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Tudo bem! São todos novos aqui,
vai tudo entrar no jogo do corte.
É simples!
Quero que agarrem na catana...
levantam-na,
sempre a cantarem.
Agarram na cana.
Cortam em cima..
Tiram as folhas.
Atiram para a pilha...
Para plantar outra vez.
Agora...A cana não vai saltar
e mordê-los, não tenham medo.
Cortem, rapazes, cortem!
TRADUÇÃO******BUGGY26
Está bem, está bem... Está bem.
Vamos.
Entra aí, rapaz.
Vamos.
Dá-me um beijo.
Amo-te.
- Também gosto muito de ti, pai.
Dorme bem.
Eu fico com isto.
Não quero ouvir mais barulho.
Boa noite.
Três semanas e dois dias.
É costume.
Pergunto o que farias sem mim?
Não vou ficar sem fazer nada.
Querido, é um bom dinheiro.
Só se eu não tiver que partilhar os
teus cozinhados com outras pessoas.
Não.
Vamos lá.
Porta-te bem com a tua mãe.
Ok, Alonzo?
Posso ganhar um beijo, por favor?
Obrigado.
Boa viagem, amor.
- Porta-te bem.
Pronto.
Boa tarde, Sr. Nortap.
- Bom dia.
Por falar no Diabo...
Está aqui agora.
Sr. Northup...! Tenho aqui dois cavalheiros
que gostava que conhecesse.
Messrs. Brown e Hamilton.
Senhor.
Sr. Northup, estes dois cavalheiros
estão inquirindo sobre indivíduos distintos,
e eu só sei dizer neste momento
Solomon Northup;
É um perito no violino.
- Sim, é.
Mr. Moon está a ser muito amavel.
Tendo em consideração
a sua graciosidade e sua modéstia,
podemos tomar um pouco
do seu tempo para conversar, senhor?
Claro.
Senhor.
Um circo?
- É o nosso emprego habitual.
A companhia atualmente está
na cidade de Washington.
Um circo muito familiar.
Uma palavra para descrever o...
talento e alegria
com que nós viajamos.
É um espetáculo diversificado e unico
que já se testemunhou.
Criaturas de África muito escuras
jamais vistas pelo homem civilizado.
Acrobatas do Oriente contorcendo-se
de todas as maneiras.
E eu mesmo ajudante do Sr.Brown;
Um médico internacionalmente reconhecido
...Na arte da ilusão.
Estamos a caminho
para reunir a companhia...
deixamo-la por algum tempo, para fazer
algum lucro com as nossas exibições.
A razão da nossa
investigação com o Sr.Moon...
Sim. Nós temos pouco tempo para
procurar música para o nosso espectaculo.
Homens de grande talento
aparentemente faltam.
- Obrigado senhor...
Se pudéssemos persuadi-lo em acompanhar-nos
até Washington...
Dávamos-lhe um dólar
por cada dia de serviço'
E três dólares por noite
para tocar nas nossas apresentações.
E depois
poderiamos pagar-lhe melhor,
para as despesas quando
voltasse aqui para Saratoga.
Duas semanas a partir de hoje.
Bem-vindo a Washington, Solomon.
Obrigado.
Bom dia.
Estou a dizer que é demais.
- Alguns diriam que é suficiente.
Solomon ...
Quarenta e três dólares.
Tudo para si.
Isto...é muito mais
que o meu salário.
Para a nossa semana mais lucrativa.
- Saúde!
Saúde !
- Saúde !
Outra rodada.
Umm...
Tanta generosidade ...
É ...extraordinário.
- E os seus talentos são inegáveis.
A Solomon!
- Saúde.
Saúde.
O quê...?
Tudo bem Solomon.
Não há que ter vergonha.
Nada mesmo.
Hamilton, temos que despachar.
Comprado por licitação.
Peço desculpas.
- Shh...Shh
Não queremos ouvir isso.
Não queremos.
Deixa-o dormir, Hamilton.
- Hm ...
Uma boa noite de descanso.
E amanhã...
Amanhã, amanhã vai sentir-se
bem e fresquinho..
Como se a Terra o renovasse.
Hamilton! Não há mais nada
que possamos fazer por ele.
É uma pena.
Bem, meu rapaz,
como te sentes agora?
O meu nome...
Chamo-me Solomon Northup.
Sou um homem livre.
Um residente de Saratoga, Nova Iorque.
A residência também da minha
esposa e filhos igualmente livres.
E não tem qualquer direito
para me deter...
Sim, nem todo os homens livres.
- E eu prometo-lhe
- Prometo sobre a minha liberdade.
Ficarei satisfeito sobre este mal entendido.
Solucione isto.
Tem os documentos.
Não é um homem livre.
E, não é de Saratoga.
Mas, da Geórgia.
Não é um homem livre.
Nada como um fugitivo da Geórgia.
É, um...
um fugitivo *** da Geórgia.
É um escravo!
É, um escravo da Geórgia!
És um escravo?
Não.
Ajudem-me!
Ajudem-me!
Alguém me ajude!
Essa coisa velha que tem vestido é
só trapos e farrapos.
Precisa algo adequado para vestir.
Vamos. Ponha isto.
Sim...
É isso mesmo.
É isso.
Não se agradece?
Não! Era da minha esposa.
- Trapos e farrapos.
Trapos e farrapos.
Vamos. Lava-te.
O rapaz, também.
Limpa-o.
Esfregue-o bem.
Sabe quando a minha mãe vem?
Cala-o !
- Mãe! Mãe !
Quieto! Quieto.
- Mãe!
Quieto! - Cala-o!
- Mãe!
A tua mãe já vem, juro que ela já vem,
mas tens que te calar.
Calado!
Precisamos de um ouvido simpatico.
Uma oportunidade para explicar
a nossa situação...
Na sua opinião o que é
um ouvido simpatico?
- Os dois homens com quem viajei.
Tenho a certeza que estão a interrogar-se
neste preciso momento.
Quase de certeza
que estão a contar o dinheiro,
que pagaram por si para o trazerem
para aqui.
Não eram raptores.
São artistas.
Artistas da mesma categoria.
- Sabia?
Sabia de certeza o que eles eram?
A verdade chegou até nós,
ao sermos levados para sul.
Nova Orleães, se me aventurar.
Quando chegarmos, somos postos à venda.
E além disto...
Bem, uma vez em estado de escravidão
suponho que só existe um resultado.
Não.
- Não disse isso para deixá-lo
agitado, John...
Nada disso. Para eles
não é nada de mais!
Mas o John foi raptado.
O John foi dado como dívida, é tudo.
*** paga a dívida,
E o John é redimido...
Rapaz, nossos chefes não vão vir por nós.
- Agora, John...John desculpa por tudo,
Mas, é assim que vai ser.
Para onde fôr, com o John.
Mãe!
- Randall.
Mãe!
Estás bem?
Vamos, levanta-te!
Eu disse para te levantares!
- Não, não ...
Agora, não quero ouvir mais conversas.
Entrem.
Não, não quero...
- Não há ncessidade para aquilo.
É apenas um viagem curta.
Só isso.
Não queira assustar as crianças,
não quer dar um passeio de barco, não quer?
*** gunna do John pagou a dívida.
*** gunna do John vem buscá-lo.
Não quero ouvir nem mais uma palavra,
de nenhum de vocês.
Nem mais uma palavra.
Não!
Está bem, vamos!
Vamos!
Vamos, miudos, vamos.
Vamos, mexe-te!
Vamos, vamos!
Para cima, para cima das escadas.
Leva isso!
Vamos, vamos.
Levanta-te!
Vamos, mexe-te com isso!
Certo, vamos!
- Mexe-te com isso rapaz!
Tira-lhe isso!
Eh, tu! Vamos, levanta-te!
Desce, aí.
Vamos.
Aí.
Senta-te.
Alegra-te, não estejas tão desanimada.
Se quiseres sobreviver,
faz o que te diserem e fala o menos possível.
Não digas a ninguém quem és,
e também não digas
que sabes ler e escrever.
A não ser que queiras ser morto.
Agora, mantem a boca fechada.
Digo para lutarmos.
A tripulação é pouca.
Se fôr tudo bem planeado,
acredito que podemos ser muito fortes.
Três não podem contra
uma tripulação inteira.
Somos pretos,
nascidos e criados escravos.
Os pretos não têm estômago para lutar.
É uma maldita de uma maldição.
- Tudo o que eu sei,
enquanto viajarmos será bem melhor
do que morrermos a tentar.
- Sobreviver não é só morte,
é baixar também a cabeça.
Há uns dias atrás tinha família.
Um lar.
Agora dizes-me que está tudo perdido.
“Não dizer a ninguém quem sou”
Se quiser sobreviver.
Bem, não quero sobreviver.
Quero viver.
Agora está melhor.
Melhor que nós.
Eu não vejo isso.
Clemens!
Clemens Ray!
Master Ray, senhor!
Quem manda aqui?
- Sou eu, o capitão !
Sou Sr. Jonas Ray.
O meu solicitador tem
aqui a documentação...
de que o preto chamado
Clemens Ray me pertence.
Não sei nada desse negocio.
Estou autorizado pelo tribunal
para levá-lo para a propriedade,
imediatamente ou é
acusado de roubo.
Libertem-no
Mestre!
Clemens?
Clemens!
Volta!
- Clemens!
Clemens!
Clemens!
Sr. Parker?
Oh, Sr. Northup.
Sra. Northup. Sr. Solomon,
está interessado numa nova gravata?
Seda pura vinda dos franceses.
- Temos falta de algumas coisas frescas..
para a viagem da Sra.
Nada mais.
Já passou uns anos?
Fora de Sandy Hill?
Sim.
- Tenho uma coisa ideal para si.
Algo que se adapta ao seu estilo,
forte o suficiente
para essa viagem de ida e volta.
É bonito.
- Mas, quanto custa?
Nós levamos.
Meninos, venham ver o que o vosso pai
acabou de me comprar.
Um momento, senhor
já o atendo.
Sr. Parker?
- Senhor?
Se quiser falar sobre
o preço ...
- Se nós pudermos discutir o preço!
Perdoe-me, Sra. Northup.
Um cliente espera.
Bem-vindo, senhor.
Compre, e esqueça a carteira.
Ignore a tolice do cavalheiro.
- Jasper!
As minhas desculpas pela
a intrusão, senhor.
- De maneira nenhuma.
Bom dia, senhor.
-Bom dia.
Jasper, fora!
Muito bem.
Vamos aqui ver...
Eliza!
Levante-se quando ouvir o seu nome.
Eliza?
Lethe!
John!
Oren.
Platt!
Platt?
Levante-se.
É você pela descrição dada.
Porque não respondeu quando o chamei?
- Meu nome não é Platt.
Chamo-me...
Chama-se Platt.
Capitão, leve estes pretos
para o meu carro.
Penso ter algo que goste
na sala lá atrás.
Siga-me, por favor.
Sim.
Agora...
Inspecione-os no lazer, mas ...
Por consideração a si tenho aqui
o jovem Ezra.
Membros sólidos incriveis!
Nunca vi uma coisa assim.
E esta criatura maravilhosa...
Acredita nisto?
Então , inspecione-os bem,
Não tenha pressa.
Bebam qualquer coisa fresca.
Cavalheiros, o que despertou aqui
a vossa fantasia?
Hm...?
Este rapaz?
Abra a boca .
Abre, para cima!
Nunca esteve doente,
um só dia na sua vida.
Ah, Sr.Ford?
Esplêndido, veja, senhor.
Quanto paga pela sua fantasia?
Quanto quer por aqueles Platt e Eliza?
- Ah, entendo ...
Mil para o Platt;
É um preto com um talento considerável.
Prometo-lhe.
Setecentos pela Eliza.
É um preço justo.
..Aceita uma nota?
- Por favor, senhor...
- Como sempre, de si, Sr. Ford.
- Por favor senhor, não divida a minha família.
- Não me leve só a mim leve também os meus filhos.
- Eliza, quieta!
- Terá o escravo mais
fiel em mim,
O escravo mais fiel
que já viveu,
Mas, eu imploro que não
nos separe...
Por favor!
- Pare!
Avança. Vem, vem..Vem.
Vai ver aqui como afinar o rapaz.
Como fruta madura.
Empresta-me a sua bengala,
por um bocado?
Observe, Randall?
Salta, salta, salta...!
Muito bem !
Mais depressa!
Ele vai tornar-se numa besta.
Quanto?
- Seiscentos para o rapaz,
é justo só isso.
Feito.
Um momento, por favor.
Sr. Ford?
- Por favor.
Eliza!
- Quanto para a menina pequena?
Não tem necessidade dela.
Tão nova não lhe vai dar nenhum lucro.
Não, não e não.
Não posso vender a menina.
Não há dinheiro que a compre.
Ela é muito bonita.
É raro encontrar uma assim.
Labios finos, cabeça esguia,
tem aqui muitos pretos para o algodão.
É uma criança, homem.
Pelo amor de Deus,
não tem sentimentos?
Minha sentimentalidade estende-se
ao comprimento de uma moeda.
Leva o lote todo, Sr. Ford,
ou não leva nenhum?
Por favor, por favor ...
Levo o Platt e a Eliza.
Não fico sem os meus filhos.
Não me vai levar sem eles.
Não, não, não ...!
Trouxeste quantos pretos?
Dois?
Trouxeste dois?
- Sr. Chapin...
Esta está a chorar.
Porque está a chorar?
Foi separada dos filhos.
- Oh, querido ...
Não podias ter ajudado.
-Pobre mulher, pobre mulher.
Sr. Chapin,
- Sim, senhor.
Amanhã leva estes dois
para o campo e põe-nos a trabalhar.
Por agora ponha-os confortaveis;
Arranje-lhes uma refeição, e
que descansem.
Sim, senhor.
Vamos. Vamos.
Despachem-se.
Algo para comer e um pouco de descanso.
Os vossos filhos depressa
os esquecem.
Para todos os pretos que não sabem
chamo-me, John Tibeats,
Chefe carpinteiro da William Ford.
Dirigem-se a mim como, Mestre.
Agora, o Senhor Chapin é o inspetor
desta plantação.
... E dirigem-se a ele...
Como Mestre.
Então, batam as palmas.
Assim.
Vamos.
Vamos lá.
Batam as palmas.
É isso.
Eu sou o Deus de Abraão,
E o Deus de Isaac, e o Deus de Jacob.
E quando a multidão ouviu isto,
Estavam surpreendidos com a sua doutrina.
Então um deles,
o qual era discipulo,
Fez-lhe uma pergunta,
tentadora,
O rio é bastante fundo para navegar,
mesmo para um barco de carga.
A distância da área de trabalho
para o ponto de entrega
... É várias milhas por água
e menos por terra.
Ocorreu-me que a despesa
do transporte estaria materialmente diminuída...
"Materialmente diminuiuda?"
- Se nós usarmos a via fluvial.
Você é engenheiro ou preto?
Você é engenheiro ou preto?
Deixe o homem dizer o que pensa.
- É um plano.
Muitos engenheiros pensaram isso.
O caminho é muito estreito.
Acho que não é mais que
doze pés nos sitios mais estreitos.
Chega para uma barcaça atravessar.
Uma equipa de pretos pode limpar isso.
E sabe alguma coisa
de transporte de madeira?
Trabalhei a reparar o canal de Champlain,
na seção acima onde
William Van Nortwick era superintendente.
Com o que ganhei contratei várias
mãos eficientes para me ajudar.
...E entrei em contratos para o transporte
de grandes barcaças de madeira no...
Lago Champlain para Troy.
Admito que estou impressionado
mesmo que você não esteja.
Arranje uma equipa,
vamos ver se é assim tão bom.
Bem, estou contente.
É um modelo.
Porque demorou tanto tempo para falar?
Obrigado, Master Ford.
- Não, obrigado.
Sim!
Olá, Sr. Platt.
O meu muito obrigado, Master Ford.
Eu é que agradeço,
Isto é o minimo que posso fazer.
A minha esperança é que isto lhe dê
alguma alegria ao longo dos anos.
Eliza.
Eliza.
Pára!
Pára com os gemidos!
Deixa de culpar-te.
Vais afogar nisso.
Deixaste de chorar pelos teus filhos?
Já não te ouço,
Mas, deixaste-os sair do teu coração?
...Eles são da minha carne...
- Então, quem está aflito?
Chateio o Mestre e a mulher?
Importas-te menos com a minha perda
e mais com o teu bem estar.
O mestre Ford é um homem decente.
- É um escravo!
Dadas as circunstâncias...
- Dadas as circunstâncias ele é um escravo!
Mas, lambes-lhe as botas...
- Não.
Estás a favor dele.
- Eu sobrevivo!
Não vou cair no desespero!
Ofereci os meus talentos
ao mestre Ford.
E vou manter-me assim até a liberdade
me aparecer!
- Ford é a tua oportunidade.
Achas que ele não sabe que
és mais do que aparentas?
Mas ele não faz nada por ti.
Nada.
Não és melhor do que gado premiado.
Pede-lhe. Pede, diz-lhe o
que pensas.
E vê o que ganhas...Solomon.
Então, já provaste o teu papel
como Platt, então?
Tenhos as costas cheias
de cicatrizes e é de quê!...
Protestar a minha liberdade.
Não me acuses...
- Eu acuso-te de nada.
Não te posso acusar.
Eu fiz tanto,
muitas coisas feias para sobreviver.
E foi por eles que eu acabei aqui...
Não fui melhor que tu.
Deus, perdoai-me.
Solomon, deixa-me lamentar
pelos meus filhos.
Quem..., deve-se humilhar ele mesmo,
como esta pequena criança,
o mesmo é grandioso no Reino dos Céus.
E o que receberemos...
uma tal criança em meu nome,
recebe.
Não posso ter uma depressão
por causa daquilo.
Mas quem ofender um destes pequenos
que acredite em mim, é melhor para ele
que uma corda seja enrolada ao pescoço,
e que seja atirado para as profundezas do mar.
Amén.
- AMÉN!
Ponha-as bem.
Vão ficar, senhor.
- Não, não existe tal coisa.
Liso ao toque como um casaco de veludo.
A chamar-me mentiroso, rapaz?
É uma perspectiva, senhor.
Por aqui pode ser diferente.
Mas as mãos não me enganam.
Eu pergunto se usa todos os sentidos
antes de ajuízar.
Oh ... meu ...és mal educado.
És um cão,
e não és melhor por teres educação.
Eu faço como quer, senhor.
- Então, quere-o em pé quando amanhecer.
Vai buscar um
barril de pregos.
...E começa a pregar as ripas.
- Sim, senhor.
E junte as tábuas.
Onde vou, senhor?
Solomon!
Solomon!
Solomon!
Solomon!
Quando eu disser que tive um favor do meu mestre,
entendes.
E durante nove anos ele abençoou-me
com todo o conforto e luxo na vida.
Sedas, jóias e até...
Os empregados a servir-nos à mesa.
Qual não era a nossa vida,
e a vida desta bonita mulher
chateava-me.
Mas a filha do Mestre...
sempre me viu como uma aberração.
Ela odiou a Emily não queria saber
e a Emily era carne da sua carne.
Com a pouca saúde da mulher do Mestre,
ela ganhou poder na casa e...
Depois, fui trazida para a cidade
com falsas promessas...
com os nossos documentos
da libertação a serem executados.
Minhas pobres crianças.
Pensei que tinha dito para
começar a pregar as ripas.
Sim, mestre.
Estou a tratar disso. Estas já foram substituídas.
Eu não disse ontem à noite para
arranjar um barril de pregos?
E eu fiz isso!
Porra!
Pensei que sabia alguma coisa!
Fiz tudo como mandou.
Se está alguma coisa mal,
então enganou-se a dar-me as instruções.
Tu, preto bastardo!
Tu...
Porra...
Preto bastardo!
Despe-te!
Tira!
Não tiro!
Tu...
Não vais viver...
para ver outro dia, preto!
Deus, ajudem!
Monstro!
Ajudem! Alguém me ajuda!
Ajudem-me!
Ajudem-me! Alguém.
Ajudem-me!
Ajudem-me!
O que há?
O que se passa?
-Mestre...
O mestre Tibeats quis chicotear-me
por usar os pregos que me deu.
Isto não fica assim.
Eu quero carne.
E eu vou tê-la toda.
Não te mexas.
Não tentes deixar da plantação.
Mas se fugires ninguém te vai proteger.
Fica aqui.
Pessoal? Quem tentar mexer
no preto é um homem morto.
Eu sou o inspetor desta plantação,
William Ford tem uma hipoteca
do Platt.
Se o pendurarem, ele perde a dívida.
Não têm perdão.
Quanto a vocês dois...
Se não derem valor à vossa vida...
Eu disse, desapareçam!
Não quero saber.
O Platt é meu, e meu para fazer
o que eu quiser.
Se lhe tocares...
Sam! Vai buscar a mula.
Vai chamar o Mestre Ford.
Acho que o Tibeats escondeu as premissas em algum lado.
Ele quer ver-te morto,
e vai tentar isso.
Isto por aqui já não é seguro para ti.
E acho que não vais ficar
quieto se o Tibeats te atacar.
Eu transferi a minha dívida
para o Edwin Epps.
Ele vai tomar conta de ti.
Master Ford?
Devia saber que não sou
nenhum escravo.
Não digas isso.
- Antes de vir para aqui era um homem livre.
Estou a tentar salvar-te a vida!
E...tenho uma dívida
quase acabar.
Isto, agora, é para o Edwin Epps.
Ele é um homem duro.
Orgulhoso em ser duro com os pretos.
Mas na verdade, não consegui
encontrar ninguém que o quisesse.
Fizeste a tua reputação.
Mesmo assim dadas as circunstâncias,
consegues ser um preto excepcional, Platt.
Receio que nada de bom virá aí.
"E aquele servo..
que conheci da vontade do Senhor...
QUE CONHECEU NA VONTADE DO SENHOR;
e não estava preparado...
NÃO ESTAVA PREPARADO
nem de acordo com a sua vontade,
deve ser banido...
Ouviram bem?
"Açoites."
Aquele preto que não
obedecer ao seu senhor,
ao seu mestre, ouviram?
- Aquele preto leverá muitas chicotadas.
Agora, "muito" significa bastante.
Quarenta, cem,
Cento e cinquenta chicotadas...
Isto é a Escritura!
Apanha algodão.
Mexe-te!
Vamos!
Mexe-te preto do caraças.
- Apanha algodão.
Mexe-te!
Ouve?
Vamos!
Duzentas e quarenta libras para Bob.
Quanto para James?
Duzentas e noventa cinco libras.
Muito bom, rapaz.
Muito bom.
Cento e oitenta duas libras para Platt.
Em media quanto consegue
apanhar um preto num dia?
Duzentas libras.
- Este preto não é nem médio.
Quinhentas e doze libras para Patsey.
Quinhentas e doze.
Não é vergonha nenhuma,
deixa Patsey de fora?
O dia ainda não acabou e
já passou das quinhentas libras.
Rainha dos campos, é ela.
138 libras ...
- Eu ainda não acabei, Treach.
Não devia ter algum tempo
para mim após o trabalho.
Sim, senhor.
Maldita Rainha.
Nascida e criada para o campo.
Uma preta no meio de pretos,
e Deus dá-me a mim.
Uma lição como recompensa
de coisas vivas.
Observem todos isto.
Todos!
Agora, Treach.
Fala agora.
Cento e trinta oito libras para Phebe.
Deu quarenta e cinco ontem.
Tira-a.
Duzentas e seis libras para George.
Quanto conseguiu ele ontem?
Duzentos e vinte nove.
- Não chega.
Vamos lá, rapaz.
Vamos.
- Vamos, rapaz, mexe-te!
Levantem-se. Hoje à noite vamos dançar!
Levantem-se!
Traz o teu violino, Platt !
Vá!
Vamos!
Vamos, Platt!
Vamos!
Vamos! Onde estão esses movimentos?
Mexam os pés.
Vende-a!
- O que foi isto?
Vais vender a preta!
Vender a pequena Pats?
Ela trabalha mais
que qualquer outro preto!
Escolhe outro para ir.
- Não há outro.
Vende-a!
Não vou!
Vais tirar aquela cadela preta desta propriedade,
ou eu mesma a levo para Cheneyville.
De volta aquele buraco
onde te encontrei?
Não fiques contra a Patsey,
minha querida.
Porque eu vou libertá-la
antes de acabar com ela!
Para onde estão a olhar?
Aquela mulher maldita!
Não vou ficar aborrecido.
Isso é que não.
Dancem!
Dancem, disse eu!
Vamos!
Vamos, Platt.
Toca essa coisa, rapaz!
Platt?
Sim, Mistress.
Sabes o caminho
para Bartholomew?
Sim, senhora.
Isto é uma lista de bens e coisas diversas.
Leva para ser aviado e volta imediatamente.
Toma a etiqueta.
Diz a Bartholomew para acentar isto na nossa conta.
- Sim, Mistress.
És de onde, Platt?
Eu já lhe disse.
- Diz-me outra vez.
Washington.
- Quem era o teu Mestre?
Chamava-se, Freeman.
- Era um homem sábio?
Suponho que sim.
- Ele ensinou-te a ler?
Uma palavra aqui outra ali,
Mas, não entendi nada como se escrevia.
- Não te preocupes com isso.
Como todos aqui, o Mestre comprou-te para trabalhar.
É tudo.
E depois ainda ficavas
com os olhos vermelhos.
Vem cá, rapaz.
Vamos.
Onde vais, rapaz?
- A caminho de...
Bartholomew...
Enviado pela Mistress Epps.
Então é melhor ires.
Vai depressa.
Alguma dificuldade?
-Não, Madame.
Foi fácil.
Platt Epps, bom domingo.
- Bom dia, Master Shaw.
Fui enviado pelo Mestre para vir buscar a Patsey.
Posso aproximar-me?
Claro que podes.
Com licença, Mitress Shaw.
Platt.
- Patsey, o Mestre quer que voltes.
Sábado Sagrado.
Estou livre para passear.
Mas, o Mestre mandou-me a correr para te vir buscar,
e que não havia tempo a perder.
Bebes chá?
- Obrigado, Mistress, mas não devo.
Sabias da consternação da Madame Epps
se ela voltasse assim tão depressa?
Não é isto a condição?
Senta-te.
Senta-te e bebe o chá que te ofereci.
O que é essa preocupação pelo Epps?
...Prefiro não falar...
Falarmos no Sábado Sagrado é bom.
Tudo com moderação.
Como já deve saber, Master Epps...
Pode ser um homem com
um semblante duro.
Sabe que ele não morre de amores
pelo seu marido.
Sim.
O mestre Epps de alguma maneira
quer acreditar,
que o Mestre Shaw é...
um sedutor.
Uma convicção falsa, sem dúvida.
Sem dúvida...
Ele é mesmo assim.
Não quis faltar ao respeito.
Ele não te ouviu.
Não quis faltar-lhe ao respeito, Mistress.
Ha! Nada atinge a minha sensibilidade.
É como o fim de uma chicotada
só fica a recordação.
Nem a trabalhar no campo.
Em tempos servi,
agora servem-me.
A causa para a minha actual
existência foi o Master Shaw..
Em dar-me os seus afetos,
e transmitindo-me a sua fidelidade.
Se isso me impediu de andar apanhar
algodão, então o que é.
Um pequeno preço e razoável
para ser pago, de certeza.
Eu sei o que é ser um objecto às mãos
deles das suas predileções e peculiaridades.
Uma visita a meio da noite,
ou visitar o chicote.
E aí tens conforto, Patsey.
O Bom Senhor administrará Epps.
A seu tempo o Bom Senhor
administrará tudo.
...A maldição no Pharos é um exemplo disso
do que esperamos para as plantações.
Isto é bom.
Patsy?
Patsey!
- Não olhes para ele. Continua.
Patsey...!
- Encontrei-a, Mestre,
e trouxe-a como me disse.
O que falaste com ela?
O que você diria para Pats?
Não falamos nada.
Nada mesmo.
Mentira! Maldito mentiroso!
Vi a falares com ela.
Diz-me!
Não posso dizer
o que não se passou.
Vou cortar a tua garganta preta.
- Mestre...
Vem aqui!
- Mestre, eu trouxe-a de volta...
Eu disse para vires aqui!
- Eu trouxe-a de volta, como me disse ...
Chega aqui!
- Vamos, vamos!
Trouxe-a, como me pediu.
Afasta-te da Patsy, rapaz!
É o dia do Senhor.
Nenhum cristão se porta desta maneira.
Eu concedo-te,
mas em nome de valor.
Ajuda o teu Mestre a levantar.
O que se passa aqui?
O Mestre Epps pensou que eu e a Patsey
estavamos a conversar, quando na verdade não estavamos.
Eu tentei explicar, mas ele não quis.
O que é isto? Nem no Sábado Sagrado
a tiras debaixo de olho?
Espera...
Um pagão imundo, irreligioso.
A minha cama é muito santa
para te deitares nela.
O que é que ele te anda a dizer?
- Dos teus modos ilegítimos.
E ele sabe de tudo?
Hoje ainda nem falei com ele.
Ele está a mentir, Platt preto.
Não é?
Não é?
Aí tens, toda a verdade.
Preto maldito.
Patsy?
Uma pausa na dança.
Vem ver o que eu assei para todos.
Obrigado, Mistress.
- Obrigado, Mistress.
Obrigado, Mistress!
- Obrigado, Mistress!
Obrigado, Mistress.
- Para ti não há, Patsey.
Vês isto?
Não vês
o olhar insolente que ela me faz?
Não vejo nada de mais.
- És cego ou ignorante?
Era desprezo, odio.
Estava a transbordar, aquela cara preta.
Diz-me se não viste,
ela escolheu não olhar,
diz que eu estou a mentir.
O que aconteceu, já passou.
É assim como te dás com os pretos?
Deixá-los pensar que eles
é que estão bem.
Olha para eles.
Como estão!
Como estão com tanto ódio.
E tu deixas,
uma noite destas ainda vêem ter connosco.
Queres que isso aconteça?
Estes animais pretos para nos estripar
como porcos quando estivermos a dormir?
Não...
És um banana.
Um castrado maldito se alguma vez existiu.
E se não me ajudares, vou rezar para
que não tenhas crédito para com os da tua especie...
e bateres quando se portarem assim.
Bate-lhe!
Comam!
Sirvam-se.
...E
depois, dançamos.
Eu disse, comam!
Platt...
Platt, estás acordado?
Sim.
Eu tenho um pedido.
Um ato de generosidade.
Tirei isto da Mistress.
Vai devolver isto!
- É teu, Platt.
Para quê?
Só quero...
No fim da minha vida.
Que leves o meu corpo
para a margem do pântano...
Agarra-me pela garganta.
Enfia-me debaixo de água...
Até eu estar quieta e sem vida.
Enterra-me num sitio para morrer.
- Não vou fazer tal coisa.
O...O detalhe sangrento que falas...
- Pensei num longo e duro.
É melancolico,
... nada mais.
Como podes cair em tal desespero?
Como não sabes?
Nunca tive nada nesta vida.
Se não consigo ter clemência de ti,
Eu imploro-te.
Há outros.
Pede-lhes.
- Estou a pedir-te!
Porque me estás a pedir uma coisa
destas quando só Deus pode fazer?
- Existe Deus aqui!
Deus é misericordioso...
...E Ele perdoa actos misericordiosos.
Não vai haver inferno para ti.
Faz isto.
Faz o que eu peço, que
não tenho forças para fazer a mim propria.
É uma praga.
Lagarta do algodão.
- Uma praga! É uma maldição Bíblica.
Deus enviou uma praga
para me castigar.
O que fiz eu para Ele
me odiar tanto?
É aquela parte pecadora.
Trouxeram isto até mim.
Trago-lhes a palavra de Deus,
e eles pagãos trazem-me o desprezo de Deus.
Malditos sejam!
Malditos sejam!
Malditos sejam todos!
Juiz?
- Sr.Epps.
Estou profundamente triste em saber
do seu azar.
Ouçam.
O juiz Turner vai ficar até à colheita.
Mais tempo se houver necessidade,
... Até que a minha colheita volte.
Não vai ser desrespeito para mim.
E não falem sobre as pragas biblicas.
Ouviram?
Ou eu tiro-vos a pele.
Saiam.
Saiam do alpendre!
Saiam do alpendre!
Platt, não é?
Sim, senhor.
- Já cultivou cana?
Não, senhor. Não.
- Age muito naturalmente.
Teve educação?
- Não, senhor.
Os pretos são contratados para trabalhar,
não para ler e escrever.
Toca violino?
- Sim, senhor.
Sim, eu toco.
Willard Yarney, um agricultor mais acima,
celebra o aniversário daqui a umas três semanas.
Vou levar o seu nome para ele.
O que ganhar fica para si.
Sim, senhor.
Fique bem, Platt.
Woooo!
Que rico dia?
Que rico dia?
Tempos negros estão a deixar-nos.
Fez-se a oração
e a praga desapareceu.
Tão espessa e branca como
a neve de New England.
E agora os meus pretos
voltam para mim.
O juiz Turner fez-lhes um favor.
Oh, tu iludiste-o, Platt.
Com os teus bonitos modos?
Bem, não fiques mandrião, rapaz.
Não, nas minhas terras!
Há muito trabalho para fazer.
Os dias são muito compridos?
Huh?
Boa! Boa!
Vamos buscar alguma coisa
doce para ti.
Doce.
- Doce?
George?
- 180 libras.
Patsey?
- Quinhentas e vinte libras para Patsey.
É a minha menina.
Nunca me deixes ficar mal.
Platt?
- Cento e sessenta libras.
Armsby?
Sessenta e quatro libras.
Um bom dia de trabalho
calcularia em média duzentas libras.
Sim, senhor.
Tenho a certeza que a seu tempo
vais ser bom apanhar,
mas dá trabalho, rapaz.
Põe mais algum esforço nisto.
- Sim, senhor.
Vamos.
Toca a fazer dinheiro.
É uma tragédia.
Como é que aconteceu?
Trabalhar no campo e escolher
algodão de uma mão humilde.
Venho de um sitio muito melhor.
Trabalhei como inspetor, sabe.
Não sabia, senhor.
- Senhor, não.
Apenas, Armsby.
Não era mais que qualquer
outro no campo.
Como arranjou essa posição,
se me permite perguntar?
Pergunte. Só estamos a conversar.
Tornei-me dependente do whisky,
com pouca confiança no trabalho.
Antes de dizer que sou
um bêbedo arrependido...
... Deixe-me dizer-lhe isto!
Vigiar também é um trabalho de confiança
... não é nenhuma tarefa fácil de espírito.
Eu digo, nenhum homem de consciência,
pode levantar o chicote para outro ser humano,
sem se cortar em tiras ele mesmo.
Leva-o para um sitio...
Onde ele tenta arranjar desculpas
dentro de si sem o afectar...
Ou encontrar uma maneira de saltar
as sensações de culpa.
Bem, eu saltei.
E com muita frequência.
Eu desisti de sonhos
de riqueza e prosperidade.
Mas tais resultados lucrativos estão reservados
para os Mestres das plantações.
É a nossa grande parte por servir.
Agora, não quero nada mais
do que ter um salário decente...
E ter a minha propria casa.
É o resultado do meu trabalho.
Alguns trocos,
é tudo o que eu tenho neste mundo.
Eu prometo
se fizer o favor que eu peço.
Mas peço para não me expor
se não puder conceder o pedido.
O que é...
O que é que quer?
- Primeiro, a sua palavra, senhor.
Em minha honra.
É um simples pedido.
Só quero que me ponha uma carta
no correio em Marksville.
E que nunca diga
nada a ninguém.
Um protetor
é só o que eu exijo, senhor.
Eu faço isso.
E aceito o pagamento
que me está a oferecer.
Por ajudá-lo, estou a pôr
em risco a minha vida.
Eu faço isso,
mas a compensação
é só o que eu quero.
Escreva a carta.
Encontramo-nos depois.
Dentro de dois dias?
Dentro de dois dias.
...Obrigado.
Bem, rapaz.
Eu entendo que tenho
um preto culto.
Que escreve cartas...
E pede a brancos para remete-las.
Bem, o Armsby hoje disse-me...
Que o diabo estava entre os meus pretos.
Que eu tinha um que precisava
de observar.
Ou ele iria embora.
Quando lhe perguntei, porquê?...
Ele disse que vieste ter com ele...
E o acordaste a meio da noite,
para ele levar-te uma carta...
... Para Marksville.
O que tens a dizer sobre isso?
Não é verdade.
Isso dizes tu.
Como podia escrever uma carta
sem tinta e papel?
Porque iria escrever uma carta.
Não tenho nenhuns amigos fora daqui.
Esse Armsby...
O Armsby é um mentiroso e um bêbedo.
Ele não queria que o contratasse
para inspetor?
É isto.
Ele quer fazê-lo acreditar
que nós vamos fugir...
E então, irá contratar um inspetor
para nos vigiar.
Ele pensa que você é muito brando.
Ele é dado a esse tipo de conversas.
Faz uma história de mentiras,
fora do contexto,
para conseguir aquilo que quer.
É tudo mentira, Mestre.
É tudo mentira.
Maldito.
Porque é que não és livre
e branco, Platt.
Porque não és livre e branco.
Edward?
Dá-me água!
Só quero dizer uma coisa...
Pelo Tio Abram.
Ele era um bom homem...
...E sempre tomou conta de nós,
desde pequenos.
Deus amou-o.
Deus abençoou-o
Que Deus o tenha.
Amén.
Espera até acabar.
Eh, Bass?
Não, não, não ...
Não é vergonha nenhuma em descansar
por causa do calor.
Bebida, sombra.
É descrente para os viajantes.
Farto, caso contrário...
Qual é a piada?
- Epps, estou aqui para fazer o trabalho à mão.
Como pediu
e pagou por isso.
Algo que faz injustamente.
Eu ofereço-lhe a oportunidade
para falar.
Bem claramente pergunta,
então eu repondo-lhe claramente.
O que me fez achar piada foi, era...
..a sua preocupação para com
o meu bem-estar neste calor.
Quando francamente...
..As condições dos seus trabalhadores...
- As condições dos meus trabalhadores?
- É duro!
- Que diabos?
- Está enganado..Todos enganados, Sr Epps.
Eles não precisam de ajuda.
São meus.
- Diz isso com orgulho.
- Eu digo como sendo um facto.
O assunto desta conversa resume-se
à verdade e ao que não é verdade.
Então, deve ser dito.
Não há nenhuma justiça,
ou íntegridade nesta escravidão.
Mas, abre uma questão interessante...
Que direitos tem sobre os seus pretos?...
..Quando vem até ao ponto?
- Que direitos?
Eu comprei-os, paguei por eles.
Claro que sim, e a... a lei diz que
tem o direito de ficar com eles.
Mas na lei o que concerne
ao perdão, mente.
Suponha que eles alteram a lei.
Lá se vai a liberdade.
Fazendo-o um escravo.
Suponha.
- Isso não é suposto.
Mudar leis, Epps.
As verdades no mundo são constantes.
É um facto,
uma facto simples e puro
que é verdadeiro e justo...
É a verdade e direitos para toda a gente.
Iguais para branco e preto.
Compara-me a um preto, Grave?
Eu só pergunto, aos olhos de Deus..
Qual é a diferença?
Também podia perguntar qual a diferença
entre um homem branco e um babuíno.
Agora, vejo um dos criticos de Orleans...
Não é mais
que qualquer preto que tenho aqui.
Ouça, Eps ...
Estes pretos são seres humanos.
Na vossa escala não são mais
que uns animais irracionais,
você e homens como você
têm que ter resposta para isto.
Há um mal, Sr. Epps.
Um grande mal, entrenhado nesta nação...
Vai haver um dia de ajuste
de contas.
Gosta daquilo que fala, Grave,
melhor que qualquer homem
que conheço.
A falar daquele preto
do branco, ou branco preto
Se alguém o contradizer.
Isso já se viveu entre
Yankees em New England.
Mas, eu não.
Você seguramente não.
Eu sei que está em algum lado!
Patsey!
Pats!
Onde está ela?
Onde está a Pats?
Onde está ela? Onde está a Pats?
Onde a meteram?
Não sabemos nada dela, ***.
- O inferno é que não sabem!
Nós não sabemos nada...
- Sobre o quê?
Onde foi ela?
- Não sei.
Ela fugiu, não foi?
- Eu não sei nada.
Ela fugiu!
Onde está?
Tu sabes! Tu sabes! Tu sabes!
- Não, não, não...
Não, não sei.
Cães pretos miseraveis
mal cheirosos.
Fala!
Ela foi embora...
A minha Pats foi embora.
Fugiste. Fugiste, não foi?
*** Epps...
- Minha miserável! Onde te meteste!
Em nenhum lado.
- Não me mintas!
É o dia do Sábado Sagrado, ***.
Fui dar um passeio e comungar ao Senhor.
O Senhor não é para aqui chamado?
Vens da plantação do Shaw, não vens?
...Não...
- Agora fala?
Agora já encontraste a lingua
para não dizeres mentiras!
Eu fui para plantação
do *** Shaw!
Admites isso?
- Sim.
Claro.
E sabe porquê?
Fui buscar isto à Mistress Shaw.
A Mistress Epps não me dá
sabão para me lavar.
Cheiro tão mal que até me tapo.
Quinhentas libras apanhar algodão
dia após dia.
Mais que qualquer homem aqui.
E por isso, só quero lavar-me.
Só peço isso.
Isto aqui foi o que
eu fui buscar ao Shaw.
Mentirosa! Mentirosa!
- O Senhor sabe isso tudo!
Estás a mentir!
- E você cego pela cobiça.
Eu não minto, ***.
Se me matar, vai ficar com isto.
Sim, vou castigar-te.
Vais aprender para não ires
mais ao Shaw.
Treach!
Vai buscar uma corda.
Edward?
Dispam-na.
Ata-a ao poste.
Não!
A culpa foi tua, Pats!
Força!
Tira-lhe a vida.
Bate-lhe.
Toma o chicote.
Dá-lhe!
Plat, vem cá
E bate-lhe imediatamente!
Platt!
Vem cá!
Prefiro que sejas tu, Platt.
Bate-lhe.
Bate-lhe.
Está a bater muito devagar.
Não se vê nenhum vergão.
É por isso que os teus pretos
gozam contigo.
Preferes com falinhas mansas.
Bate-lhe, Platt!
Bate-lhe.
Vais dar-lhe.
Até ela ficar em carne viva...
carne e sangue misturados,
ou mato todos os pretos à minha volta!
Entendes-me?
Bate-lhe!
Bate-lhe!
Até eu dizer, chega!
E eu ainda não disse nada!
Dá-me o chicote!
Dá-me!
Dá-me o chicote!
Levanta-te!
Você é o diabo!
Mais cedo ou mais tarde...
Em algum lado no curso da justiça eterna
vai responder perante este pecado!
Pecado?
Não existe nenhum pecado.
Um homem faz o que quiser
com o que é seu.
Neste momento,
Platt, dá-me um grande prazer.
Tem cuidado,
não quero que sintas o meu mau humor.
Master Bass?
Queria perguntar-lhe
de que parte do país veio?
De nenhuma parte desta terra.
Nasci no Canadá.
Agora adivinhe onde é.
Oh, eu sei onde fica o Canadá.
Já lá estive.
Montreal,
Kingston e Queenston
e em mais sitios.
Para escravo viajou muito.
Como veio parar aqui?
Master Bass!
Se houvesse justiça
nunca tinha vindo parar aqui.
Como?
Conte-me tudo.
Tenho medo em contar-lhe.
Todas as palavras que disser
serão bem guardadas.
A sua história...
...é espantosa,
e não é no bom sentido.
Acredita, senhor...
...na justiça pelo que disse?
Sim, claro.
- A escravidão é um mal que
não devia acontecer a ninguém?
Acredito que sim.
- Acredita mesmo,
então, eu perguntava-lhe...
implorava-lhe...
para escrever aos
meus amigos no norte,
para dar-lhe conta
da minha situação...
e pedir-lhes para me mandarem,
os documentos da minha liberdade.
Seria...
uma felicidade inexplicavel.
Para ver a minha esposa
e a minha família outra vez.
Viajei por este país na melhor
parte destes ultimos vinte anos.
A minha liberdade é tudo.
O fato de eu poder sair daqui amanhã
dava-me um prazer enorme.
A minha vida não significa
muito para ninguém,
mas parece que a sua vida significa
muito para muitas pessoas.
Sobre aquilo que me pediu...
Senhor, assusta-me.
Devo dizer, que tenho medo.
Não só por si, mas também por mim.
Eu vou escrever a sua carta, senhor,
para lhe poder trazer a liberdade,
será mais do que um prazer.
...será o meu dever.
Agora, se fizer favor
dê-me aquelas ripas?
Platt...?
Onde está o rapaz que se chama, Platt?
Vem cá, rapaz.
Chama-se Platt, não é?
Sim, senhor.
Conhece aquele homem?
Sr. Parker...?
Diga outra vez?
Sr. Parker?
Aquele homem recebeu uma carta
com muitas acusações.
Olhe-me nos olhos...
E a sua vida dependerá disso,
responda com cuidado.
Tem mais algum nome sem ser Platt?
Solomon Northup é o meu nome.
- Xerife...O que é tudo isto?
Assuntos oficiais.
- Os meus pretos são assuntos meus.
Os seus assuntos podem esperar.
Conte-me sobre a sua família.
- Tenho esposa e dois filhos.
... Dois.
- Como se chamam essas crianças?
Margaret e Alonzo.
- E o nome da sua esposa antes do casamento?
Anne Hampton.
Eu sou que estou a dizer.
Onde vais, Platt?
Quem o autorizou a andar na
minha propriedade?
Platt, volta aqui!
Platt!
Volta aqui, rapaz!
Nah... Largue-o.
Platt é meu!
Ele é Sr. Solomon Nortap!
- O que diz...
Você vem aqui, humilhar-me
e revindicar.
Não tenho duvidas nenhumas.
Este homem é Solomon Northup,
Para o inferno com isto! É meu,
e eu vou lutar por ele!
Tem esse direito.
Será um prazer dar cabo de si
nos tribunais.
A decisão é sua.
Tire-lhe as mãos de cima!
Pensas que é a ultima vez
que me vais ver, rapaz?
Não é.
Paguei muito por este preto!
O tribunal tem os documentos para provar isso!
E nós também temos os documentos
a provar que ele é um homem livre!
Tu és meu!
Pertences-me! Ouves-me?
Tire as mãos de cima dele!
- O tribunal aceitará antes do pôr-do-sol!
Platt!
- Vai buscar o meu cavalo, por favor.
Afasta-te dele, Pats!
Eu volto logo que puder.
Solomon?
Peço-vos desculpas...
Pela minha aparencia.
Mas, eu tive...
tempos difíceis....
...passados estes anos.
Margaret?
Alonzo?
Quem é?
Este é o meu marido.
Marido...
É um prazer em conhecê-lo, senhor.
Temos muito para falar.
Sim, senhor.
E este...
...É o teu neto.
Solomon Northup Staunton.
Solomon.
Perdoem-me.
Não há nada para perdoar.
SOLOMON FOI UMA DAS POUCAS VÍTIMAS DE SEQUESTRO
A REAVER LIBERDADE APÓS A ESCRAVIDÃO.
SOLOMON TROUXE O HOMEM RESPONSÁVEL
POR SEU DESAPARECIMENTO, A JULGAMENTO.
INCAPAZ DE TESTEMUNHAR CONTRA
BRANCOS EM WASHINGTON. D.C.
ELE PERDEU O CASO CONTRA O DONO
DA FAZENDA DE ESCRAVOS, JAMES BURCH.
DEPOIS DE LONGOS PROCEDIMEENTOS
LEGAIS EM NOVA YORK,
SEUS SEQUESTRADORES, HAMILTON E BROWN,
TAMBÉM EVITARAM A CONDENAÇÃO.
EM 1853, SOLOMON PUBLICOU O LIVRO
" DOZE ANOS DE ESCRAVIDÃO ".
TORNOU-SE ATIVO NO MOVIMENTO ABOLICIONISTA,
MINISTRANDO AULAS SOBRE ESCRAVIDÃO
PELO NORDESTE DOS ESTADOS UNIDOS...
E DANDO AUXÍLIO À ESCRAVOS FUGITIVOS
NOS TRILHOS DE TREM SUBTERRÂNEOS.
A DATA, LOCALIDADE E CIRCUNSTÂNCIAS
DE SUA MORTE, SÃO DESCONHECIDAS.
TRADUÇÃO******BUGGY26