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Perguntam-me sempre
se conheço o Tyler Durden.
Três minutos.
Acabou. Ponto zero.
Queres fazer um discurso de ocasião?
Com o cano entre os dentes,
só saem vogais.
Não me ocorre nada.
Por alguns momentos, esqueço
o plano de demolição do Tyler
e penso como estará limpa aquela arma.
Isto agora está a ficar emocionante.
Aquele velho ditado, quanto mais
me bates mais gosto de ti.
Bem, o oposto também é verdade.
Temos os lugares da fila da frente
para este teatro de destruição maciça.
A Comissão de Demolições
do Projecto Destruição
envolveu as fundações de um dúzia de
prédios com explosivos.
Daqui a dois minutos, as cargas
primárias rebentarão com as da base
e alguns quarteirões ficarão
reduzidos a escombros.
Sei isto porque o Tyler o sabe.
Dois e meio.
Pensa em tudo o que alcançámos.
De repente, noto que tudo isto,
a arma, as bombas, a revolução
tem algo a ver com uma rapariga
chamada Marla Singer.
OLÁ, SOU O BOB
Bob. O Bob tinha mamas de mulher.
Este era um grupo de entreajuda
para homens com cancro nos testículos.
O grandalhão a choramingar,
era o Bob.
Continuamos a ser homens.
Sim, somos homens.
Homens é o que nós somos.
O Bob ficou sem testículos.
Depois seguiu-se a terapia hormonal.
Cresceram-lhe mamas de mulher
dado o alto nível de testosterona
e o aumento de estrogénio no corpo.
- É aíque entro eu...
- Vão ter de me drenar os peitorais outra vez.
..entre aquelas mamas grandes
que dependuradas e tão grandes
pareciam as de Deus.
Está bem, chora agora.
Não, recapitulemos.
Comecemos pelo princípio.
Durante seis meses, não conseguia dormir.
Não conseguia dormir...
Com insónias, nada parece real.
Está tudo longe.
Tudo é uma cópia de uma cópia
de uma cópia.
Quando alastrara exploração do espaço a
sério, as empresas irão determinar tudo.
Uma Constelação lBM.
Uma Galáxia Microsoft.
Um Planeta StarbucKs.
Esta semana preciso de si fora da cidade
para cobrir áreas difíceis.
Deve tersido na terça-feira.
Trazia uma gravata azul-violáceo.
Não quer que dê prioridade aos meus
relatórios até ordem em contrário?
Trate antes destes. Eis as senhas de
voo. Ligue se tiver problemas.
Ele estava cheio de energia. Deve ter
levado com um clister de café com leite.
Como muitos outros, tornara-me
escravo de bricolage lKea.
Sim. Queria encomendar
capas Erika Pekkari.
- Um momento.
- Algo bonito,
como uma mesa de café em forma de
yin-yang, tinha de a ter.
A unidade de escritório KlipsK.
A bicicleta HovetreKKe.
Ou o sofá Ohamshab
com listas verdes Strinne.
Até lâmpadas Ryslampa feitas de
papel ecológico não branqueado.
Via catálogos e pensava
''Que tipo de mesa dejantar
me define como pessoa?''
Tinha tudo. Até pratos de vidro
com bolhinhas e imperfeições,
prova que eram feitos porgente
local, honesta e trabalhadora...
- Um momento.
- ..como queira.
Costumávamos lerpornografia.
Agora é a colecção Horchow.
- Não. Não pode morrer de insónia.
- E de narcolepsia?
Adormeço, acordo em lugares estranhos.
Não faço ideia como lá cheguei.
- Precisa de descontrair.
- Pode receitar-me alguma coisa?
Tuinals e Seconals...
Não. Precisa de sono saudável, natural.
Mastigue raiz de valeriana
e faça mais exercício.
Ei, vá lá.
- Estou com dores.
- Quer ver dor?
Vá à Igreja Metodista, terças à noite.
Fale com os tipos com
cancro nos testículos.
Isso é dor.
Sempre quis três filhos...
dois rapazes e uma rapariga.
A Mindy queria duas raparigas e um rapaz.
Nunca estávamos de acordo.
Eu... Ela...
Teve o primeiro bebé a semana passada.
Uma rapariga.
Com... Com... Com o novo marido.
Porra!
Graças a Deus, sabe...
Estou feliz por ela.
Ela merece...
Agradeçam ao Thomas
por partilhar a sua dor connosco.
Obrigado, Thomas.
Olho à volta desta sala,
e vejo muita coragem.
E isso dá-me ânimo.
Damos ânimo uns as outros.
Está na hora para os encontros a dois.
Sigamos o exemplo do Thomas
e sejamos mais abertos.
Conseguiu encontrar parceiro?
E foiassim que conheci o grandalhão.
De olhos em lágrimas.
Joelhos colados. Andar desajeitado.
- Chamo-me Bob.
- Bob?
O Bob foi campeão de musculação.
Conhecem aquele programa na TV
para aumentar os peitorais?
Foi ideia dele.
Eu usava substâncias.
Sabe, usava esteróides?
Diabonal e...
Wisterol.
Oh, usam isso em corridas de cavalos,
por amor de Deus.
E agora estou falido.
Divorciado.
Os meus dois filhos
nem respondem aos meus telefonemas.
Estranhos com este tipo de honestidade
fazem com que fique emotivo.
Continue,... Cornelius.
Pode chorar.
E depois... aconteceu algo. Chorei.
É mesmo bom.
Perdido no esquecimento.
Escuro, silencioso e completo.
Encontrei a liberdade.
Perder toda a esperança era liberdade.
Não faz mal.
Os bebés não dormem tão bem.
Tornei-me dependente.
ALCOÓLICOS ANÓNIMOS,
POSITIVIDADE POSITIVA...
TUBERCULOSE
COMO A PODEMOS COMBATER
Se não dissesse nada
as pessoas pensavam logo o pior.
LIVRE E LIMPO
Choravam mais...
depois eu chorava ainda mais.
CANCRO DA PELE, DOENÇAS RENAIS...
Agora vamos abrir uma porta verde,
a chacra do coração...
Não estava a morrer.
Não tinha cancro ouparasitas.
Era o pequeno centro quente em redor
do qualse reunia a vida deste mundo.
Imaginem a vossa dor
como uma bola branca de luz curadora.
Que passa por cima do corpo, curando.
Continuem. Não se esqueçam de respirar
e avancem pela porta traseira da sala.
Para onde dá?
Para a vossa gruta.
Avancem
para a vossa gruta.
Assim.
Entrem mais ainda na vossa gruta.
E vão encontrar
o animal que vos dá energia.
Desliza.
Morria todas as noites.
E todas as noites voltava a renascer.
Ressuscitado.
O Bob gostava de mim porque pensava
que eu também não tinha testículos.
Ficar ali, encostado às mamas dele,
pronto a chorar.
Foram estas as minhas férias.
E ela...
estragou tudo.
Isto é cancro, não é?
Esta miúda, a Marla Singer,
não tinha cancro nos testículos.
Era uma mentirosa.
Não tinha doença nenhuma.
Tinha-a visto no Livre e Limpo,
o meu grupo das quintas-feiras.
Depois no Hope, o meu
grupo bimensal de drepanócitos.
E de novo no Agarre o Dia,
o grupo de tuberculose, sextas à noite.
A Marla,
a grande turista.
A mentira dela reflectia a minha.
E de repente, eu não sentia nada.
Não conseguia chorar. E mais uma vez,
não conseguia dormir.
O grupo seguinte, após meditação guiada,
após abrirmos as chacras do coração,
quando chega a hora do abraço,
Vou agarraraquela cabra da
Marla Singer e gritar.
Marla, sua mentirosa! Sua grande turista,
eu preciso disto! Fora daqui!
Não dormi durante quatro dias.
Deixa-se secar...
Quando se tem insónias,
nunca se dorme.
E nunca se está de facto acordado.
Para começar a comunhão desta noite,
A Chloe desejava dizer algo.
Oh, sim. Chloe.
A Chloe parecia-se com o esqueleto de Meryl
Streep se esta tivesse de caminhar
fingindo sersimpática para todos.
Bem, ainda aqui estou.
Mas não sei por quanto tempo.
É essa a certeza que me dão.
Mas tenho boas notícias.
Já não temo a morte.
Mas... estou numa condição solitária.
Ninguém quer ter relações comigo.
Estou tão próxima do fim
e só quero uma queca pela última vez.
Tenho filmes *** no
meu apartamento,
- lubrificante e nitrito de amilo.
- Obrigada, Chloe.
Agradeçam à Chloe.
Obrigado, Chloe.
Agora,
preparemo-nos para a meditação.
Estão na entrada da vossa gruta.
Entram na vossa gruta e caminham...
Se tivesse um tumor, chamava-o Marla.
Marla.
A esfoladela no céu da boca sarava
se parasses de passara língua.
Mas não consegues.
..penetram ainda mais na vossa gruta
quando andam.
Sentem uma energia à vossa volta.
Descubram o animal que vos dá energia.
Desliza.
Bom. Vamos formar grupos.
Escolham alguém especial esta noite.
Ei.
- Precisamos de falar.
- Claro.
- Sei das tuas intenções.
- O quê?
Sim. És uma fingida. Não estás a morrer.
Como?
No sentido da palavra
de Sylvia-Plath, estamos todos a morrer.
- Mas não a morrer como a Chloe.
- E?
E és uma turista.
Já te vi. Vi-te no grupo do melanoma,
vi-te no da tuberculose.
Vi-te no cancro nos testículos!
Vi-te fazer isto.
- A fazer o quê?
- A repreender-me.
Está a correr bem,... Rupert?
Eu acuso-te.
Vá. Que acuso-te a ti.
Juntem-se. Chorem.
Oh, Senhor. Porque fazes isto?
É mais barato que ir ao cinema
e há café de graça.
Isto é importante.
Estes são os meus grupos.
Já venho aqui há mais de um ano.
- Porque o fazes?
- Não sei.
Quando pensam que estás a morrer,
ouvem-te em vez de...
Em vez de esperarem pela vez de falarem.
Sim. Sim.
Partilhem... por completo.
Olha, não queres ficar envolvida.
- Torna-se dependência.
- A sério?
Não estou a brincar. Não consigo chorar
se houver um fingidor e preciso disto.
Tens de encontrar outro lugar para onde ir.
Voluntariado numa enfermaria de
cancerosos. O problema não é meu.
Não, um momento. Espera.
Dividimos a semana, sim?
Vais ao do linfoma e tuberculose.
Vais ao grupo da tuberculose.
O facto de eu fumar não cai muito bem.
Está bem. Não se questiona
o cancro nos testículos.
Tecnicamente, tenho direito a lá estar.
Tu ainda tens tomates.
- Estás a gozar.
- Não sei. Estou mesmo?
Não. Não.
- Que queres?
- Eu vou ao dos parasitas.
Não podes ir aos dois.
Vai ao dos parasitas sanguíneos.
- Quero o dos parasitas do cérebro.
- Vou ao do sangue e ao da demência.
- Eu quero esse.
- Não podes ficar com o cérebro todo.
Até agora, tens quatro. Eu só tenho dois.
Vai ao dos parasitas. São teus.
Agora temos os dois três...
Ei! Deixaste metade da tua roupa.
- O quê, vendes essas?
- Sim!
Vendo algumas roupas!
Assim! Temos três cada. São seis.
E em relação ao sétimo dia?
Quero cancro do intestino.
A moça fez o trabalho de casa.
Não. Não. Eu, quero cancro do intestino.
É o teu preferido?
- Tentaste ir sem eu saber, eh?
- Olha, nós dividimos.
Vais no primeiro e terceiro domingos.
Está bem.
Parece que é o adeus.
Não façamos grandes ondas.
Que tal assim
para deixarmos de fazer ondas?
Ei, Marla!
Marla!
Porque não me dás o teu número.
Achas que sim?
- Podemos querer trocar noites.
- Está bem.
Foi assim que conheciMarla Singer.
A filosofia de vida da Marla era que
podia morrera qualquermomento.
A tragédia, dizia, era que não morria.
Não tem o teu nome!
Quem és tu? Cornelius? Rupert?
Travis? Algum desses nomes estúpidos
que usam nas reuniões?
Acorda-se em Seattle.
S. Francisco. Los Angeles.
Acorda-se em Chicago.
Dallas Fort Worth.
Washington.
Pacífico. Montanha. Central.
Perde-se uma hora. Ganha-se uma hora.
O checK-in para esse voo é
só daqui a duas horas.
É esta a vida que se leva,
e passa minuto a minuto.
Acorda-se no AirHarborlnternacional.
Se acordarmos numa hora diferente,
num local diferente,
será que acordamos diferentes?
Para onde quer que viaje,
a vida é igual.
Um pacotinho de açúcar e natas.
Um pacotinho de manteiga.
A pequenina refeição de microondas.
Pacotes de champô amaciador.
Uma amostra de pasta dentífrica.
Sabonetes pequenos.
As pessoas que conheci em cada voo...
são amigos de curta duração.
Entre a descolagem e a aterragem,
passamos algum tempojuntos.
É tudo o que conseguimos.
Bem-vindo!
Na linha do tempo,
a taxa de sobrevivência desce para zero.
Era coordenador de devoluções.
Tinha pormissão aplicara fórmula.
O bebé foi cuspido pelo pára-brisas.
Um novo carro construído pela minha
fábrica atinge os 100 Km/h.
O diferencial traseiro bloqueia.
O aparelho dos dentes do jovem
fica preso ao cinzeiro.
Boa ideia para um anúncio anti-tabaco.
O carro colide e incendeia-se
com todos lá dentro.
Devemos darinício à devolução?
O pai devia ser enorme.
Vê onde a banha queimou até ao assento?
A camisa de poliester?
Tipo arte moderna.
Pegue no número de veículos
em circulação, A.
Multiplique pela taxa provável
de avarias, B.
Multiplique o resultado pela média de
acordos extra-judiciais, C.
A xB x C
dá X.
Se X for inferior ao custo da devolução,
não a fazemos.
Há muitos acidentes destes?
Nem dá para acreditar.
Para que fabricante de carros trabalha?
Para um dos principais.
Sempre que o avião se inclinava muito
durante a descolagem e a aterragem,
rezava por um acidente
ou colisão em voo.
Qualquer coisa.
O seguro de vida paga a triplicar
se morrermos em viagem de negócios.
''Se estiver na saída de emergência
e não for capaz ou não quiser
fazer isto
que vêm no folheto de segurança,
peça para lhe darem outro lugar.''
É muita responsabilidade.
Quer trocar de lugares?
Não. Não tenho a certeza
que seja a pessoa certa para isso.
Procedimento na porta de saída a 9000 m.
A ilusão de segurança.
Sim. Acho que sim.
Sabe porque põem máscaras de
oxigénio nos aviões?
- Para podermos respirar.
- O oxigénio dá pedra.
Numa emergência,
dá-se muitas arfadas devido ao pânico.
De súbito fica-se eufórico, dócil.
Aceita-se o destino.
Está tudo aqui.
Aterragem na água, 965 km/h.
Rostos pálidos.
Calmos que nem vacas na Índia.
Isso...
Isso é uma teoria interessante.
- Que faz?
- Como assim?
Que faz na vida?
Porquê? Para fingir que se interessa?
Está bem.
Nota-se um desespero doentio
na sua gargalhada.
Temos uma pasta exactamente igual.
Sabonete.
- Como?
- Faço e vendo sabonete.
A medida padrão da civilização.
E foiassim que conheci...
o Tyler Durden.
Sabia que se misturar gasolina com sumo
de laranja gelado, pode fazer ***?
- Não, não sabia. Isso é verdade?
- Sim.
Pode-se fazer todo o tipo de explosivos
com simples artigos domésticos.
- A sério?
- Se se estiver para aí virado.
Tyler, você é o mais interessante
amigo de curta duração que já conheci.
- Tudo num avião é de curta duração...
- Oh, já percebi. Muito inteligente.
Obrigado.
Como é que se está a sair?
- O quê?
- A ser inteligente?
Muito bem.
Continue, então. Continue assim.
Agora, uma questão de etiqueta.
Quando passo, dou-lhe o cu
ou a braguilha?
Como vim a viver com o Tyler é que...
As companhias têm regulamentos
sobre bagagem que vibra.
- Estava a fazer tiquetaque?
- Os lançadores sabem que não.
- Como, lançadores?
- Aqueles que manuseiam as bagagens.
Mas quando uma mala vibra,
eles têm de chamar a polícia.
- A minha mala vibrava?
- Nove em cada dez vezes
trata-se de uma máquina de barbear.
Mas... de vez em quando...
É um vibrador.
A nossa companhia nunca insinua
propriedade no caso de um vibrador.
Temos de usar o artigo indefinido,
um vibrador, nunca...
o seu vibrador.
Eu não tenho...
Tinha tudo naquela mala.
As camisas Calvin Klein.
Os sapatos DKNY. As gravatas AX.
Não importa.
Ei! Esse carro é meu!
A casa era um apartamento no 15ºandar
de um caixote
para viúvas e profissionais liberais.
As paredes eram de betão.
30 cm de betão é importante
quando o vizinho tem de ver
jogos com o volume no máximo.
Ou quando uma explosão de detritos
que eram os nossos bens pessoais
saijanela fora e se espalha pela noite.
Suponho que estas coisas acontecem.
Não há... nada lá em cima.
Não pode entrar. Ordens da Polícia.
Tem alguém a quem telefonar?
Que vergonha.
Uma casa cheia de condimentos
e sem comida.
A polícia mais tarde disse-me que a luz do
piloto automático se deve terapagado,
libertando um bocado de gás.
O gás deve ter-se espalhado
pelo ***ínio.
158 m² de tectos altos
durante dias e dias.
Então o compressor do frigorífico
pode ter causado a explosão.
Sim?
Consigo ouvir-lhe a respiração...
Se me perguntarem agora,
não saberei dizerporque lhe liguei.
- Está?
- Quem é?
- Tyler?
- Quem é?
Conhece... Conhecemo-nos no avião.
Tínhamos uma mala igual?
O sujeito inteligente?
Oh, sim. Exactamente.
Liguei há bocado. Ninguém atendeu.
- Estou numa cabine.
- Sim, vi que era um 69. Eu nunca atendo.
Então que aconteceu?
Bem.
Não vai acreditar.
Sabe, podia ser pior.
Uma mulher podia ter-lhe cortado o pénis
durante a noite e deitá-lo fora.
Há sempre essa possibilidade. Não sei.
Quando se compra mobília,
dizemos a nós próprios, acabou.
É o último sofá de que vou precisar.
O que quer que aconteça,
o problema do sofá fica resolvido.
Tinha tudo.
Uma aparelhagem que era bastante boa.
Um guarda-fatos razoável.
Estava perto da perfeição.
- Merda. Agora foi-se tudo.
- Tudo.
Tudo.
Sabe o que é um edredão?
- Um acolchoado.
- É um cobertor.
Apenas um cobertor. Porque é que
nós sabemos o que é um edredão?
Será isto essencial à sobrevivência
no sentido de caçador-recolector?
Não.
Que somos nós, então?
Não sei. Consumidores.
Certo. Somos consumidores.
Somos subprodutos de uma obsessão
com o estilo de vida.
Homicídio, crime, pobreza.
Estas coisas não me preocupam.
O que me preocupa são
as revistas de celebridades,
a televisão com 500 canais,
o nome de um gajo nas cuecas. Rogaine.
***. Olestra.
- Martha Stewart.
- Que se foda Martha Stewart.
Está a polir latão no Titanic.
Vai tudo por água abaixo.
Que se lixem os seus sofás e
padrões de listas verdes Strinne.
Digo nunca se deve estar completo.
Digo-lhe para parar de ser perfeito.
Digo vamos para a frente.
O futuro a Deus pertence.
Mas acho isso, e posso estar enganado.
Talvez seja uma terrível tragédia.
São coisas. Não uma tragédia...
Perdeu muitas das soluções versáteis
para a vida moderna.
Que se lixe, tem razão. Não fumo.
O meu seguro cobre isso, por...
O quê?
Aquilo que possui acaba por o possuir a si.
Faça como entender.
Oh, é tarde.
- Ei, obrigado pela cerveja.
- Sim.
Tenho de arranjar um hotel.
- Oh!
- O quê?
O quê?
- Um hotel?
- Sim.
- Peça.
- Que está a dizer?
Oh, Senhor. Três canecas de cerveja
e ainda não consegue pedir.
O quê?
Ligou-me porque
precisava de um lugar para ficar.
- Oh, hei. Não, não, não.
- Sim, claro que sim. Peça.
Deixe-se de rodeios e peça, homem.
lsso é problema?
É um grande problema pedir?
- Posso ficar em sua casa?
- Sim.
Obrigado.
- Quero que me faça um favor.
- Sim, claro.
Quero que me bata
com toda a força que puder.
O quê?
Quero que me bata
com toda a força que puder.
Deixem-me falar-vos um pouco do T. Durden.
O Tyler era noctívago.
Enquanto dormíamos, ele trabalhava.
Tinha um part-time como projeccionista.
Um filme não vem numa bobina.
Vem em várias.
Alguém tem de mudar os projectores
no momento exacto em que
uma bobina termina e a outra começa.
Vêem-se pequenos pontos no canto
superior direito do ecrã.
Na indústria, chamamos-lhes
queimadelas.
É a deixa para a mudança.
Ele muda os projectores, o filme
continua e a audiência não nota.
Como é que alguém quer
um emprego desses?
Porque lhe oferece oportunidades
interessantes.
Como encaixar imagens pornográficas
em filmes para a família.
Assim, quando o cão e o gato com a voz de
celebridades se encontram na bobina três,
vê-se por um instante o contributo do
Tyler para o filme.
Ninguém sabe que o viu, mas vê.
Uma boa pila grande.
Até um colibri era
incapaz de topar o trabalho do Tyler.
O Tyler também trabalhou como
empregado de mesa num hotel de luxo.
Foi um terrorista da indústria
do serviço alimentar.
Não olhe. Não consigo se fica a olhar.
Além de temperar a lagosta,
peidava-se no merengue,
e quanto à sopa de cogumelos...
Vá, diga-lhes.
Conseguem fazer uma ideia.
- Quer que lhe bata?
- Vamos. Faça-me este favor.
- Porquê?
- Não sei. Nunca andei à pancada. Você?
- Não. Mas é uma boa coisa.
- Como pode conhecer-se se nunca lutou!
Não quero morrer sem cicatrizes.
- Vá. Bata-me, antes que perca a lata.
- Oh, meu Deus. lsto é de doidos.
Então solte-se! Dê-me um murro.
- Não estou certo disto.
- Eu também não.
Quem se importa? Ninguém está a ver.
Que importa?
lsto é de doidos. Quer que lhe bata?
Sim.
- Onde? Na cara?
- Surpreenda-me.
lsto é tão parvo.
Cabrão!
Ele bateu-me na orelha!
- Jesus, desculpe.
- Huau, meu Deus!
- Porquê na orelha?
- Não fiz bem.
Não, foi perfeito.
Não, tudo bem.
Dói mesmo.
Certo.
Bata-me outra vez.
Não, agora bata-me. Vá!
Devíamos repetir isto.
- Onde está o seu carro?
- Que carro?
Não sei como o Tylerarranjou aquela casa
mas ele disse que estava lá há um ano.
Parecia que esperava para ser demolida.
A maioria dasjanelas estavam tapadas.
Não havia fechadura na porta desde que a
Polícia, ou lá quem foi, a meteu dentro.
As escadas estavam a cair.
Não sabia se era dele ou se a ocupou.
Nada me surpreendia.
Sim. Ali é o seu.
Aqui é o meu. Ali a retrete. Bem?
Sim, obrigado.
Que espelunca.
Nada funcionava.
Ao acender uma luz apagava-se a outra.
Não havia vizinhos.
Só armazéns e uma fábrica de papel.
O cheiro a peido do fumo.
A gaiola do hamster cheirava a aparas.
Que temos aqui?
- Ei, rapazes.
- Ei.
Sempre que chovia, desligava-se a luz.
No final do primeiro mês,
já não sentia a falta da televisão.
Nem me ralava com o frigorífico quente.
Posso lutar a seguir?
Está bem.
Desaperte a gravata.
À noite, o Tyler e eu ficávamos a 800 m
do que quer que fosse.
A chuva escorria pelo gesso
e pelos casquilhos das luzes.
Tudo o que era de madeira
inchava e encolhia.
Pregos enferrujados por todo o lado
que arranhavam os cotovelos.
O anteriormorador era um solitário.
Ei, meu. Que estás a ler?
Ouve. Um artigo escrito por
um órgão na primeira pessoa.
''Sou a medula oblongata do Jack.
Sem mim,
o Jack não conseguia regular o pulso
cardíaco ou a respiração.''
Há toda uma série destes.
''Sou os mamilos da Jill.''
- ''Sou o cólon do Jack.''
- ''Tenho cancro. Eu mato o Jack.''
Após a luta,
tudo o resto na vida abrandava.
O quê?
- Podia-se lidar com tudo.
- Já acabou esses relatórios?
Se pudesses escolher,
com quem lutavas?
Talvez, com o meu patrão.
A sério?
- Sim, porquê? Com quem lutava?
- Com o meu pai.
Não conheço o meu pai.
lsto é, conheço-o, mas...
Foi-se embora quando eu tinha seis anos.
Casou-se com outra mulher
e teve mais filhos.
Fê-lo de seis em seis anos.
- Mudava de cidade e começava de novo.
- O estupor criava concessões!
O meu pai nunca andou na universidade.
- Era importante que eu fosse.
- Parece que já ouvi isso algures.
Licenciei-me. Telefonei-lhe e disse,
''Pai, e agora?''
- Ele diz, ''Arranja um emprego.''
- Também me aconteceu isso.
Aos 25 anos. Telefono novamente.
''Pai, e agora?''
Ele diz, ''Não sei. Casa-te.''
Não nos podemos casar.
Tenho 30 anos.
Somos uma geração de homens criados
por mulheres.
Penso se outra mulher será mesmo
a solução de que preciso.
Durante a semana, éramos o Ozzie e o Harriet.
Mas aos sábados à noite,
descobríamos algo.
Descobríamos que não estávamos sós.
Era quando voltava a casa zangado
ou deprimido que a limpava.
Polia a mobília escandinava.
Devia andarà procura de outra casa
ou a regatear com a companhia de seguros.
Devia estar chateado
pelas minhas coisas queimadas.
Mas não estava.
Criar redes electrónicas num escritório
torna as coisas mais eficientes.
Às segundas de manhã,
só pensava na semana seguinte.
Posso ter o ícone em azul-violáceo?
Claro.
A eficiência é a prioridade número um.
Porque o desperdício é como um ladrão.
Mostrei isto ao meu amigo.
Gostou, não gostou?
Pode-se engolirmeio litro de
sangue antes de se adoecer.
Foi mesmo na cara de todos.
O Tyler e eupusemos tudo às claras.
Andava na boca de todos.
Eu e o Tylerapenas lhe demos um nome.
Vá, têm de ir para casa!
Desliga a máquina. Tranca lá atrás.
Todas as semanas,
o Tyler dava as regras que decidíamos.
Senhores!
Bem-vindos ao Clube de Combate.
A primeira regra do Clube de Combate é
não se falar dele.
A segunda regra é
não se falar sobre ele!
Terceira regra do Clube de Combate.
Se alguém grita pára, coxeia ou rebenta,
a luta termina. Quarta regra.
Só dois tipos por luta.
Quinta regra.
Uma luta de cada vez.
Sexta regra. Nada de camisas e sapatos.
Sétima regra.
As lutas duram o que tiverem de durar.
E a oitava e última regra.
Se esta for a vossa primeira noite no Clube,
têm de lutar.
Este miúdo lá do trabalho, o RicKy,
nem se lembrava se tinha encomendado
canetas de tinta azul oupreta.
Mas o RicKy foi um Deus por dez minutos
quando surrou o chefe de mesa.
Às vezes, tudo o que se conseguia ouvir
eram os sons dos socos sobre a gritaria.
Ou o engasgar quando alguém arfava
e gritava...
Pára!
Não se estava vivo
em lado algum como ali.
Mas o Clube de Combate apenas existe
nas horas entre o seu começo e o seu fim.
Mesmo se conseguisse dizera alguém
que teve uma boa luta,
não estaria a falar com o mesmo homem.
A pessoa que se era no Clube de Combate
não era a mesma fora dele.
Houve um tipo que veio pela primeira vez
ao Clube. Tinha o cu cheio de banha.
Umas semanas depois, estava musculado.
Se pudesses lutar com uma celebridade,
com quem lutavas?
- Viva ou morta?
- Não importa. Quem fosse duro?
O Hemingway. Tu?
O Shatner. O William Shatner.
Começavamos a veras coisas
de outra maneira.
Onde quer que fôssemos,
medíamos as coisas.
Sentia dó pelos tipos do ginásio,
a tentarem parecer como Calvin Klein
ou TommyHilfigerlhes disseram.
É assim o visual de um homem?
Oh, o auto-aperfeiçoamento é masturbação.
Agora, a auto-destruição...
Com licença.
O Clube de Combate não tinha a ver
com vencer ouperder.
Não tinha a ver com palavras.
A gritaria histérica estava nas línguas
como numa igreja Pentecostal.
- É só isso?
- Parem!
Quando a luta acabava, nada se resolvia.
Mas nada importava.
Fixe.
Depois, sentíamo-nos salvos.
Ei, meu. Que tal para a semana?
Que tal no próximo mês?
lrvine, tu ficas ao meio.
O gajo novo, tu também.
Às vezes, o Tylerfalava pormim.
Ele caiu pelas escadas abaixo.
Eu caí pelas escadas abaixo.
O Clube de Combate tornou-se na razão para
rapar o cabelo ou cortaras unhas.
Qualquer figura histórica.
Eu lutava contra o Gandhi.
Boa resposta.
- E você?
- Lincoln.
O Lincoln?
Um gajo grande, de braços compridos.
Os magricelas lutam até ao fim.
Foda-se!
Ei, até a Mona Lisa se desfaz.
Estou?
Onde estiveste nas últimas oito semanas?
Marla?
- Como me descobriste?
- Deixaste-me o número.
Não te vi em nenhum dos grupos de apoio.
Dividimo-los.
Essa era a ideia. Lembras-te?
Sim, mas não tens ido aos teus.
- Como sabes?
- Fiz batota.
Encontrei um novo.
- A sério?
- É só para homens.
Como aquilo dos testículos?
Olha, esta é má altura.
Tenho ido aos Devedores Anónimos.
- Estão todos lixados...
- Estou de saída.
Eu também. Tomei muitos Xanax.
Tirei o que restava no frasco.
Pode ter sido muito.
lmagina Marla Singera cambalear
no seu apartamento acanhado.
lsto não é um suicídio a sério.
Talvez só um daqueles gritos de socorro.
Então vais ficar em casa esta noite?
Queres esperar e ouvir
a minha descrição da morte?
Queres ver e ouvirse o meu
espírito pode usar um telefone?
Já alguma vez ouviste o som da morte?
A porta do Tyler estava fechada. Já cá
estou há dois meses e nunca a viassim.
Não acreditas no sonho que
tive a noite passada.
Não acredito em nada da noite passada.
Que fazes aqui?
O quê?
Esta casa é minha.
Que estás a fazer aqui?
Vai-te lixar!
Oh, tens amigas mesmo maradas!
Embora, flexíveis.
Uma rameira tola.
Vim ontem.
O telefone estava fora do descanso.
Adivinha quem está do outro lado?
Já sabia a história antes de ele a contar.
Já alguma vez ouviste o som da morte?
Achas que está
à altura do seu próprio nome?
Ou será a morte uma mera bola de cabelo?
Prepara-te para evacuares a alma.
Dez,
nove,... oito,...
Como podia o Tyler, de entre todos nós,
pensar que era mau que
a Marla Singer estivesse para morrer?
..cinco,
quatro...
Espera aí.
Chegaste cá depressa.
Eu telefonei-te?
Os colchões estão todos forrados
com plástico deslizante.
Oh, não se rale.
Não é uma ameaça para si.
Oh, foda-se!
Alguém chamou a bófia.
- Ei, onde é o 513?
- No fim do corredor.
A moça que lá vivia era simpática.
Perdeu a fé em si mesma.
- Miss Singer, deixe-nos ajudá-la!
- Ela é um monstro!
- Tem razões para viver.
- Ela é resíduo humano infeccioso!
- Miss Singer!
- Boa sorte ao tentarem salvá-la!
Se eu adormecer,
estou feita.
Tens de me manter acordada
toda a noite.
lnacreditável.
Ela era capaz de se aguentar.
- Tu entendes-me, fodeste-a.
- Não, não fodi.
- Nunca?
- Não.
Não te sentes atraído por ela, pois não?
Não! meu Deus, de todo.
Sou o canal da bílis do JacK.
Tens a certeza? Podes contar-me.
Acredita, tenho a certeza.
- Dispara e rebenta-me com os miolos.
- Essa é boa.
Ela é uma predadora a fingir-se de mansa.
Afaste-se dela.
As merdas que lhe sairam pela boca fora,
nunca tinha ouvido!
Meu Deus.
Já não sou fodida assim
desde o liceu.
Como é que o Tyler
não se havia de sentiratraído?
Na outra noite, estava a alterar órgãos
genitais para a Cinderela.
A Marla não precisa de um amante,
só de um assistente social.
Ou de um banho.
lsto não é amor, é foda recreativa.
Ela invadiu os meus grupos de apoio
e agora a minha casa.
Ei, ei. Sente-se.
Agora, ouve.
Não permito que lhe fales sobre mim.
Porque razão iria...
Não contes nada de mim ou do que cá se
passa, a ela ou a ninguém,... era o fim.
- Promete-me. Prometes?
- Está bem.
- Sim, prometo.
- Prometes?
- Já disse, prometo! Que...
- Prometeste três vezes.
Se tivesse desperdiçado alguns minutos
e tivesse ido vera Marla Singermorrer,
nada disto tinha acontecido.
Mais, sim! Oh, mais, mais!
Podia ter-me mudado para outro quarto.
No terceiro andar onde
talvez não os ouvisse.
Mas não mudei.
- Que estás a fazer?
- Vou para a cama.
Queres acabar com ela?
- Não. Não, obrigado.
- Encontrei um cigarro.
- Com quem falavas?
- Calada.
Tornei-me o centro do mundo.
Era um mestre em Zen.
AS ABELHAS OBRElRAS PODEM SAlR
ATÉ OS ZANGÕES PODEM VOAR
Escrevi breves poemas haiKu.
Mandei-os para todos por e-mail.
Esse sangue é seu?
Algum, sim.
Não pode fumar aqui.
Tire folga para o resto do dia.
Volte na segunda com roupas limpas.
Recomponha-se.
Passei à frente de toda a gente.
''Sim, são pisaduras da luta.''
''Sim, sinto-me bem com elas.''
''Estou esclarecido.''
Desiste-se da vida num ***ínio,
põem-se de lado todos os bens terrenos,
muda-se para uma casa arruinada
numa área de resíduos tóxicos,
e regressamos a casa para isto.
- Está.
- Detective Stern.
Temos algumas novas informações sobre
o incidente no seu antigo ***ínio.
Sim.
Não sei se sabe, mas alguém lançou
fluorcarbono na fechadura da porta.
Usaram um cinzelpara partira fechadura.
Não, não sabia isso.
Sou o suorfrio do JacK.
lsto parece-lhe estranho?
Sim, senhor, estranho. Muito estranho.
- O dinamite...
- Dinamite?
..deixou resíduos de oxalato
de amónio percloreto de potássio.
- Sabe o que isso quer dizer?
- Não, o que é?
Quer dizer de fabrico caseiro.
Desculpe.
lsto para mim é um choque.
Quem pôs a dinamite pode ter destruído
o piloto automático dias antes da explosão.
- O gás serviu de detonador.
- Quem faria isso?
- Eu faço as perguntas.
- Diz-lhe.
Diz-lhe que o libertador que destruiu
a tua casa alterou as tuas percepções.
Desculpe. Está lá?
Estou a ouvir.
É difícil dizer o que pensar disto.
Fez ultimamente inimigos que possam
ter acesso a dinamite caseiro?
- lnimigos?
- Que rejeitem a civilização,
especialmente os bens materiais.
- Meu caro, isto é sério.
- Sim, eu sei que é sério.
- Não estou a brincar.
- Sim, é muito sério.
Olhe, ninguém leva isto
mais a sério que eu.
Aquele ***ínio era a minha vida.
Certo?
Adorava toda aquela mobília.
Não foisó um monte de coisas
que foram destruídas.
- Fui eu!
- Gostaria de agradecerà Academia.
- Esta não é uma boa altura para si?
- Diz-lhe que foste tu!
Diz-lhe que fizeste ir tudo pelos ares!
É o que ele quer ouvir.
- Ainda está aí?
- Espere. Está a dizer que sou suspeito?
Não. Talvez precisemos de falar,
por isso informe-me se sair da cidade.
- Está bem?
- Está bem.
Excepto para a queca, o Tyler e
a Marla nunca estavam no mesmo quarto.
Os meus pais fizeram
o mesmo anos a fio.
O preservativo é o sapato de cristal
da nossa geração.
Enfia-se um quando se encontra
um estranho.
Dança-se toda a noite.
E depois deita-se fora.
O preservativo. Não o estranho.
O quê?
Comprei este vestido por $1.
Valeu bem a pena.
Era um vestido de dama de honra.
Alguém o apreciou intensamente
por um dia.
E depois abandonou-o.
Como a uma árvore de Natal.
Tão especial.
E depois...
Lá está na berma da estrada.
Com as bolas ainda dependuradas.
Como uma vítima de um crime ***.
As cuecas viradas do avesso.
- Amarrada com fita isoladora.
- Bem, fica-te a matar.
Podes usá-lo quando quiseres.
Livra-te dela.
- O quê? Livra-te dela!
- Não fales no meu nome.
Tenho outra vez seis anos,
a mandarrecados entre os pais.
- Acho que está na hora de ires embora.
- Não te preocupes, eu vou.
- Não é que não gostemos de visitas.
- És doido. Nem te compreendo.
Tenho de saltar
Obrigado. Adeus.
Tenho de saltar deste carrocel.
Tenho de, preciso de...
Tenho de...
Vocês, os miúdos!
Porque continuas a perder tempo com ela?
O que tenho a dizer sobre a Marla.
Pelo menos ela tenta irao fundo.
E eu não?
Espetares penas no cu
não faz de ti uma galinha.
Que fazemos esta noite?
Esta noite... fazemos sabão.
A sério?
Para isso, há que derreter gordura.
A proporção de sal deve estar certa
a melhor gordura é a dos humanos.
- Espere, o que é isto?
- Uma clínica de lipo-aspiração.
Uma mina de ouro!
A mais rica e cremosa gordura do mundo.
Gordura da terra!
Não! Não puxa, não puxa!
- Oh, Deus!
- Dá-me outra.
À medida que a gordura derrete,
o sebo flutua à superfície.
Como nos escuteiros.
- É difícil imaginar-te como escuteiro.
- Continua a mexer.
Assim que o sebo endurece,
tira-se uma camada de glicerina.
Acrescenta-se ácido nítrico
e obtém-se nitroglicerina.
Depois acrescenta-se nitrato de sódio
e serrim, e fica-se com dinamite.
Sim, com sabão,
pode-se fazer explodir tudo.
O Tylerpossuia
montes de informação útil.
Reparou-se que as roupas ficavam mais
limpas se lavadas numa dada parte do rio.
- Sabes porquê?
- Não.
Outrora faziam-se sacrifícios humanos
nas colinas acima deste rio.
Corpos queimados. A água permeava
as cinzas produzindo potassa.
lsto é potassa. O ingrediente crucial.
Uma vez misturada com a gordura derretida,
corria para o rio uma descarga de sabão.
Posso ver a tua mão?
Que é isto?
lsto é uma queimadura química.
Dói mais que qualquer queimadura
e deixa cicatriz.
Meditar funcionoupara o cancro,
deve funcionarpara isto.
- Não ignores a dor.
- Oh, Deus!
O primeiro sabão veio das cinzas de heróis,
como o primeiro macaco posto no espaço.
Sem dor ou sacrifício,
não teríamos nada.
Tentei não pensarna palavra queimadela.
Pára com isso!
Esta é a tua dor, a tua mão queimada.
Vou para a minha gruta para
achar o animal que me dá energia.
Não! Não lides com isto
à maneira dos mortos! Vá lá!
- Já percebi!
- Não passa de um iluminismo prematuro.
É o melhor momento da tua vida,
e vais perdê-lo fugindo!
Não vou!
Cale-te!
Os nossos pais eram modelos de Deus.
Se os nossos pais nos deixaram,
que te diz isso sobre Deus?
Ouve. Tens de ponderar a hipótese
de Deus não gostar de ti.
Ele nunca te quis.
Provavelmente, Ele odeia-te.
lsso não é o pior que pode acontecer.
Não precisamos Dele!
- Concordo!
- Que se lixe a condenação e a redenção.
Somos filhos indesejados de Deus?
Assim seja!
- Vou buscar água!
- Podes usar água e piorar ou...
- Ou usares vinagre para a neutralizar.
- Por favor alivia-me!
Primeiro, tens de te render.
Primeiro, tens de saber, não é recear,
de saber que um dia, vais morrer.
Não sabes como isto me dói!
É só após perdermos tudo
que ficamos livres para fazer algo.
Está bem.
Parabéns.
Estás próximo de atingir o fundo.
O Tyler vendeu o sabão dele
a armazéns por$20 a barra.
Sabe lá Deus a quanto venderamm.
- Este é o melhor sabão.
- Bem, obrigado, Susan.
Foi uma beleza.
Vendíamos a mulheres ricas
os seus traseiros rechonchudos.
Ele trazia uma gravata amarela.
Eujá nem usava gravata no emprego.
''A primeira regra do Clube de Combate
é não falar sobre o Clube de Combate.''
Estou meio a dormir outra vez.
Devo tê-lo deixado na fotocopiadora.
''A segunda regra...'' lsto é seu?
lmagine-se no meu lugar.
Tem de tomar uma decisão de gestão.
Encontra isto. Que faria?
Bem, tenho de lhe dizer,
teria muito, muito cuidado
ao falar sobre isso.
Porque a pessoa que escreveu isso
é perigosa.
Trata-se de um psicótico bem vestido
que pode tresloucar
e pôr-se a deambular pelos escritórios
com uma carabina semi-automática
Armalite AR10 de pressão,
disparando sobre os colegas.
Pode ser alguém que
conhece há muito tempo.
Alguém muito, muito próximo de si.
Da minha boca saíam palavras do Tyler.
E eu que costumava ser um tipo
tão porreiro.
Ou então não me traga todo lixo
que apanha.
- Queixas e Responsabilidade.
- A minha mama vai apodrecer.
Dá-me licença? Preciso de atender isto.
- Que queres dizer?
- Preciso de ver um caroço no peito.
- Vai a um hospital.
- Não posso pagar a um médico.
Não sei, Marla.
Por favor.
Não chamou o Tyler. Para ela eu sou neutro.
lsso é simpático.
Levar comida às Sras. Haniver e Raines.
Onde estão elas, exactamente?
Tragicamente, mortas.
Estou viva e na penúria. Queres?
- Não, não.
- Tenho uma para ti.
Obrigado por te lembrares de mim.
Que aconteceu à tua mão?
Oh, nada.
Aqui mesmo?
- Sentes alguma coisa?
- Não.
Certifica-te.
Está bem, tenho a certeza.
Não sentes nada?
Não, nada.
É um alívio. Obrigada.
- Tudo bem.
- Quem me dera retribuir-te o favor.
Não há na família cancro da mama.
- Podia examinar a tua próstata.
- Acho que estou bem.
Mesmo assim, obrigada.
- Já acabámos?
- Sim, já acabámos.
Até... logo.
Cornelius?
Cornelius!
Sou eu! O Bob!
Ei, Bob.
- Pensámos que tinhas morrido.
- Não, não. Ainda ando por cá.
- Como estás, Bob?
- Nunca me senti tão bem.
- A sério? Ainda estás no grupo?
- Não, não.
- Agora tenho algo muito melhor.
- A sério, o que é?
Bem...
A primeira regra é,
não posso falar sobre isso.
E a segunda regra é...
não posso falar sobre isso.
- E a terceira regra é...
- Bob, Bob. Eu sou membro.
Olha para mim, Bob.
lsso é... ***.
- Nunca te vi lá.
- Vou às terças e quintas.
- Eu vou ao sábado.
- Parabéns.
Sim, ei, para nós os dois, certo?
Ouviste falar sobre o tipo
que o inventou?
- Sim, na realidade...
- Ouço todo o tipo de coisas.
Supostamente,
nasceu numa instituição psiquiátrica
e dorme apenas uma hora por noite.
Ele é um homem ***.
Conheces o Tyler Durden?
Não te aleijei, pois não?
De facto, aleijaste.
Obrigado por isto.
Obrigado, obrigado, obrigado.
Clube de Combate.
Era a minha prenda e do Tyler.
A nossa prenda para o mundo.
Olho à volta, olho à volta,
vejo muitas caras novas.
Calem-se!
Significa que muita gente tem violado as
duas primeiras regras do Clube de Combate.
Vejo no Clube de Combate os homens
mais fortes e espertos de sempre.
Vejo todo este potencial.
E vejo-o desperdiçado.
Diabos, toda uma
geração a trabalhar em gasolineiras.
A servir à mesa.
Escravos de colarinho branco.
A publicidade impinge carros e trapos.
Empregos que detestamos para
comprarmos merdas que não precisamos.
Somos os filhos do meio desta história.
Sem objectivos nem lugar.
Não temos nenhuma Grande Guerra.
Nenhuma Grande Depressão.
A nossa grande guerra é espiritual.
A grande depressão é as nossas vidas.
Fomos todos criados em frente à
televisão para acreditarmos
que um dia seríamos milionários
e estrelas de cinema e de rocK.
Mas não vai ser assim.
Estamos a aprender isso lentamente.
E estamos muito, muito zangados.
Sim!
A primeira regra do
Clube de Combate é, não falar...
Quem é você?
- Quem sou?
- Sim.
Há uma placa na fachada
que diz Lou's Tavern.
Eu sou o Lou. Quem é você?
Tyler Durden.
Quem vos disse seus cabrões
que podiam usar a minha casa?
Temos um acordo com o lrvine.
O lrvine está em casa doente.
Este lugar não é dele. É meu.
- Quanto dinheiro recebe ele por isto?
- Não há dinheiro.
- Grátis para todos.
- Não é fantástico?
É, de facto.
Olhe, seu badameco!
- Quero todos fora daqui.
- Ei!
Devia filiar-se no nosso clube.
Ouviu o que eu disse?
Você e o seu amigo.
Está-me a ouvir agora?
Não, não ouvi, Lou.
Ainda não percebi.
Está bem, está bem, já percebi.
Percebi, percebi. Merda, esqueci.
Para trás! Todos vós!
Todos para trás!
Ah, Lou!
Vá, meu!
Gostamos mesmo disto.
- Certo, Lou. Rua.
- Caluda.
Oh, sim!
lsto é engraçado?
O gajo é doido, digo-vos.
lnacreditável.
- Não sabes onde já fui, Lou.
- Oh, meu Deus!
Não sabes onde já fui!
Deixa-nos usá-la, Lou! Por favor, Lou!
Usem a cave! Diabos!
Quero a tua palavra, Lou!
Que a minha mãe seja cega.
Obrigado, Lou.
Obrigado também, grandalhão.
Vemo-nos para a semana.
Esta semana, cada um de vós leva
trabalho de casa.
Vão sair. Vão envolver-se
numa luta com um estranho.
Vão envolver-se numa luta
e vão perder.
Uma boa escolha.
Ei! Cuidado, idiota! Pare!
lsto não é tão fácil como parece.
Filho da mãe!
A maioria das pessoas, as normais,
fazem tudo para evitar uma luta.
Desculpe!
Molhou-me com a sua mangueira.
Não é necessário...
Jay! Vá ligue ao 112!
Largue a mangueira.
Pare com isso! Pare!
Desculpe.
Precisamos de falar.
Está bem.
Por onde começar?
Pela sua ausência constante?
Pela sua aparência pouco apresentável?
Está na hora de ser avaliado.
Sou a incapacidade do Jack
para se surpreender.
- O quê?
- Simulemos.
Você é do Departamento
de Transportes, certo?
Alguém o informa que esta empresa
instala suportes dos bancos dianteiros
que reprovaram nos *** de colisão,
pastilhas de travão que falham
após 1.600 km,
e injectores de combustível
que explodem e queimam as pessoas vivas.
E depois?
Está a ameaçar-me?
- Não...
- Fora daqui. Está despedido!
Tenho solução melhor. Mantenha-me
no activo como consultor externo.
Em troca do meu salário,
a minha tarefa será
nunca vir a contar aquilo que sei.
Nem tenho de vir ao escritório.
Posso trabalhar a partir de casa.
Quem acha que você é, seu badameco?
- Segurança!
- Sou a vingança sorridente do JacK.
Que está a fazer?
Essa doeu.
Porque fez isso?
Oh, meu Deus! Não! Pare!
Que está a fazer?
Oh, Senhor, não! Por favor! Não!
Por alguma razão,
pensei na primeira luta, com o Tyler.
Não!
Debaixo, atrás e dentro de
tudo o que este homem acreditava,
algo horrívelhavia crescido.
Olhe.
Dê-me o dinheiro, como pedi,
e nunca mais me vê.
Então, no nosso melhormomentojuntos...
Graças a Deus!
Não me bata outra vez.
Telefone, computador,
fax, 52 cheques semanais
e 48 cupões de voo.
Éramos agora patrocinados
por uma empresa.
Foi assim que o Tyler e eupassámos a ir
ao Clube de Combate todas as noites.
O centro do Clube de Combate
era apenas dois homens a lutarem.
O líderpassava pela multidão
e sumia-se na escuridão.
O Tyler estava envolvido numa acção
judicial com o Pressman Hotel
por causa da presença de
urina na sopa.
Sou a vida desperdiçada do JacK.
Obrigado.
O Tylersonhava com
novos trabalhos de casa.
Entregava-os em envelopes selados.
UTlLlZE O ÓLEO USADO DO MOTOR
PARA FERTlLlZAR O RELVADO
- Há um Clube de Combate em Delaware City.
- Sim, ouvi falar.
Há também um em Penns Grove.
o Bob até descobriu um em New Castle.
- Foste tu quem abriu esse?
- Não, pensei que tinhas sido tu.
Não.
POLÍClA APREENDE
CATAPULTA DE MERDA
ARTlSTA MOLESTADO
MACACOS ENCONTRADOS
COM PÊLO RAPADO
- Espera um momento.
- Ei, que estás a fazer?
- Vira-te.
- Que estamos a fazer?
- Trabalhos de casa.
- De que tipo?
Sacrifício humano.
- lsso é uma arma? Diz-me que não.
- É uma arma.
- Que estás a fazer?
- Vai ter comigo lá atrás.
- Não brinques!
- Vai ter comigo lá atrás.
Na linha do tempo,
a taxa de sobrevivência desce a zero.
Que estás a fazer? Vá lá!
Mãos atrás das costas.
Dê-me a sua carteira.
Raymond K Hessel.
1320 SE Banning, Apartamento A.
- Um pequeno apartamento numa cave?
- Como sabe?
São-lhe atribuídas letras
em vez de números.
Raymond! Vai morrer.
Não!
São a mamã e o papá?
Eles vão ter de chamar o médico.
Para terem a sua ficha dentária.
Sabe porquê?
- Porque não lhe vai restar nada na cara.
- Oh, pára com isso!
Um cartão de estudante caducado.
O que estudou, Raymond?
- Coisas.
- Coisas?
Os exames eram difíceis?
- Perguntei-lhe o que estudou!
- Biologia, sobretudo.
- Porquê?
- Não sei.
Que queria ser, Raymond K Hessel?!
A pergunta, Raymond,
era isso o que queria ser?
Responda-lhe, Raymond, Jesus!
- Veterinário. Veterinário.
- Animais.
- Sim. Animais e coisas.
- Coisas. Sim, eu percebi.
- Então precisa de mais estudos.
- Muitos estudos.
- Preferia estar morto?
- Não, por favor...
Prefere morrer aqui, de joelhos,
nas traseiras de uma loja de conveniência?
Por favor, não.
Vou ficar com a sua carta.
Vou confirmar isso tudo.
Eu sei onde mora.
Se não se esforçar por ser
veterinário dentro de seis semanas,
é um homem morto.
Agora corra para casa.
Corra, Forrest, corra!
Sinto-me mal.
lmagina como ele se sente.
Vá, isto não tem graça!
Qual era a ideia?
Amanhã vai ser o dia mais bonito
da vida de Raymond K Hessel.
O pequeno-almoço dele vai saber melhor
que qualquer refeição nossa.
Tinha de lhe darrazão.
- Vamos.
- Ele tinha um plano.
E começava a fazersentido,
à maneira do Tyler.
Nada de receios. Nem distracções.
A capacidade para deixarpassar
aquilo que não importa.
Tu não és aquilo em que trabalhas.
Sabes quanto dinheiro tens no banco.
Tu não és o carro que conduzes.
Tu não és o conteúdo da tua carteira.
Tu não és os KhaKis que usas.
Tu és o lixo do mundo.
Eu saio daqui já.
Não tens de ir.
Como quiseres.
Não... Está bem.
Ainda vais aos grupos?
Sim.
A Chloe morreu.
Huau, a Chloe.
Quando é que isso aconteceu?
Preocupas-te?
Não sei. Não pensei nisso.
Sim, bem...
Foi inteligente da parte dela.
Ouve...
Que beneficias tu com tudo isto?
O quê?
lsto é, tudo isto. Porque...
lsto faz-te feliz?
Sim, bem, às vezes.
Não sei. Não percebo.
Porque é que a pessoa mais fraca
precisa de associar-se à pessoa forte?
Que é... Que é isso?
E tu, o que ganhas com isso?
Não... lsso não é a mesma coisa.
É totalmente diferente connosco.
Connosco?
Que queres dizer connosco?
- Desculpa. Estás a ouvir isto?
- Ouvir o quê?
- Este barulho todo. Espera.
- Não, espera!
Não mudes de assunto!
Quero falar sobre isto.
- Não estão a falar de mim, estão?
- Não.
- O quê?
- A brincar aos médicos. Que se passou?
- De que estás a falar?
- Nada. Nada.
- Não creio.
- Que queres?
- Olha para mim.
- Não. O que é?
- O que é isto?!
- Nada. Não te preocupes.
Meu Deus. Quem fez isto?
- Uma pessoa.
- Rapaz ou rapariga?
- Que te interessa?
- Não posso perguntar?
- Deixa-me em paz.
- Tens medo de dizer.
- Não tenho. Deixa-me ir.
- Não! Fala comigo.
Larga-me!
- Esta conversa...
- Esta conversa...
- ..acabou.
- ..acabou.
Tens de levar a tua a melhor, não é?
Ei, isto está a ficar enfadonho!
Que é... Que é isto?
Que achas?
Ei, porque precisamos de beliches?
Ei!
Deamsiado jovem.
Lamento.
O que era aquilo?
Se o candidato forjovem,
diz-lhe que é demasiado novo.
- Ou demasiado velho. Demasiado gordo.
- Candidato?
Se o candidato esperar 3 dias
sem comida ou abrigo,
talvez possa entrar e
iniciar a formação.
Formação para quê?
Achas que isto é um jogo?
És demasiado jovem, ponto final.
Pára de nos fazer perder tempo.
Fora daqui.
Más notícias, amigo.
Não vai acontecer.
Lamento se houve um equívoco.
Não é o fim do mundo.
Só que... vai embora.
Vá.
Estás em propriedade alheia
e terei de chamar a polícia.
Não olhes para mim!
Não vais entrar nesta casa!
Nunca. Agora sai da minha entrada!
Fora da minha entrada!
Afinal, transformámo-nos
naquilo que o Tyler queria.
Vou lá dentro buscar uma pá.
- Tens duas camisas pretas?
- Sim, senhor.
- Dois pares de calças pretas?
- Sim, senhor.
- Um par de botas pretas? Meias pretas?
- Sim, senhor.
- Uma casaca preta.
- Sim, senhor.
- $300 para o enterro?
- Sim, senhor.
Está bem.
És demasiado velho, seu gordo.
E as tuas mamas demasiado grandes.
Sai da minha entrada.
Bob! Bob!
Como um macaco pronto para ir
para o espaço.
Um macaco espacial.
Pronto para se sacrificar
por um bem maior.
És demasiado velho, bucha!
E tu... Tu és demasiado...
..loiro!
Fora daqui, os dois!
E assim foi.
Ouçam, seus inúteis.
Não são especiais.
Não são nenhuma flor de estufa.
São feitos da mesma matéria orgânica
decadente como tudo o resto.
O Tylerformava um exército.
Somos o lixo do mundo.
Somos parte do mesmo monte de esterco.
Porque é que o T. Durden
estava a formar um exército?
Com que fim?
Para que bem superior?
Confiámos no Tyler.
Quando dizia,
''Não se é aquilo que se faz'',
Eu dizia, ''Sim!''
Ei, que é isto?
Ei!
Estás bem!
- Que se passa?
- Estamos a celebrar.
- Que celebramos?
- Continua.
- Ei.
- Eu distribuo-as.
O mesmo grande gosto, Pepsi.
NOTÍClAS DE ÚLTlMA HORA
Estão cá os investigadores.
Chegou o Comissário da Polícia.
Pode dizer-nos o que acha
que se passou aqui?
Julgamos que seja um dos muitos actos
de vandalismo na cidade
porventura relacionados com
clubes de boxe clandestinos.
lremos coordenar uma
investigação rigorosa.
Era o Comissário da Polícia Jacobs
que acabou de chegarà cena
- do fogo que irrompeu...
- Ela é sexy.
De volta ao estúdio.
- Sim!
- Sim!
- Grande merda!
- Sim!
Que é que vocês fizeram?
Estão cá no edifício os
investigadores de fogo posto...
A primeira regra do Projecto Destruição
é que não se fazem perguntas.
A vitória na guerra contra o crime
não se consegue da noite para o dia.
É preciso dedicação, empenho
e, sobretudo, cooperação.
As ruas agora estão mais seguras.
Há esperança nos subúrbios. Mas...
Tenho de ir mijar.
É o início de uma longa caminhada.
Por isso criámos o Projecto Esperança.
Bob.
O Projecto Esperança
será um esforço conjunto
entre a Polícia e os líderes comunitários.
Será uma arma potente na
guerra contra o crime.
- Aperta-lho à volta dos tomates.
- Os tomates dele estão gelados.
Olá. Vai cancelar a sua
investigação rigorosa.
Vai declarar publicamente que
não há nenhum grupo clandestino ou
estes gajos arrancam-lhe os tomates.
Mandam um para o New YorK Times
e outro para o LA Times.
Olhe.
As pessoas que persegue
são aquelas de quem depende.
Fazemos as suas refeições. Levamos
o seu lixo. Fazemos as suas chamadas.
Conduzimos as vossas ambulâncias.
Protegemo-los enquanto dormem.
Não nos lixe.
lnspecção aos tomates!
Bob, por aqui.
Vamos.
Sou o inflamado sentido de rejeição do JacK.
Ei!
Sim!
Apetecia-me matar todos os pandas
que não fodessem para salvarem a espécie.
Queria abriras válvulas de descarga
dos petroleiros
e poluiras praias francesas
que nunca visitei.
Queria respirarfumo.
Onde é que estavas, seu psicótico?
Apeteceu-me destruir algo de belo.
Levem-no ao hospital.
Sim.
Não se preocupe, Sr. Durden.
Parque do Aeroporto. Estadias longas.
Faça favor, Sr. Durden.
Faça favor.
REClCLE OS SEUS ANlMAlS
- Tem algo em mente, meu caro?
- Não.
Sim, porque não me falaram
do Projecto Destruição?
A primeira regra do Projecto Destruição
é não fazer perguntas.
Porque não me incluiste desde o início?
Clube de Combate foi o início. Agora deixou
as caves e é o Projecto Destruição.
Começámos juntos o Clube de Combate.
Certo? É tanto meu como teu.
- lsto é sobre tu e eu?
- Sim. Não fizemos isto juntos?
lsto não nos pertence.
Não somos especiais.
Que se foda isso. Devias ter-me dito.
Ei, Tyler!
- Raios, Tyler!
- Que é que queres?
Uma declaração de intenções?
Mandar-te um e-mail?
- Oh...
- Tu decides como te queres envolver!
É o que vou fazer!
Mas quero primeiro saber algo!
- A primeira regra do Projecto Destruição...
- Calem-se!
- Quero saber o que pensas.
- Que se lixe o que tu sabes!
Esquece aquilo que achas que sabes
sobre a vida, a amizade,
e em particular sobre nós.
Que é que isso quer dizer?
Que estás a fazer?
Que gostariam de fazer antes de morrerem?
- Pintar um auto-retrato.
- Construir uma casa.
- E tu?
- Não sei. Nada.
- Vai para a faixa certa.
- Tens de saber!
Se morresses agora,
como te sentias em relação à tua vida?
Não sei! Nada de bom.
É o queres ouvir?
- Vá lá!
- Não é suficiente.
Deixa-te de lérias! Tyler!
Diabos!
Raios! Raios! Vai-te foder!
Que se foda o Clube de Combate. E a Marla!
Estou farto das tuas merdas!
Está bem, meu.
- Deixa-te de brincadeiras. Conduz!
- Olha para ti!
- Conduz!
- Olha para ti. És ridículo!
- Porquê? Porquê? Que estás a dizer?
- Porque achas que te rebentei com a casa?
O quê?
Estar na pior não é retiro nenhum.
Não é nenhum seminário.
Pára de tentar controlar tudo
e deixa andar!
Deixa andar!
Está bem.
Óptimo.
Nunca tive um acidente de viação.
lsto deve ser o que aquela
gente toda sentiu
antes de eu as pôr
como estatísticas nos meus relatórios.
Raios!
Tivemos próximos de
uma experiência de vida!
No mundo que antevejo,
somo como um alce que deambula
pelas florestas do Grand Canyon
à volta das ruínas do
Centro Rockefeller.
Anda-se de roupas de cabedal
que duram para o resto da vida.
Trepa-se pelas trepadeiras Kudzu
que envolvem a Sears Tower.
E quando se olha para baixo,
vêem-se figuras minúsculas,
colocando tiras de carne de veado
na faixa vazia
de alguma auto-estrada abandonada.
Sentes-te melhor, campeão.
E depois...
Tyler?
..o Tyler desaparecera.
Estaria eu a dormir?
Terei dormido?
Não são nenhuma flor de estufa...
A casa tornara-se num ser vivo.
Húmida por dentro de tanta gente
a respirar e a transpirar.
Com tanta gente a andar,
a casa também andava.
O Planeta Tyler.
Tinha de me encostaràs paredes.
Fechados dentro deste
mecanismo de macacos espaciais.
Não podes fumar aqui!
Sabes quanto éter há aqui!
Cozinhar, trabalhar e dormir em equipas.
Esperem aí.
DESlNFORMAÇÃO
Está sob controlo.
Onde está o Tyler?
A primeira regra do Projecto Destruição
é que não...
Certo... Está bem.
Estou completamente sozinho.
O meupai deixou-me. O Tyler deixou-me.
Sou o coração despedaçado do JacK.
O que se segue no Projecto Destruição
só o Tylersabe.
A segunda regra é não fazerperguntas.
Sai da minha vista!
Sai daqui!
Quem é toda esta gente?
A Empresa de Sabão de Paper Street.
Posso entrar?
Ele não está cá.
O quê?
O Tyler não está cá.
O Tyler foi-se.
O Tyler foi-se embora.
Tragam ajuda!
Dois feridos com tiro de pistola!
Abram espaço!
Que aconteceu? Que aconteceu?
Tínhamos por missão matar
dois coelhos de uma cajadada.
Destruir uma peça de arte empresarial...
Operação Tempestade no Café. Avante!
..e arrasar com um café.
Tínhamos tudo planeado.
- Corria bem até que...
- Polícia! Quietos!
- O quê?
- Deram um tiro no Bob.
- Deram-lhe um tiro na cabeça.
- Bófia duma figa!
Oh, Senhor!
- Aqueles cabrões!
- Seus cretinos.
Andam de um lado para outro
a tentarem rebentar com as coisas?
Que achavam que ia acontecer?!
Depressa! Livrem-se das provas.
Temos de fazer desaparecer este corpo!
- Enterrem-no.
- O quê?
Levem-no para o jardim e enterrem-no.
- Vá, andem!
- Vai-te lixar!
Afastem-se dele!
Que estás para aí a dizer?
lsto não é prova nenhuma.
lsto é uma pessoa.
Ele é meu amigo
e não o vão enterrar no jardim!
Foi morto a servir o Projecto Destruição.
- Este é o Bob.
- Senhor, no...
No Projecto Destruição, não temos nomes.
Agora, ouve-me lá.
Este é um homem e tem nome,
chama-se Robert Paulsen, sim?
- Robert Paulsen.
- Ele é um homem
e está morto por nossa causa.
Estão a compreender?
Compreendo.
Quando morto,
um membro do Projecto Destruição
tem um nome.
Ele chama-se RobertPaulsen.
Ele chama-se Robert Paulsen.
Ele chama-se... Robert Paulsen.
Ele chama-se Robert Paulsen.
Vá, rapazes. Por favor. Parem.
Ele chama-se Robert Paulsen.
Caluda! lsto acabou!
Fora daqui.
- Tyler?
- Não, é o Detective Stern.
Preciso de falar consigo...
Fui a todas as cidades que vinham
listadas no bilhete do Tyler.
Não sei como ouporquê, mas procurava em
50 bares diferentes ejá sabia aonde.
Procuro pelo TylerDurden.
É importante que eu fale com ele.
Quem me dera poder ajudá-lo,
a si.
A cada cidade a que fui,
logo que saía do avião
sabia que o Clube de Combate
estava porperto.
Ei! Ei!
Táxi!
Olhe para mim. Sou membro.
Preciso de saber se viu o Tyler.
Não estou autorizado a dar-lhe
esse tipo de informação
nem seria, mesmo se tivesse
essa informação,... capaz de o fazer.
- Você é um cretino.
- Vou ter de lhe pedir que saia.
O Tylerandava ocupado...
a instalar concessões por todo o país.
Será que tinha adormecido?
Terei eu dormido?
Quem é o pesadelo de quem, eu ou o Tyler?
- Acabámos de ouvir histórias.
- Que tipo de histórias?
- Ninguém sabe como ele é.
- Faz cirurgia plástica de 3 em 3 anos.
lsso é a coisa mais parva que
alguma vez ouvi.
- É verdade do Clube de Combate em Miami?
- O prédio do Sr. Durden é um exército?
Eu vivia num estado de permanente dejá vu.
Onde quer que fosse,
parecia quejá lá tinha estado.
Era como perseguir um homem invisível.
O cheiro do sangue seco,
a sujidade, as impressões digitais.
O cheiro a suor, que nem frango frito.
A sensação do chão quente da luta
da noite anterior.
Estava sempre a um passo do Tyler.
Ele chama-se Robert Paulsen...
Bem-vindo.
Como tem passado?
Conhece-me?
lsto é algum ***?
Não. lsto não é um ***.
Esteve cá na quinta-feira passada.
Quinta-feira?
Estava onde está agora,
a perguntar como era a segurança.
É muito apertada.
Quem acha que sou?
De certeza que isto não é um ***?
Não, isto não é um ***.
Você é o Sr. Durden.
Foi você quem me deu isto.
Voltem aos vossos lugares e coloquem
as costas das cadeiras na vertical.
- Sim?
- Marla, sou eu.
- Já alguma vez tivemos?
- Tivemos o quê?
Relações sexuais?
Que pergunta estúpida é essa?
Estúpida porque é sim
ou porque é não?
- lsto é algum truque?
- Não. Preciso de saber...
Queres saber se
demos uma queca ou se fizemos amor?
- Fizemos amor?
- É o que lhe estás a chamar?
Responde à pergunta!
Fizemos ou não?
Fodes-me, depois censuras-me.
Amas-me, odeias-me.
És sensível,
depois viras idiota.
Serve como resumo da nossa relação, Tyler?
Acabava de perderpressão na cabina.
Que foi que disseste?
- Que se passa contigo?
- Diz o meu nome!
Tyler Durden!
Seu aborto! Que se passa?
- Eu vou aí!
- Não estou lá!
- Quebraste a tua promessa.
- Jesus, Tyler.
- Falaste com ela sobre mim.
- Que raio é que se passa?
Pedi-te uma coisa. Uma coisa simples.
Porque é que me tomam por ti?
Responde-me!
Senta-te.
Responde-me.
Porque me tomam por ti?
Acho que sabes.
- Não, não sei.
- Sabes, sim.
Porque é que alguém me iria
confundir contigo?
Não sei.
- Já percebeste.
- Não.
- Não nos lixe!
- Diz.
Porque...
Vá, diz!
Porque somos a mesma pessoa.
Está correcto.
Somos o lixo do mundo.
- Não entendo isto.
- Querias uma forma de mudar a vida.
Não o podias fazer sozinho.
Todas aquilo que desejavas vir a ser,
sou eu.
Sou como tu queres parecer,
Fodo como tu queres foder.
Sou esperto, capaz e, acima de tudo,
livre de todas as maneiras
que tu não és.
Oh, não.
- O Tyler não está aqui. O Tyler foi-se.
- O quê?
lsto não é possível. lsto é de doidos.
As pessoas fazem-no diariamente.
Elas falam consigo mesmas.
Vêem-se como se querem ver.
Não têm a coragem que tu tens
para prosseguirem.
Ainda te debate com a ideia,
por isso às vezes ainda és tu.
- Devíamos fazer isto outra vez.
- Por vezes, imaginas que me vigias.
Se for a primeira vez, têm de lutar.
Aos poucos,
estás a transformar-te em...
Tyler Durden.
Não és aquilo que fazes
ou quanto dinheiro tens!
- Não. Tu tens uma casa.
- Arrendada em teu nome.
- Tens empregos, uma vida.
- Trabalhas de noite porque tens insónias.
Ou ficas acordado e fazes sabão.
- Andas a foder a Marla, Tyler.
- Tecnicamente és tu. Para ela é igual.
Oh, meu Deus.
Agora vê o nosso dilema.
Ela sabe demasiado.
Julgo que temos de falar da forma como
isto pode comprometer os nossos fins.
O quê... Que dizes?
lsso são tretas. lsso são tretas,
não estou para ouvir isto!
- Estás doido!
- Não. Tu é que estás doido.
Simplesmente não temos tempo para isto.
É o que se chama uma mudança.
O filme continua
e ninguém na audiência dá porisso.
- Senhor! Vai-se embora?
- Sim. Quero a conta.
Pode rubricar esta lista de telefonemas?
- Quando é que foram feitos?
- Entre as 2.00 e 3.30 da manhã.
Tenho-me deitado mais cedo?
Tenho dormido ultimamente?
Tenho sido cada vez mais como o Tyler?
Está cá alguém?
A sensação de dejá vu novamente.
Com algum sabão,
arrebenta-se com qualquer coisa.
Oh, meu Deus.
- 1888.
- A quem estou a telefonar?
1888 FranKlin. Manutenção. Está?
Está?
1888 Franklin Street?
Sim. Em que posso ser útil?
- Está?
- Sim, sim.
Preciso de falarjá com o supervisor.
- É o próprio.
- Bom, ouça.
Vai acontecer algo terrível
ao seu prédio.
Está sob controlo.
- Como?
- Não se preocupe connosco. Tudo bem.
2160.
Marla! Marla! Ei, espera!
Espera! Tenho de falar contigo! Marla!
Os teus tarados deram-me uma vassourada!
Quase que me partiam o braço!
Queimavam a ponta dos dedos com potassa.
lsto exige um grande acto de fé,
mas escuta o que tenho para dizer.
- Eis a avalanche de tretas.
- Um pouco mais de fé que isso.
Não quero ouvir nada do que
tens para dizer.
Tens todo o direito a estar...
Tomo um café, obrigado.
Tudo o que pedir é gratuito.
Por que razão é gratuito?
- Não perguntes.
- Como queira.
Quero guisado de amêijoas, frango frito,
batata cozida e uma torta de chocolate.
Comida limpa, por favor.
Nesse caso,
não aconselho as amêijoas.
Nada de amêijoas. Obrigado.
Tens cerca de 30 segundos.
Sei que tenho andado esquisito, sim?
- Deve parecer que há em mim dois lados...
- Dois lados?
- És o Dr. Jekyll e o Sr. Jumento.
- Eu sei. Mas percebi algo importante.
- O quê?
- A natureza da nossa relação não era clara
para mim por razões que não falarei.
- Sei que não te tratei bem.
- Absolutamente.
Não, não. Quinze segundos, por favor!
Quinze segundos, não fales.
Estou a tentar pedir desculpa.
O que acabei de dar conta
é que gosto mesmo de ti, Marla.
Gostas?
Gosto de verdade.
lmporto-me contigo e não quero que
te aconteça mal por minha causa.
Marla, a tua vida corre perigo.
O quê?
Tens de sair da cidade por uns tempos.
Sai de qualquer grande cidade.
- Vai acampar...
- Estás maluco.
- Não. Envolvi-te em algo terrível.
- Não. Cala-te!
- Não estás segura.
- Cala-te!
- Ouve, eu tentei, Tyler. Tentei mesmo.
- Eu sei que tentaste.
Há coisas em ti que gosto.
És esperto, engraçado.
És espectacular na cama.
Mas...
és intolerável.
Tens graves problemas emocionais.
Problemas profundos
para os quais devias procurar ajuda.
- Eu sei e lamento.
- Tu lamentas, eu lamento. Todos lamentam.
Não vou continuar mais com isto.
Não posso.
E não o vou fazer.
Vou-me embora.
Não podes ir, Marla! Não estás segura!
- Marla, não compreendes!
- Deixa-me em paz!
- Marla, estou a tentar proteger-te!
- Larga!
- Não te quero ver mais!
- Está bem...
Espera aqui!
Espere aí! Cale-se!
Toma e apanha o autocarro.
Prometo não incomodar mais.
Cale-se!
Sobe para o autocarro. Sobe.
Porque estás a fazer isto?
Porque eles acham que és uma ameaça.
Agora não posso explicar, confia em mim!
- Se souber onde vais, não ficas segura.
- lsto fica como um imposto de palermice.
- Lembra-te, afasta-te das principais cidades.
- Tyler.
Tu és a pior coisa que
alguma vez me aconteceu.
Olá. Quero que me prenda.
Sou líder duma organização terrorista
responsável por inúmeros actos de
vandalismo e assaltos por toda a cidade.
Na área metropolitana,
tínhamos talvez uns 200 membros.
Surgiram filiais em cinco
ou seis grandes cidades.
Trata-se de uma organização
fortemente disciplinada
com muitas células capazes de operarem
independentemente da liderança central.
Vá à casa, sim? 1537 Paper Street.
É a nossa sede.
Nas traseiras, enterrado no jardim,
encontra o corpo de Robert Paulsen.
Na cave,
estão algumas banheiras
que recentemente foram usadas
para fazer nitroglicerina.
Creio que o plano é fazer explodir
a sede de
empresas de cartões de crédito
e o edifício TRW.
Porquê estes edifícios?
Porquê empresas de cartões de crédito?
Se apagar os registos da dívida,
voltamos todos a zero.
Provoca o caos total.
Continuem. Preciso de fazer uma chamada.
Admiro aquilo que está a fazer.
O quê?
É um homem corajoso para pedir isto.
Você é um génio.
Disse que se alguém interferisse
com o Projecto Destruição, até você,
teríamos de lhe cortar os tomates.
- Não resista.
- É um gesto de poder, Sr. Durden.
- Vai servir de exemplo.
- Estão a cometer um grande erro!
- Você disse que diria isso.
- Não sou o Tyler Durden!
- Também nos disse que ia dizer isso.
- Está bem. Sou o Tyler Durden.
Ouçam. Estou-vos a dar uma ordem.
- Vamos abortar esta missão já.
- Disse que iria dizer isso.
Estão malucos?
Vocês são agentes da Polícia!
Está alguém a controlar isto?
Boca calada.
Merda!
Alguma desta informação é válida.
- Vamos à casa em Paper Street.
- Vamos já para lá.
Ei, espere!
- Eu controlo-o.
- Senhor, temos de fazer isto.
- Parem de lutar!
- Onde está o elástico?
Afaste-se de mim! Largue essa faca!
Para trás. Cara para o chão já!
Para o chão!
A primeira pessoa
que sair por esta porta
leva com chumbo! Percebido?
Afaste-se! Fique aí!
Corri.
Corri até os meus músculos arderem
e as minhas veias largarem ácido.
Depois corriainda mais.
Que é que estás a fazer?
A correr em cuecas!
Pareces maluquinho!
Não. Sei aquilo que planeias.
Sei o que se passa aqui.
Então, vem daí. Tenho um bom lugar para
ver isso. Será como ver TV por cabo.
ESCADAS ROLANTES
- Oh, meu Deus.
- Agora que estás a fazer?
- A parar isto.
- Porquê?
- Nunca fizeste nada de tão importante.
- Não posso deixar isto acontecer.
Há outras 10 bombas
noutros 10 edifícios.
Desde quando é o Projecto Destruição
sobre homicídios?
Os edifícios estão vazios.
Não matamos ninguém.
Estamos a libertá-los!
O Bob está morto. Com um tiro na cabeça.
Não se fazem omeletas sem ovos.
Não. Não estou para te ouvir.
Nem sequer estás cá.
Não faria isso. A não ser que
soubesse quais eram os fios.
Se tu sabes, logo eu também sei.
Ou talvez soubesse que tu sabias, porisso
passei todo o dia a pensarnos fios errados.
Achas que é esse?
Oh, Céus, não. Não o verde.
Puxa qualquer um menos o verde.
Pedi-te para não fazeres isso!
Foda-se!
Tyler, afasta-te da carrinha.
Tyler, não estou a brincar!
Afasta-te da carrinha!
Raios!
Huau! Huau!
Muito bem.
Estás agora a disparar uma arma
ao teu amigo imaginário
perto de 1500 litros de nitroglicerina!
Calma, Tyler!
Então!
Não te vás!
O quê?
Três minutos.
Três minutos.
Acabou.
O começo.
Ponto zero.
Acho que foiaqui que começámos.
Queres fazer um discurso de ocasião?
Como?
Não me ocorre nada.
Humor em flashbacK.
lsto agora está a ficar emocionante.
Dois minutos e meio.
Pensa em tudo o que alcançámos.
Destas janelas, assistiremos ao
colapso da história financeira.
A um passo do equilíbrio económico.
Porque é que ela está aqui?
A resolver algumas questões.
Largue-me, seu cabrão!
- Peço-te, não faças isto.
- Eu não o estou a fazer.
- Nós estamos a fazê-lo. É o que queremos.
- Não.
- Eu não quero isto.
- Certo. Excepto que o tu não faz sentido.
- Temos de nos esquecer de ti.
- Tu és uma voz na minha cabeça.
E tu és uma voz na minha!
- Porque não posso livrar-me de ti?
- Precisas de mim.
Não. Não preciso. Já não preciso.
Tu criaste-me. Não fui eu quem criou
um ego falhado para se sentir melhor.
- Assume a responsabilidade.
- Assumo. Sou responsável por tudo...
..e aceito isso.
Por isso, peço-te,
por favor cancela isto.
Já alguma vez deixei que ficássemos mal?
O que conseguiste por minha causa?
Eu vou fazer com que nos salvemos.
Como sempre, levo-te aos berros
e aos pontapés
e no fim agradeces-me.
Tyler. Tyler.
Estou-te grato.
Por tudo o que fizeste por mim.
Mas isto é demais. Não quero isto.
Que queres? A merda do teu emprego?
Um mundo caseiro, a ver comédias?
Vai-te foder! Não o faço.
- lsto não pode estara acontecer.
- Já está, porisso cala-te!
60 segundos para a explosão.
Não.
Eu resolvo isto. lsto nem é real.
Tu nem és real, essa arma...
Essa arma nem está nas tuas mãos.
A arma está nas minhas mãos.
Melhor para ti. Não muda nada.
Porque estás a apontar uma arma à cabeça?
Não à minha cabeça, Tyler.
À nossa cabeça.
lnteressante.
O que pretendes com isto, rapaz lkea?
Ei. Aqui estamos os dois.
Amigos?
Tyler,
quero que me ouças mesmo.
Está bem.
Tenho os olhos abertos.
Que cheiro é este?
- Onde estão todos?
- Oh, não. Que se passa?
Sr. Durden!
Oh, meu Deus!
Está... Sente-se bem, chefe?
- Oh, sim, estou bem.
- Está com mau aspecto. Que aconteceu?
- Nada, não faz mal.
- Não, não. Ele não está a brincar.
- Está mal. Precisa de ajuda.
- Estou bem.
Olhe, estou bem... Está tudo bem.
Parem!
- Deixem-na ir.
- Por amor de Deus!
Tu!
Olá, Marla.
- Deixem-na comigo. Vemo-nos lá em baixo.
- Tem a certeza?
Sim, tenho.
Cabrão! Que raio de jogo de tarados
estás tu ajogar?
Pôr-me em... Oh, meu Deus, a tua cara!
Sim, eu sei.
Que aconteceu?
- Não perguntes.
- Levaste um tiro.
- Sim, levei um tiro.
- Oh, meu Deus.
- Não acredito que ele esteja de pé.
- Um cabrão duro.
Quem fez isto?
Eu.
Tragam compressas.
Disparaste sobre ti?
Sim, mas não faz mal. Marla, olha.
Estou mesmo bem.
Confia em mim. Vai ficar tudo bem.
Conheceste-me numa época estranha
da minha vida.
Tradução e Legendagem de Visiontext:
José A. Fernandes. DivX n0t (ROPMIP)
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