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3 BRUXAS LOUCAS
Emily?
Emily?
Emily!
Elijah! Elijah!
Viste a minha irmã?
Não, mas olha!
- Estão a invocar espíritos.
- Meu Deus! O bosque!
Emily!
Está condenada.
Ainda não. Acorda o meu pai.
Convoca os mais velhos.
Anda, filha.
Emily!
Olhem, outra manhã gloriosa.
Odeio isto!
- Manas!
- Sim, Winnie?
Vamos já, Winnie, desculpa.
Deve ter sido um demónio.
Meu querido...
Meu livrinho...
Temos de continuar o feitiço,
agora que a nossa convidada
de honra chegou. Acorda!
Acorda, querido.
Vá lá, querido. Pronto...
- Mary!
- Estou aqui, Winnie.
- Desculpa.
- Olá, olá...
Reparei que a irmã Sarah
não está a ajudar.
Eu atraí a criança.
Deixa-a lá, ela fez o que devia.
Muito bem! Chegou o momento!
Aqui está!
Deixer ferver.
Acrescentar duas gotas
de óleo de furúnculo.
Misturar sangue de mocho
com erva vermelha.
Mexer três vezes,
tirar um cabelo da cabeça.
Juntar uma pitada de varíola
e um dedo de um homem morto.
Dedo de um morto.
E que seja fresquinho.
O dedo de um morto...
O dedo de um morto...
Morto, morto, morto...
Um fresquinho...
O dedo de um morto e...
Importam-se de parar com isso?
Preciso de me concentrar.
Desculpa. Ela precisa
de se concentrar.
Saliva de tritão.
- Cheira-me a criança.
- O que chamas àquilo?
Uma criança?
Manas, cheguem-se aqui!
Só mais uma coisa e já está.
Acrescentar um pouco
da sua língua.
Tu és divina, Winnie.
Está pronto a provar.
Uma gota disto
e a vida dela é minha.
Quer dizer, nossa.
Muito bem, miúda.
Abre a boca.
Não!
- Um rapaz!
- Apanhem-no, idiotas!
Já está. Eu sabia que me
cheirava a rapaz.
Anda cá, anda cá à mamã.
Anda...
Afasta-te da minha poção!
A minha poção!
Emily!
Winnie.
Winnie.
Olha!
Preparem-se, minhas irmãs.
Isto é a força da vida dela.
A poção resulta.
Vamos dar as mãos.
- Vamos partilhá-la.
- Como és generosa, Winnie.
Irmãs... cuidado!
Estou linda!
Os rapazes vão adorar-me.
Estamos novas!
Bem... mais novas!
Mas é um começo.
Manas!
Tu pareces uma rapariga
muito jovem.
Mentirosa. Mas serei jovem
para sempre
quando retirar a vida
das crianças de Sálem.
Vamos fazer outra poção.
Não há crianças suficientes para
as tornarem bonitas. Monstras!
Ouviram o que ele lhes chamou?
Que lhe vamos fazer?
Vamos fazê-lo em churrasco.
Vamos atá-lo a um gancho
e brincar com ele.
Livro querido, anda cá à mamã.
Sim, o castigo dele
deve ser ofensivo.
Entusiasma-me, querido.
Vejamos... Amnésia, calos,
frieiras, cólera.
Acho que podemos fazer melhor
do que isso.
Vejamos o que temos aqui.
Perfeito, como costume.
O castigo dele não deve ser morrer
mas viver para sempre
com a sua culpa.
- Sob que forma?
- Afastem-se.
Torçe o ossos
e dobra as costas.
Dá-lhe uma pele preta,
tal como...
...esta.
Bruxas! Filhas das trevas!
- Abram a porta!
- Escondam a criança.
Bruxas? Aqui não há bruxas.
Não entrem em pânico.
Somos só três irmãs solteiras.
- A passar um serão em casa...
- A roubar a vida a crianças.
- Winifred Sanderson...
- Sim?
Vou perguntar-te pela última vez.
Que fizeste ao meu filho Thackery?
- Thackery...
- Responde!
Bem, não sei.
O gato comeu-me a língua.
Isto é muito desconfortável.
Manas, cantem.
Três vezes purificar com mercúrio
e cuspir nas doze mesas.
- Tapem os ouvidos.
- Não as oiçam.
Idiotas! Todos vocês!
O meu livro ímpio fala-vos.
No dia 31 de Outubro,
uma criatura virgem
vai ressuscitar-nos.
Nós voltaremos!
E as vidas das crianças
serão minhas!
Afasta-te!
Afasta-te, animal.
Pobre Thackery Binx!
Nem o pai, nem a mãe
nem ninguém soube mais
do seu paradeiro.
Isto passou-se há 300 anos.
E assim,
as irmãs Sanderson foram
enforcadas em Sálem.
Há quem diga que,
no Dia das Bruxas,
um gato preto continua a guardar
a casa Sanderson,
velando para que ninguém
faça as bruxas voltarem à vida!
Por favor!
Parece que temos aqui um céptico.
Sr. Dennison, importa-se
de dizer o seu ponto de vista?
Está bem.
Aceito que vocês liguem muito a gatos
pretos, bruxas e tretas dessas.
"Tretas"?
Todos sabem que foi tudo inventado
pelas empresas de doces.
É uma conspiração.
Acontece que isto se baseia
num antigo dia festivo,
a noite em que os espíritos
voltam à Terra.
Bem dito, Allison.
Bem, se o Jimmy Hendrix aparecer,
dá-lhe o meu número.
Não tens hipóteses.
- Allison.
- Olá.
Desculpa, não quis humilhar-te.
Não o fizeste.
Chamo-me Max Dennison.
- Eu sei. Acabaste de chegar?
- Sim, na semana passada.
- Deve ser uma grande mudança.
- Podes crer.
Não gostas de cá estar?
As folhas das árvores
são bestiais, mas...
Não sei. É esta coisa
do Dia das Bruxas.
- Não acreditas?
- Nas irmãs Sanderson.
- Nem pensar.
- Nem sequer no Dia das Bruxas?
Especialmente nisso.
Travessuras ou gostosuras!
Alto!
Quem és tu?
Sou o Max. Acabei de chegar.
- De onde?
- De Los Angeles.
L. A!
- Meu!
- Fixe!
Eu sou o Jay. Este é o Ernie.
Quantas vezes tenho de te dizer
que não me chamo Ernie?
Chamo-me Ice.
Este é o Ice.
- Vamos fumar um cigarrito.
- Obrigado, mas não fumo.
Em Los Angeles preocupam-se
muito com a saúde.
Tens dinheiro, Hollywood?
Não.
Não tens cigarros.
Não tens dinheiro.
O que é que vou fazer hoje?
Talvez aprender a respirar
pelo nariz.
Olha para este modelo de ténis.
Fixes!
Deixa-me experimentá-los.
- Até depois, meu!
- Adeus, Hollywood!
- Como correu a escola?
- Um nojo!
Cuidado com a língua.
Nem acredito que me obrigaram
a vir viver para aqui!
Ele estava descalço.
Deve ser uma forma de protesto.
Olá, amigos.
Allison, tens uma pele tão macia!
Dani!
Assustei-te! Assustei-te!
Sou a Allison.
Beija-me, sou a Allison.
A mãe e o pai disseram-te
para não vires para aqui.
Não sejas tão temperamental.
Vais fazer-me companhia
no Dia das Bruxas!
Este ano não.
- A mãe disse que sim.
- Ela que te leve.
Tu já tens oito anos,
podes ir sozinha.
Nem pensar!
É a minha primeira vez!
Vou perder-me. É noite de lua cheia
e os "esquisitos" andam por aí.
Vá lá, Max.
Não podes deixar de ser um
adolescente fixe por uma noite?
Por favor!
Anda lá, nós divertíamo-nos
tanto os dois.
Não te lembras?
Vai ser como nos velhos tempos.
Os velhos tempos morreram.
Digas o que disseres,
vais levar-me.
Queres apostar?
Mãe!
Vamos, despachem-se.
Está quase na hora das bruxas!
- Não é uma bruxa assustadora?
- Muito assustadora.
E tu, Max? De que estás mascarado?
De cantor de rap.
O teu boné não devia
estar ao contrário?
- Anima-te, Max.
- Podemos ir para casa?
Vamos por aqui.
Dani!
- Pára e paga a passagem.
- Dez barras de chocolate.
- Esvazia o saco.
- Vai passear.
Queres ficar pendurada
naquele poste de telefone?
Gostava de ver isso
porque por acaso o meu irmão
mais velho até está comigo.
- Hollywood!
- Não!
Então andas nas travessuras
ou gostosuras!
Ando a fazer companhia à minha
irmã.
Isso é simpático.
Adoro a máscara!
Mas estás mascarado de quê?
De "New Kid on The Block"?
Para tua informação,
ele é um "Little Leaguer".
Espera aí, toda a gente
tem de pagar a passagem.
- Cala-te, borbulhoso.
- Sua...
Toma, Ice. Atulha-te.
Vamos embora, Dani.
Olha, Hollywood,
os ténis estão óptimos.
- Devias ter-lhe batido.
- E ele matava-me.
Pelo menos tinhas morrido
como um homem.
Humilhaste-me em frente de metade
dos tipos da escola.
Vai buscar os doces
e sai da minha vida.
Quero ir para casa. Já!
Desculpa, Dani.
É que eu odeio esta terra.
Sinto a falta dos meus amigos.
Quero ir para casa.
Agora a tua casa é aqui
por isso habitua-te.
- Dás-me mais uma oportunidade?
- Porquê?
Porque sou teu irmão?
Olha para aquilo.
Que foi?
Algo passou a voar pela Lua.
Vamos embora, parvalhão.
Já viste esta casa?
Gente rica!
Travessuras ou gostosuras!
Jackpot!
Max Dennison!
Allison!
Allison?
Pensei que não acreditavas
no Dia das Bruxas.
E não acredito, mas ando
com a minha irmã Dani.
Isso é simpático.
- Faço sempre isto.
- Os meus pais obrigaram-no.
Querem cidra?
- Não.
- Claro!
Obrigado.
Como está a festa?
Aborrecida. São todos
amigos dos meus pais.
Fazem isto todos os anos.
Eu estou encarregue dos doces.
- Adoro a tua máscara, Dani.
- Obrigada.
Também gosto da tua.
Não posso usar uma coisa dessas
porque não tenho...
Como é que tu lhes chamas, Max?
"Mangas"?
O Max gosta das tuas "mangas".
Gosta mesmo muito.
- Interesso-me muito por bruxas.
- A sério?
Eu também. Acabei de aprender
a história daquelas irmãs.
Das irmãs Sanderson?
Eu sei tudo sobre elas.
- A minha mãe dirigia o museu.
- Há um museu sobre elas?
Sim, mas fecharam-no
porque aconteciam lá coisas
muito estranhas.
Porque não vamos à velha
casa Sanderson?
Vá lá, faz com que eu acredite.
Está bem, vou mudar de roupa.
Eles não vão dar por nada.
Eu não vou, Max.
Os meus amigos já me disseram
que a casa é esquisita.
Ela é a rapariga
dos meus sonhos, Dani.
Então leva-a ao cinema,
como fazem as pessoas normais.
Se fizeres isto por mim,
faço tudo o que quiseres.
Por favor?
Por favor, por favor!
Está bem. Para o ano, vestimo-nos
de Wendy e de Peter Pan.
E de collanst, ou então nada
feito.
Está bem, combinado.
Dizem que estão aqui
os ossos de cem crianças.
***!
Não vejo nada.
Deve haver um interruptor
aqui algures.
Encontrei um isqueiro.
Este é o caldeirão original
e ali era onde elas dormiam.
"Este é o livro de feitiços
de Winifred Sanderson."
"Foi-lhe oferecido
pelo próprio demónio."
"Este livro é forrado a pele humana"
"e tem as receitas dos seus
mais poderosos feitiços."
Estou a ver...
O que é aquilo?
É a vela da Chama Preta.
"Vela da Chama Preta."
"Feita com a gordura
de um homem enforcado."
"Nas noites de lua cheia,
acorda os espíritos dos mortos
"se for acendido por uma virgem
no Dia das Bruxas."
Vamos lá acender isto
e conhecer as velhotas.
- Queres fazer as honras?
- Não, obrigada.
- Gato estúpido!
- Pronto, Max.
Já te divertiste, agora vamos
embora. Anda, Allison.
Ela tem razão, vamos embora.
Vá lá, é só um bocado de magia.
Não estou a brincar.
São horas de irmos.
Não, Max!
Que aconteceu?
Um virgem... acendeu a vela.
Estamos em casa!
Doce vingança! Vêem, manas?
Funcionou tudo perfeitamente.
Tu és perfeita!
Eu sabia que o tinha deixado
ao lume. Não lhes disse?
O meu amuleto de cauda de rato!
Exactamente onde o deixei!
Mas quem acendeu
a Vela da Chama Preta?
Acorda.
Acorda, dorminhoco.
Senti a tua falta.
Sentiste a minha falta?
Vamos, temos muito que fazer.
- Winnie.
- Sim?
Cheira-me a crianças.
Procurem-nas!
- É uma menina.
- A sério?
Deve ter sete,
talvez oito anos e meio.
Vamos brincar com ela!
Sai daí, nós não
te fazemos mal.
Adoramos crianças!
Pensei que nunca mais vinham,
manas.
Saudações, pequenina.
- Fui eu quem as trouxe de volta.
- Imaginem!
Uma criança tão bonita!
Olhem para ela. E está bem
alimentada, não está?
Diz-me, meu rosbife...
- Em que ano estamos?
- Em 1993.
Manas,
estivemos desaparecidas
durante trezentos anos.
- Como o tempo voa.
- Quando estamos mortas.
Foi muito divertido
mas agora tenho de ir.
Fica para o jantar.
Eu não tenho fome.
Mas nós temos.
- Larguem a minha irmã.
- Assem-no.
Deixem-me brincar com ele.
Tu... ali!
Como vêem, não perdi o jeito.
Olá.
Adeus.
Deixa o meu irmão em paz.
Anda, Max, vamos embora.
Fujam!
Meteram-se com o grande
e poderoso Max
e agora vão sofrer
as consequências!
Vou chamar a Chuva da Morte!
A Chuva da Morte?
Ele faz fogo com a mão.
A Chuva da Morte! Vamos,
idiotas! Vamos para o abrigo!
Bem feito, Max.
- Tu sabes falar?
- Não brinques,
vais buscar o livro.
Vá, mexe-te!
O meu livro! Ele vai buscar
o meu livro!
O meu livro! O livro!
Max! Aqui! Por aqui!
- Winnie!
- Cala-te!
Isto é só água.
- Muito refrescante.
- Sua idiota!
O rapaz enganou-nos
e roubou o livro. Atrás dele!
Isto é um rio preto.
Talvez não seja muito fundo.
É firme.
- Cuidado, Winnie.
- É firme como uma rocha.
É uma estrada!
Manas, o meu livro!
Isto é um cemitério.
É solo sagrado. As bruxas
não vêm para aqui.
Ele fala.
Sigam-me!
Quero mostrar-lhes uma coisa.
Dar-lhes uma ideia daquilo
com que estamos a lidar.
"William Butcherson.
Alma perdida"?
O Billy era namorado da Winifred
mas ela encontrou-o a brincar
com a sua irmã Sarah.
Envenenou-o
e coseu-lhe a boca
para nem depois de morto
poder contar os segredos dela.
- A Winifred sempre foi ciumenta.
- Tu és o Thackery Binx.
- Então a lenda é verdade.
- Venham.
Quero mostrar-lhes outra coisa.
- Outra vez os miúdos.
- Odeio este feriado.
É a pior noite do ano.
Podes ajudar-me?
- Quem são eles?
- Rapazes.
Caçadores de bruxas.
Têm fatos pretos e machados
para cortar a madeira
para nos queimarem.
- Segura-me.
- Que linda aranha!
Manas! Vamos esclarecer
uma coisa.
A magia que nos trouxe de volta
só funciona hoje.
Quando o sol aparecer,
ficamos pó.
Pó?
Picado!
Mas a poção que fiz na noite
em que fomos enforcadas
vai manter-nos vivas
e jovens para sempre.
Infelizmente, a receita
está no meu livro
e aquele safado roubou-o.
Logo, minhas irmãs,
temos de encontrar o livro,
fazer a poção,
e roubar as vidas das crianças
antes de amanhecer.
Se não, é o nosso fim.
Evaporamo-nos.
Deixamos de existir!
Estão a perceber?
Explicaste muito bem.
Começaste pela aventura
e depois, devagar...
Explicaste o quê?
- Venham, vamos voar.
- Voar.
Por minha causa, elas roubaram
a vida da minha irmã.
Durante anos quis morrer
para me reunir à minha família.
Mas a maldição de imortalidade
da Winifred manteve-me vivo.
Um dia descobri o que fazer
com a vida eterna.
Falhei à Emily,
mas não voltarei a falhar.
Quando as irmãs voltassem,
estaria cá para as deter.
Há três séculos
que guardo a casa
no Dia das Bruxas,
pois uma criatura virgem
distraída podia acender a vela.
- Boa, distraído.
- Desculpa, está bem?
Estamos a falar de 3 velhas
contra o século XX.
- Que pode acontecer?
- Muita coisa.
- Larga isso!
- Porquê?
Contém o feitiço mais perigoso.
A Winifred não o pode apanhar.
Vamos queimar o safado.
Está protegido por magia.
São só umas mágicazitas.
Sarah!
Mary!
Valente virgem que acendeste
a vela,
eu serei tua amiga.
Vai dar uma volta.
Livro!
- Anda à mamã.
- Temo que não.
Thackery Binx, seu gato malvado.
- Continuas vivo?
- E à tua espera!
Então esperaste em vão
e não salvarás os teus amigos
como não salvaste a tua irmã!
Agarra no livro!
Aqui não nos podem tocar,
pois não?
Bem, elas não.
Não gostei da forma como
ele disse aquilo.
Infiel amante,
que há muito morreste,
profundamente adormecido
na quente cama, mexe os dedos
abre os olhos
eleva os dedos para o céu.
A vida é doce,
não sejas tímido...
Levanta-te e anda!
Olá, Billy.
Apanha aqueles miúdos!
Sai dessa campa!
Mais depressa.
Por aqui!
Boa!
Estás bem?
- Que sítio é este, Binx?
- A velha cripta de Sálem.
Encantador.
- Não olhes para cima, Dani.
- Não te preocupes.
Calma, cacei aqui ratos
durante anos.
Cruzes, credo!
Ele perdeu a cabeça!
Maldito Thackery Binx!
Bolas, para onde foram eles?
Ouve, Billy,
segue aquelas crianças, traz
o meu livro e vem ter connosco.
Nós estaremos prontas.
Não fiques a olhar para mim.
Vai para o buraco.
Bolas, bolas e catrabolas!
Por aqui!
Eu sei que estão aqui,
mas onde estão eles?
Fareja-os, Mary.
Eles estão... estão...
Não consigo.
Estão muito longe, perdi-os.
Vão para o Diabo!
Muito bem, temos de os enganar.
Quando o Billy chegar
com o livro, estaremos prontas.
Sarah!
Vamos começar
a apanhar crianças.
Porquê?
Porque queremos
viver para sempre
e não só até amanhã.
Quando mais vidas de crianças
roubarmos, mais viveremos.
- Certo!
- Vamos voar.
Esperem! Manas, tenho uma
ideia.
Como isto promete
ser uma noite cansativa,
sugiro a formação
de um círculo calmante.
Eu estou calma!
Não estás a ser honesta contigo,
pois não?
Vá lá, faz um sorriso.
Tenham pensamentos calmantes.
Morcegos. Peste negra.
Tarte de escorpião da mamã.
Mãe!
Bolas, bolas, sarilhos!
Diz-me, amigo, que maquineta
é esta.
Eu chamo-lhe autocarro.
E para que serve?
Para satisfazer lindas
criaturas como vocês.
Para satisfazer
desejos proibidos.
Muito catita. Nós desejamos...
...crianças.
Pode não ser à primeira,
mas acho que consigo.
- Entrem!
- Maravilhoso!
Preciso de gelo,
estou a ficar com febre.
Vai, Binx.
Sobe a escada.
- Venham.
- Cuidado.
Já alguém te disse
que és bonita, querida?
Cuidado, Binx.
Lombas!
Lombas!
Meu Deus!
A culpa é toda minha.
Não é nada, Max.
- Olhem.
- Max...
Odeio quando isto acontece.
Já lhes disse que não posso
morrer. Tudo bem, Dani?
Vamos embora.
Parar!
- Cheira-me a crianças.
- Maravilhoso!
Não me dás o teu número?
Queres o meu horário?
- De manhã ias odiar-me.
- Nem pensar.
- Acredita em mim.
- Desmancha-prazeres.
Que é isto, manas?
Que estranho!
Adeus, motorista mortal.
- Quem são estes?
- São duendes.
Deus as abençoe!
Pára!
Isto é... estou confusa...
Cheira-me a crianças,
mas não as vejo.
- Perdi os meus poderes.
- Chega!
- Somos bruxas, somos o mal.
- Mal.
Que diria a mãe
se nos visse assim?
Mãe!
Mestre!
Que máscaras são estas?
- São as irmãs Sanderson.
- Ao teu serviço.
Há séculos que não as via.
Porque não entram?
Venham para o lado
dos não fumadores.
Nem acredito que é ele.
Não me pisem a cauda.
Polícia! Polícia!
- Precisamos de ajuda.
- Qual é o problema?
- Conta-lhe.
- Vá!
Bem... eu acabei de chegar...
É assim...
Entrei na casa Sanderson
e ressuscitei as bruxas.
Até tenho o livro.
Acendeste a Vela
da Chama Preta?
Vamos para o passeio.
E ele é virgem.
Anda cá.
És virgem?
A sério?
Quer que faça uma tatuagem
na cabeça?
Não é uma brincadeira.
Eu arrisco a minha vida
e vocês fazem isto?
Ponham-se a andar
e levem o gato.
Qual é a piada, Eddie?
Foram uns miúdos
a tentar enganar-me.
Pensaram que era
um polícia verdadeiro.
Quero que conheçam
a minha anãzinha.
- Ele tem uma anã.
- Parece engraçado.
Minha petuniazinha!
Pára com isso, temos visitas.
Satanás casou com Medusa.
Vêem as cobras no cabelo?
Não quero meter-me nisto.
As minhas bruxas favoritas.
Não acham que já não têm
idade para isso?
Pela manhã, seremos mais novas.
Pois, eu também.
Que belas vassouras!
Esqueçam os miúdos.
Tomem, do meu caldeirão.
Winnie! Para ti!
Obrigada, Mestre.
Mas e o livro?
Mais tarde. Apanha, Mary.
Davas um bom defesa.
Mestre, danças comigo?
Ena! Uma câmara de tortura!
Querido, perdi dois quilos...
Pronto, acabou a festa.
Saiam da minha casa.
- Calma, meu docinho.
- Cala-te, Satanás.
Não devias falar com o Mestre
dessa forma.
- Chamam-me Mestre.
- Já vais ver o que eu te chamo!
Levem isto
e saiam da minha casa.
Não nos podes obrigar...
Meu pudinzinho...
Ralph, atacar!
- A minha vassoura?
- A minha vassoura?
- A minha vassoura?
- Roubadas! Maldição!
Olhem, manas,
isto é o dedo de um tal Clark.
Doces! Porque nos deu ele doces?
Porque nem ele é o nosso Mestre
nem eles são duendes.
- Vêem?
- Calma, minha.
Anormais!
- "Anormais"?
- Manas!
Esta noite tornou-se uma noite
de folia
em que os miúdos se mascaram
e ficam malucos!
Malucos, malucos, malucos...
Só uma criança, Winnie.
Como é que vamos encontrar
os pais aqui?
Vou procurar a mãe.
- Pai!
- Não é o pai, é o Drácula.
Quem é esta encantadora
doadora de sangue?
Pai, aconteceu
uma coisa horrível.
- A Dani? Que foi...
- A Dani está óptima.
Óptimo. Desculpa...
Mãe?
Mãe?
Quem és tu?
A Madonna.
Bem, é óbvio, não achas?
Diz, Max.
Diz-me, seja o que for.
Anda cá.
Este gato é o Binx e fala.
O meu irmão é virgem e acendeu
a Vela da Chama Preta.
As bruxas perseguem-nos.
Preciso de ajuda!
- Comeste muitos doces?
- Nem um.
São bruxas, sabem voar
e vão comer os miúdos de Sálem.
Está bem, vamos procurar
o teu pai.
Infiltrem-se.
Mais é de mais.
Agora acalma-te.
Max! Elas estão aqui!
Encontraste-os?
Vai procurá-los.
Não está aqui ninguém, querida.
Adeus.
- Encontraste-os?
- Quem?
Parem a música.
- Estou no meio da canção.
- É uma emergência.
Tomem atenção, por favor!
- Oiçam-no!
- As crianças correm perigo.
Há 300 anos, as irmãs Sanderson
enfeitiçavam pessoas.
Elas voltaram do túmulo.
- Não estou a brincar.
- Isto já foi longe de mais.
Eu sei que isto parece estranho,
mas elas estão aqui! Ali!
Obrigada, Max,
pela tua maravilhosa
apresentação.
Enfeiticei-te
E agora és meu
Não me podes deter
Não estou a mentir
Não as oiçam!
Foi há 300 anos
Agora a bruxa voltou
E tu vais ter de pagar
Boa piada. Muito obrigado.
Estou a falar a sério.
Têm de acreditar em mim.
Olá, Sálem! Chamo-me Winifred.
E vocês?
Onde estás, Binx?
- Grande espectáculo, Max.
- Tapem os ouvidos.
Gostava de ter uma câmara
de filmar.
Dancem, dancem até à morte.
Anda, Binx.
- Isto é muito mau.
- Anda, Max, acalma-te.
Leva a Dani para casa
e não a percas de vista.
Eu não te deixo, Max.
Quem é que vai para o jacuzzi?
Azar, Angelo.
Baixem-se!
Cheira-me...
Winnie, cheira-me...
Cheira-me a bacalhau.
Pode comer-se com pão,
um pouco de margarina,
ou óleo ou azeite...
Sarah!
Tenho uma ideia.
Que lugar é este?
- Tresanda a crianças.
- É uma prisão para crianças.
Bem-vindos ao liceu do Inferno.
Sou o vosso anfitrião,
Boris Karloff Junior.
É o momento de conhecermos
as três concorrentes:
Sarah, Mary
e Winifred Sanderson.
Leram algum bom livro
de feitiços ultimamente?
Corram!
Apanhem-no!
Olá, bem-vindo
à biblioteca.
Quero um livro.
Procuro um livro para crianças.
Fogo! Está quente, está quente!
Adeus, Winifred Sanderson!
Conseguimos, Binx.
- Conseguimos detê-las.
- Desejei-o durante 300 anos,
desde que levaram a Emily.
Tens muitas saudades dela,
não tens?
Não podes continuar a culpar-te.
Isso aconteceu há muito tempo.
Toma bem conta da Dani.
Só saberás como é preciosa,
se a perderes.
Onde achas que vais?
Agora és um Dennison, amigo.
Um de nós.
Anda, Binx, vamos para casa.
Casa...
Casa!
Mãe? Pai?
Temos um gato novo.
Mãe?
Acho que ainda estão
na festa. Entra.
Agora és o meu bichano.
Vais ter leite e atum
todos os dias.
Queres transformar-me num gato
doméstico gordo e inútil?
Podes crer.
Vou tomar conta de ti
para sempre, Binx.
E os meus filhos também.
E depois os filhos deles.
E depois os filhos deles.
Para todo o sempre...
Para sempre...
Olá, quero o meu livro.
- Queres esmagar abóboras?
- Não.
Queres ir espreitar as miúdas
a despirem-se?
São três horas,
elas já estão despidas.
- Então inventa qualquer coisa.
- Não me sinto muito bem.
Porque comeste muitos doces,
lontra.
Bruxa! Tira a cara do meu sapato!
É o rapaz errado.
Desculpa, Winnie.
Porque é que fui amaldiçoada
com irmãs tão idiotas?
Acho que tiveste sorte.
Porque é que são sempre as miúdas
feias que ficam até tarde?
Miúdas?
Não nos resta muito tempo.
Temos de fazer a poção
de memória.
- Deixem-nos sair.
- Pedimos desculpa.
- Vocês são muito giras.
- Cala-te!
Tenho de pensar.
Lembra-te, lembra-te, lembra-te.
Lembra-te, Winnie.
Já me lembro. Estava aqui.
O livro ali.
E tu estavas aqui, Mary.
A Sarah estava lá atrás,
a dançar.
O livro disse - lembro-me
como se fosse hoje -
óleo de furúnculo e o nariz
de um homem morto.
O dedo de um homem morto!
Ela está a tentar concentrar-se.
Não, era o polegar.
Ou seriam as nádegas?
Isso não existe.
- Tens razão.
- Eu tenho razão.
Não vale a pena, não me lembro.
Preciso do livro.
Larga-o!
Vou vomitar!
Livro!
Vem até mim ou diz-me
onde estás!
Olá.
Olá.
Meu Deus, são cinco horas.
Os meus pais matam-me.
Tenho de ir.
Gostava que pudesses ficar.
Pobre Binx.
Pois, pobre Binx.
Devemos-lhe muito.
Achas que não o podemos ajudar?
O livro.
As bruxas usaram-no
para o enfeitiçar.
Talvez haja uma forma
de desfazer o feitiço.
Não sei... o Binx disse-nos
para não o abrirmos.
As bruxas estão mortas.
Que mal pode fazer?
Mas tem cuidado.
Dá-me a mão.
Até agora nada de estranho.
Queres bater-me?
Isso animava-te.
É o fim. Sinto-o.
Estamos condenadas.
Sinto o bafo frio da morte.
Mary? Leva-me até à janela.
- Quero despedir-me.
- Sim, Winnie.
Adeus. Adeus, mundo cruel.
Adeus, vida. Adeus, adeus.
- Adeus a tudo.
- A tudo.
Mana! Olha!
Eles abriram-no! Mesmo quando
o nosso tempo estava a acabar.
- Venham, vamos voar.
- Com quê?
Para a noite!
Winnie?
Ouve isto.
"Apenas um círculo de sal
pode proteger as tuas vítimas."
Não!
- Estávamos a tentar ajudar-te.
- Não façam isso!
Esse livro não traz nada de bom.
Perceberam?
É melhor irmos.
Mãe? Pai?
Ainda não estão em casa.
É estranho.
Devem estar a divertir-se muito.
Não sei, algo de errado se passa.
Sentia-me mais segura
se tivesse sal.
Sal!
O que é que diz?
"Forme um círculo para
se proteger de zombies,
bruxas e antigos namorados."
E dos novos namorados?
Dani!
Dani!
O livro desapareceu, Max.
Algo de estranho se passa.
Acorda, Dani.
- Andas à procura disto?
- Ou disto?
Rapaz chão!
Sal!
Que fada tão esperta!
Mas não vais salvar
os teus amigos.
Venham, a magia está quase
a acabar.
Está quase a amanhecer.
Dani!
- Estás bem? Levanta-te.
- Onde está a Dani?
Usa a tua voz, Sarah.
Enche o horizonte
e traz os fedelhos para a morte.
Venham a mim
Criancinhas
Eu levo-as comigo
Até a uma terra encantada
Venham a mim
Criancinhas
São horas de brincar
No meu jardim da magia
- Dani?
- Dani?
Vocês aí! Não a oiçam!
Aqui em cima!
Já sei, Max.
A Winifred disse:
"Em breve a vela estará apagada."
"O amanhecer aproxima-se."
A Vela da Chama Preta
só as trouxe por hoje.
Se não roubarem as vidas
às crianças,
quando o Sol nascer,
serão pó.
Como fazemos o Sol nascer?
Elas têm a Dani.
Precisamos de um milagre.
As crianças... vêm aí.
Muito bem, mana Sarah.
Deixem-me sair.
Depressa. Cuidado.
Saiam da frente, mexam-se.
Vou vomitar.
- Abre a boca!
- Mais doces não, por favor.
Em breve, as vidas destes
amiguinhos serão minhas
e eu serei jovem e linda
para sempre.
Não importa que sejas velha
ou nova.
Vendeste a tua alma.
És a coisa mais feia que já
existiu e tu sabes isso!
Serás a primeira a morrer.
Está pronta. Abram-lhe a boca.
- Não bebas, Dani.
- Cala-te!
- Não bebas, Dani.
- Abre a boca.
Ela mordeu-me.
Preparem-se para morrer.
Novamente!
Aqui não tens poderes, idiota.
Hollywood!
Talvez não, mas há um poder
mais forte do que a vossa magia.
O conhecimento. Sei uma coisa
que vocês não sabem.
E o que é, meu?
A hora mudou.
- Estou aqui, Binx.
- Está quente!
Tirem-me daqui!
Socorro!
Ajuda-nos, Hollywood.
Fixes!
Tira-me daqui, meu.
Vá, Dani, vamos embora!
Quero vê-la
a transformar-se em pó.
Vamos!
Estou viva.
Maldito rapaz!
Voltou a enganar-nos.
Tens razão. Tens sempre.
Não sei como fazes isso.
É a minha sina. Isso e vocês.
- Saiam, cretinas!
- Desculpa.
Olhem, a vela está quase
a apagar-se.
E a minha poção,
a minha óptima poção...
Olha, há que chegue
para uma criança.
Vão buscar o frasco.
Vá, mexam-se!
Que sorte. É perfeito para aquela
miúda mal educada.
- Temos uma criança.
- Ele!
Olha, Winnie, há mais a chegar.
Entrem.
Winnie, podemos fazer
mais poção,
porque temos o livro.
- Não temos tempo
e quero aquela miúda com cara
de fuinha que me chamou...
- Nem digas.
- Feia?
Ela feriu os meus sentimentos.
Eu sempre quis uma criança.
E agora acho que tenho uma...
...à minha mercê!
Mais depressa, Max.
Vêm atrás de nós?
Não.
Óptimo.
Encosta e mostra-me a tua carta!
Estás a resistir?
Depressa, depressa!
Vão, vão!
- Max!
- Espera, Dani.
Corre, Dani, corre!
Billy!
Se queres, mata-o.
Mas traz-me a miúda, a tal Dani.
E isso depressa,
seu corpo putrefacto.
Não sejas mandrião, depressa.
Vá!
Mata-o! Agora!
Meretriz!
Tarada!
Sua dentolas e barriguda!
Esperei séculos para dizer isto.
Diz o que quiseres, mas não
respires para cima de mim.
Já te matei uma vez
e volto a matar-te,
sua larva ambulante.
Segura a cabeça.
Corre, Max!
- Sai da frente.
- Espera, não!
Ele é um zombie bom.
Temos de as deter até ao
amanhecer. É a única hipótese.
Olá, Billy.
Aqui estamos seguros.
- Estás bem, Dani?
- Estou.
Cá vamos nós.
Aí vêm elas!
Separem-se!
Preparem-se para conhecer
o vosso fim!
Sua peste! Estou farta de ti!
- Billy!
- Vai para o Inferno!
Já lá estive e gostei muito.
Acho que deixaste cair isto.
Max!
Dani!
Adeus, irmãozinho!
Muito bem, pimpolha.
Aguenta-te, Dani!
Vou ensinar-te a não
chamar feias às pessoas.
Abre a boca.
Já te disse para abrires a boca.
- Dá-me o frasco!
- Larga-a ou parto-o.
Parte-o e ela morre!
- Max!
- Não!
Não, Max!
Agora não tens escolha.
Tens de me levar a mim.
É tão estúpido dares a vida
pela tua irmã!
- Larga-o!
- Rapaz!
Solo sagrado! Manas!
Vou já, Winnie!
Vou ensinar-te uma lição
que não esquecerás.
Larguem... agora!
Livro!
Winnie!
Adeus...
Adeusinho...
Max...
Estás bem?
Acho que sim.
Salvaste-me a vida.
Claro, sou o teu irmão
mais velho.
- Adoro-te, cara de parvo.
- Eu também.
Vamos.
Adeus, Billy. Dorme bem.
Billy...
Obrigado.
Onde está o Binx?
Binx!
Binx!
Ele morreu, Dani.
Mas ele não morre!
Acorda, Binx, acorda.
Como da outra vez!
Binx? És tu?
As bruxas morreram
e a minha alma está livre.
Tu libertaste-me, Dani.
Obrigado.
Obrigado por teres acendido
a vela.
Thackery!
Thackery Binx!
É a Emily!
Estarei sempre contigo.
- Porque demoraste tanto?
- Desculpa, Emily.
Tive de esperar 300 anos que
uma alma virgem acendesse a vela.
E eu a pensar que LA
era a cidade das festas!