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" MISTERIOSA OBSESSÃO "
Sam.
Quanto tempo passaste
no vestiário,
em comparação com a semana
passada?
Um pouco menos.
Menos quanto?
Não sei exactamente.
Queres dar um palpite?
Não, nem sequer chega a uma
hora por dia.
E quanto tempo passou
desde a sua perda?
Esperas que eu esqueça?
Quanto tempo?
14 meses e 6 dias.
Posso dizer-te as horas e
os minutos se quiseres.
Não posso evitar.
Tudo bem. É apenas a sua
memória a trabalhar.
- Tou?
- Olá, o que estás a fazer
Estou de saída, atrasada
para a minha consulta.
Ouve, pensei em sairmos
para jantar à noite.
Não sei...acho melhor
ficar em casa.
Desculpa.
Tudo bem.
Vou cozinhar algo bom.
Não, vai dar muito trabalho.
Não, eu quero.
Eu quero, Jim.
Está bem?
- Olá, Eliot.
- Tive saudades tuas. Onde estiveste?
Eu sei, não te tenho ligado.
Não sejas tola, não foi isso
que eu quis dizer.
É que não nos temos visto.
Liga-me para combinarmos uma saida.
Com todo o prazer.
Adeus.
Precisas de ajuda?
Eu estacionei o meu carro aqui.
Neste sítio, ontem à noite.
Qual é o carro?
Um Volvo vermelho.
Obrigada.
Eu esqueço-me sempre.
O Jim diz que eu vivo agarrada
ao passado.
Como está a vossa relação?
Vocês discutiram na semana
passada?
Ele não discute, negoceia.
Estás confortável com o contacto
físico? Como é que vai o sexo?
Como te sentirias se eu te
colocasse essa pergunta?
Como vai o sexo com a Sra. Munce?
Responderias?
Sim, mas teria de te cobrar mais
por isso.
- O que foi?
- Eu estava a beber café.
Hoje não.
Eu acabei de o beber.
Eu ofereci-te mas tu recusaste.
Da última vez tomaste.
Deslizes de memória.
Eu não me esqueci, ainda sinto
o gosto do café.
O cheiro do meu café fez-te
fabricar a memória do mesmo..
e do seu gosto.
Somente isso.
Vocês os dois têm de suportar.
Às vezes a mente precisa de ajuda
para deixarmos algo para trás.
Esperas que eu esqueça
do meu filho?
Achas que amplifica algumas
memórias do Sam?
Adicionas algo a elas?
Não.
Porque faria isso?
- Qual é a ocasião especial?
- Tu!
Vais voltar a trabalhar,
acho isso óptimo.
É um trabalho de freelancer,
nem sei se o quero fazer.
Acho que o deverias fazer,
seria óptimo para ti.
Qual é o livro?
Mulheres psicóticas e os homens
que as amam.
Estou a brincar!
É um livro infantil.
Desculpa.
Não faz mal.
Vou buscar as taças bonitas
que a tua mãe nos deu.
Por falar em psicóticas...
O livro não é para crianças
crescidas, ou é?
O que fizeste, Jim?
- Como?
- O que é que fizeste?
- Telly...
- Porque trocaste a foto?
- Eu não troquei nada.
- Achas que isso me ajuda?
Levá-lo para longe?
Tens de entender...
Quero a fotografia de nós os três.
Achaste que eu não perceberia?
Que eu não me importaria?
Venho sempre aqui para encontrar
outros que se balançam.
Tu és a primeira.
Nós conhecemo-nos.
Sou a Telly.
Lembra-se?
Telly Paretta.
Mãe do Sam.
Estamos cansados de condolências,
mas eu também sinto pela Lauren.
Bem, por hoje chega.
Tenho de ir.
Não se lembra de mim?
Claro.
- Queres que eu dê balaço?
- Não.
Quer vir para casa comigo?
- Eu moro já aqui.
- Boa noite, Ash.
Tu conheces-me mesmo.
É por isso que não queres
vir para casa comigo.
Jim?
Por favor, não me peças
para esquecer.
Jim?
Mãe, olha!
Depressa, mãe!
- Lá está o teu avião.
- Eu sei.
Sam.
Jim, por favor.
Sim, vou deixar um recado.
Não posso...
Não acredito no que fizeste.
Com o livro e...
Eu estava tão bem com as fotos...
e a tranca...
...tu arrombaste...
Queres fazer com que te odeie?
Queres fazer com que te odeie?
Por favor...
Por favor...
Telly?
Telly?
Não posso...
...ficar contigo.
Não quero mais ver-te, sai.
- Espera...
- O livro...
O livro eu aceito, mas...
...tua apagaste o nosso filho.
Apagaste o meu menino.
Tu apagaste tudo.
- Telly, pare.
Elas estiveram sempre vazias.
Como?
O que estás a dizer?
Tu estás a lembrar-te.
O Dr. Munce está...
Solta-me! Por amor de Deus, Telly.
Essa é a realidade.
As cassetes estiveram sempre vazias.
- Sabes o que ele está a dizer?
- Sim.
Ele está psicótico?
Não.
O meu filho...
...Sam...
Telly...
Sam Paretta nunca existiu.
Tu nunca tiveste um filho.
Isto é de loucos.
Sinto muito, queria ajudá-la
devagar, com cuidado.
- Mas não imaginava que tu...
- Não, ele apagou as cassetes,
Trocou o livro por outro vazio.
Como podes acreditar nele?
O Sam cresceu e tinha 9 anos.
Eu tenho 9 anos de memória.
Memórias inventadas, Telly.
Isso acontece, as pessoas fazem isso.
Chama-se pára-amnésia.
- Imaginaste uma vida...
- Todos se lembram do Sam. Todos!
Telly, tu sofres-te um aborto.
Tu corrias perigo de vida,
o bebé foi prematuro.
Ele nasceu morto, tu quase
que morrias.
Parem com isso...
Choque pós-traumático.
Cada um reage de uma maneira.
Algumas pessoas inventam vidas
inteiras alternativas.
Elas imaginam amigos, amores
e crianças imaginárias.
Parem! Porque estão a fazer isto?
Porque o querem tirar de mim?
Estão a dizer que eu o inventei?
É muito simples,
existem fotografias...
Pessoas na tua condição podem
olhar para uma foto,
e ver o que a mente quer ver.
Tu costumavas ver o Sam,
mas estás a recuperar-te.
O Sam tirou esta fotografia e depois
uma mulher tirou-nos outra a nós os três.
Essa foi a foto que o Jim tirou daí.
Temos milhares de fotos!
Não! Ele desapareceu com
o livro verdadeiro!
Telly!
Queria fazer isto sem precisar
de te internar.
Tudo bem.
Não, existem...existem...
Existem fotos que ele
não apanhou.
Eu vou-te mostrar.
Acabaremos com isto.
Acabaremos com isto.
Telly, vamos sentar-nos.
Telly!
Telly! Telly!
Onde vais?
Preciso de ver alguns jornais
periódicos de há 14 meses atrás.
Precisa de preencher isto.
De que jornais precisa?
Como...como é que ele não
está em nenhum destes?
Tem a certeza da data?
O que está a tentar encontrar?
Seis crianças mortas num
desastre de avião.
Como é que pode...?
Tenho de ir.
Tenho de ir.
- Eliot.
- Meu deus! Telly.
O que fazes no escuro?
O que se passou?
Tive uma discussão com o Jim.
Sinto muito.
Entra.
Discutimos por causa do Sam.
Por causa de quem?
Sam.
Quem é o Sam, querida?
Eliot, ele é o meu filho!
O teu filho?
Por favor, tu conhecias o meu filho.
Tomaste conta dele milhares de vezes.
- Não sei do que estás a falar...
- Estou a dizer que conhecias o meu filho!
Falavas com ele, estavas sempre com ele.
Compraste um boné para ele.
Ele andava sempre com o boné!
Entra, conta-me qual é o problema.
Telly!
Telly!
- Quem é, merda?
- É Telly Paretta.
Por favor, Ash.
- Vai embora?
- Não.
Lembras-te de mim?
Sim.
Quem sou eu?
Estás pior do que eu.
Que diabos estás a fazer?
Eu já estive aqui com o meu filho.
Lembras-te?
Tu és uma antiga fã?
É verdade, tu és um
jogador de hóquei.
A Lauren tinha muito orgulho
disso.
Diga a Lauren que eu agradeço.
Não acompanho o hóquei e o meu
filho Sam gostava de baseball.
Ah, baseball.
É um óptimo jogo.
O único desporto que tu
consegues jogar enquanto dormes.
- Tu bebes?
- Não, só queria falar contigo.
Sobre o quê?
- A tua filha.
- Eu não tenho nenhuma filha.
Embebedas-te toda noite?
Não, às vezes fico
bêbado à tarde.
O que queres?
Eu tinha um filho.
O meu filho Sam e sua filha
Lauren eram amigos.
Às vezes eu passava aqui para vir
buscar o Sam ou levar a Lauren ao cinema.
Podemos conversar sobre
isso depois?
Depois do quê?
Depois de eu dormir.
De certeza que alguém tem uma filha.
Alguém conhece o seu filho.
Mas eu não.
Isso é bom.
Nós casamos?
Não sou eu.
És tu, o Jim...
Não sei quem mais ou o quê.
Não sei de nada.
Não sei porque não estás
nos jornais.
Não sei de nada,
mas sei que não sou eu.
Eu não estou louca.
O teu escritório,
era o quarto da tua filha.
Deixaste-a desenhar isso.
São os desenhos dela.
Que diabos fizeste?
Ela estava a mostrar o quarto
para o Sam e eu estava aqui.
A cama dela era aqui e a escrivaninha tinha
fotos de revistas, recortes como esta.
- Tu estás maluca.
- Este era o quarto da tua filha.
Quem morou aqui antes
decorou o quarto dos filhos.
Vou chamar a polícia.
Não! Estávamos juntos no funeral
das crianças, lembras-te?
- Eu, tu, a tua ex-mulher e o meu marido.
- Saia daqui!
Lembro-me que estavas mais
triste que a tua mulher.
Ela é como o meu marido,
reprime os sentimentos.
Mas tu e eu...
Ouça! Ouça!
Nunca nos encontramos num funeral.
Não te conheço nem ao teu filho.
A Lauren e o Sam eram amigos.
Nós fomos leva-los ao avião,
para irem a um acampamento,
mas nós os perdemos.
Eles morreram há mais
de um ano.
Tu não bebias.
Como é que sabes disso?
Eu conheci-te.
Tu não eras assim.
Tu começas-te a beber
há 14 meses, não foi?
Não foi?
Foi quando a Lauren morreu.
- Eu nunca tive uma filha!
- Tu lembravas-te dela antes.
Toda a gente se lembrava
dos nossos filhos.
Mas aconteceu alguma coisa na última
semana, ou nos últimos dias.
Não sei o quê, mas os nossos
filhos foram esquecidos.
Já chega.
Não! Diga o nome dela
e eu vou embora!
Eu digo o nome dele todos
os dias!
Apenas diga.
Para que possas ouvir.
Lauren.
Diga.
Lauren.
Agora olha ao teu redor
novamente.
Ela estava aqui.
Ela morava aqui.
- Preciso de um minuto.
- Por favor, diz se...
Preciso de um minuto.
- Queres café?
- Não, obrigado.
Sei que é difícil.
Do que te lembras?
Eu chamei a polícia.
Tu precisas de ajuda,
eu nunca tive uma filha.
Tu precisas de ajuda.
Sinto muito.
Esperem um pouco.
É o melhor para ti.
Disseram que eu sonhei
isto tudo.
Achas que eu sonhei?
Temos de ir.
Olá. Carl Dayton,
Agência de Segurança Nacional.
Telly Paretta?
Ficamos com a custódia.
Tem identificação?
Telefone ao capitão Mills,
ele já verificou.
Olá, pai.
Desculpa, pai.
Qual das duas devo vestir, pai?
Esperem! Esperem!
- Onde é que ela está?
- Os federais levaram-na.
Pare!
Soltem-na.
Senhor Correl, para trás.
Telly.
Eu lembro-me!
Eu lembro-me!
- Tire-o daqui!
- Eu lembro-me!
Soltem-me!
Ela tem razão!
- Segura-o!
- Corra!
Corra!
Fuja!
- T-E-L-L...
- Y.
Telly.
Disseram-me que houve
uma queixa contra ela.
Ela entrou no apartamento de
alguém e não queria sair.
- Apartamento de quem?
- Sr. Ash Correl. Conhece?
Não.
Ex-jogador do New York Rangers,
muito bom.
O que é que ele tem a ver...
Ela estava a dizer que o filho
dela estava morto.
Nós nunca tivemos um filho.
Então porque diria isso?
A minha esposa está a delirar,
ela precisa de ajuda.
Onde é que ela está?
Foi levada para uma agência
federal.
Está sob a custódia deles.
Agora, Sr. Paretta,
porque é que a Agência de Segurança
está interessada na sua esposa.
Está a perguntar-me a mim?
Isto é de loucos.
Eles não se interessam por causa
de uma invasão de domicílio.
E também não procuram
por crianças desaparecidas.
Nunca existiu uma criança.
Obedeça, ouvis-te?
Está bem.
Eu amo-te.
Vou sentir muitas saudades.
- Adeus.
- Até logo.
Divirta-se.
Sam!
- Até logo.
- Até logo.
Tinha esperanças de que
viesses aqui.
Eu também.
Eu não entendo.
Fico a pensar que estou a
ficar maluco.
Como pude esquecê-la?
A minha menina...
Como...?
Não posso fazer isto.
Tu precisas...
...porque eu não posso
fazer isto sozinha.
Vamos, não deveríamos andar
por aqui.
Primeiro achei que tinha algo
a ver com o acidente do avião.
Lembras-te quando aquele avião
foi abatido em Long Island
e todos pensaram que tinha sido
um míssil? O governo encobriu.
Eu lembro-me.
Mas como é que o governo pode
apagar as nossas mentes?
Não é possível.
Então...
- O quê?
- Por favor, não me aches louca.
Eu já não acho isso.
Já te sentiste como se algo ou
alguém te estivesse a observar?
Como uma vigia?
Não, às vezes as pessoas são levadas.
Já ouviste falar disso?
- Do que estás a falar?
- Abdução.
Agora estás a assustar-me.
Ouve.
O que é que nós sabemos?
Eu tinha um filho, tu tinhas
uma filha. Eles morreram,
e todos além de nós os dois acreditam
que eles nunca existiram.
O que poderia ter feito isto?
Não, deve haver outra
explicação.
Quem poderia apagar os nossos filhos?
Todas as fotos desapareceram,
todas as notícias dos jornais,
todas as memórias desapareceram.
Nenhuma agência ou governo
poderia ter feito isso. Quem poderia?
Eu não sei.
Precisamos de encontrar um hotel.
- Tens dinheiro?
- Não muito. Uso cartão de crédito.
Esqueça, se usarmos o cartão
encontram-nos logo.
Não vês televisão?
Eu leio.
És uma "snobe" danada.
Não, uma editora danada.
Porque estás com raiva de mim?
- Estás bem?
- Sim!
A minha porta.
ASN, precisamos de falar convosco!
- Fiquem dentro do carro!
- Fiquem dentro do carro!
Por aqui!
- Por onde foram?
- Por aqui!
Aqui dentro!
Baixa-te!
Merda, perdemo-los!
Ok, procurem no campo, e nós
procuramos na rua.
- Dallas, responda.
- Dallas..
O que está a acontecer?
Não encontraste nada?
O campo está limpo.
- Ok, vem ter connosco.
- Ok. Estou a voltar.
Vamos.
Tou?
Dr. Munce, é a Telly.
Onde estás?
Estás bem?
Não. Quero dizer, não
estou ferida, mas...
...existem pessoas atrás de nós.
Como assim?
Eu estou com alguém cuja
filha estava no mesmo avião.
Ele não se lembrava dela,
mas agora lembra-se.
Como explicas isso?
Como explicas as pessoas
que estão atrás de nós?
Telly, isso é um ataque de pânico.
Aguenta. Diz-me onde estás que
vou para aí. Precisas de ajuda.
Não, preciso que comeces
a acreditar em mim.
Encontrei isto na minha casa.
Não tinha muita coisa.
Tens de comer qualquer coisa.
Estou a decidir se quero
muito sal ou muito açúcar.
Açúcar.
Não devias de fazer isso.
Não te preocupes.
Acho que me vou deitar.
Tu suportaste.
O quê?
Tu suportaste e eu não.
Eu esqueci-a.
Como conseguiste?
Não sei.
Porque somos tão importantes?
Ou os nossos filhos?
Os nossos filhos estão mortos.
Para quê tentar apagar as
nossas memórias?
Não vou tentar procurá-los.
Sam.
Ash?
Ash?
Acorda!
Vamos!
Vamos, acorda!
Acorda, vamos.
Acorda. Acorda.
Acorda!
Ash?
Ash?
Acorda.
Ouve-me.
- Mas que diabos estás a fazer?
- Ouve, tu estavas certo!
Tu não sabias o que estavas
a dizer mas tinha razão!
Se as crianças estivessem
mortas não davam importância.
Se achavamos que estão mortos o
porquê de apagar as nossas mentes?
Porque precisam que nos
esqueçamos deles?
Acho que as crianças
estão vivas.
É por isso que ainda posso senti-lo
e não consigo esquecê-lo.
Não sentes que a Lauren ainda
está viva?
Não sei, talvez...
Sim.
O Jim sai do escritório
por volta das 12:15.
Precisamos de apanha-lo sozinho.
Como é que ele é?
Temos os nossos problemas,
mas ele ama o Sam.
Faz com que ele diga o nome
do Sam.
Como me fizeste dizer o da Lauren.
Sai da frente!
Atrás de ti!
Sai da frente!
Meu Deus!
- Ele está...? Nós...?
- Eu não sei.
Eu já o vi antes.
Não atendas!
Tou?
- Tou, é a Telly Paretta?
-Quem é?
-Telly, é a Detective Anne Pope.
Não queríamos magoar ninguém.
Estava um homem na frente do
carro, e ele não saiu...
-O quê?
-Queremos encontrar os nossos filhos.
-Desliga!
-Eu sei disso.
-Tu sabes?
-Eu sei do teu caso.
Desliga!
-Esse é o Ashley Correll?
-Eles levaram os nossos filhos!
Fizeram-nos acreditar que morreram num
acidente de avião, mas não morreram!
-Anne?
-Sim?
Eu sei que não faz sentido,
mas o meu filho, Sam Paretta...
..e a filha de Ash, Lauren Correll,
estavam no mesmo avião...
Como é que 2 pessoas podem lembrar-se
de duas crianças diferentes...
...que jamais existiram?
Jim.
Olá.
Desculpe, eu conheço-a?
Qual é o problema?
Sou eu.
Estou perdido.
Podes ajudar-me?
Meu Deus...
O que fizeram contigo?
Sou eu... Telly...
Desculpe.
Nós conhecemo-nos?
-Eu conheço a sua mulher.
-Ah, entendi. Não sou casado.
Encontrou o Jim errado.
James William Paretta!
Quem és tu?
-Sabes quem é Sam Paretta?
-Não me pertence.
Talvez ajude se repetir o nome.
Sam...
Vou embora.
E quanto ao Jim?
São eles!
Ei!
Temos de sair daqui. Da cidade,
pelo menos durante esta noite.
Para um lugar suficientemente
longe.
Telly...
Ele nem me reconheceu...
Esqueceu-se de mim.
Eles atropelaram o homem, e bateram
na bomba de gasolina, olha.
Olhe aqui. Eu não vi, mas ouvi.
O homem bateu em cheio na bomba.
Não existe sangue.
- Tem de existir...
- Os federais querem falar contigo.
- O quê?
- Detective Pope?
Não saia dai, está bem?
-Sou Carl Dayton. ASN.
-Estão aqui para alugar um carro?
-Como?
-Nem viram a cena do crime, Carl.
O que é que a Segurança Nacional
tem a ver com isso?
Não estou autorizado...
...a falar. Eu sei.
Precisam de materia nova.
Estamos nesse caso. Então, qualquer
informação que tenha que possa...
...levar-nos a Paretta e Correll,
ligue-me a qualquer hora, dia ou noite.
Gostas dessa parte, não é?
A parte que tu roubas o meu caso...
Preferia estar a navegar.
Eu conduzo essa investigação...
Até segundas ordens, Paretta e Correll
só quebraram as leis de Nova York.
Eu sou a cidade de Nova York,
e eu estou nesse caso.
O seu envolvimento nisto não tem
a ver com o acidente de avião...
...que eles alegam ter morto
os seus dois filhos, ou tem?
Filhos?
Não existem filhos.
Mas sabes sobre o acidente
de avião?
Não. Não sei nada sobre um
acidente de avião.
Tu não sabes muito.
Segurança Nacional, heim?
É melhor vocês acordarem.
-Ponha os olhos nas costas.
-Não estou a olhar para ti.
Eu tinha uma esposa. Só colocava
os olhos em mim para me criticar.
Ash. Por favor, não beba.
Viste? Eu disse que estava
a olhar-me.
Queres saber? Era melhor
não teres comentado nada.
Então não fales. Já estou cheia
de ouvir isso de ti.
Sinto muito por magoar os teus
sentimentos. Sinto muito.
Nenhum de nós pode ser um
herói, senhora.
Achas que eu não iria beber
essa garrafa inteira...
...por alguns segundos de paz?
Tu estás metido nisso, não
adianta beberes para fugir.
O que o torna tão especial?
Eu deixei-a.
A minha menina.
Tiraram-na de mim, mas eu deixei-a.
Que tipo de pai faria isso?
Preciso que fique sóbrio.
-Não faço isso por ti, sabias?
-Eu sei.
Nunca mais vou esquecê-la.
Eu sei que não vais.
Ninguém fez isso, correcto?
Não sei como vou
recuperar o meu filho.
Vamos pensar em alguma coisa.
-E?
-Carl Dayton? É da ASN mas é só fachada.
Mas tem um nível de acessos especiais.
Uma unidade dentro da ASN.
-Esse pessoal é profundo.
-E depois?
Uma vez que entram no negócio,
é muito difícil de saírem.
Tenho de ir buscar o meu sobrinho.
Vái dormir...
Preciso disso na minha mesa.
-Com licença, Tenente Pope?
-Não, já chega!
Vou para o meu carro.
Já estou a ir embora...
Sou o Dr. Jack Munce.
Telly Paretta é minha paciente.
Eu gostaria de ajudar.
A Telly mantém contacto comigo.
Então o que me pode dizer sobre a
Telly que me ajude a encontrá-la?
Eu achava que ela era simplesmente
ilusória.
Não tenho mais a certeza disso.
Como é que ela e o Senhor Correll
tiveram a mesma ilusão?
A criação de filhos imaginários?
No mesmo acidente de avião?
Eu não conheço o Correll. Pode dizer
qualquer coisa para estar com ela.
-Se ela telefonar novamente, chame-me...
-Tenente, acho que é importantíssimo...
...eu estar presente
quando encontrá-la.
Estamos a lidar com crises psicóticas.
Não vai querer causar mais danos.
-Eu ligo-lhe, Dr. Munce.
-Não, não é isso que eu quero.
-É minha a culpa dela estar lá.
-Porquê?
Ela estava sob os meus cuidados.
Ela ainda confia em mim...
...senão não teria ligado.
Quando ela telefonar novamente,
...o que ela disser vai saber,
porque eu estarei consigo.
Vai precisar de mim
para encontrá-la.
Merda.
A. Petalis.
É a Segurança Nacional.
O quê?
-Não precisas de fazer isso!
-O quê? Isto?
Pare!
Al. Al Petalis.
Deus, não sabem da confusão...
Então desistam agora, agora!
Diga-lhe para ele parar, Sra. Paretta.
Diga-lhe para parar antes que piore! Diga!
Só queremos os nossos filhos.
Não existem filhos.
Esqueçam os filhos.
O que disse? Disse para
esquecermos os nossos filhos?
-Quem és tu?
-Onde estão as crianças?
-Para quem trabalha?
-Porque as levaram?
- O que está a acontecer?
- Porque levaram as crianças!?
Juro por Deus, se eu levantar isto de
novo, vou partir-lhe o joelho. Juro.
Onde estão as crianças?
Não, pare! Eu...
Não sou eu...
Não somos nós...
Nós, nós...
Nós... colaboramos.
Colaboraram com quem?
Com quem?
Porque colaboram com eles?
Para sobreviver...
-Sobreviver?
-Tu também...
-Tem razão.
-De onde é que eles são?
Porque eé que eles querem
as crianças?
Diz-nos a verdade!
A verdade, a maldita verdade não
vai encaixar-se nas vossas cabeças!
-Não se encaixa na de ninguém.
-Diz-nos como recuperar as crianças.
Não sei...
Não sei de nada...
Só sei que vocês devem esquecer,
como todos os outros.
-Isto não fazia parte...
-Parte de quê?
Parte de quê?
Parte... dessa...
...experiência...
em particular.
-Continua.
-Não posso.
- Ai isso é que podes!
- Não posso!
- Podes!
- Não! Não!
Tens filhos?
Por favor...
Por favor diz-me...
Ninguém vai saber que
nos contou.
Apenas diga-nos...
...como recuperar os nossos filhos?
Ninguém vai culpá-lo.
Eu juro-te. Juro.
Eles estão a ouvir.
Está bem?
-Porque não nos levaram?
-Não sei...
Acho que foi o gás.
Não há nada queimado, nenhum sinal
de fogo e nenhum sinal de sangue.
E isso?
Anne Pope; os nossos filhos estão vivos.
Achamos que foram raptados...
...sabemos que tudo isto parece uma
loucura, mas por favor, ajude-nos.
"Rapto". Palavra interessante.
A maioria das pessoas fala "sequestro".
-Também encontramos isto.
-Com licença, Dr. Munce.
As testemunhas dizem que só viram
Paretta e Correll a fugir da explosão...
...não há sinal de outro
corpo lá dentro.
De onde apareceu isto?
-Brasher, que idade tem a Cassidy?
-Ela tem 7 anos, porquê?
Imagine que a sua filha jamais existiu.
Tu a inventarias?
-Porque faria isso?
-Sim... porquê?
Quest Air. Era o nome da pequena
empresa. Quest Air. Lembras-te?
Quest Air, então...
...queres dizer que...
Ele nunca caiu no mar...
É o mesmo que dizer que
eles levaram as crianças...
...o avião, piloto, tudo.
Tudo, faz parte deles.
Quest Air...
Deus, quem és tu?
O que fazes aqui?
Desculpe, não sabia que estava
aqui alguém.
Eu sou a Claire, assistente
do Sr. Schenier, e você é?
Eileen. Sou a contadora,
indicada para trabalhar...
...com a falência.
Lógico, eu...eu sinto muito.
Não há problema.
Deus, disseram-me que os empregados
da Quest não podiam ficar aqui.
Não há problema, o Sr. Schenier só
precisa de umas coisas dele.
Oh desculpe, mas, não pode
sair nada daqui.
Só cartas pessoais.
Lógico, se algo aparecer,
ficarei feliz em...
...enviá-las para casa dele,
com permissão da côrte, claro.
Está bem, o... o endereço
já não é o mesmo...
Qual é o que correcto?
Acho que é este.
Aqui...
Muito bem... eu tenho o
de Long Island...
...165, Collony way.
Ninguém mora aqui.
É... estranho.
Eles não se mudaram,
apenas, foram-se embora.
Vá em frente,
tens de dormir.
E tu?
Eu estou finalmente acordado.
-Entre.
-Onde vamos?
Eu consegui, usaram a identidade
falsa e estão em Long Island.
Ash?
-Schenier!
-Ash?
Telly?
-É o homem da côrte.
-Eu sei.
Temos de chegar ao aeroporto.
Onde deixamos as crianças.
Estão em casa connosco...
Anda, vamos embora.
Está encravada.
-Encontramo-nos no meu apartamento.
-O que estás a fazer?
Um de nós tem de sair daqui,
vai, vamos, vai!
Fique aqui.
Fique aí dentro.
Parado, não saia dai!
Mãos na cabeça,
De joelhos.
Agora!
Eu atiro!
Agora!
Pare!
Pare!
O que é que se passou?
Aonde está a Telly?
A Telly foi-se,
temos de sair daqui.
-E o Paul?
-Queres ajudar? Então conduz!
Conduz!
Vamos.
Telly... Telly, espera,
eu sou a Anne... Anne Pope.
Por favor ouve...
Eu sei, eu sei...
Eu acredito em ti, Telly,
acredito em tudo.
Eu vi, não é humano.
-Jesus Cristo...
-E as crianças?
Sim, tudo, nós vamos encontra-los,
eu prometo.
Ouviu-me?
Vamos encontrá-los.
Vamos encontra-los... o seu filho!
Telly?
Ash? Ash!
Eles levaram a Anne Pope
á minha frente.
Munce está lá em baixo,
vai levar-nos ao aeroporto.
Que linda vista...
O que fizeste com os nossos filhos?
Ash...
Telly, Para trás...não!
Ash!
Não!
Ash!
Telly...
Anda comigo.
Temos de ir à polícia.
Não, temos de ir ao aeroporto.
Por favor, Telly, precisamos
de ajuda.
Saia.
Não, eu levo-a.
Ele é um deles e está com o meu
filho, onde é que ele está?
Sabes que está tudo a ficar
fora de controle...
Vamos acabar com isto agora...
...fazer o correcto.
O quê?
Onde está o meu filho?
Não terminou...
Tu és um dos agentes deles...
Não, eu sou...
...apenas um dos que sabem.
Tu ajuda-los?
Eles não precisam da nossa ajuda...
...eles fazem as suas experiências
com ou sem a nossa ajuda.
Eles já o fazem há anos,
talvez sempre o tenham feito...
E tu deixas, que eles façam
o que eles querem...
Deixá-los?
Eu não tenho escolha.
Só tentamos minimizar os danos.
Eu só quero o meu filho.
Telly... tu nunca terás o
Sam de volta.
Tu seguraste-te, mas é só mais
uma experiência para eles...
Eu não acredito...
...ele disse que não acabou,
ainda posso tê-lo de volta.
Tu conhece-los, ajuda-me.
Se insistires eu não posso
ajudar-te, desculpa.
O meu filho está aqui?
Tu nunca duvidaste...
...nem por um segundo, não é?
Ele está aqui.
Ele não é somente uma memória,
Telly.
Consegues vê-lo aqui?
Agora?
Sam!
Querido, espera!
Sam!
Sam!
O que fizeste com ele?
Para onde o levaste?
O que queres?
É uma experiência...
Ele é somente uma criança...
...o que aprenderias com ele?
Nada.
Isto não é por causa do Sam...
Não eram as crianças...
Nunca foi por causa das crianças...
Nós fomos a experiência.
A sua ligação...
...a mãe da criança...
...como se fosse um tecido
invisível.
Podemos até medir a energia.
Mas não a entendemos totalmente...
...então eu formulei a pergunta,
pode ser dissolvida? E pode.
Excepto por ti.
Devolva o meu filho.
E eu faço o que tu quiseres.
O que eu quero Telly,
é que tu esqueças o teu filho.
Que esqueças o Sam...
-Não!
-Senão, esta experiência falha.
Eu sou o responsável.
Não posso deixar que isto aconteça.
E o tempo está a correr.
Não vou ajudá-lo.
Existem coisas piores do que
esquecê-lo.
Não, não existem.
Tu precisas de... esquecer!
És diferente dos outros.
Porquê?
É melhor assim.
Não poderás comprar a memória dele.
Poderás ter uma vida novamente.
Agora, quero que voltes, ao
primeiro dia no hospital...
...à primeira vez que viste o Sam.
Preciso dessa primeira memória.
Dá-me essa primeira memória.
Aquele miúdo...
Como é que ele se chamava?
Que miúdo?
Eu tinha uma vida dentro de mim.
Eu... tinha uma vida.
Eu tenho uma criança!
Eu tenho um filho...
Eu tenho um filho!
O nome dele é Sam,
seu filho da puta!
Preciso de mais tempo...
Sam!
Sam?
Sam...
Sam...?
Sam Paretta, conhecem-no?
Sam?
Sam? Sam?
Sam? Sam?
Sam?
Olá, mãe!
Não está na hora de ir embora
ainda, ou está?
Não consigo respirar!
Desculpa.
Eu só...
Porque não fechas o casaco?
Posso ficar até às 17h30?
-Sim. OK, 17h30 está bem.
-OK. Obrigado.
Até logo.
Até logo.
Olá, Lauren...
Olá.
Olá.
-Acho que não querem os pais por perto.
-Não.
Continua a olhar para ele.
É difícil não olhar.
Eles estão muito bem.
Eu sei.
Sou a Telly...
...a mãe de Sam.
Sou o Ash.
Acho que já nos conhecemos antes.
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