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HERÓIS POR ACASO
46-99402.
Transferir para 53-01138.
MONTANTE: $25.000
O que é que fizemos?
O Partido Republicano fez
uma contribuição para os Black Panthers.
- Fantástico.
- Realmente.
- E a seguir?
- Vejamos.
A conta pessoal do Richard Nixon
está aqui.
Isto é um desafio.
Marty, temos de encontrar alguém a quem
valha mesmo a pena dar o dinheiro.
E que tal a Associação Nacional
para a Legalização da Marijuana?
Perfeito. Quanto é que ele dará?
É um tipo generoso. Eu diria tudo
o que ele tem. Céus, tenho fome!
De certeza que não nos metemos
em apuros por causa disto?
Cosmo, confia em mim.
Hipótese: A companhia telefónica
tem demasiado dinheiro.
- Boa.
- Consequência?
São corruptos. Resultado?
O sistema autoperpetua-se
às custas do povo.
- Conclusão?
- A Tia Com tem de doar algum dinheiro.
Vamos mudar o mundo.
Quem nos dera receber créditos no curso
por isto! Céus!
Tens de comer. Queres alguma coisa?
Quem perder vai buscar.
Nunca perco.
Uma pizza de chouriço, por favor.
Pura, sem gelo.
- Poder ao povo, Cos.
- Poder ao povo, Marty.
Hoje em dia
não se pode confiar em ninguém.
Não, não faças isto.
Martin.
Chegou a hora.
Como é que estamos a ir?
O Carl está em posição na boca de
incêndio. A Mãe está na fossa dos cabos.
O Assobio está a ler.
Estamos prontos.
O que se passa na entrada?
Continua a ser só um guarda.
Okay, Mãe, tenta os fios azuis.
Nada.
Tenta os fios brancos.
Estes não me parecem ser os bons.
Espera.
Até temos fotos do tipo
a sair da embaixada...
pela porta de serviço.
Crease, estás ligado?
Sim, estou.
Ainda estavas na CIA em '72?
Sim, porquê?
Sabias que o Vice-Director
do Planeamento...
estava em Manágua, na Nicarágua,
no dia antes do terramoto?
Que estás a dizer?
Que a CIA provocou o terramoto?
Não o posso provar, mas...
Não posso falar com aquele tipo.
Aguenta, Mãe. Recua um.
Bingo!
Colocando a linha em escuta.
Preparando o corte do circuito de alarme.
Cinco, quatro...
Olhei agora mesmo para aquela caixa.
Näo havia lá nada.
ACESSO AO COMPUTADOR
Um bom banco?
Nem acreditas no que tive de fazer
para arranjar um cofre.
Merda. Estamos a ficar velhos para isto.
- Segurança Westguard.
- Há um incêndio no Centurion Bank.
Recebemos o alarme.
Indicações secundárias? Fumo ou chamas?
Não.
Se calhar é alarme falso. Temo-Ios recebido
da vossa área, toda a noite.
- Veja se o volta a ligar.
- Não sei.
- De certeza que sabes qual cortar?
- Sim! O alarme é sempre o verde.
Boa, Carl.
Não vou esperar mais.
Vou chamar os bombei...
Parou. Desculpem.
- Näo há crise. Miúdo?
- Senhor?
- Bom trabalho.
- Obrigado, senhor.
É todo teu, Bish.
Depósitos ou Levantamentos
Quanto é que queres?
$80.000, 90.000, 100.000.
Está bem.
Posso perguntar-lhe
porque fecha a sua conta aqui?
Tive um estranho pressentimento
que o meu dinheiro já não estava seguro.
Meus senhores, as vossas linhas
de comunicação são vulneráveis.
Têm de controlar as saídas de emergência.
Os vossos polícias de aluguer
estão mal treinados.
Fora isso, tudo parece estar bem.
Dentro de dias receberão o nosso relatório.
Mas primeiro, quem tem o meu cheque?
Então, as pessoas contratam-vos
para irem assaltar as suas casas,
de forma a terem a certeza
de que ninguém as pode assaltar?
É um modo de vida.
Não é um muito bom.
Obrigado.
É ele?
Sim, é ele.
Quem tem o relatório do assalto ao banco?
- Vou passá-Io à máquina.
- Tu?
Não temos pago à dactilógrafa,
por isso sou eu ou o Assobio.
- Mais vale o Assobio.
- Temos clientes.
- Como são os sapatos?
- Caros.
Ponham um ar ocupado, rapazes.
Sr. Bishop. *** Gordon.
Buddy Wallace.
- Ouvimos falar muito bem de vocês.
- É tudo verdade.
Obrigado, Carl.
Vamos para a sala de conferências.
Digam-nos como podemos ajudar.
- Está bem.
- Obrigado.
- Aqui...
- Antes de começarmos...
há uma coisa que gostaríamos
de esclarecer.
A maior parte destas firmas
empregam ex-polícias.
Mas a vossa equipa...
- Eu sei, é um bocado diferente.
- Sim, são.
Darren Roskow,
também conhecido por "Mãe".
Cumpriu dezoito meses,
em Dannemora, por assalto.
Foi apanhado.
Mas tem as melhores mãos deste meio.
Carl Arbogast, 19 anos.
Apanhado a entrar no computador
do distrito escolar para mudar as notas.
Eu sei. Fomos nós quem o apanhámos.
Irwin Emery,
também conhecido por "Assobio".
Teve uns problemas
com a companhia dos telefones.
Sessenta e duas queixas?
Quer aplicação das leis?
E o Donald Crease?
Veterano de vinte e dois anos na CIA.
Terminou em 1987. Porquê?
Não sei. Talvez um conflito
de personalidades. Quem é você?
Calma, Marty. Temos de verificar isto.
Toda a gente da sua equipa
teve algum problema no passado.
E depois há o Martin Bishop.
Que parece não ter um passado.
Lamento ter-vos feito perder tempo.
Não trabalho para o governo.
Nós sabemos.
Agência de Segurança Nacional.
São os tipos que oiço respirar
do outro lado do telefone.
Não, esses são o FBI.
Não nos cabe fazer escutas internas.
Estou a ver. Apenas derrubam governos,
instalam ditadores amigos.
Não, isso é a CIA.
Protegemos comunicações governamentais
e deciframos os códigos dos outros.
Somos dos bons, Marty.
Nem sabe como me sinto aliviado, ***.
Muito bem, já chega.
Vamos.
Se mudar de ideias...
ligue-nos para este número...
Sr. Brice.
PROCURA-SE MARTIN BRICE
FRAUDE INFORMÁTICA E BANCÁRIA
Dá-me uns trocos? Uma ajudinha.
O governo tirou-me a casa.
Fala com ele.
Olha quem ele é, o Robin dos Bosques.
Podia ter entrado para a ASN,
mas os meus pais eram casados.
Somos todos amigos, não é? Calminha.
- Quer um café, ou assim?
- Não.
- Buddy, é o dossier do Janek?
- Sim, do Janek.
É um matemático chamado Gunter Janek.
Faz investigação para o Instituto Coolidge.
É especializado em teoria dos números,
números primos, fracções.
- Criptografia.
- Muito bom.
No mês passado, o doutor recebeu
uma bolsa de $380.000.
Bastante estranho, para um tipo assim.
O nosso trabalho é sermos curiosos;
investigámos. Adivinhe de onde vem?
Sei que não vão dizer Rússia.
Por amor de Deus.
Ganhámos, eles perderam.
Apareceu nos jornais.
Continuamos a espiá-Ios. E eles a nós.
Na semana passada interceptámos um fax.
Olhe.
Está a fazer uma caixa, uma caixinha preta.
O projecto chama-se Astronomia Setec.
Não sabemos o que quer dizer Setec.
- Tecnologia de segurança...
- Técnicas de sensor?
Pode não ser nada, pode ser alguma coisa.
E precisamos de saber.
Terá de encontrar a caixinha preta.
Deixar-nos vê-la.
Nada feito.
Desculpe, Marty.
Não há grande escolha.
- Façam-no vocês.
- Não podemos.
Por lei, não podemos fazer
este tipo de operação.
Então chamem o FBI.
Pois, o FBI.
O FBI não pode trabalhar para nós
sem aprovação do Congresso.
- Não temos tempo.
- Então, porquê eu?
- Francamente, porque nós...
- Sim, francamente.
Sente-se, por favor.
Francamente, porque é um bocado ilegal.
Andou clandestino mais de 20 anos.
Sabe como não ser apanhado.
- Sabemos que sabe manter a boca fechada.
- Pagamos $175.000, contra entrega.
Pode distribuir pelos pobres, se quiser.
- Passo.
- E limpamos o seu registo.
Anulamos o seu formidável
mandado de captura.
O seu amigo Cosmo teve 12 anos.
Sem poder fugir para evitar ser preso.
Todos sabemos
o que lhe aconteceu lá dentro.
E se disser que não?
Não diga que não.
Que bem faria às pessoas
se fosse para a prisão?
Não acredito.
Mentiste-nos estes anos todos.
- Até nos mentiste acerca do teu nome.
- Lamento.
Mas quando os federais nos procuram,
não andamos a contar a toda a gente.
Não somos toda a gente,
somos os teus sócios. Diz-nos.
Muito bem.
Porque é que tiveste de sair da CIA?
Todos temos os nossos segredinhos,
não é?
Têm de tomar uma decisão.
Isto não é um ***.
A penetração é ao vivo, o alvo desconhece.
Entrar num serviço secreto estrangeiro
que nos pode matar, não é o que fazemos.
O nível provável de segurança
é muito baixo.
Mas se não quiserem arriscar,
só para eu não ir parar à prisão,
muito bem, compreendo, não o façam.
Bem, não falo pelos outros,
mas eu entro nisto pelo dinheiro.
- Não me importa que vás preso.
- A mim também não. Alinho.
Podemos voltar à parte
do "eles podem matar-nos"?
Se pensasse que havia essa probabilidade,
não vos meteria nisto. Mas há um risco.
Recebemos $175.000!
Alinho.
Sem mim,
serão uma silhueta de giz no asfalto.
Muito bem, de que é que precisamos?
Começamos com uma ligeira vigilância.
Nível três. Ao primeiro sinal
de seguranças, recuamos.
Amanhã ele dá uma conferência
na Universidade.
Lá estarei a controlá-Io. Perguntas?
Vamos a isto.
Para a conferência queres levar-me a mim
ou ao Assobio?
Não, tudo bem, pensei em pedir à Liz.
Quem é este?
Uma espécie de velho amigo.
Pratica!
- Olá.
- Não vamos voltar um para o outro.
- Disse alguma coisa?
- Vais dizer.
Estou aqui em negócios, Liz.
Não tens negócios, tens um clube.
Um clube de rapazes.
Tens uma sede, se calhar
tens um aperto de mão secreto.
Liz, preciso da tua ajuda.
Não vou ser arrastada de volta
para o teu mundo.
Tenho um novo grupo de crianças dotadas,
e gosto que tenham menos de 30 anos.
Com licença.
Há um matemático chamado Gunter Janek.
Conhece-Io?
Já li coisas dele. Agora vai.
- Vai dar uma conferência às 15:30...
- Que bom para ele.
- Pensei em oferecer-te um jantar, depois.
- Não vou sair contigo.
Não é uma saída, tonta.
É uma exploração científica, uma tutoria.
Preciso que tu...
ma expliques.
Lê um livro.
Eles encontraram-me.
O governo encontrou-me.
Fizemos um acordo.
Se aceitar a oferta deles...
limpam o meu registo
e posso ter o meu nome de volta.
Não vamos voltar um para o outro.
Não te auto-lisonjeies.
Vai buscar-me às 15:00.
Embora a separação do campo numérico
seja o melhor método conhecido,
existe a intrigante possibilidade
de uma abordagem bem mais elegante.
Este tipo é bom.
...sobre os racionais, e assim contidos
num único campo ciclotómico.
Usando o mapa de Artin,
podemos induzir homomorfismos...
Andas com alguém?
Isto não é só sobre teoria
dos grandes números. É sobre criptografia.
Queres dizer, códigos?
Quero dizer códigos impenetráveis.
Seria uma descoberta
de proporções gaussianas...
e permitir-nos-ia adquirir...
a solução de uma maneira
muito mais eficiente.
Estás a ver...
Tal abordagem é apenas teórica.
Até agora, ninguém foi capaz...
de realizar tais construções...
por enquanto.
Os números
são tão inacreditavelmente altos...
que nem todos os computadores do mundo
os descodificariam.
Mas talvez, apenas talvez...
- haja um atalho.
- Aposto em como ele o descobriu.
Se descobriu, estás feito ao bife.
Vou buscar o meu casaco.
Os números podem ser
as nossas melhores ferramentas...
para ver coisas noutros números
que nós não podemos ver.
Que bom vê-Io.
- Olá, Greg. Como está?
- Não é fabuloso?
Agora já posso vir e aprender em público
os segredos dos vossos cientistas.
Infelizmente não percebi nada
do que ele disse.
Pelo menos eu...
Meu Deus, poderá ser?
- Elizabeth!
- Também está mortinha para te falar.
- Olá, Greg.
- Elizabeth e Martin.
O meu coração salta como uma gazela
por vos ver de novo juntos.
Ele que pare de saltar. Não estamos juntos.
Não? Que pena.
Esperem. Tenho ideia brilhante.
O Quarteto de Cordas de Kiev
toca no consulado, na quinta à noite.
Serão os meus convidados.
A sério, Greg, não saberia
como te retribuir.
Agora que os nossos países
são tão amigos,
talvez possas, finalmente,
fazer-me uns favores ocasionais?
- Gregor, não tens vergonha.
- Vemo-nos na quinta.
O quê?
Novo cargo.
Adido Cultural.
Inacreditável!
Os úItimos anos têm sido muito confusos
para as pessoas no meu ramo.
Aposto que sim.
Não me interessa o que se diz
sobre a nova ordem mundial.
Não confio naquele tipo.
Quem, no Greg? É inofensivo.
O número em si que nos diga.
Se me dão licença,
- tenho de trabalhar.
- Vais segui-Io, não vais?
Não faz mal. Apanho um táxi.
Posso ligar-te?
Tem cuidado.
O Janek entrou no elevador.
- Vai subir.
- Estaremos prontos.
- Como está o audio?
- Bom. A Mãe está por perto.
Desta vez só
usa quatro cintos de segurança.
O quê, sem pára-quedas?
Muito bem. Entrada e luzes.
- Descreve.
- Parece uma sala de trabalho.
Uma bancada com um soldador, dois rolos
de arame e uma luz de aumentar.
Parece estar a fazer qualquer coisa.
E depois uma secretária.
Telefone, candeeiro,
gravador de chamadas.
Um copo com lápis,
mas nada de caixinha preta.
Tem de lá estar, algures.
Que está ele a fazer?
Está a ligar o computador.
Isto é bom.
Vai digitar a password,
e vamos ver melhor.
Dra. Rhyzkov, boa noite.
Identificação da Dra. Rhyzkov.
Estava com ele esta tarde.
Estava a tentar dizer-lhe algo
e estava a fazê-Io...
Gunter.
Façamos o que fizemos
na Cidade do México.
Não sabia que aí se podia fazer isso.
Importa-se que dê uma olhadela?
Cresce.
- Deixe-me ver.
- Gunter.
Elena, a sério!
Tenho de acabar o meu trabalho.
Muito bem, voltemos ao trabalho.
Nada, cá vamos.
Agora vamos conseguir a password.
Deixei uma mensagem no serviço,
mas näo telefonaste.
Desculpa, a sério.
Sai da frente. Ela está à frente.
- Não acredito nisto.
- Desculpa.
É só que tenho este trabalho.
Eu dou-te de trabalhar, querido.
Está bem. Mas só por um bocadinho.
- Que se passa?
- Nada.
Elena, a sério!
Tenho de acabar de trabalhar.
Deixei uma mensagem no serviço,
mas näo telefonaste.
Talvez haja um ângulo
em que ela não o tape.
Vou aumentar.
- Meus senhores.
- Quem é Rhyzkov?
Dra. Elena Rhyzkov,
professora visitante da Checoslováquia,
grande investigadora de astrofísica.
- Bingo.
- Astronomia Setec, ou lá o que é.
Deixei uma mensagem no serviço,
mas näo telefonaste.
- Aí está.
- Desculpa.
- "W", "G"...
- Parece o "H".
- Onde encontraste o "H"?
- Ao pé do "L".
- Vá. Faz outra vez.
- O "H" não é ao pé do "L".
Deixei uma mensagem no serviço,
mas näo telefonaste.
Sem dúvida que são "W", "G".
Sem dúvida que não. Não, é um "V".
Ela está na frente.
Pessoal, a caixinha preta do Janek
está na sua secretária,
entre o copo dos lápis e o candeeiro.
Assobio, odeio dizer-te isto, mas és cego.
Põe a fita para trás.
- Mas não consegues ver nada.
- Não olhem. Oiçam.
Para trás.
Deixei uma mensagem no serviço,
mas näo telefonaste.
Tem um serviço.
Para que é que precisa
de um gravador de chamadas?
Aí está a nossa caixinha preta.
Muito bem, chefe.
Este microfone oculto LTX-1
é o mesmo que a NASA usou...
quando simularam as alunagens da Apollo.
Os astronautas falavam ao mundo
a partir de um estúdio...
na Base Aérea de Norton,
em San Bernardino, Califórnia.
Funcionou com eles.
Não nos deve dar problemas.
Obrigado.
- Não teve uma entrega?
- Devia ter o recibo.
Não está agendada nenhuma entrega.
Não tinham registado nada.
A minha mulher deixou um bolo para mim?
- Não há cá nenhum bolo.
- Festa para Marge no 2º andar.
- Devia cá ter deixado um bolo.
- Nada sei sobre isso.
Está ali, atrasada como sempre.
Diz aqui que devo entregar 36 caixas
de Forza nesta morada.
Não me interessa o que isso diz.
Não está na lista, não pode entrar.
- Posso perder o meu emprego.
- O problema não é meu. Desapareça.
Não consigo tirar o cartão. Pode abrir?
- Abra. Não consigo tirar o cartão.
- Espere um minuto.
Estamos atrasados para uma festa
no 2º andar. Carregue no botão para abrir.
Obrigado.
Alguém sabe abrir
uma fechadura electrónica?
Nem brinques. Isso é impossível.
Achas que estou a brincar?
Parece que acabaram de a pôr.
Meu Deus.
Um amigo meu que esteve na Tempestade
do Deserto mandou-me isto, talvez ajude.
Claro, estava do outro lado.
Vá lá, tem de haver uma maneira
de forçar isto.
Está bem.
Isto poderá funcionar.
Pois.
Certo.
Muito bem. Vou tentar.
Funcionou.
Já a tenho.
- Gunter? Não estás...
- Deus, não. Venha. Prazer em vê-la.
- Quem é aquela?
- Às vossas posições.
Inspeccionem o audio. O micro.
Vou tirar a mão. Por favor, não grite.
Prometo-lhe que nada lhe acontecerá.
Está bem?
Quem é?
- É um detective privado.
- És um detective privado.
- Sou um detective privado.
- Mas porquê?
Quem o contratou?
- Quem o contratou?
- A Sra. Janek.
Não há nenhuma Sra. Janek.
Não?
Estamos confusos.
Não? Quem acha que pagou a vossa
escapadela amorosa na Cidade do México?
Essa foi boa.
Velma Janek.
Vive em Montreal, onde trata
das empresas imobiliárias da família,
grandes empresas: Quintas, bancos,
centros comerciais.
Dois centros comerciais.
Sustenta o Gunter mas receou que ele
a enganasse. Por isso contratou-me.
Sacana de mentiroso!
- Vou matá-Io!
- Não!
Não. Componha-se, Dra. Rhyzkov.
Componha-se.
Não lhe pode dizer que sabe.
Não estivemos aqui. Não conversámos.
Não me conhece.
Nada sabe sobre a mulher.
Dê-me só uma razão para o fazer.
Já lhe dou uma razão.
Dê-me uma razão mesmo boa.
É só o que ela queria que fizesse.
É só o que ela queria que fizesse.
É só o que ela queria que fizesse.
Não percebo.
Às vezes eu também não.
Posso perder a minha licença
por causa disto,
mas a minha cliente é uma mulher
vingativa e amarga.
Recusou favores conjugais ao Gunter
durante anos e agora quer arruiná-Io.
E está a usar-te para chegar a ela.
E está a usar-me para chegar a si.
Eu sei que é confuso,
mas não percebe o que está a acontecer?
Você e eu somos peões
neste joguinho sujo.
Se o ama...
Se o ama...
se o ama mesmo...
continue a amá-Io.
Nunca o deixe saber que sabe
o que ele pensa que não sabe que sabe.
Percebe?
Faça-lhe broches sempre que ele quiser.
Ajude-o.
Seja um farol na sua triste e solitária vida.
Pode fazer isso pelo Gunter?
- Sim, posso.
- Muito bem.
Agora saia daqui.
Fazer-lhe um broche?
Ser um farol?
O grande encontro foi a 1 de Julho de 1958.
A Força Aérea levou
o visitante espacial à Casa Branca...
para uma entrevista com Eisenhower.
O Ike disse: "Dê-nos tecnologia, que lhe
damos os lábios de vaca que quiser."
Não lhe dê ouvidos. É doido.
O seu marido percebe
de mutilação de gado.
É um ex-agente da CIA. Sabe que
o governo anda a esconder isso há anos.
Percebido.
Só há uma coisa que não percebo...
tu e o Cosmo arriscaram tanto...
para quê?
Éramos jovens. E havia uma guerra.
- Era uma boa maneira de conhecer miúdas.
- Aposto que sim.
Porque é que não foste apanhado?
Saí para ir buscar uma pizza.
Depois fui para o Canadá.
Tive sorte. Ele não.
Alguma vez te perdoou?
Espero que sim.
Morreu na prisão.
O que é que vão fazer
com a vossa parte do dinheiro?
Don?
Nunca fomos juntos à Europa.
E agora vamos.
- Madrid, Lisboa.
- Atenas e Escócia.
- E Taiti.
- Sim.
- Mãe?
- Bem, sabem...
nunca tive um carro fixe
onde coubesse bem.
Acho que vou comprar uma caravana...
com uma grande cozinha,
uma cama de água. Uma grande cozinha.
Carl?
Queria ter uma relação profunda...
com uma bela mulher, que se derrete
assim que os nossos olhos se encontram.
Não nos vão dar assim tanto dinheiro.
Sabes, alguém como a Liz.
Decisivamente,
não vais receber o suficiente.
Assobio?
Paz na terra aos homens de boa vontade.
Isso mesmo.
E às mulheres.
- Muito bem.
- Oiçam!
- "Amarrotado", não é uma palavra.
- É.
- Amarrotado não é uma palavra.
- É uma palavra.
- Desde quando?
- Já viste a tua cara?
- Não é uma palavra.
- A tua cara está amarrotada.
Muito bem. Aceitamo-la como uma palavra.
- Tenho...
- Não inventei a palavra.
O que diz onde é isto?
Espera um segundo.
"Sistema para fora."
Pessoal,
acho mesmo que deviam largar isso.
Sim, eu sei. Só queria ver uma coisa.
Não te preocupes.
- Como é que escrevem Setec?
- S-E-T-E-C. Setec.
Extraterrestre especial?
Contador terráqueo.
Está bem? Dois, quatro, cinco.
E ela começa a ir,
e há um touro que se vira...
e me olha nos olhos.
- Setec.
- O quê?
Astronomia Setec.
Adoro quando um homem me diz isso.
Setec não quer dizer nada.
Com licença.
Arranjas-me um cabo e um interface
de recepção e emissão, por favor?
COSTA DE MONTEREY
"Costa de Monterey."
"Costa de Monterey",
diz-vos alguma coisa?
Não.
Ajudem-me aqui.
Vai buscar os diagnósticos.
E que tal "a minha nota de Sócrates"?
Não.
CHATOS NO *** DE RATAZANA
Não, eu...
Já está. Vai para outro.
HÁ
Dá-me outro.
Fica nesse quadrante.
DEMASIADOS
É mais ou menos a mesma coisa.
Tenta outro quadrante.
O que foi aquilo? Anda um para trás.
Muito bem.
Caramba.
Que diabo é isto?
HÁ DEMASIADOS SEGREDOS
"Demasiados segredos."
Acho que é melhor vires cá.
- Tens aí o teu caderno preto?
- Tenho.
Dá-me o número
de algo impossível de aceder.
Está bem. Que tal isto?
Centro de Transferências
de Reservas Federais.
- Pois claro. Boa sorte.
- 900 bilhões por dia passam por aqui.
Serve. Escreve.
Muito bem. Não vamos entrar.
Está cifrado.
Vês?
Esse úItimo contacto.
Olhem para isto.
Alguém quer encerrar a Reserva Federal?
- Não brinquem com isso!
- Esperem.
- Que mais tens?
- Rede de energia nacional?
Está bem.
Aqui vamos.
Testando.
Inacreditável.
Alguém quer apagar as luzes
na Nova Inglaterra? Que mais?
Sistema de controlo aéreo.
Muito bem.
Como é que isto é possível?
Sistemas de criptografia baseiam-se
em problemas matemáticos...
tão complexos que não se solucionam
sem uma chave.
O Janek descobriu uma forma de resolver
os problemas sem a chave,
- e instalou-a neste chip.
- Desliga.
- Queres abater um avião de passageiros?
- Eu disse para desligar.
Desliga.
Então é um descodificador.
Não, é o descodificador.
Não haverá mais segredos.
Tu e a Melissa vão buscar
as vossas coisas.
Boa noite.
A que horas é a entrega?
Às 9:00.
Até lá, vamos instaurar aqui
alguma segurança.
É aqui que eu saio.
Prazer em ver-vos. Vou-me embora.
Não tomes isto como uma coisa pessoal,
mas eras a única que conhecia
o segredo do Martin.
Alguém falou.
Por isso põe-te à vontade.
Vamos todos passar aqui a noite.
Não.
Vou buscar a minha mala e saio.
Calma.
Acalmo-me quando tirarmos
aquela coisa daqui. Até lá, ficas.
O quê?
Não há um governo neste planeta
que não nos matasse por aquilo.
- Desculpa.
- Estou a ver.
Vais buscar o alarme?
- Tranca tudo.
- Desliga isso.
- Apaga as luzes.
- Podes crer.
Obrigada pela confiança, pessoal.
Gostei mesmo de dormir com vocês todos.
Tenham cuidado.
Adeus.
Espero que a entrega corra bem.
Detestaria que tivesses de fugir
de uma coisa nova.
Martin? São horas.
Bom dia. Há problemas?
- Não.
- Queres um capuccino?
Não.
Matemático Morto
Suspeita de Assassínio e Fogo Posto
Tens o cheque dele?
- Telefone!
- Só um minuto.
É a tua mãe.
É velha. Com licença.
- Entra no carro.
- O quê?
Entra no carro.
Não recebi o dinheiro.
Agora!
Que estás a fazer? Não recebi o dinheiro.
O Janek está morto.
Eles mataram-no.
A ASN não mata pessoas. Quem são eles?
Disseste que não há um governo no mundo
que não matasse por aquela coisa.
O nosso não. Quem eram os tipos?
Há uma maneira de descobrir.
Tiraram-me a casa. Uma ajudinha?
O governo tirou-me a casa.
Não digas que não o consegues fazer,
sei que consegues.
E não me digas que não o fazes,
porque eu tenho de a ter.
Preciso de saber, e preciso de saber agora.
Aquele edifício federal
está para ser demolido desde Agosto.
A Comissão de Comércio
e o Min. Da Agricultura eram lá.
Está vazio há um mês.
A ASN nunca teve um escritório
em S. Francisco.
Na Costa Oeste operam
a partir de Los Angeles.
Meu Deus. Obrigado.
A bolsa do Janek era da ASN...
Como é que pudeste ser tão estúpido?
Dois tipos aparecem,
dizem que são do governo, e tu acreditas.
Provavelmente eram do governo...
mas não do nosso.
GREGOR IVANOVICH - Adido Cultural
Guardem tudo o que conseguirem.
Este sítio já não é seguro.
- Que fazes?
- Vou a um concerto.
Continue a sorrir.
- Martin, perdeu o juízo?
- Peça licença.
Querida, dás-me licença por um segundo?
- Devolva-me a caixa do Janek, Greg.
- Não a tenho.
- Tem de acreditar em mim.
- Não.
Enganou-me. Não acredito em si.
Não tivemos nada que ver
com essa história do Janek.
Embora não tenha sido por não tentarmos.
Os vossos códigos são
diferentes dos nossos.
Nunca conseguimos descodificá-Ios,
por isso Deus sabe como queria a caixa,
mas não a tirámos.
Então quem é que a tirou?
O que lhe vou dizer
não lhe posso dizer aqui.
Percebe?
Venha.
Tem de acreditar em mim.
- Este?
- Não.
- Este?
- Não.
Receio que estes livros não estejam
actualizados como dantes.
Continuam a vigiar os nossos agentes.
Estes são só os a quem pensámos
dar a volta.
Sabe, problemas sexuais,
sarilhos financeiros.
Depois tivemos sarilhos financeiros.
É esse. O mais velho.
Um tipo horrível chamado Buddy Devries,
também conhecido como Buddy Weber,
- Buddy Wallace.
- Wallace. É ele.
Tentámos recrutá-Io em '83.
Problema com a bebida, casado três vezes.
Deixou a ASN há três anos.
O que é?
Já desapareceu uma vez, amigo.
Sugiro que o faça novamente.
Porquê? Para quem é que ele trabalha?
O vosso FBI é tão chato.
Para quem trabalha ele?
Posso oferecer-lhe asilo neste carro.
Tecnicamente é parte do consulado.
Deseja a nossa protecção?
O quê? Para quem trabalha o Wallace?
Sr. Bishop?
Sou o Agente Especial Bestrop, FBI.
Por favor, saia do veículo.
Deseja a nossa protecção?
Saia já do veículo.
Não saberá em quem confiar.
Venha cá, por favor. Mãos na parede.
Está carregada?
Está.
Demasiados segredos.
- Merda.
- O que é que está a fazer acordado?
Dor?
Experimente aspirina.
Cosmo.
Lamento se ele te magoou.
Acho que o Wallace não gosta muito de ti.
Devias ver se o tipo tem raiva.
A raiva só aparece
em animais de sangue quente.
Não te podia deixar a falar com os Russos.
Há cinco anos, sim, podíamos ter a certeza
que não iam ter com o FBI...
e se fossem, sabíamos que o FBI
não acreditaria neles. Agora...
não podemos confiar em ninguém.
Que diabo se passa aqui?
Cosmo, o que é que aconteceu?
O mundo mudou à nossa volta,
e sem a nossa ajuda.
O que é que aconteceu?
Ali estava eu, na prisão...
e um dia ajudei uns velhotes
a fazer umas chamadas grátis.
Afinal eram, digamos,
uns bons pais de família.
- Crime organizado?
- Não brinques.
Não é assim tão organizado.
Bom, arranjaram maneira de eu...
sair mais cedo
do meu infeliz encarceramento...
e comecei a realizar
uma variedade de serviços.
Para começar, reorganizei
toda a operação financeira deles.
Orçamentos, pagamentos,
lavagem de dinheiro, tudo.
Toda a rede está protegida
por um sistema de cifra muito potente,
para que o governo não o leia.
Mas se o FBI apanhar a caixa do Janek...
Desastre. Por isso tem de ser nossa.
- Para proteger a organização.
- Sim.
Não, não acredito.
Conheço-te.
Céus, é bom ver-te.
Íamos mudar o mundo, lembras-te?
Chegaste a consegui-Io? Acho que não.
- Bem, acho que posso.
- A sério?
Sim.
Que se passa com este país?
Dinheiro. Foste tu quem mo ensinou.
Os mauzões do armamento tinham-no,
as causas nobres não.
Os políticos compram-se e vendem-se.
Os problemas multiplicam-se.
Poluição, crime, drogas, pobreza, doença,
fome, desespero.
Atiramos-lhes com imenso dinheiro.
Os problemas só pioram. E porquê?
A capacidade mais poderosa do dinheiro
é permitir que os maus façam coisas más,
às custas dos que não têm.
Concordo.
- Para quem disseste que trabalhavas?
- É o meu emprego de dia.
Na prisão, aprendi tudo neste mundo,
incluindo que o dinheiro...
- não opera na realidade...
- Mas na percepção da realidade.
Hipótese: As pessoas pensam
que um banco pode ser inseguro.
- Consequência...
- Começam todos a tirar o dinheiro.
- Resultado: Em breve será inseguro.
- Conclusão: Pode-se fazer os bancos falhar.
Já o fiz. Talvez tenhas lido sobre isso?
Pensa mais alto.
- Bolsa?
- Sim.
- Mercado de câmbios? Mercado de bens?
- Sim.
Pequenos países?
Até podia ser capaz de rebentar
com todo o sistema.
Destruir todos os registos de propriedade.
Pensa nisso.
Acabam-se os ricos, acabam-se os pobres,
são todos iguais.
Não é o que sempre dissemos
que queríamos?
Não endoideceste, pois não?
Quem mais vai mudar o mundo?
A Greenpeace?
És louco.
Vão tirar as tuas impressões digitais...
da arma que matou
um funcionário consular russo.
No dia seguinte essas impressões
serão postas num computador do FBI...
e relacionar-se-ão com um nome.
INQUÉRITO DE HISTÓRIA CRIMINAL
Martin Brice
Martin Brice,
o meu bom amigo, que me prometeu
que não nos meteríamos em apuros...
e que não se meteu.
Verificarão essa base de dados
em Washington D.C.,
a que agora posso aceder, graças a ti.
Claro que ninguém sabe
onde está o Martin Brice, pois não?
Mas se isto indicasse...
NOMES FALSOS: Martin Bishop
...os nomes falsos?
Não o faças.
Dor?
Tenta a prisão.
INFORMAÇÃO ACTUALIZADA
- Não, a cabeça não.
- Calma.
Não haverá mais segredos.
- Tive uma noite má.
- A sério?
- Estás com óptimo aspecto.
- Estás com péssimo aspecto.
Era de esperar, considerando o que passei.
- O que é que aconteceu?
- Conta-me tu.
Bateram-te duas vezes na cabeça
e foste atirado de um carro em andamento.
Deixa-me fazer isso.
Desculpa.
Tudo bem. Eu...
Desculpa.
O jornal dizia que o Greg foi morto.
Liguei-te e alguém atendeu.
Não lhe reconheci a voz.
Não posso fazer isto sozinho.
Estou aqui.
Temos de nos encontrar.
O FBI diz que as impressões
no carro da embaixada...
condizem com as tiradas
no escritório de um investigador,
encontrado assassinado,
esta semana, em Palo Alto.
A relaçäo foi feita
depois de uma rádio local ter recebido,
uma informaçäo anónima
ligando os dois homicídios.
Era mesmo anónima! O filho da mãe!
Está na altura de chamar as autoridades.
Boa. Agora que somos cúmplices
de espionagem e assassínio.
Mais uma razão para nos entregarmos
enquanto podemos chegar a um acordo.
Com quê? Não temos moeda de troca!
Dão-nos 20 anos na cadeira eléctrica!
Achas que gosto? Tenho família!
Não temos alternativa.
Temos, sim.
Telefonamos, mas à nossa maneira.
Descarreguem tudo.
Temos aqui estes aumentadores de banda.
Onde os queres?
Obrigado. Belo apartamento.
Vou transmitir esta chamada
por nove estações...
à volta do mundo e por dois satélites.
Será a mais difícil de localizar
que alguma vez ouviram.
Isto medirá a tensão na voz do outro lado.
Não é tão preciso como um polígrafo,
mas serve.
- Inacreditável.
- Vamos a isto.
Fort Meade, Maryland. Boa tarde.
Tenta Director de Operações.
Agência de Segurança Nacional.
Director de Operações, por favor.
- Qual é a extensäo, por favor?
- Lamento. Esqueci-me do número.
Pode ligar-me ao Director de Operações?
É muito importante.
Qual é a extensäo, por favor?
Tenta Investigação.
Dê-me a Investigação. É uma emergência.
Preciso de uma extensäo ou de um nome.
Astronomia Setec.
Um momento, por favor.
Estão a tentar localizar.
Quem fala, por favor?
Não interessa. Eu faço as perguntas.
Quem é?
- Digamos que o meu nome é Sr. Abbott.
- Verdade.
- Já chegaram à segunda estação.
- Sr. Abbott,
está interessado por astronomia Setec?
Interesso-me por todos os tipos
de astronomia.
- Que graça.
- Apanharam o satélite em Tóquio.
Estes tipos são bons.
Preciso de saber se é pessoa
que possa fazer um acordo.
- Continue.
- Pode fazer um acordo?
- Sim.
- Verdade.
Já estão na Transcom. Tens 20 segundos.
Se eu falar,
pode garantir a minha segurança?
Tem o objecto?
- Não.
- Quinze segundos.
- Pode garantir a minha segurança?
- Onde está o objecto?
- Pode garantir a minha segurança?
- Cinco segundos.
- Sim, posso garantir a sua segurança.
- Ele está a mentir.
- Desliga. Estão quase a apanhar-nos!
- Ele mente!
- Desliga!
- Ele mente!
Tem de haver maneira de fazer um acordo.
Demasiado tarde.
Se tivéssemos a caixa, sim. Sem ela, não.
Vamos então buscar essa coisa.
- Não sei onde está.
- Parecia o quê?
- Não fazes ideia de onde te levaram?
- Não.
Atiraram-me para a bagageira,
guiaram em círculos.
Pode ser a centenas de quilómetros, num
subterrâneo, num arranha céus. Esqueçam.
- Soava a quê?
- O quê?
A estrada. Quando estavas na bagageira,
a que é que soava a estrada?
Bem, não sei... Auto-estrada.
Uma auto-estrada qualquer.
Passaste por lombas? Gravilha?
E uma ponte?
- Ponte, sim.
- Há quatro pontes por aqui.
A Golden Gate tinha nevoeiro
ontem à noite?
- Tinha.
- Ouviste a sirene de nevoeiro?
Não.
- Risquem a Golden Gate.
- O que deixa três.
A que é que soava? Passaste por um túnel?
Não... Não.
Risca a ponte Bay.
Deixa-nos duas.
A San Mateo e a Dunbarton.
A que é que soava?
Mais baixo.
Havia um som recorrente.
Como costuras no cimento.
Mas mais afastadas.
- E então?
- Lombas. Das ásperas.
- Carris.
- Sim.
À direita na Antrim e à esquerda na 84.
E depois o que é que ouviste?
- Uma festa.
- O quê?
Passámos através do que parecia...
Parecia uma festa.
Havia bastante barulho. Mesmo no fim.
Fixe. Agora temos de procurar uma festa...
no outro lado dos carris.
Qual é a saída junto aos carris?
Crescente.
Mantém-te na Crescente,
sai no reservatório.
Está bem.
Há uma festa no reservatório?
Sim.
Muito bem. Lembra-me de te fazer
um cego honorário.
Para onde vai esta estrada?
Para lado nenhum. Parece que acaba
mesmo ao pé daquela colina.
- O que há atrás da colina?
- Nada. Propriedade privada.
Privada.
Esquece. É uma empresa de brinquedos.
Empresa de brinquedos, uma ova.
É uma vedação de laser.
Há alta voltagem neste perímetro.
Todo o edifício diz: "Vão-se embora."
É o Cosmo. Eu sei.
A empresa de brinquedos é fachada.
Vai buscar o microfone de longa distância.
Carl, o vídeo. Vamos.
- Segundo andar, noroeste dois.
- É uma casa de banho.
Segundo andar, noroeste três.
- É uma saída de emergência.
- Como sabes?
Consigo ouvir as pilhas das luzes
de emergência a recarregarem.
Pára aí. Crease, que quer dizer isto?
"A minha voz é o meu passaporte.
Verifiquem-me."
Uma identificação de voz. Vou verificar.
- O que estou a ouvir?
- Terceiro andar, canto sudoeste.
Rebenta de ultra-sons.
Nunca ouvi sensores tão poderosos.
Há alguém muito empenhado
em manter as pessoas afastadas dali.
Pois.
Ali é a sala do canto,
com os detectores de movimento.
É o escritório do Cosmo. Vi os sensores.
Mantêm as luzes acesas à noite,
devemos supor que os sensores também
devem estar. Não vai ser fácil entrar.
Anda para a frente.
Vamos ver quem trabalha na sala do lado.
É incrível que se consegue com $50,
no registo do condado.
- Que tens aí?
- A sede da PlayTronics.
- A planta completa.
- Nada mau.
- Nada mau.
- Obrigado.
Onde arranjaste os $50?
- Tirei-os da carteira da Mãe.
- Óptimo.
Não, Mamã, hoje não é um bom dia
para cá vir.
Muito bem, que temos aqui?
É uma Armadilha para Humanos.
Arranjei esta demonstração na fábrica.
É um monitor digital, de reconhecimento
de voz, ligado a uma cabina de acesso.
A ASN usa-o para manter as pessoas
afastadas de Fort Meade. Cartão?
INSERIR CARTÃO DE IDENTIFICAÇÃO
- Agora fala para esta caixa.
- Olá.
O meu nome é Martin Bishop.
A minha voz é o meu passaporte.
Verifiquem-me.
ENTRADA RECUSADA
Não podes entrar,
a não ser que a tua voz condiga
com a codificada no cartão.
- Precisamos do cartão de alguém.
- E da voz dessa pessoa.
- Podemos usar uma cassete?
- Tem de estar muito próxima do monitor.
Senão, somos apanhados
numa cabina de aço reforçado,
enquanto chamam os guardas armados.
Isso é óptimo.
E os detectores de movimento?
Vou buscar um esta tarde.
O que faz parecer fácil contornar
o detector de voz.
Acho que encontrámos o nosso homem.
Aumentei um pouco a imagem.
Aqui está a sala ao lado da do Cosmo.
É o fim do dia. Vejam quem vem a sair.
Vou fazer um grande plano
da porta da frente.
Uma senhora com uma saia verde...
e este tipo com o boné.
Ninguém sai por mais 18 minutos.
- Então é um desses.
- Pois.
Aqui está a noite seguinte. Novamente,
o escritório ao lado do Cosmo.
As luzes apagam-se.
O tipo do boné. Mais alguém?
Mais ninguém sai nos 22 minutos
seguintes. É quem trabalha ao lado.
Usaremos o seu escritório para entrar.
Podemos ver as matrículas?
Vejamos.
Fazendo um grande plano.
Aumentando.
Ali está a matrícula. 180 IQ.
Muito giro. Muito bem, vamo-nos a ele.
Chama-se Werner Brandes.
Solteiro, 1,85 m, uns 80 quilos,
precisa de óculos para guiar,
não tem multas nem mandados.
Sai do trabalho
entre as seis e as sete da tarde,
regressa pela mesma via,
dentro do limite de velocidade,
pára em todos os sinais de paragem,
faz pisca sempre que muda de faixa.
É um condutor muito seguro.
Tem limite de $750 no Visa,
paga as contas.
Sem dívidas, sem cheques carecas.
Sem armas. Membro da Associação
Internacional de Designers de Microchips...
e secretário do comité social.
Fixe. O humano mais chato do mundo.
Como é que nos vamos aproximar dele,
o suficiente para o gravar?
Desculpa. Procedimento padrão.
O lixo da casa do tipo.
E obrigada por trazê-Io para minha casa.
Vejamos. Conta telefónica,
não há interurbanas.
Revista do Club Med.
Um bilhete de um concerto
do Barry Manilow.
Cá está. Aqui vamos.
"Querido Infornamorado: Bem-vindo
ao mundo da compatibilidade informática."
- Arranja encontros por computador.
- Lindo. Vamos arranjar-lhe um.
Qual era o nome da miúda que usámos
na operação da empresa de cereais?
Sandy Krieger? Esquece.
Casou-se com um polícia.
E a Barbara? Essa era gira.
Pois, mas nunca o faria.
Acha este trabalho infantil.
Por isso se divorciou de mim.
E a tua amiga Jessie?
- É uma cavalona.
- Pessoal.
Olhem para o lixo deste homem.
Não procura cavalonas.
É o lixo mais bonito que alguma vez vi.
O homem que dobrou este dentífrico,
quer alguém meticuloso, refinado, ***.
O quê?
Werner? Olá.
Sou a Doris.
Está pronta para o bar de dim sum?
Não estou com muita pressa.
Muito bem. Já venho.
O MEU NOME É WERNER BRANDES.
A MINHA VOZ É O MEU PASSAPORTE
Que nome interessante o seu.
Como é que o pronuncia?
É isto que está no escritório do Cosmo.
O melhor sensor de movimentos
do mercado.
Olhem.
Também responde a diferenciais térmicos.
Isto terá um final feliz?
Podemos embrulhar-te num fato de
neoprene, de borracha resistente ao calor,
ou aumentar a temperatura no escritório
do Cosmo para 37º C,
que é o que provavelmente faremos.
Senão, sufocas no neoprene.
De qualquer forma,
a tua velocidade máxima são...
cinco centímetros por segundo.
Mais depressa do que isso...
e vêm os grandalhões com as armas.
- Deves sair-te bem.
- Desde quando sou o...
Este é o mesmo gravador de chamadas
que o Janek usou para a caixa.
É o que vais transportar pelo chão
a cinco centímetros por segundo.
Arranjei-te isso porque achei
que quererias praticar.
Lembra-te de ir mesmo devagar!
Devagar.
Ficas sempre com a parte divertida.
E então viagens?
Onde queres ir? Europa? México?
Não sei. Nunca saí do país.
Acho que querem que nos vamos embora.
Senta-te, Werner.
Fala comigo.
Sabes uma coisa? Adoro o som da tua voz.
A sério?
Sempre achei que era anasalada e contida.
Não, nada disso. É linda.
E há esta palavra.
Sempre adorei o som desta palavra.
- Não!
- Não, o quê?
- Não serias capaz. Não interessa.
- Seria. O quê, por favor?
Está bem.
Gostaria de te ouvir dizer a palavra...
"passaporte".
Passaporte?
Sabes, tens razão. Temos de sair.
Doris?
Gostarias de tomar
o pequeno-almoço comigo?
Claro, óptimo.
Ligo-te ou dou-te um abanão?
A conta, por favor.
Olá. O meu nome é Werner Brandes.
A minha voz é o meu passaporte.
Verifiquem-me. Obrigado.
É o jardineiro?
Pensei que já se tinha ido embora.
Acho que não.
Posso usar a casa de banho, por favor?
Oiçam lá, há uns minutos apareceu
um jardineiro...
Esqueçam. Estou a vê-Io.
Muito bem, pessoal, vou bazar.
Boa sorte.
Está quente, aqui.
Acho que vou abrir um pouco a janela.
Vou já ter contigo, mal acabe
de amaciar os peitos de galinha.
Sabes, o melhor desta refeição,
além de ser absolutamente fabulosa,
- é que só tem 400 calorias.
- Óptimo.
- Preocupo-me com o que comemos.
- Sim?
Qual é a dieta ideal?
Como um bocado a correr.
Ando muito ocupada, e...
A dieta ideal, não te rias,
é o fundo de uma jaula de macacos.
- Perdão?
- O fundo de uma jaula de macacos.
Está alguém a tocar à porta?
Só um segundo. Não espero ninguém.
Não está aqui ninguém.
- Desculpa.
- Estamos sozinhos.
Vou fechar a janela. Está-se bem.
É verdade. Já li isso uma vez.
Não sei. De que é que estávamos a falar?
Tens fruta, vegetais...
Boa noite. PlayTronics...
20:28 ENTRADA DA FRENTE
DE WERNER BRANDES
As mutilações de gado aumentam.
- Não.
- Desculpa.
Cá vamos.
Temos vídeo. Os oito.
Estás a ir bem.
Estás com o caminho livre
até à Armadilha para Homens.
ENTRADA RECUSADA
Favor falar mais devagar
Olá, o meu nome é Werner Brandes.
A minha voz é o meu passaporte.
Verifiquem-me.
OBRIGADO
20:32 WERNER BRANDES
ENTRADA SALA 317
Há uma área de 90 cm no canto,
fora do alcance do sensor.
Óptimo. Aguenta. Assobio?
- Carl, como está o tempo?
- 37º e estável.
Lindo. Temos temperatura corporal.
Vai.
Mais uma vez, lamento tanto o jantar.
Não, estava mesmo delicioso.
Não. Cozi demais as cenouras.
Gosto delas mesmo moles.
- Que giro.
- Olha.
Olha para isto.
Faz de morto.
Óptimo!
Fui eu que fiz o chip
de reconhecimento da voz.
E que coisa para se fazer!
- Posso fazer uma chamada rápida?
- Claro.
- Está no quarto.
- Lá em cima?
Sim, sobe e depois sempre em frente.
O primeiro é um armário.
Cachorrinho.
Olha só o que fizeste à mala da Doris.
E se fossemos dar uma volta, Doris?
Não acredito!
Que estás a dizer?
A ASN matou o Kennedy?
Não, atingiram-no mas não o mataram.
Ainda está vivo.
Já chega. Estou farto.
Não quero falar mais contigo.
- Faz o teu trabalho. Não quero conversar.
- Muito bem.
São as mesmas pessoas
que tramaram o Pete Rose.
Foi divertido. Podemos voltar?
- Estamos quase lá.
- Quase lá?
- Esquece.
- Não, Crease.
O Werner acaba de estacionar.
Tem a Liz com ele.
Acho melhor despachares-te.
A única coisa que não posso fazer
é despachar-me.
"Quero que mo digas apenas uma vez."
"Passaporte. Tens uma voz tão bonita."
Sou o Dr. Brandes. Trabalho no 3°
Acho que esta impostora
quer entrar no meu escritório.
Espere! Deixe-me ver
o seu cartão de entrada.
- Tiraste-me o cartão!
- Que cartão?
Temos aqui um problema.
- O quê?
- Chama a polícia.
Acho que alguém está a tentar entrar
no meu escritório.
Vamos ao escritório dele.
E então?
Parece estar tudo em ordem.
- Sim?
- Sim, senhor.
- Lamento tê-la incomodado.
- Não tanto quanto eu.
Estão a deixá-la sair.
- Vamos chamar-lhe um táxi.
- Obrigada.
Este é o meu úItimo encontro
por computador.
Espera.
Foi um computador que a juntou a ele?
Não me parece.
Porque é que está tão quente aqui?
Há seis guardas à entrada,
quatro no corredor sul,
cinco lá em cima, a norte.
Guardas na caldeira.
Ouve com atenção.
Estás metido em sarilhos.
Os tubos de aquecimento sobre a fornalha.
Vai correr bem.
Descobre os tubos de aquecimento.
Vão conduzir-te ao elevador.
Há uma saída de emergência
ao fim do corredor norte.
- Há paredes à prova de fogo.
- Que vá para sul.
Não, directamente para norte, 30 metros.
Uma vez lá, diz-me.
Equipa azul, ir para corredor um.
Equipa verde, para corredor norte.
Vai estar num espaço minúsculo. Entra.
Estou no 3°, nordeste, sobre o corredor.
- Acho que näo tem saída.
- Não te mexas.
Não te preocupes, tiramos-te daí.
Temos guardas por todas as escadas.
Consegues ouvir se há...
O quê? Não digas: "Oh, não!"
Fala Wallace.
Estou em nordeste, 3° Vou verificar.
Martin, perdemos...
Estás a ouvir-me?
Raios!
Pára de disparar.
Sei que estás no edifício...
e sei que me podes ouvir.
Näo devias ter voltado.
Ganhei e tu perdeste.
Se a nossa amizade significava alguma
coisa para ti, devias tê-la deixado assim.
Mas tinhas de ser sempre tu a ganhar,
näo era?
Eras o que te safavas, e eu näo.
Ficavas sempre com a miúda, näo era?
Eu nunca fiquei,
pelo menos até agora.
Ela é adorável.
Por favor.
Por favor, traz-me a caixa.
Tens de saber...
que eles näo deixaräo nenhum
de vocês vivos, se tentarem sair.
Eu sou a tua saída.
Sou a tua única saída.
Se te quisesse morto,
estarias morto.
Não te posso matar.
Tens de confiar em mim.
Pessoal, vou entrar.
Estás a ouvir-me, Carl?
Sim.
- Como estás?
- Bem. E tu?
Tens a minha caixa.
Temos um acordo.
Não é?
Espera um segundo.
Espera um minuto!
Raios te partam, deste-me a tua palavra!
Não posso matar o meu amigo.
Matem o meu amigo.
Filho da mãe.
Não pensaste que te íamos
deixar sair, pois não?
Não pensaste que te ia deixar ficar
com a caixa, pois não?
- O quê?
- Agora.
Agora? O que é isso de agora?
- Agora!
- Tens razão, agora!
Carl, agora!
Larga-o.
A sério. Tenho óptima pontaria.
Mulher! Mexe-te!
Claro.
Levanta-te.
- Estavas à espera de quê?
- Não é fácil, o que acabei de fazer.
- Pessoal, podemos sair daqui?
- Sim.
Por aqui.
- Para cima!
- Estou a ir!
Depressa!
Estamos no telhado. Há uma saída
de emergência num dos lados. Está livre?
Sim.
Onde estão?
Numa colina, com vista
sobre o lado nordeste do terreno.
- Ali!
- Lindo. Venham buscar-nos.
Despachem-se. Temos só uns minutos
antes de darem pela nossa falta.
Vamos buscar-vos.
Ponham as mãos onde as possa ver
e saiam da carrinha.
Tu também, Escarumba.
Bish, apanharam o Crease e a Mãe.
Merda!
Assobio, tens de ser tu!
A fazer o quê?
Tens de conduzir. Vou-te dando indicações.
Depressa.
Conduzir o quê?
Está bem.
Há um portão a 30 metros atrás de ti.
Põe a marcha atrás e prego a fundo.
Alguma vez te disse porque deixei a CIA?
Não.
O que é marcha atrás?
Uma para baixo.
O meu feitio.
Se se metem comigo, racho-vos a cabeça!
Onde é que vai o Assobio?
Estou a ir para trás.
Muito bem.
Agora dá-lhe no travão!
Já!
Põe a alavanca das mudanças
duas vezes para trás.
Duas vezes.
Vira à esquerda. Prego a fundo.
- Vou para a frente.
- Endireita.
- O que foi aquilo?
- Continua.
Deus, estou a guiar!
Não faças isso. Estou a guiar!
À esquerda!
A minha esquerda. Certo.
À direita! Direita!
Tudo bem.
Lindo. Continua.
Agora vais descer suavemente.
Muito bem. Sem problemas.
Vais muito bem. Mais cinco segundos...
e pára.
Acho que vou parar aqui.
Foi espectacular!
Vou ao volante. Para trás.
Onde está o Martin?
Afastas-te da escada?
Vais dar-me a caixa agora,
ou mato-te já aqui.
Não.
Dá-me a caixa!
- Pensei que não me podias matar.
- Falhei de propósito!
- Agora dá-me a caixa.
- Toma o raio da coisa! Não a quero.
Ganhas, eu perco. É o que queres, não é?
- Diz!
- Sim.
Desculpa.
- Podias ter partilhado isto comigo.
- Eu sei.
- Podias ter tido o poder.
- Não o quero.
Sabes até onde podemos ir com isto?
- Sim, sei. Não está lá ninguém.
- Exactamente.
O mundo já não é regido por armas,
ou energia ou dinheiro.
É por uns e zeros, pequenos pedaços
de informação. São só electrões.
Não me interessa.
Não espero que as outras pessoas
compreendam isto,
mas espero que tu compreendas.
Iniciámos esta viagem juntos.
Não era uma viagem.
Era uma brincadeira.
Havia uma guerra, velho amigo,
uma guerra mundial.
E não se trata de quem tem mais armas.
É sobre quem controla a informação:
O que vemos e ouvimos,
como trabalhamos, o que pensamos.
É tudo sobre a informação.
Se fosse a ti, destruía isso.
Não vás.
Faz o que tens a fazer.
Mas se me queres impedir,
terás de puxar o gatilho.
Tu.
Não acredito que tenhamos escapado.
Fizemos o maior assalto da história
e não o podemos contar a ninguém.
Sabes no que é que não acredito?
Amanhã é quinta-feira!
- Nem uma palavra.
- Todos vocês, para aqui.
Mãos ao alto. Mexam-se!
Sou Bernard Abbott,
da Agência de Segurança Nacional.
Falámos ao telefone.
Acho que tem algo que me pertence.
É interessante, não acham, rapazes,
que a ASN aqui esteja?
Pensei que era o FBI
que fazia este tipo de coisa.
Completamente.
Isto está fora da jurisdição da ASN.
A não ser que a ASN não quisesse que
ninguém soubesse da caixa preta do Janek.
Continuo a pensar numa coisa que o Greg
me disse.
Que os nossos códigos se baseiam
num sistema diferente,
do dos Russos, por isso esta caixa
não serviria para eles.
Só serve para espiar Americanos.
Claro que com uma caixa destas poderiam
ler o correio do FBI.
- Ou da CIA.
- Ou da Casa Branca.
Não admira que não a queiram partilhar
com outras crianças.
O que quer, Sr. Bishop?
Limpar o meu registo.
- Saia da minha vida.
- Não tenho grande escolha, pois não?
A não ser que queira ler
sobre isto na Newsweek.
- Combinado. A caixa.
- Tão depressa, não.
- Quero uma caravana.
- O quê?
Equipada, grande cozinha, cama de água,
com rádio, leitor de cd, microondas.
Isto não é um stand de automóveis.
Ele quer uma caravana.
Muito bem, uma caravana.
Muito obrigado. Interior, cor vinho tinto.
Agora a caixa.
Nunca levei a minha mulher à Europa.
Lamento. Dê-me a caixa.
Vai comprar-me dois bilhetes de ida
e volta, em primeira, para Atenas,
Lisboa, Madrid e Escócia.
- Não te esqueças do Taiti.
- E Taiti.
- O Taiti não é na Europa.
- Perdão.
Quando tiver a caixa,
dê-nos lições de geografia.
Até lá, este homem vai ao Taiti.
Muito bem! Taiti!
Carl?
A jovem com a ***, é solteira?
Carl. Com licença.
É o grande momento. Pensa em grande.
Só quero o número de telefone dela.
Por favor.
- E que tal um almoço? Pode vir também.
- Não.
- Não vou fazer isto.
- Abby, vá lá.
- O FBI dar-lhe-ia gémeas.
- Não!
Espera um segundo.
Podes ter tudo o que queres
e pedes-me o número de telefone?
Sim.
273-9164,
indicativo 415.
- Sou o Carl.
- Sou a Mary.
Vou vomitar.
- Já está tudo?
- Ainda não. Assobio.
Quero paz na terra
aos homens de boa vontade.
- Isto é ridículo.
- Ele fala a sério.
Quero paz na terra
aos homens de boa vontade.
Somos o governo dos Estados Unidos.
Não fazemos esse género de coisas.
Vão ter de tentar.
Muito bem, verei o que posso fazer.
Muito obrigado.
É tudo quanto peço.
E tu? O que é que queres?
Estou bem.
Podem dar-me a caixa?
Sabe que não funciona. Nunca funcionou.
Não é importante, pois não?
O que é mesmo importante
é que nada disto aconteceu.
Esta caixa não existe.
Nunca a tinha visto.
Lembre-se disso.
Tudo o que fizeste foi dizer
que estava estragada.
Ainda a podem ligar
e fazer coisas horríveis com ela?
Não.
Num anúncio surpreendente,
o Comité Nacional Republicano...
revelou que está na bancarrota.
Disseram que na semana passada
tinham bastante dinheiro nas contas,
mas que agora näo sabem para onde foi.
Mas nem todos väo andar a pedir.
A Amnistia Internacional, o Greenpeace
e o Fundo Universitário dos Negros...
anunciaram enormes ganhos,
nesta semana,
em parte devido a avultadas
contribuições anónimas.
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