está reclamando?
Ainda faltam dois meses.
Comportado, talvez um mês.
Eu agradeço pelo papo...
mas se não notou, estou tentando
fazer com que ela volte para mim.
Não sei se o primeiro amor
se aplica a essa teoria.
Faz anos, e ainda tenho sonhos
muito lúcidos com a Helen.
É quase como se o cérebro quisesse
compensar a ausência.
Você acha que ainda está casado,
ainda está apaixonado...
e a vida é bela.
De repente você acorda, olha
para o lado e ela se foi há anos.
-É um horror.
-Nem me fale.
Você já foi casado?
Há quanto tempo?
Eu me divorciei há três anos.
-Quem pediu o divórcio?
-Não é tão simples.
O que aconteceu?
Por que se separaram?
-É uma longa história.
-Dê-me a versão resumida.
" A versão resumida" .
Eu não sei.
A relação não funcionou
em muitos níveis.
Em dois anos e meio de casamento...
passamos dois querendo desistir.
Mas é estranho. Quando elas dizem
que estão indo embora...
você nem sente o vazio.
É um vazio dentro de um vazio...
e resta-lhe pouco mais
que nada.
Quem você era quando se conheceram
não existe mais. Você se foi.
-Ela o deixou?
-Syd, é muito complicado.
O que aconteceu?
Você a traiu?
-Não. É irrelevante.
-Como pode ser irrelevante?
Além da grana, a infidelidade é
o motivo mais relevante da separação.
É verdade.
Vamos, cara.
Não estamos conversando?
Vamos conversar.
Por que sua mulher o deixou?
Syd, não é uma cena
agradável para mim.
E a minha cena é agradável?
Eu já tive 2 1 anos.
Conheço sua dor.
Mas está me empurrando para
onde você não quer ir.
Está me dizendo que,
sendo mais velho do que eu...
-sua dor é maior?
-Esse é o caso.
Ouça. Primeiro...
você não tem a mínima idéia
da minha dor.
Ser algumas décadas mais velho...
não quer dizer que sua dor
é maior que a minha. Não é.
Segundo, não faça
comparações às cegas...
quando não tiver idéia
do que está comparando.
Acha que uma decepção é dor?
Perder Deus é dor?
Eu passei por essas trivialidades
aos 20 anos.
Tenho 40 agora.
Está me empurrando para onde
você não quer ir.
Faça um favor a si mesmo,
e não vá para lá comigo.
Você é uma criança.
É só um menino.
Um menino?
Escute, seu imbecil arrogante...
se sentisse um décimo da minha dor,
estaria aleijado psicologicamente.
É sério, vá se ferrar.
lsto não vai levar a nada.
Vamos parar com isso.
Vamos relaxar?
-Reduza um pouco.
-Que se dane! Não quero essa droga.
-Mais para mim.
-É Bateman, certo?
-É bom ver sua memória intacta.
-Bem, Bateman...
vou lhe dar um vislumbre da
minha vida, da minha maldita dor.
-Não é necessário. Verdade.
-É necessário, sim.
Se não achasse que é,
não teria me provocado.
Mas provocou.
E se não quiser ouvir...
pare de cheirar o meu pó
e saia do banheiro.
Tecnicamente é o meu pó,
mas você está gostando. Continue.
Esse canalha...
esse imbecil em Los Angeles, por
quem minha garota está apaixonada...
é bem dotado.
-Ela lhe disse isso?
-Preciso saber o tamanho.
Não que me importe
com o pênis dos outros.
É uma dessas coisas que você
precisa saber.
Estávamos discutindo,
e fiquei provocando.
Perguntei: "É muito grande?"
E ela: "Não vamos discutir isso" .
E eu: "Quero saber" .
E ela disse:
"Vinte e sete centímetros" .
-Jesus.
-Dá para acreditar?
Ela podia ao menos
ter arredondado.
-Ela está tentando magoá-lo.
-É claro.
Mas isso mexeu comigo.
Saber que esse cara em Los Angeles...
transa com a mulher que eu amo,
com um pênis de 2 7 centímetros.
Estou atrás dela como um cão,
fazendo tudo para tê-la de volta.
lsso me arrasou!
Está me arrasando!
Lamento, cara.
-Como você lida com isso?
-Você não lida.
lsso lida com você.
É uma coisa que vai
devorando você, entende?
Nós brigávamos e eu
dizia as coisas mais horríveis.
Tipo: "Você quer um pênis grande
na sua *** gulosa, sua vadia" .
Sabe... eram coisas horríveis.
Eu estava furioso, entende?
Eu fiz a mesma coisa, cara.
Falei as piores coisas.
Por quê? O que ela fez?
Ela não fez nada.
Eu achava que muita coisa
tinha a ver comigo.
Tinha a ver com as minhas crises,
depressões, tudo isso.
Meu Deus, eu disse coisas terríveis
para ela. Eu a atormentei.
Vivi com ela três anos e meio
e a odiava.
E como acabou?
Você a traiu?
Ela o traiu?
Não. Deus, não.
-Como você sabe?
-Por que eu não a traí, entende?
-Como sabe que ela não o traiu?
-Eu sei. Não era de seu feitio.
Como você sabe?
Eu estava com a mulher
mais linda do universo.
Ela não transou comigo
durante dois anos!
-Por quê?
-Eu não sei.
Pelas brigas. Eu estava na terapia.
Eu não... olhe, eu não sei.
Quer saber? Vou lhe dizer.
Você lembra de frases
que dizem para você.
Elas ficam na sua mente como
ferimentos que nunca cicatrizam.
Lembro o que minha ex-mulher
me disse quando começamos a sair.
Ela disse: " Adoro transar quatro,
cinco vezes por noite" .
-Quatro, cinco vezes por noite?
-É. Verdade.
E eu: "Você teve alguém...
que transava quatro, cinco
vezes por noite?"
-Quer saber o que é dor?
-O quê?
-Vou lhe dizer o que é dor, escroto.
-Por que me chama de escroto?
-Vou lhe dizer o que é dor, escroto.
-Por que me chama de escroto?
Porque você me trouxe aqui...
quando eu na verdade
não queria vir, mas vim.
Se não quiser ir para onde
estou indo...
diga agora e eu sairei pela porta...
ligarei para o meu terapeuta
e pronto.
Não, droga. Eu quero ouvir isso.
Você não vai a lugar nenhum.
-Quer saber o que é?
-Sim, quero saber.
Desgraçado, quer saber o que é?
Dor, meu amigo...
é quando a mulher amada
quer transar...
quatro, cinco vezes por noite
e você não consegue!
-Por quê?
-Por quê? Por quê?
Eu lhe digo por quê.
Porque sou impotente!
lsso é dor, desgraçado!
É uma dor terrível!
Quando sua mulher quer
transar quatro vezes por noite...
e você não consegue!
E alguém antes de você pôde.
E sabe que alguém
depois de você conseguirá!
Eu não podia conviver com isso.
Aquela sensação de perda...
uma insolvência
que corrói a alma.
Eu não podia transar
com a minha mulher!
Sabe o que significa transar?
Entende o que é impotência
realmente é?
-Sinto muito.
-Você não tem idéia!
-Sinto muito.
-Você sente?
Você sente, não é?
E você se atreve a me perguntar
se existe um Deus?
Eu me sinto abandonado.
Eu me sinto enganado, patife!
Eu perdi o grande jogo e na verdade
mais nada importa.
Não importa o que você faz.
Se você não chega junto, cara...
se não é bom
no jogo do amor e sexo...
você não é nada, cara.
Porque não pode fazer o que
o outro homem faz com sua mulher!
Eu sei como é.
Não, desgraçado, você não sabe!
É impossível você
saber como é!
Eu fracassei.
Eu fracassei, cara.
E continuo fracassando
todos os dias da minha vida!
Todos os dias.
Cada um deles.
Sabe...
Por um minuto pensei
que fosse me agredir.
Não ia bater em você.
Estou projetando.
Devia ver o meu grupo de terapia.
São todos psicóticos.
Aposto que sim.
Amigo, faça um favor
a si mesmo, por mim.
Vá falar com sua garota.
Não posso. Sinceramente, estou
pensando em pegar o elevador.
Não posso sair assim.
Ela nem me quer aqui.
Detesto ter de dizer isso...
mas agora
ela sabe que está aqui...
e infelizmente,
o tempo não está do seu lado.
O que vai fazer?
Esperar lá fora, segui-la?
Não seria a primeira vez.
-Vá, cara. Por favor.
-Eu não posso, não posso.
Escute-me.
Olhe, talvez você não tenha
um pênis de 2 7 cm...
mas ainda pode transar com ela.
Pare com essa besteira.
O fato é que vocês dois estão aqui.
A vida é curta demais para
ser um covarde, cara. Verdade.
Ande.
Eu adoraria fazer isso.
Não conheço muita gente lá.
Não há muito o que fazer em Los
Angeles, mas acharemos algo.
London, posso falar com você
um segundo?
Sim. O que é?
O que você quer?
Quero saber se podemos conversar
em algum lugar, por favor.
Não quer conversar aqui?
Não podemos conversar aqui?
Por favor.
Syd, esta é a minha festa
de despedida...
e seria indelicado para com
as pessoas que a organizaram...
se eu saísse porque
você queria conversar.
E não sei se notou...
mas já estamos no meio
de uma conversa...
e eu não sei o que lhe dizer.
Vou pegar outra bebida.
Você... quer alguma coisa?
Quero sim.
Gostaria de alguma coisa forte.
-Para me derrubar.
-Está bem.
E quanto a você?
O que está bebendo?
lsso é uma garrafa de
empata-transa?
Então...
Soube que passou a noite
cheirando. Muito produtivo.
Soube que você espalhou
que tentei me matar.
Foi muito legal da sua parte.
Eu agradeço.
Quem lhe contou?
Eu não diria isso.
-Você sabe.
-Eu a conheço...
desde os 1 0 anos.
Você passou por muita coisa.
E não tem a decência de ligar...
-Quer falar baixo?
-Mas o que é isso?!
-Quer conversar? Vamos.
-Largue-me.
Lamento. Desculpe-me.
-Desculpe-me.
-O quê?
-London, você está bem?
-Sim.
Nós vamos... conversar.
Se quiser, eu chamo a segurança
para tirá-lo daqui.
Becca, me faça um favor.
Fique fora disto.
Você cheirou coca no banheiro
a noite toda. Não me diga...
o que posso ou não fazer
na minha própria casa...
considerando que nem foi convidado.
Está tudo bem, Bec. Nós já vamos.
Vai ficar tudo bem.
Não é legal, London.
Ele não foi convidado.
Você não o queria aqui,
e nem eu.
-Ninguém o quer aqui.
-Becca, relaxe, por favor.
-Não me mande relaxar.
-Não pode relaxar dois segundos?
-Estamos saindo.
-Está gritando na minha festa.
É um psicótico.
Não entende uma indireta...
que está na sua cara.
Ela não quer ficar com você.
-Nem por 20 segundos.
-Estamos indo. Vamos.
-Bec, estamos indo. Desculpe.
-Sabe de uma coisa?
Desculpe, London, e não
estou sendo uma megera...
mas quando voltar,
volte sozinha.
Não quero você
em minha casa de novo.
Ou chamarei a polícia.
Becca, estou tentando
ficar calmo, entendeu?
Suma. Estou cheia de você
e suas psicoses.
Quer falar em psicoses?
-Vamos falar da sua maldita vida.
-Pare.
-Dane-se!
-Droga! Quer ferrar comigo?
Quer ferrar comigo?
Vamos fazer isso agora.
Por que você não some?
Você nem foi convidado.
-Quer ferrar comigo?
-Pare. Vamos embora!
Com quantos transou no primeiro
ano no segundo grau? Quinze, vinte?
Perdi a conta. Não foi
com a classe inteira?
Jay, você nunca conheceu
sua namorada.
Não é de enlouquecer?
Você é um canalha!
Seu idiota!
Saia da minha casa!
-Vá se ferrar.
-Vamos!
Desgraçado.
Quer um pouco, canalha?
Ei, Syd!
Tome, cretino.
Sirva-se, escroto.
Vê se não enche.
Ei, Syd!
Se manda, seu cretino.
Patife! Saia de cima dele.
Vamos.
Espere, vou buscar Bateman.
O quê? E quem é Bateman?
Vamos, imbecis!
Querem um pouco? Querem?
Vamos, Bateman. Venha.
-Minha jaqueta Burberry.
-Deixe a merda da jaqueta.
-Eu a tenho há 1 0 anos.
-Eu pego.
-Ficou maluco?
-Estaremos lá embaixo.
O cara é doido.
-Está sangrando.
-Eu sinto muito.
-Onde?
-lsto é uma loucura.
-Você é louco.
-Eu sinto muito.
Se quiser voltar, eu entenderei.
-Não quer conversar?
-Quero, sim. Digo...
Onde? Onde quer ir?
Meu carro está aqui perto,
se quiser um café.
-Tudo bem.
-Está certo.
Você provavelmente
não vai acreditar...
mas fiquei contente quando soube
que você estava na festa.
Desde que terminamos,
eu queria...
ter uma conversa normal,
bem normal, com você.
Mas parece que toda vez
que eu o vejo, as coisas...
ficam estranhas, caóticas, confusas,
não organizo meus pensamentos...
e não consigo expressar
as coisas básicas que quero dizer.
Eu sei. Eu também.
O que tínhamos quando
estávamos juntos, apaixonados...
a sensação de podermos ficar
na cama com alguém, dias e dias...
sem dar a mínima para
o mundo lá fora...
acabou-se.
E sinto que não há o que eu
possa fazer para tê-la de volta.
Sabe como isso é doloroso?
Sim, eu sei.
Chorei semanas quando rompemos.
Chorou por semanas?
Sim.
Foi a coisa mais difícil que
tive de enfrentar na minha vida.
Durante quanto tempo?
Por muito tempo. Muito tempo.
No primeiro mês fiquei muito mal.
Mas depois...
fui melhorando.
Essa é a diferença
entre você e eu, London.
Eu ainda estou sofrendo.
Tentei lhe telefonar
dezenas de vezes hoje.
Estou apavorada, com medo.
De quê? Medo de quê?
Medo de me apaixonar
de novo por você.
Desculpe, Syd.
Você machucou o olho.
Grande festa, cara.
Foi uma loucura.
-Mas um bom papo, verdade.
-Definitivamente.
Sabe que dizem que a melhor
conversa que se tem...
-é com um estranho?
-Quem diz isso?
Algum imbecil.
Querem uma carona?
Podemos ir para a cidade.
Eu e Mallory...
Não sei. Vamos
beber alguma coisa...
um chá, ou qualquer bebida.
Levantar os ânimos, talvez.
Boa sorte. Obrigado.
É isso. Obrigado, cara. Verdade.
London, lindo nome, querida.
-Obrigada.
-Foi um prazer.
-Boa viagem.
-O prazer foi meu.
-Apareça no bar.
-Pode deixar.
London, me ligue. Boa viagem.
Vamos beber alguma coisa.
Está bem.
Posso lhe fazer uma pergunta?
Você o ama?
Eu nunca disse que o amava.
Escute, Syd.
Vai demorar muito...
até que eu me apaixone
por alguém...
como fui apaixonada por você.
Que horas são?
Umas 6h30.
Seis e meia? Droga.
Meu avião sai em uma hora.
Droga, droga, droga.
Eu o verei de novo.
Prometo.
Vou sentir muita saudade.
Também vou sentir.
Preciso ir.
Desculpe.
-Olá.
-Oi.
Desculpe, eu...
estou muito atrasada.
-Nem sei o número do meu vôo.
-Tudo bem.
Só um segundo, sim?
-Minha identidade.
-Obrigada.
Só um minuto, enquanto procuro
a informação.
Está bem. Tchau.
Adeus.
Tchau.
Tchau.
Senhorita, tenho
a informação do seu vôo.
Lamento.
Acho que perdi o vôo.
Será consigo outro?
London?
Amo você.
-Pode me dar um segundo?
-Claro. Sem problema.
É a primeira vez que diz primeiro.
-Pronto. Tudo resolvido.
-Desculpe.
Tudo bem.
Tudo resolvido? Ótimo.
-Sua passagem.
-Obrigada.
-Não sei para onde ir.
-Portão 35. Lá em cima.
Obrigada e faça uma boa viagem.