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SINAIS
Produção
Argumento, Produção
e Realização
Onde é que eles estão?
Pai! Tio Merrill!
Pai!
Morgan?
Bo?
Bo, onde está o Morgan? Bo?
Também estás no meu sonho?
- Isto não é...
- Pai!
Morgan? Que se passa?
Fomos acordados
pelo ladrar dos cães.
Estás ferido?
Acho que foi Deus que fez isto.
Fez o quê, Morgan?
Condado de Bucks, Pensilvânia
A 70 km de Filadélfia
Lee, não me interessa
se foi ele ou não.
Para mim, tu teres uma palavrinha
com ele, é suficiente.
Foi estranho encontrar
o milheiral naquele estado.
Os miúdos ficaram confusos...
Mas já não seria estranho,
se nós soubéssemos que foi o Lionel,
e os irmãos Wolfington, na brincadeira.
Ao cinema.
Tens a certeza?
Está bem. Obrigado por me aturares,
Lee. Adeus.
O Houdini fez chichi.
Acho que ele está doente.
Leva-o lá para fora.
Vou ligar ao Dr. Crawford.
- Ele não trata animais.
- Ele saberá o que fazer.
Que rapidez, Caroline!
Eu só vos liguei faz duas horas!
A velhota Kindleman
torceu um tornozelo
ao "mergulhar para salvar a vida",
como ela própria diz,
quando uns rapazolas
passaram por ela de skate.
Vai daí, dirigiu-se à loja
do Thorton hoje de manhã
e pôs-se a cuspir
nos novos skates. A cuspir!
Quando lá cheguei
já ela tinha borrifado a porcaria
da loja de uma ponta à outra.
E devia estar bem constipada!
Não vou conseguir comer
durante uma semana!
Que houve com o seu campo?
O pai vai deixar queimar isto de novo.
- Está contaminada.
- Tu nem sabes o que isso quer dizer.
Não está nada contaminada.
Deita-a lá na tigela dele.
- Tem um sabor esquisito.
- Não tem nada.
Além disso, ele lambe o rabo
todos os dias. Não se vai importar.
Houdini?
Bo, não corras.
Que é, rapaz?
Pára com isso, Houdini.
Veja só onde o talo está dobrado,
Reverendo.
Não está partido.
Que tipo de máquina é que consegue
dobrar talos sem os partir?
Isto não pode ser feito à mão.
É demasiado perfeito.
Não parece coisa do Lionel
e dos manos Wolfington.
Eles até são incapazes de mijar
sem molhar as calças!
Julgo que mais ninguém teve
problemas semelhantes.
Estive na quinta do Theo Henry
ontem e ele não me referiu nada.
Que foi fazer a casa do Theo?
Alguns animais da região têm tido
um comportamento estranho.
Alguns são mesmo violentos.
- O que é? Trata-se de um vírus?
- Não me parece, Reverendo.
É mais uma espécie de nervoso,
um estado de alerta.
É quase como quando cheiram
um predador. Urinam-se e por aí fora.
Caroline...
...por favor,
não me chame Reverendo.
Que se passa?
Não oiço os meus filhos.
Ele atirou-se a mim.
Queria matar a Bo.
- Ele feriu-te?
- Não.
Sinto muito, Morgan.
Onde é que te meteste?
O Houdini está doente.
Ata a Isabelle às traseiras do
armazém e vê se o nó fica bem dado.
Que se passa?
Há um monstro lá fora, na rua.
Posso beber um copo de água?
- Então e a que tinhas junto à cama?
- Já não sabe bem.
Em que estás a pensar?
Por que é que falas com a mamã
quando estás sozinho?
Faz-me sentir melhor.
E ela responde-te, por acaso?
Não.
A mim também não.
O Lionel Prichard
e os irmãos Wolfington voltaram.
Vamos a arriar neles!
Esse não é um procedimento
inteligente.
- O Lee é meu amigo. É o filho dele.
- É um favor que lhe fazemos.
Vamos lá para fora dar a volta
à casa em direcções opostas,
agindo como doidos, fulos de raiva,
a ponto de eles borrarem as calças.
É empurrá-los para o sítio
onde nos cruzaremos.
- Define "agindo como doidos".
- Dizer palavrões e assim.
- Queres que eu diga palavrões.
- Não é a sério.
É só para impressionar.
Vai soar a falso.
Eu não digo palavrões como deve ser.
Então, faz barulhos.
- Define "barulhos".
- Vais alinhar nisto, ou não?
Não.
Queres que, da próxima vez,
nos venham roubar a casa?
Quando eu disser. Um...
...dois, três!
Estou fulo de raiva!
Vamos arriar-te bem, ó panilas!
- Vamos arrancar-te a cabeça!
- Estou a perder a cabeça!
Vamos a arriar neles!
- Eu disse palavrões.
- Eu ouvi.
Como é que ele...?
Tens a certeza
de que é o Lionel Prichard?
Gostas disso?
Não há por aí um intercomunicador
para vigiar bebés?
O que era da Bo.
- Podes usá-lo como um walkie-talkie
- Ai sim?
Só recebe,
mas serve perfeitamente.
Até que alguém te traga lá
da esquadra um walkie-talkie velho.
Bo...
...põe o som mais baixo,
enquanto a Agente Paski cá estiver.
Já és crescidinha de mais para isto.
Se pegas num copo, bebe até ao fim.
Qual é o problema desta água?
Tem pó.
- E esta?
- Um cabelo.
E esta?
O Morgan bebeu um golinho.
A água ficou cheia das amebas dele.
Como tens passado, Merrill?
Bem.
Que tal é o trabalho
na bomba de gasolina?
Estimulante!
Não te disse nada, mas achei que teres
vindo morar com o teu irmão depois...
Foi um bonito gesto.
Acho que não estou
a ajudar grande coisa.
Estás.
Desculpe.
Então, vamos. Para já,
só sei que estava muito escuro.
- Pois estava.
- E não o conseguem descrever?
Isto não vos parece estranho?
Um bocadinho.
Não sei se hei-de procurar
um gigante ou um anão.
Lá anão não era ele.
Certo.
Então era alto.
- Eu diria que sim.
- Provavelmente.
Mais de 1,82 metros?
- Estava muito escuro.
- Pois estava.
Como é que sabem
que era um homem?
Não conheço raparigas
capazes de correr assim.
Olha que não sei.
Eu já vi mulheres nos Jogos Olímpicos
que eram mais velozes
do que vento.
O fulano subiu
ao telhado num segundo.
O telhado está a 3 metros de altura!
Nos Jogos Olímpicos há mulheres
que saltam em altura.
Há escandinavas que conseguem
saltar por cima de mim.
Caroline, sei que está a querer chegar
a algum lado, mas não sei onde.
Uma forasteira passou
pelo café-restaurante ontem.
Pôs-se a berrar obscenidades
porque os cigarros preferidos dela
tinham-se esgotado na máquina.
Ainda assustou uns clientes.
Ninguém a viu daí para cá.
O que quero dizer é que não sabemos
nada sobre a pessoa que vocês viram.
Devíamos manter-nos abertos
a todas as hipóteses.
Onde está o comando?
Não sei, amorzinho.
Vai ver entre as almofadas do sofá.
Excluíndo a hipótese de haver
uma escandinava dos Jogos Olímpicos
a correr lá fora ontem à noite,
que mais hipóteses temos?
Ainda não fiz as perguntas que tinha
a fazer... e não gosto de sarcasmos.
Sabem de alguém que possa
estar ressentido convosco?
Talvez algum fiel
que não tenha ficado contente
com o seu abandono da lgreja?
Não me parece.
Pronto, fui incorrecto com a história
da escandinava dos Jogos Olímpicos.
Mas é que sou bastante forte
e bastante rápido
e estava a correr o mais depressa
que podia e o fulano...
era como se estivesse
a gozar connosco.
Debaixo do sofá, só há comida.
- Muda o canal no próprio televisor.
- Já mudei.
E então?
Está a dar o mesmo
em todos os canais.
Em todos os canais?
Bo, levanta o som.
Os sinais nas colheitas surgiram
pela primeira vez nos anos 70,
com o renovar do interesse pela
vida extraterrestre.
Viriam a desaparecer no início dos
anos 80, rotulados de embustices.
Este ressurgimento
é de outra natureza.
A rapidez e o elevado
número com que surgiram
sugere a coordenação de centenas
de indivíduos em muitos países.
Existem algumas,
poucas, explicações possíveis.
Ou este é um dos mais elaborados
embustes já levados a cabo ou,
basicamente,
o facto é autêntico.
Extraterrestres.
Por Deus,
que vem a ser isto?!
Andei a investigar,
depois de ver o seu campo.
2 ou 3 fulanos podem fazer um padrão
igual ao seu de um dia para o outro,
usando tábuas e cordas.
- Palavra?
Foi assim que se fizeram círculos
destes no passado mas,
agora, eles são imensos.
Como é que tanta gente
pode estar envolvida nisto?
Não consigo raciocinar.
Vou voltar para a esquadra,
comer uns ovos, tomar
um café e tentar raciocinar.
Depois, talvez faça
algumas chamadas.
Mas oiça, aquilo que eu lhe disse
lá dentro mantém-se.
A sua família passou um mau bocado.
Só faltava às crianças ralarem... - Se com
maluqueiras a acontecerem no mundo!
Leve-as à povoação e faça-as
pensar em coisas do dia-a-dia.
- É um bom remédio.
- E um bom conselho.
Cuide de si...
Graham.
Estas imagens foram captadas ontem
à tarde por um operador de câmara,
em Bangalore,
uma cidade do sul da Índia.
É o 18° círculo nas colheitas
encontrado naquele país,
nas últimas 72 horas.
Tio Merrill, ligue o rádio.
São sinais destinados a serem
vistos do céu.
Nada de rádio, também.
É só durante algum tempo.
Dinheiro para livros.
Só um.
Nas pizzas,
daqui a 15 minutos!
É uma parvoeira pegada!
Eles querem vender refrigerantes,
mais nada.
Passei o dia
a ver estas reportagens.
Deram 12 anúncios de refrigerantes
durante este tempo. Doze!
Tem livros sobre extraterrestres?
Acreditas nesta cagada?
Acho que temos um.
Veio por engano numa encomenda.
Guardámo-lo para a gente da cidade.
Última fila,
3% livro a contar da esquerda.
Porque é que ninguém referiu
o óbvio? Isto são apenas imitações.
Alguém, nalgum sítio,
fez o primeiro...
Remédio para a asma, não é,
Reverendo?
Para o Morgan Hess.
E já não sou "Reverendo".
...e passado uma hora, 200 pessoas
têm a mesma ideia brilhante
e aqui estamos,
à beira da histeria colectiva.
Posso pedir-lhe um favor,
Reverendo?
Preciso de limpar a consciência.
Podia ouvir-me?
Tracey, eu já não sou reverendo.
Há 6 meses que deixei de ser.
Sabe-lo bem.
Todo este falatório na TV...
O Joe Gills entrou aí
a falar do fim do mundo.
Estou um nadinha assustada.
Por favor, tenho de limpar
a consciência.
EXÉRCITO
Já percebi tudo.
- Ai sim?
- Duas pessoas diferentes
disseram-me que viram forasteiros
nas últimas noites.
Não conseguem descrevê-los,
porque eles mantêm-se na penumbra,
dissimulados.
Ninguém foi ferido, note bem.
Isso é que os denuncia.
- Compreendo.
- Chama-se "sondar".
É um procedimento militar.
Envia-se um grupo de reconhecimento
para tirar as coisas a limpo.
A ideia não é entrar em conflito,
apenas avaliar a situação.
Avaliar o nível de perigo.
Ter a certeza
de que o caminho está livre.
Livre para quem?
Para os restantes extraterrestres.
- Tem um panfleto que eu possa ler?
- Com certeza.
Obrigado.
Você não jogava basebol?
Caramba, eu conheço-o!
Você é o Merrill Hess.
Vi-o bater aquela bola para fora
do campo, a 154 m de distância.
Bateu o recorde.
Até parecia que a bola tinha motor!
O recorde não foi batido, ou foi?
Tenho o taco lá em casa,
na parede.
Detém 2 recordes de home runs
na II Liga, não é?
Cinco.
Porque não está na liga profissional,
a fazer fortuna e cheio de mulheres?
Porque ele detém outro recorde:
o de eliminações
a batedor da II Liga.
Olá, Lionel.
O Merrill é um falhado
de marca maior.
Ele brandia sempre
o taco com toda a força.
Não importava o que o mister dizia,
nem quem estava em boa posição.
Ele punha toda a sua força naquilo.
Parecia um lenhador,
a deitar abaixo uma árvore.
O Merrill acumulou mais strikeouts
do que dois jogadores somados.
Detém mesmo esse recorde?
Parecia-me errado,
não me fazer à bola.
Está contaminada.
Carl, passa-se qualquer coisa
com a nossa água.
A sua água está óptima.
A Bo tem esta paranóia com a água.
Sempre teve.
É assim como um tique,
só que não é um tique.
Não me digas!
Décimo terceiro!
Bebidas assim-assim, não senhor!
A cola do costume, por favor!
Vou levá-lo.
Disse 37 palavrões
na semana passada.
Disse a palavra "F..."
umas duas vezes mas,
essencialmente,
foram "merdas"
e "estupores".
"Ranhoso nojento"
conta como ordinarice?
Depende do contexto.
"John, és um ranhoso nojento
por teres beijado a Barbara".
É ordinarice.
Então, não foram 37,
mas sim 71.
Muita gente na farmácia?
Não quero que nenhum de vocês fique
sozinho com a Tracey Abernathy.
Entendido?
É ele?
Sim.
Quem é?
Que é isso?
O intercomunicador
de quando a Bo era bebé.
Encontrei-o na cave. Estou a usá-lo
como walkie-talkie.
E se estiver a interceptar
um sinal deles?
- Não está.
- Mas não estava a funcionar.
Isto é tudo empolado
por um grupo de parvalhões
que nunca tiveram namorada.
Têm 30 anos e juntos
inventam códigos
e analizam mitos gregos
e fundam sociedades secretas,
a que se podem associar
outros fulanos sem namorada.
Eles fazem estas cretinices para
se sentirem especiais. É um logro.
Os parvalhões de há 25 anos andavam
nisto e os de agora também.
É apenas estática, Morgan.
Sobe o volume e verás.
É um código.
Por que é que eles
não têm namoradas?
Posso ver?
É um ruído.
Está avariado, Morgan.
Talvez levando pilhas novas...
Podemos perder o sinal.
É precisamente isto
que os parvalhões querem.
Vou lá para fora e já.
Não se mexam!
Vozes. Ouviram?
Mas não é inglês. Ouviu as vozes,
não ouviu, Tio Merrill?
Eu ouvi, Morgan.
Está a captar
outro intercomunicador.
Exacto.
Deixa cá ver.
Parem!
É por isto que não
vos quero a ver TV.
As pessoas ficam obcecadas.
- Vou largar.
- Não, papá.
- Não faça isso.
- Vais perder o sinal.
Não largue.
Quanto mais para cima o aparelho,
mais claro o sinal.
Estou a segurá-lo.
Bo, não te quero
a trepar pelo carro.
Parem!
São dois, a falarem.
Isabelle,
vais-te sentir mesmo palerma
quando se vier a saber que isto,
afinal, é só uma historieta.
Perdem o vosso tempo!
Não vou relatar isto ou qualquer outra
coisa que façam ao meu milheiral,
nem à televisão nem a ninguém.
Não vão conseguir ser famosos!
Está bem.
Vamos lá a ligar o televisor.
...apareceram pela primeira vez
há 52 minutos.
Fontes governamentais da Cidade
do México e dos E.U.A. confirmaram
que não se tratam de aparelhos
das Forças Armadas
de nenhum dos países.
As aeronaves não identificadas
foram avistadas
por um 747 da Air Mexico,
fazendo a ligação
Mazatlán-Nova lorque,
ao penetrarem no espaço aéreo
da Cidade do México.
Não foram detectadas pelo radar
de nenhum dos dois países.
- Os parvalhões tinham razão!
- Temos de gravar isto.
O meu espectáculo de ballet.
Escuta, Bo.
Isto é muito importante.
Tudo o que consta dos livros
de Ciência vai mudar.
A crónica do futuro da Humanidade
está a dar na televisão.
Há que gravá-la, para poderes
mostrar isto aos teus filhos,
como testemunha.
- É para os teus filhos.
- O meu espectáculo de ballet.
- Pai?
- Procura outra cassete.
Tio Merrill, vai a sua.
ESPECIAL FATO DE BANHO
São imagens
em directo,
transmitidas pela nossa filial
na Cidade do México.
Não foram manipuladas ou realçadas
de forma alguma.
Aquilo que estão a ver
é a realidade. É inacreditável!
Tudo o que consta dos livros
de Ciência vai mudar.
Eu bem vos disse.
Deve haver quem pense
que isto é o fim do mundo.
É verdade.
Achas que pode ser?
Sim.
Como podes dizer isso?
Não era a resposta que querias?
Não podias fingir que és
como eras antigamente?
Confortar-me um pouco?
As pessoas dividem-se
em 2 grupos.
Quando vivem
algum acontecimento feliz,
as pessoas do 1% grupo encaram
isso como mais do que sorte,
mais do que uma coincidência.
Encaram tal facto como um sinal,
uma prova de que existe
uma força superior a zelar por elas.
As pessoas do 2% grupo encaram
o facto como um golpe de sorte,
um feliz acaso, mais nada.
Por certo que essas estão
a olhar para aquelas luzes
com grande desconfiança.
Para elas,
esta situação é assim-assim.
Há 50% de hipóteses de ser algo mau
e outras tantas de ser o contrário.
Mas, lá no fundo,
pressentem que, aconteça o que
acontecer, estão por sua conta,
e isso enche-as de pavor.
Existem pessoas assim.
Mas também há muitas pessoas
no 1% grupo.
Essas, quando vêem
aquelas luzes,
consideram que estão
perante um milagre.
Lá no fundo, sentem que,
aconteça o que acontecer,
haverá algo de superior
para as ajudar
e isso enche-as de esperança.
Tens é de perguntar a ti próprio
que tipo de pessoa és.
És o tipo de pessoa que vê sinais,
que vê milagres?
Ou acreditas que as pessoas
apenas têm sorte?
Ou, por outra,
será possível que não
haja coincidências?
Uma vez, numa festa,
estava eu sentado no sofá
com a Randa McKinney...
E ela, lindíssima, a olhar para mim.
Inclinei-me para a beijar
e apercebi-me de que tinha pastilha
elástica na boca.
Virei-me para o lado,
tirei a pastilha,
enfiei-a num copo de papel
que ali estava e voltei-me para ela.
Nesse instante, a Randa McKinney
vomitou-se toda.
Naquele instante,
percebi que era um milagre.
Eu podia estar a beijá-la
quando ela vomitasse.
Ter-me-ia marcado
para sempre.
Podia não recuperar
nunca do trauma.
Sou dos que acredita em milagres.
Aquelas luzes são um milagre.
Ora aí tens.
Que tipo de pessoa és tu?
Sentes-te confortado?
Sinto, sim.
Então, que diferença faz?
Nunca te disse as últimas palavras da
Colleen, mesmo antes de ter de morrer.
Ela disse: "Vê".
E os seus olhos ficaram
ligeiramente vidrados.
E, depois: "Força nesse taco".
Sabes por que disse isto?
Os neurónios dela estavam a disparar
imagens quando morreu;
teve uma recordação aleatória de nós
os dois num dos teus jogos de basebol.
Não há nenhuma força superior
a zelar por nós, Merrill.
Estamos por nossa conta.
Que é que sabe?
- Que houve um acidente. Bebedeira.
- Não. O Ray adormeceu ao volante.
- Ele está bem?
- Sim.
A Colleen fez a mesma pergunta.
Está consciente?
Em que ambulância a puseram?
Ela não está em nenhuma ambulância,
Reverendo.
É por causa dos miúdos.
Eles começaram a ver as notícias às 5
da manhã. Estavam a ficar obcecados.
Deviam estar a brincar aos coelhinhos
peludinhos ou aos lanches.
- "Coelhinhos peludinhos"?
- É um jogo, não é?
As escolas foram encerradas. Houve
algumas ocorrências interessantes.
- Que horas são?
- Onze da manhã.
As naves desapareceram,
mas não se foram mesmo embora.
Nós é que não as conseguimos ver.
Hoje de manhã cedo,
um pássaro voou até àquela zona,
morreu de repente e caiu lá do alto.
Gravaram tudo;
têm estado a passar.
Era como se o pássaro tivesse
esbarrado com uma parede no céu.
A cabeça ficou esmagada.
Os peritos acham que eles têm
uma espécie de escudo invisível.
Ainda lá estão... a pairar.
Há quem julgue que, agora,
há ainda mais naves,
espalhadas por todo o lado.
Existe uma teoria sobre
os círculos nas colheitas.
Dizem que eles podem ser
uma espécie de marco,
um sistema de orientação visual
para os ETs poderem navegar,
coordenar-se uns com os outros.
Faz sentido.
Faz sentido.
É para eles não conseguirem
ler-nos a mente.
Claro.
Este livro tem tudo. Diz que eles devem
ser muito pequenos, da minha altura,
"pois, com o cérebro que têm,
não houve necessidade
de desenvolvimento físico".
E são vegetarianos. "Aperceberam-se
dos benefícios de tal alimentação".
Quem escreveu esse livro?
Cientistas perseguidos
pelas suas crenças.
- Ou seja, estão desempregados.
- Se vai gozar, esqueça.
Isto é um caso sério.
Não sei o que me deu.
Há aqui fotografias.
O Dr. Bimboo, um dos autores...
- Bimboo?
- Pai.
- Só perguntei o nome dele.
- Em tom sarcástico.
Existem dois motivos para
os extraterrestres nos visitarem.
Como pesquisa, para aprofundar
os seus conhecimentos do universo.
Ou o outro motivo... são hostis.
Esgotaram os recursos do seu planeta
e querem agora usar os do nosso.
É um nadinha parecida
com a nossa casa.
- Tem as mesmas janelas.
- Que estranho!
Chega de Dr. Bimboo por agora.
Temos de nos acalmar todos e comer
uma frutinha ou coisa assim.
Reverendo?
Está?
Está?!
Vou sair.
Ninguém sai de casa. Ninguém.
Aonde vais?
A casa do Ray Reddy.
- Porquê?
- Acho que ele acabou de ligar.
Não achas que alguma coisa má
vai acontecer, pois não, Morgan?
Porquê? Voltaste a ter um
dos teus pressentimentos?
É mau?
Não deixarei que nada
de mau te aconteça.
Não quero que morras.
Quem disse que eu ia morrer?
Quem disse que eu ia morrer?
Dr. R. Reddy
VETERINÁRIO
Olá, Ray.
Que aconteceu?
Assentei o seu número,
para lhe ligar.
Está junto ao telefone há 6 meses.
Quando percebi que ele
estava dentro de casa,
não me lembrei de nenhum
outro número telefónico.
- Obrigado por ter vindo, Reverendo.
- Não tem de quê, Ray.
Eu tinha trabalhado
até tarde naquela noite.
Nunca tinha adormecido ao volante
antes. E nunca mais daí para cá.
Não...
Na maioria do trajecto, não houve
carros à vista em nenhuma direcção.
Se eu tivesse adormecido
nessa altura,
teria acordado numa vala
com dores de cabeça.
Tinha de ser naquele instante.
Aqueles 10, 15 segundos
em que me cruzei com ela a andar.
É como se estivesse predestinado.
Se isto for mesmo o fim do mundo,
eu estou bem lixado!
Quem mata mulheres de reverendos,
não vai para a fila de entrada no Céu!
Para onde vai?
Para o lago.
Na minha ideia,
nenhum dos sítios marcados
pelos círculos fica ao pé de água.
Acho que eles não gostam de água.
Não pode ser pior do que aqui.
Viu alguma coisa, Ray?
Eu sei o que lhe fiz, Reverendo.
Fi-lo questionar a sua fé.
Lamento imenso
o que lhe fiz a si e aos seus.
Não abra a minha despensa. Dei com
um deles lá e tranquei... - O bem trancado.
As imagens que lhe vamos
mostrar foram captadas
por Romero Valadares,
ontem à tarde, na festa de
aniversário do seu filho pequeno,
em Passo Fundo, no Brasil.
Foram enviadas
para os media brasileiros
e chegaram-nos agora por satélite.
As primeiras opiniões são de que
se tratam de imagens autênticas.
Alertamos para o facto de que
aquilo que vai ver
poder impressioná-lo.
Saiam da frente, meninos!
Vamonos.
Está alguém?
Está aqui a Polícia.
Eu estou com eles.
sou um agente da Polícia.
Só quero falar consigo.
Sabemos tudo sobre o logro.
Levámos alguns dos seus amigos
numa ramona.
Diga-nos o seu nome e o motivo
dos seus actos, e terá a sorte deles.
Não desperdice a sua vida, rapaz.
A pele deles muda de cor. Por isso
é que não os conseguimos ver.
Ouve, Morgan, nesse teu livro...
...os autores diziam o que aconteceria
se os extraterrestres fossem hostis?
Sim.
O livro diz que eles provavelmente
nos invadiriam.
Empregariam tácticas de combate
terrestre, luta corpo a corpo.
Não se serviriam da sua tecnologia
nem combateriam no ar,
pois sabem que nós utilizaríamos
armas nucleares
e o planeta ficaria arruinado.
Como é que alguém
pode saber isso? É ridículo!
E que mais?
O livro diz ainda que uma invasão
poderia ter dois resultados.
Primeiro: eles seriam
derrotados agora,
e voltariam na força máxima centenas,
talvez milhares de anos mais tarde.
Qual é o segundo?
Eles vencer-nos-iam.
Desculpem,
mas que livro é esse?
Isto está mesmo a acontecer?
Ouvi uma teoria segundo a qual eles
não gostam de sítios perto de água.
Talvez estivéssemos a salvo deles
perto de um lago ou coisa assim.
Parece invenção.
Vi um deles em casa
do Ray Reddy.
Fiquei com a sensação
de que ele me queria fazer mal.
Portanto,
podemos acreditar nesta ideia
do lago, fazer as malas e partir...
...ou podemos ficar aqui.
Esconder-nos cá em casa.
Esperar que a coisa passe.
Talvez seja um exagero,
mas não me ralo. Prefiro agir assim.
De qualquer das formas,
estaremos juntos.
Quem é a favor do lago,
que levante a mão.
Quem é a favor de ficar
cá em casa?
- O meu voto conta a dobrar.
- O tanas! Isso é batota!
Eu tenho direito a votar duas vezes,
porque represento pai e mãe.
Ainda não sabemos nada.
E, aqui,
estaremos em segurança.
Não quero deixar a nossa casa.
Era aqui que vivíamos com a mãe.
- Isso não é para aqui chamado.
- Quero mudar o meu voto.
Não pode ser.
Quem é a favor de ficar cá em casa,
que levante a mão.
Isto é ridículo!
Perdeu.
Três contra dois.
Temos de tapar
todas as janelas com tábuas.
Como é que sabemos
que isso ajuda?
Eles têm dificuldade
em transpor portas de despensa.
Estamos a receber informação
das nossas filiais no estrangeiro.
Pai! Tio Merrill!
Amã junta-se a Nairobi, Pequim
e Jerusalém
como a última cidade a confirmar
o aparecimento de luzes.
Há luzes em mais
de 274 cidades.
Os peritos crêem que
serão 400, dentro de uma hora.
Estão a aparecer sobre os sinais
feitos nas colheitas, ou lá perto.
Eram referências para a navegação.
Eles traçaram um mapa.
Vão aparecer aí a quilómetro
e meio de nós.
Pai?
Os peritos pensam que esta fase
antecede um ataque.
Eu estava enganado.
Eles são hostis.
É como "A Guerra dos Mundos".
Forças terrestres foram reunidas
por este mundo fora.
Há centenas ou milhares de pessoas
em templos, sinagogas e igrejas.
Que Deus esteja connosco!
Vou voltar para as janelas.
Vocês estão bem?
Um homem tinha um cartaz
a dizer que era o fim do mundo.
Não te preocupes.
- Não deixará acontecer-nos nada?
- Nem por sombras.
- Quem me dera que fosse meu pai.
- O que é que disseste?
Não voltes a dizer
uma coisa dessas... nunca mais.
As tábuas não chegam
para todas as janelas do quarto.
Tapamos as portas do quarto.
- Onde é que vamos dormir?
- Na sala de estar.
E a Isabelle?
Pomo-la na garagem,
depois de jantar.
Vou fazer sandes.
- Eu quero esparguete.
- Devíamos comer depressa.
Esparguete é uma boa opção.
Tu queres o quê, Morgan?
Seja o que for?
Uma francezinha
com puré de batata.
Assim é que é! Então e tu, Merrill?
Teryaki de galinha.
Boa escolha.
Eu vou comer um cheeseburger
com bacon.
Muito bacon.
Mas o que há convosco?
Comam.
Se calhar,
devíamos dizer uma oração.
Não.
- Porquê?
- Não vamos dizer oração nenhuma.
- A Bo tem um mau pressentimento.
- Tive um sonho.
Não vamos dizer oração nenhuma.
- Comam.
- Odeio-o!
- Óptimo!
- Deixou a mãe morrer!
Morgan.
Não vou gastar nem mais
um minuto da minha vida a rezar.
Nem mais um minuto.
Percebeste?
Vamos apreciar esta refeição.
Ninguém nos pode impedir de apreciar
esta refeição. Apreciem-na!
- Pára de chorar!
- Não grite com ela!
Uma vez que vocês não vão comer,
vou eu provar de tudo.
Está em curso.
Graham, depressa!
Já te contei o que as pessoas
disseram quando nasceste, Bo?
Tu saíste de dentro da barriga
da mamã e nem choraste.
Limitaste-te a abrir os olhos
e a olhar à tua volta.
Os teus olhos eram grandes e lindos.
As senhoras ficaram boquiabertas.
Completamente boquiabertas.
E, puseram-se logo:
"Parece um anjinho".
"Nunca vimos uma bebé tão linda".
E sabes o que aconteceu então?
Puseram-te na mesa
para te limpar
e tu olhaste para mim
e sorriste.
Diz-se que os bebés tão novinhos
não conseguem sorrir.
Tu sorriste.
Vamos para baixo.
Esquecemo-nos da Isabelle.
E se apagássemos as luzes?
Eles já sabem que aqui estamos.
Pai?
Sabes o que aconteceu
quando tu nasceste?
Tu saíste da barriga da mamã
e ela não parava de sangrar.
Por isso os médicos levaram-te antes
que eu te pudesse ver.
Estão no telhado.
Enquanto eles tratavam dela, a mamã
não parava de perguntar por ti.
Estão cá dentro.
Eu queria que a mamã
te visse primeiro
porque ela tinha sonhado
contigo toda a sua vida.
Ela melhorou. Trouxeram-te de volta
e colocaram-te nos braços dela.
Ela olhou para ti
e tu olhaste para ela.
Ficaram a olhar um para o outro,
durante um tempo infinito.
E, então ela disse, de mansinho:
"Olá, Morgan.
Eu sou a tua mamã."
"És igualzinho ao bebé
dos meus sonhos".
A porta do sótão.
Vamos embora. Depressa!
...- Os capacetes de alumínio ficaram lá!
...- Barramos a porta com quê?
- Vão ler-nos a mente!
- Estás a assustar a Bo.
Eu já estou assustada.
- Merrill.
- Estou à procura!
Eles lêem os nossos
pensamentos mais íntimos.
Não estou preparado.
Merrill!
- Encontrei!
- Pai!
Onde está a Bo?
Eu estou bem.
Que se estará
a passar lá fora?
Nem consigo imaginar.
Espero que toda a gente
esteja melhor do que nós.
Nem os capacetes temos!
Estão só a fazer barulho.
Não estão a tentar entrar.
Por que fariam eles tal coisa?
Para prestarmos atenção à porta?
- Estão a distrair-nos.
- Do quê?
O livro diz que eles são óptimos
a resolver quebra-cabeças.
Hão-de encontrar
maneira de entrar.
Morgan, dá-me a tua lanterna.
Esta cave já serviu de armazém;
recebia carvão do exterior.
Há por aqui, algures, uma conduta.
- Sinto ar a entrar.
- Eu também!
- Está a ficar mais intenso.
- Estou perto!
O que é?
Puxa-o! Estás a agarrá-lo?
- Puxa-o! Puxa-o!
- Estou a agarrá-lo!
Não temos o remédio dele.
Não tenhas medo, Morgan. Vamos
retardar esse ataque de asma juntos.
Sente o meu peito. Estás a senti-lo,
para a frente e para trás?
Respira como eu.
Respira como eu.
- Eu sonhei isto.
- Concentra-te em mim.
Eu sei que dói.
Sê forte, amor.
Vai passar.
Vai passar.
Não me faças isto de novo!
Outra vez não.
Odeio-Te.
Odeio-Te!
O medo está a alimentar isso.
Não temas o que está a acontecer.
Acredita que vai passar. Acredita.
E aguarda.
Não tenhas medo.
O ar está a vir.
Acredita.
Não temos de ter medo.
Está quase a passar.
Aí vem ele.
Não tenhas medo.
Aí vem o ar.
Não tenhas medo.
Sente o meu peito.
Respira comigo.
Juntos.
O ar está a entrar-nos
nos pulmões.
Juntos.
Juntos. Somos um só.
Somos um só.
Devíamos poupar as lanternas.
A pick up do Ray guinou,
saíndo da estrada,
colheu a Colleen
e, depois, acertou numa árvore.
Ela ficou entalada
entre uma coisa e outra.
Como assim, "entalada"?
A carrinha... a pick up quase
que a separou em duas metades.
- Que disse?
- Ela não pode ser salva.
O corpo dela está entalado
de uma tal maneira
que já nem devia estar viva.
É a carrinha que está a impedir
que ela se parta em duas.
Ela não sente grande coisa.
Até fala quase normalmente.
Não retirámos a pick up para que
pudesse vir e estar com ela durante
o tempo que lhe resta acordada.
Já não vai ser muito mais.
Reverendo, compreende
o que eu acabei de lhe dizer?
Caroline,
esta é a última vez que falarei
com a minha mulher?
É, sim.
As pessoas pensam que eles vieram
ocupar o planeta. Tretas!
O meu amigo e eu vimo-los.
Encontrei um pacote de lâmpadas.
Eles envenenaram uma família
e levaram-na com eles.
Ninguém acredita, mas eles não
vieram por causa do nosso planeta.
Vieram por nossa causa.
Nós somos os recursos
que eles procuravam.
Sorte a nossa que estão a partir!
- Estão a partir?
- Foi o que disseram na rádio.
- Quanto tempo dormimos nós?
- Umas 12 horas.
Disseram que eles
tinham gás venenoso.
Segregam-no em pequenas doses.
Morreu muita gente.
Mas, estão de partida?
Partiram muito depressa
hoje de manhã,
como se algo
os tivesse assustado.
Deixaram os feridos para trás.
Porquê esta partida?
As pessoas devem ter descoberto
uma forma de os derrotar.
Toda a gente tem
um ponto fraco, não é?
Não pensaste que iríamos
passar desta noite, pois não?
Escuta,
há coisas que eu aguento
e uma ou outra que não.
Uma dessas coisas
é ver o meu irmão mais velho,
que é tudo o que eu desejo ser,
perder a fé.
Eu vi os teus olhos
ontem à noite.
Não quero voltar a ver os teus olhos
assim nunca mais! Entendido?
Estou a falar a sério.
Entendido.
Ele está assim há um bocado.
Precisa do remédio.
Disseram alguma coisa
na rádio sobre a nossa zona?
Filadélfia e os condados adjacentes
já estão livres de perigo.
Mas pode-se lá ter a certeza!
Ele não está forte.
- Se tem outro ataque...
- Eu sei.
Temos de ter a certeza,
antes de abrirmos a porta.
- Dou-me por satisfeito.
- Eu também.
Traz também a seringa. Ele pode
precisar de uma injecção de adrenalina.
A atmosfera é optimista,
mas com algumas reservas.
Estão a fazer isto na TV.
- Estão a dançar.
- Pois, assim.
Queres ver?
Vou trazer o televisor para aqui.
A reviravolta na batalha ocorreu
no Médio Oriente.
3 cidades da zona descobriram um
método primitivo para os derrotar.
Não sabemos mais pormenores
por enquanto.
Merrill, espera!
- Olá, amorzinho.
- Olá, amor.
Estava só a dar
uma voltinha antes do jantar.
Adoras passeios!
Estava predestinado assim.
Dói-te?
- Não sinto grande coisa.
- Ainda bem.
Diz ao Morgan para brincar.
- Não faz mal ser-se disparatado.
- Eu digo.
Diz à Bo para prestar
atenção ao mano.
- Ele há-de cuidar dela sempre.
- Eu digo.
- E diz ao Graham...
- Estou aqui.
Diz-lhe...
...para ver.
Diz-lhe: "Vê".
E diz ao Merrill:
"Força nesse taco".
Tens de perguntar a ti próprio
que tipo de pessoa és.
És o tipo de pessoa que vê sinais,
que vê milagres?
Ou acreditas que as pessoas
apenas têm sorte?
Será possível
que não haja coincidências?
Força nesse taco, Merrill.
Merrill.
Força nesse taco.
154 metros
Por isso é que tinhas asma.
Não pode ser sorte.
Os pulmões dele estavam fechados.
O veneno não chegou a entrar.
Os pulmões dele
estavam fechados.
Não lhe toquem.
Dêem-lhe um minuto.
Graham.
Aguenta um segundo.
- Papá?
- Não lhe toques!
Graham.
Não... Não...
Pai?
Que aconteceu?
Fui salvo por alguém?
Sim, amor. Acho que foste.