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Diz-se que algumas vidas
estão ligadas através dos tempos
ligadas por um chamamento antigo
que ecoa através das eras
Destino
Há muito tempo atrás,
numa terra bem distante.
Houve em tempos um Império,
que se estendia desde a China...
...até à costa do Mediterrâneo
Esse Império,
era a Pérsia.
Sem medo, em batalha.
Sensata, na vitória.
Onde as espadas persas iam,
a ordem acompanhava-as.
CIDADE REAL de NASAF
O Rei Persa, Sharaman,
reinava com o seu irmão Nizam.
sob os princípios
da lealdade e da irmandade.
O Rei teve 2 filhos,
que lhe deram uma grande alegria.
Alegrem-se.
Mas aos olhos dos Deuses,
A família do Rei ainda não estava completa.
Pelo menos, não até ao dia, em que ele
testemunhou um grande acto de coragem.
Vindo de um rapaz órfão,
das ruas de Nasam.
Saiam do caminho!
Parem!
Parem!
Foge! Foge Bis! Foge!
Fica aqui.
Ele está a escapar!
Larguem-me!
Em nome do Rei!
- Como te chamas rapaz?
- Dastan, senhor.
E os teus pais?
Rapaz!
Irmão, trá-lo.
Movido pelo que viu, o Rei adoptou o
rapaz Dastan na sua familia.
Um filho sem sangue real,
e sem direito ao trono.
Mas provavelmente houve outra coisa
que aconteceu nesse dia.
Algo para além da simples
compreensão.
O dia em que um rapaz
de descendência incerta,
se tornou,
um Príncipe da Pérsia
PRÍNCIPE DA PÉRSIA
"AS AREIAS DO TEMPO"
15 ANOS MAIS TARDE
TERRAS FRONTEIRIÇAS PERSAS
CIDADE SANTA de ALAMUT
A lendária Alamut!
Ainda mais deslumbrante do que imaginava.
Isso não interessa, Príncipe Tus,
é uma cidade como qualquer outra.
Países moles,
criam homens moles.
Eles são acusados de traição,
e agora têm de pagar por isso.
O meu pai deixou bem claro,
Alamut não deve ser tomada.
Alguns consideram-na sagrada.
Mas como o nosso sensato pai
não está aqui, a decisão é minha.
Convocarei um último Conselho,
com o meu nobre tio, e os meus 2 irmãos.
O confiável Garsiv e...
Onde está o Dastan?
Vamos lá! Apostei tudo em ti.
Isto é embaraçoso!
Então porque não experimentas tu!
Isso é tudo o que tens?
Príncipe Dastan!
Onde está o Príncipe Dastan?
O Príncipe Dastan não está aqui.
Sua Alteza, por favor.
O Príncipe Tus
convocou o Conselho de Guerra.
Vou a caminho.
O nosso melhor espião
interceptou uma caravana.
A sair de Alamut.
Espadas, da melhor qualidade,
e flechas com pontas de ferro.
E uma promessa de pagamento
de um senhor da guerra a Alamut.
Eles estão a vender armas
aos nossos inimigos, Dastan.
Uma flecha como esta matou
o meu cavalo em Koskan.
O sangue irá escorrer
pelas ruas de Alamut, por isto.
Ou os nossos soldados
irão cair perante os seus muros.
As nossas ordens eram para tomar Koskan,
não para atacar Alamut.
Palavras sábias, meu irmão.
Palavras, não irão deter
os nossos inimigos.
Ainda menos quando estiverem equipados
com lâminas de Alamut.
Atacamos de madrugada.
Bem, se esta é a tua decisão,
então deixa-me ir primeiro.
- Queres partilhar, Garsiv?
- Eu comando o exército Persa.
O Dastan comanda uma companhia
de bandidos de rua.
Eles podem não ter grandes maneiras,
mas são muito bons em combate.
A honra do primeiro sangue
derramado, deve ser minha.
- Garsiv, tens as mãos na espada novamente.
- É onde elas devem estar.
- Os meus irmãos...
- Alter-ego.
Dizem que a Princesa de Alamut
é de uma beleza sem igual.
Vamos marchar até ao seu Palácio
e vermos por nós próprios.
Ninguém duvida da tua coragem, Dastan.
Mas ainda não estás pronto para isto.
A cavalaria do Garsiv irá à frente.
Princesa Tamina. O exército persa,
minha Princesa, não continuou.
A fé deles tem pouco amor por outra
verdade que não seja a sua.
Provavelmente seria mais seguro
se não se aproximasse tanto.
Qualquer que seja a sua fé...
...os seus arcos não são tão fortes,
Nem a mira tão boa.
Reúne o Conselho.
Diz-lhes que os aguardo no Templo.
Tenho de rezar.
No Templo? Alamut nunca foi
invadida em milhares de anos.
Tudo muda com o tempo.
Nós devíamos saber isso melhor que todos.
Lembra-me de novo, porque estamos
a desobedecer às ordens do teu irmão?
Porque o Garsiv apenas sabe
como atacar de madrugada.
Iria ser um massacre.
Os Alamutes devem estar ocupados
com o portão principal.
Por isso vamos entrar pelo lateral.
Estiveste a beber?
Este é o nosso caminho.
Existem 2 portões.
O exterior é fácil..
...o portão interior é que é impossível.
Aquele mecanismo do portão é protegido
por 2 guardas das torres.
Há sempre uma forma de entrar, Bis.
Tu ficas com o portão exterior,
e deixas o impossível para mim.
Eu acho que tu ficarias contente
de nos ver a todos mortos.
Que lindo discurso, Bis.
Toquem o alarme!
Socorro!
Segura nisto.
Tem cuidado com as costas!
- O portão está aberto.
- São os homens do Dastan.
Ele conseguiu entrar.
O Dastan conseguiu.
Reagrupem-se para o portão de Este.
Reagrupar para o portão de Este!
Entraram pelo portão de Este.
Derruba as passagens para a câmara.
Princesa.
Vão agora! Todos!
Sabes que confio em ti.
Acima de tudo,
ele deve ser mantido em segurança.
Saiam do caminho!
Preces e incenso pouco podem
fazer por ti agora!
Acho que descobrirás que
há mais do que isso.
Viste, Garsiv.
Então, por uma vez as
histórias são verdadeiras.
Sabemos que secretamente fabricam
armas para os inimigos da Pérsia.
- Agora, mostra-nos onde.
- Não temos ferreiros aqui.
E que armas poderíamos ter,
que vocês quisessem.
Os nossos espiões não se enganam.
Pode poupar muita dor...
Toda a dor do mundo não vos poderá
ajudar a encontrar algo que não existe.
Falou como alguém sensato
o suficiente para considerar
uma solução política.
Casa-te com o futuro Rei da Pérsia.
Prefiro morrer.
Isso pode-se arranjar.
Príncipe Tus!
Prometa-me que o povo de Alamut
será tratado com misericórdia.
- Dastan, o Leão da Pérsia!
- O Leão da Pérsia!
Eles chamam-te o Leão da Pérsia.
Tu nunca foste bom a
cumprir ordens, Dastan.
- Eu tenho uma explicação, Tus. Eu...
- Não. Não.
Não, tu tens é uma celebração para fazer!
- Existe, apesar disso, a tradição.
- Como ficaste com a honra do 1º assalto...
...deves-me um presente.
Um tributo.
Que punhal lindo!
Ele entregou-te a cidade e a sua Princesa
penso que é tributo suficiente.
Suponho que seja.
Uma mensagem acabada de chegar,
meu Príncipe. Noticias maravilhosas.
O teu pai interrompeu as suas
orações no Palácio de Este,
para se juntar a nós.
Não duvido que seja para
felicitar-nos pela nossa grande vitória.
Nós tínhamos informações de que
Alamut estava a armar os nossos inimigos.
Informações? Eu acho que
preciso mais do que informações
para ocupar uma cidade sagrada.
Com as minhas tropas!
Esta "aventura" não nos vai deixar
bem vistos perante os nossos aliados.
Mas tu concerteza,
não levaste isso em conta.
Não olhes para o teu tio, rapaz.
A decisão e as suas consequências
são inteiramente minhas.
Eu sei que estás impaciente
para usar a coroa.
Mas acredita em mim quando te digo
que ainda não estás preparado.
Nenhum homem saberá isso
melhor do que você, pai.
E porque a sua confiança é algo que eu prezo.
Eu próprio vou conduzir as buscas pelas armas.
E não me voltarei a apresentar
diante de si, sem possuir provas
da traição de Alamut.
O invertido é o mais difícil!
Irmão! Irmão!
Achámos uns túneis na parte
oriental da cidade.
- Vou para lá agora.
- Mas assim vais perder a festa.
Tu e o Garsiv conseguem
aguentar com o pai na minha ausência.
Tens algum presente
para o honrar?
Claro.
- Bis, o presente?
- O quê?
- Está momentaneamente desaparecido.
- Eu sabia que te ias esquecer!
A capa do regente de Alamut.
A mais sagrada das
terras orientais.
Um presente digno de um Rei.
Lutaste como um guerreiro
por mim, Dastan.
Fico feliz por retribuir o favor.
Uma jóia rara.
Apresenta-a por mim ao Rei
esta noite, Dastan.
Tens a certeza de que queres
outra esposa, irmão?
Ouve-me, Dastan.
O casamento com a Princesa
assegura-me a lealdade do seu povo.
Sem uma ligação connosco
ela é um perigo.
Se o nosso pai não aprovar
a nossa união.
Eu quero que acabes com a vida dela
com as tuas próprias mãos.
Então, sou escoltada pelo
Príncipe Dastan, o Leão da Pérsia.
Deve ser maravilhoso ganhar uma reputação
assim, por derrotar uma cidade inocente.
É um prazer conhecê-la também, Princesa.
E permita-me dizer
que se punir inimigos do
meu Rei é um crime,
é algo que repetirei com gosto.
Então é um verdadeiro
Príncipe da Pérsia.
Bruto e sem honra.
Não cometa o erro de pensar
que me conhece, Princesa.
E o que há mais?
Espera aqui com Sua Alteza.
Se for capaz..
...sugiro-lhe um pouco mais de
humildade quando for apresentada ao Rei.
Para o seu próprio bem.
Sempre a cuidar do meu pai, tio?
Um dia, tu terás o prazer de
ser irmão do Rei, Dastan.
Desde que te lembres do
teu dever mais importante,
não deverás ter problemas.
- A sério?
- E qual é esse dever?
Fazer com que ele cá esteja
por muito tempo.
Já soube, que outro dos meus filhos
entrou para a história dos
grandes guerreiros persas.
Obrigado!
Sentimos a sua falta, pai.
Eu tenho estado a rezar
por ti e pelos teus irmãos, Dastan.
Família.
O laço entre irmãos é a espada
que defende o nosso império.
E eu tenho rezado para que essa
espada permaneça forte.
Eu esperava que as minhas acções
salvassem homens nas muralhas da cidade.
Um bom homem teria feito o mesmo que tu,
Dastan.
Agindo corajosamente de modo
a atingir a vitória,
e a salvar vidas.
Um grande homem teria impedido
o ataque de acontecer.
Um grande homem teria-se oposto,
pois saberia que estava errado.
Não importa quem ordenou.
O rapaz que eu vi naquela praça..
...era capaz de ser mais
do que apenas bom..
...era capaz de ser grande.
Já agora, eu tenho um presente
para si.
Alguns duvidaram da minha decisão
de trazer um rapaz das ruas
para a minha família, mas eu vi um
rapaz que não tinha sangue nobre,
mas tinha o carácter.
Um Rei em espírito.
Obrigado, pai.
Obrigado, pai.
Permita-me que lhe apresente a capa
cerimonial do regente de Alamut.
E o que te posso eu dar em retorno?
Braham!
Permita-me que lhe apresente
a Princesa Tamina.
Tus pretende criar uma união
com o seu povo através do casamento.
E é o meu mais sincero desejo,
que lhe conceda a sua aprovação.
Em todas as minhas viagens,
nunca tinha visto uma cidade
tão linda, Sua Alteza.
Deveria tê-la visto antes do seu
exército tê-la tomado.
Claramente, ela daria
uma excelente rainha.
Mas, Tus já tem esposas
que lhe cheguem.
Tu Dastan, devias ter uma chance
de ter uma jóia destas
à tua espera, nos teus aposentos.
A Princesa de Alamut
será a tua primeira esposa.
Não dizes nada, Dastan?
Ele enfrenta centenas de
guerreiros sem receio.
Mas perante o casamento
fica paralisado com medo.
E não acredito que alguém diga
que ele ainda não é sensato.
Eu preciso de uma bebida.
- Afastem-se!
- Saiam do caminho!
Pai!
Deus me ajude, é a capa!
- Alguém o ajude!
- É a capa que o Dastan lhe deu!
- Porquê?
- Alguém o ajude!
- Ele é o assassino!
- Alguém o ajude!
Detenham-no!
- Bis!
- Vem comigo!
- O que pensas que estás a fazer?
- Estou a tentar sair daqui.
Vais precisar da minha ajuda.
Vamos!
- Fechem o portão!
- Por ali!
Fechem o portão!
Abaixa-te
Ele roubou o meu cavalo!
Ele roubou o meu cavalo!
Meus leais súbditos.
O mundo inteiro chora
a partida do nosso grande Rei.
Estamos todos sentidos com a sua perda.
E o facto de o assassino ter sido
o Príncipe Dastan,
ainda agrava mais a nossa dor.
Eu não matei o meu pai.
Aquela capa foi-me dada pelo
meu irmão. O Tus fez isto.
E agora ele vai ser coroado Rei.
Eu não matei o meu pai.
Eu acredito em ti.
Tu não devias estar aqui.
Eu não te devia ter deixado vir.
Mas deixaste.
Eu prometi ao meu irmão que te mataria
se ele não te pudesse ter.
Bem, a solução seria beijar-me
e depois matar-me.
Mas eu tenho uma solução melhor.
Eu matar-te a ti!
E os nossos problemas ficam resolvidos!
Acho que podemos encontrar
outra solução.
Bem, a solução seria beijar-me
e depois matar-me.
Mas eu tenho uma solução melhor.
Eu matar-te a ti!
Devolve-me o que me roubaste, persa!
Não!
- Tu viste isto?
- Vi o quê?
Tenta pegar nessa espada de novo
e eu juro que te parto o braço.
Outra vez?
- Usaste a areia toda.
- O quê?
O que é isto?
Incrível!
Libertar a areia,
faz retroceder o tempo.
E apenas o portador do punhal
está consciente do que se passa.
Pode voltar atrás e alterar eventos,
alterar o tempo, e apenas ele saberá.
Qual é o alcance máximo?
Responde-me, Princesa.
Tu destruíste a minha cidade.
A nossa invasão não foi pelo tráfico
de armas, foi por causa deste punhal.
Depois da guerra, Tus quis este punhal como
tributo, não percebi mas agora compreendo.
Com isto, ele pode alterar tudo.
Pode alterar o curso
de um momento essencial numa batalha,
antecipar o ataque de um inimigo.
Ele não seria apenas Rei,
seria o governante mais poderoso
que a Pérsia alguma vez viu,
seria ainda maior que o meu pai.
E foi tudo por causa deste punhal.
O traidor do meu irmão
tem de ser trazido à justiça.
E é por isso que dupliquei a
recompensa pela sua captura.
Entretanto, vou lutar para
proteger o nosso Império.
Como o meu pai teria ordenado.
Um novo reinado começou.
- O que estás a fazer?
- O Garsiv não deve estar longe.
E este é o cavalo mais famoso do Império.
Isto irá esconder as suas pegadas.
Dastan, onde é que vais?
A Abrat,
onde o meu pai vai ser enterrado.
És procurado pelo assassinato
do Rei e vais ao seu funeral?
- No meio de milhares de soldados persas?
- O meu tio Nizam vai lá estar,
e ele é o único em quem posso confiar.
Ele vai ver que eu fui traído pelo Tus.
Podes afastar-te, por favor.
Todas as estradas para Abrat vão
estar repletas de tropas persas.
Eu não vou pela estrada,
vou pelo vale dos escravos.
Ninguém se aproxima desse lugar,
está cheio de assassinos e ladrões.
- Assim o dizem.
- O teu plano é suicida!
O meu irmão matou o meu pai,
e deixou o sangue nas minhas mãos.
Se eu tiver de morrer para repor
a verdade, assim seja.
E vais deixar-me aqui?
No meio do nada?
O nobre Dastan, a abandonar uma
mulher indefesa no deserto.
O que é que a tua preciosa
honra te diz acerca disso?
Senhor, dai-me forças
para não a matar.
Toca a montar.
Não devemos estar muito longe dele.
Sem a areia certa,
é apenas mais um punhal.
E nem é muito afiado.
- Essa areia, há mais alguma?
- Claro que não.
Como posso arranjar alguma?
Tenta aguentar-te de cabeça para baixo,
e suster a respiração.
- Achou o que procurava, Príncipe?
- Começa a andar.
Se não conseguires provar ao teu tio
que o punhal funciona,
como é que ele irá acreditar em ti?
Não é problema teu, Princesa.
Sabes, caminhas mesmo como um.
Cabeça bem levantada, peito para fora...
...passos largos e com força.
O andar de um Príncipe Persa convencido.
Não há duvida que é de te dizerem
desde que nasceste, que o mundo é teu.
- E realmente acreditas nisso.
- Eu não nasci num palácio, como tu.
Eu nasci no meio da miséria,
onde tive de lutar para sobreviver.
- E como te tornaste num príncipe?
- O Rei estava a marchar pelo mercado
um dia, e...
...não sei, ele...
...ele encontrou-me.
Ele levou-me.
Deu-me uma família, deu-me uma casa.
Para onde tu estás a olhar,
é para o andar de um homem,
que acabou de perder tudo.
Bem vinda ao vale dos escravos,
Sua Alteza.
Estou desesperada por uma gota de água!
Isso é mais do que temos, desde que
esvaziaste o cantil há horas atrás.
Eu não nasci neste deserto como vocês,
persas, todos cheios de orgulho.
A minha constituição é
muito mais delicada.
Eu acho que estás a ser mimada.
Os poços de Alamut são famosos
pela sua água límpida e fresca.
Talvez se passassem menos tempo a
admirar os poços e mais tempo a guardar
as vossas muralhas.
Agora não estarias aqui.
Um milagre!
Silenciei a Princesa!
Tamina.
Tamina.
Consegues ouvir-me?
Sim, Dastan, consigo ouvir-te.
Sabes onde estás, persa?
E mesmo assim entraste?
No coração do Sudão existe uma tribo
de guerreiros chamados de Inbaka.
Eles espalham medo
por onde quer que passam.
Os Inbaka são mestres
a atirar facas.
E as suas lâminas, diz-se terem sido
abençoadas pelo Criador.
A sua pontaria é tão certeira que
conseguem decapitar 3 homens com um golpe.
Eu não tentaria fazer isso, se fosse tu.
Sabes porquê?
Este é o Seso e é um Inbaka.
Tive a sorte de salvar-lhe a vida, o que
significa que agora está em divida comigo.
Por isso diz-me persa, há algum
motivo para que eu não diga ao Seso
para apontar mais para cima
no seu próximo lançamento.
- Então, esta é a tal?
- Sim.
Tinhas razão, ela não é nada má.
Podia era cheirar melhor.
Mas temos negócio.
- Princesa espertinha.
- Negócio? Qual negócio?
- Que nobre Príncipe...
- Que Princesa gentil...
Eu enganei-te com
a minha actuação,
pois sabia que irias a correr
para salvar uma beleza inconsciente.
- Quem disse que eras linda?
- Deve haver uma razão para não tirares
os teus olhos de cima de mim?
Tu...
...eu...eu não confio em ti.
E não fazes o meu género.
Não sou nenhuma escrava desesperada,
sou capaz de escolher o meu próprio homem.
Muitos até, no meu entender.
Sim, ela será uma grande novidade.
O que pretendes fazer com ela?
Sim, diga-lhe.
Não vê como ele está preocupado?
- Dá-me um momento.
- Concerteza.
É-me difícil admitir,
mas tinhas razão.
Eu realmente achei o que procurava.
Dastan, ouve-me.
Quando o meu tio vir o poder
deste punhal, irá acreditar em mim.
Dastan, eu sei, não tenho
sido totalmente honesta contigo.
Pois, mas as tuas mentiras
são tão perfeitas...
Eu sou a guardiã do Pacto Divino.
- Sim, pois.
- O punhal é sagrado.
Ia ser posto em segurança,
quando tu o roubaste.
- Se o punhal cair nas mãos erradas..
- Eu tomarei conta da tua faca.
Não vais querer perder isto.
Tu não compreendes o que está em jogo!
Isto é um assunto dos Deuses,
não do Homem!
Dos teus Deuses, não dos meus.
Vamos embora!
Anda lá!
- Uma corrida de avestruzes?
- Sim, todas as terças e quintas.
Qualquer falta de beleza que possam ter
compensam com espírito de sacrifício.
E as corridas são impossíveis
de ser "combinadas".
Eu ouvi todo o tipo de terríveis
histórias acerca deste lugar.
Os terríveis e selvagens escravos
a matarem os seus mestres?
Isso é uma boa história!
Isso é uma história que se espalhou bem,
mas que não tem nada de verdade.
- Mas aqueles esqueletos que vimos...
- Todos aqueles eram ciganos Inbaka.
Eu criei a nossa cruel reputação, para
afastar o pior mal alguma vez criado,
que tem vindo a assolar
este nosso condenado país.
Sabes do que estou a falar?
De impostos.
Estes Persas, com o seu exército,
as suas fortalezas, as suas roupas...
Quem paga isso?
Os pequenos negociantes.
Vês, é por isso que comecei uma pequena
campanha de espalhar histórias falsas.
E espalhou-se como um doença mortal
daqui até aos haréns Turcos.
Admirem as poderosas avestruzes!
Continua, minha linda!
Eu adoro isto!
E os cobradores de impostos ficam longe de
mim e dos meus clientes. Todos ficam felizes.
Olha as raparigas!
As raparigas, vamos lá!
Não fiquem aí paradas!
É para correr não é para andar!
Se partirem alguma coisa, pagam,
olhem que eu desconto-vos do salário.
Não olhem para mim assim.
Vocês sabem do que estou a falar.
Façam o vosso trabalho como deve ser.
Obrigado.
Sabes, acho que o nosso pequeno negócio
vai resultar muito bem.
Ela é demais!
Onde é que a encontraste?
Num mercado de escravos.
Ia a caminho do Iraque para trocá-la
por um camelo quando ela me atacou.
Pois, os camelos são mais seguros.
Bem, tenho de seguir o meu caminho.
Apreciei a tua hospitalidade,
és um óptimo anfitrião,
mas se me pudesses fornecer uns
suprimentos...
Sabes uma coisa, persa?
Tens uma semelhança notável
com o príncipe que fugiu
após ter morto o Rei.
- Eu já te falei dos Inbaka?
- Sim, já falaste.
Nada é melhor do que uma boa história,
mas a tua?
Trocá-la apenas por um camelo?
Por favor...
Olha para ela?
Vale pelo menos 2.
Quanto a ti meu jovem, sabes que o teu
irmão ofereceu uma recompensa por ti?
E francamente, entre nós os dois,
o valor é obsceno.
Eu até trocava a minha própria mãe
por essa quantia de ouro.
O quê? Tu não sabias como ela era.
Levem-no para o posto persa.
Espera! Espera!
- Bela faca.
- Não é nada de especial.
- Isso não tem valor.
- A sério?
Coloca-a ao pé das jóias.
Onde é que o rapaz vai?
Não! Ainda podes matar uma avestruz.
Por aqui!
- Eu não faria isso no teu lugar.
- Pelo túnel.
Olha para isto.
Já chega?
Acabaram-se as bebidas depois
da 3ª corrida. Ouviste-me?
Vamos embora!
- O portão...
- Apanhem-no!
Pára!
- Puxa a alavanca, vai abrir o portão!
- Dá-me o punhal.
- Este não é o momento, puxa a alavanca!
- Dá-me o punhal!
Não penses que não me passou pela cabeça.
Afasta-te, Princesa!
Apanhem-no!
Dastan!
À procura disto?
Chaves?
Da próxima vez...!
Vieram todos para
o funeral do meu pai.
Há centenas de soldados persas
a guardar aquele portão.
Se calhar mais.
Se quiseres permanecer perto deste
punhal, tens de me ajudar a entrar.
Tantos mandatários estrangeiros.
Concerteza deves conhecer alguns.
Não podias ter arranjado
alguém mais leve?
Os Kushu são pessoas nobres,
devias estar honrado.
Pois claro, imensamente.
Dastan, onde está o punhal?
Estás à vontade para me revistar,
mas terás de ser muito meticulosa.
O Tus não está aqui.
Ainda deve estar em Alamut.
A areia que enche o punhal,
há mais escondida, não há?
Foi por isso que o Tus ficou lá.
É disso que ele pôs o exército à procura.
Tenho de passar uma mensagem ao
meu tio para se encontrar comigo.
É impossível.
Difícil, não impossível.
- Mais uma prova que és maluco.
- Então porque pareces tão impressionada?
Saiam da frente!
- Volta-te! Volta-te!
- O quê?
Costumavas comprar dessas para mim
quando eu era um miúdo.
E tu costumavas cuspir as sementes
para cima do Garsiv.
- Não me devias ter trazido aqui, Dastan.
- Não tive escolha, tio.
Segue-me.
Eu não matei o meu pai.
- Tu sabes que eu nunca faria tal coisa.
- As tuas acções dizem o contrário.
Mas eu não tive escolha,
a não ser fugir.
O Tus deu-me aquela capa.
Foi ele que a envenenou.
- Dastan...
- Mas ele não está aqui, está?
No funeral do seu pai, em vez disso
ficou em Alamut.
Ele está a tentar provar que
a nossa invasão foi justa.
A procura das armas
escondidas é importante.
Sim, mas e se não existirem.
A invasão de Alamut foi uma mentira.
Tus queria o poder,
foi por isso que ele matou o nosso pai.
E agora ele não está à procura
de armas, mas sim de areia.
- Que alimenta um artefacto místico.
- Foi por isso que me chamaste, Dastan?
Artefactos místicos?
Lembras-te depois da batalha, quando
impediste o Tus de ficar com o meu punhal.
Aquele punhal
é a razão de ele ter invadido Alamut.
- Esse punhal, está contigo?
- Sim.
Tem poderes incríveis.
Isto é alguma espécie de
brincadeira, Dastan?
O quê? Não, ele estava aqui.
Então onde está essa suposta prova?
Tamina...
Eu...
Ela...
Tens as mãos queimadas.
Sim, de tentar tirar a capa
envenenada do teu pai.
Alguma coisa errada, Dastan?
- Não, não.
- Tens a certeza?
Sabes que podes confiar
em mim, rapaz.
É que... o Tus é meu irmão.
- Como pôde ele trair-me desta forma?
- Eu não te sei dizer, Dastan.
Provavelmente nunca te respeitou
como merecias e nunca te viu como
alguém que ele podia usar.
Alguém para manter o seu
copo de vinho cheio.
Eu servi o teu pai de forma diferente.
Nós partilhávamos o mesmo sangue, Dastan.
Quantas vezes falou o meu pai
de o teres salvado daquele leão?
- Era a história favorita dele.
- Entre outras, sim.
Não, essa era a sua favorita.
Desculpa, mas estás a falar
por enigmas, Dastan.
Espera, Dastan!
Assassino!
Eu não matei o pai!
- Saiam da frente!
- Saiam da frente!
Apanhem-no!
O que vais fazer agora?
Príncipe Garsiv!
Onde está ele?
Onde está ele?
Garsiv.
- Eu não matei o pai.
- Então Deus vai-te perdoar.
Depois da tua cabeça rolar.
Já não estamos a lutar com paus,
meu irmãozinho.
Isso é tudo o que tens?
Sua Majestade, pensei que
tínheis ficado em Alamut.
Fala-me do Dastan, tio.
Dastan tentou-me matar no mercado.
Escapei por pouco.
Tus, a minha morte iria
enfraquecer o teu recente reinado.
Dastan quer iniciar uma rebelião.
- Ele quer o Trono?
- Receio que sim, Majestade.
Se o colocar sob julgamento, apenas
lhe estará a dar um palco para se exibir.
O meu conselho é
evitar o julgamento.
Não o traga para Nasam vivo.
Quaisquer que sejam os crimes do Dastan,
um julgamento público irá demonstrar
melhor o Rei que pretendo ser.
Forte, que honra o código da Lei.
Nós não somos selvagens.
É um melhor Rei a cada dia que passa.
Dastan tem de ser encontrado,
tem de ser trazido para se fazer justiça.
O COVIL DOS ASSASSINOS
Tenho de falar com os nossos convidados.
Acerca deles, meu senhor,
as suas práticas não são usuais.
Tenho ouvido rumores estranhos
entre os criados, e a semana passada
um dos seus cavalos desapareceu.
Apenas faz com que os criados
mantenham a boca calada,
ou prometo-te que também
eles irão desaparecer.
Tenho outra missão para ti assassino,
mas terás de ser rápido.
- Pois a tua presa já leva um avanço.
- Trouxeste o que eu te pedi?
Estas práticas não interferem
com as tuas capacidades?
Elas fornecem-me visões
de um futuro distante
visões das mortes,
Um destino...
...e uma maldição.
Pela cura faremos qualquer coisa,
até, matar o teu sobrinho,
o Príncipe Dastan.
Então espero que vejas a morte dele...
...em breve.
Baixa-te!
É uma patrulha persa!
Garsiv.
Que mais não me estás a dizer?
Estou farto das tuas mentiras
e punhaladas nas costas.
Não tive escolha senão deixar-te.
Presumo que o teu tio não te deu ouvidos.
Não foi o Tus que matou o meu pai.
Foi o Nizam.
- O teu tio?
- Ele tinha as mãos queimadas.
Ele disse que foi ao tentar tirar
a capa que matou o meu pai
e eu já estou farto de pensar nisso,
ele nunca tocou na capa.
Deve ter mexido nela antes.
Foi Nizam que a envenenou.
Porque é que o meu tio quereria voltar
alguns momentos atrás no tempo?
Por nada.
Ele matou o meu pai por mais
do que apenas um punhal.
O que não me estás a dizer?
Sabes, tu tens mãos rápidas.
Mas também eu.
Se o queres de volta,
conta-me tudo.
Sem mais jogos e sem mais mentiras.
Podemos sair daqui?
Só uma Princesa poderia pensar que alguém
consegue formar uma tempestade de areia.
Nizam vem para nos matar.
Ele quer-me morto.
Eu preciso saber porquê.
Em Alamut é onde bate o coração
da vida na Terra.
O Frasco das Areias dos Deuses.
Há muito tempo,
os Deuses perderam a fé no Homem,
pois não viam nada mais do que
ganância e traição.
Então enviaram uma grande
tempestade de areia,
para destruir tudo e
limpar a face da terra.
Mas uma jovem rapariga pediu aos Deuses
para dar mais uma chance à Humanidade.
Oferecendo a sua vida em troca.
Vendo a pureza dentro dela...
...os Deuses lembraram-se do
potencial do Homem, para o bem.
Então varreram a areia para
dentro do Frasco das Areias.
O punhal foi oferecido à rapariga
que salvou a Humanidade.
Tornando-a na primeira Guardiã.
A lâmina do punhal é a única coisa que
consegue perfurar o Frasco das Areias.
E remover as Areias do Tempo.
Mas apenas dará um minuto ao portador.
E se alguém retirar as Areias do Tempo
e pressionar o botão ao mesmo tempo.
As areias iriam escorrer sem parar.
Podia retroceder no tempo
o quanto lhe apetecesse.
Sim, mas isso é proibido.
Quando o meu pai era uma criança,
ele e Nazim estavam a caçar.
Um dia, os 2 príncipes
estavam a perseguir um veado.
Mas apareceu um leão de repente
na direcção do meu pai.
Nizam salvou-o.
O meu pai contou-nos a
história várias vezes.
- Eu não entendo.
- Nizam quer voltar atrás no Tempo,
e desfazer o que fez,
não salvar o meu pai,
deixá-lo morrer.
E assim será ele o Rei durante toda a sua
vida, e os meus irmãos nunca teriam nascido.
A tempestade passou.
Dastan, as areias que estão dentro do Frasco
das Areias são extremamente poderosas.
Usar o punhal enquanto ele estiver dentro
do Frasco das Areias, quebrará o selo.
O que destruirá o frasco,
fazendo-o rachar e despedaçar-se.
Então, as Areias do Tempo
não poderão ser contidas.
E carregarão a fúria dos Deuses outra vez,
destruindo tudo no seu caminho.
E toda a Humanidade pagará
pela traição de um homem.
Isto é o que restará de nós.
O secreto Templo do Guardião à saída
de Alamut é um santuário.
É o único sítio onde o punhal pode
ser guardado em segurança
e a única maneira
de deter o Armagedão.
Esta é a verdade, Dastan.
Devolve-me o punhal,
para que eu o possa levar para lá.
Não, eu não posso fazer isso.
Eu vou contigo.
Vais-me ajudar?
Podemos ficar aqui a falar
ou podes-te montar no cavalo.
A nossa viagem está a ser abençoada.
Vamos parar para arranjar água e depois
descansamos durante a noite nas montanhas.
Gostas de me dizer o que fazer?
Só porque tu és bom a seguir ordens.
Não abuses da sorte.
Dastan!
Foram tão depressa que nem tive
oportunidade de dizer adeus.
Há uma semana que os vimos a seguir!
Aquele motim que começaram,
durou 2 dias.
A minha amada pista de corridas.
Ficou toda desfeita.
Estás a ver aquela avestruz?
Foi tudo o que sobrou
das minhas corridas.
E as tuas capacidades como organizador
não interessam, pois não podes organizar
uma corrida de avestruzes com apenas uma.
Não estou certo?
- Sim, senhor.
- Vem comigo.
Sabias que as avestruzes
têm tendências suicidas.
Olha para esta coitada.
Costumava ser uma grande campeã e agora
tenho de olhar por ela noite e dia,
para ter a certeza que não
faz nenhuma coisa estúpida.
E de repente ocorreu-me que a única
forma de recuperar a minha perda,
era encontrar os 2 jovens apaixonados
que me fizeram isto.
Pois é, receber a
recompensa pela tua cabeça.
O teu irmão vai ficar muito
feliz por te ver.
Estas tempestades de areia,
vêm e vão como..
- Ouve-me!
- Prefiro não o fazer.
- Bela faca.
- Nobre Sheik,
estamos a meio de uma sagrada
viagem para o Templo..
Templo? Qual templo?
Não há nada mais sagrado do que ouro persa.
- Dá-me o punhal.
- Elas são muitas.
Não consegues matá-las todas.
Queres viver? Dá-me o punhal!
Dá-me o punhal!
Perseu, como conseguiste fazer isso?
Instinto.
Temos de sair daqui.
O... o que aconteceu ontem à noite?
Aquelas víboras eram controladas
pelos Assassinos.
Assassinos?
Durante anos, eles
serviram os Reis Persas,
até que o meu pai os desmantelou
e eles desapareceram.
Nizam deve ter desobedecido às ordens
do meu pai e manteve-os em segredo.
Então é uma actividade secreta
de criminosos do governo.
- É por isso que não pago impostos.
- Não podemos parar.
Tu talvez não possas,
mas nós podemos.
Nós podemos precisar da vossa
ajuda para entrar no Templo.
E atravessar as montanhas
com uma tempestade a vir?
Vocês só atraem problemas.
- Estão malucos!
- Há ouro no Templo.
Mais do que 10 cavalos
conseguem carregar.
Livres de impostos.
Senhor!
Tens alguma ideia de onde estamos?
Eu memorizei este caminho
quando era criança.
Todas as princesas têm de o fazer.
É sagrado.
É aqui.
O Santuário, o único sitio onde o punhal
pode ser guardado em segurança.
Eu estava à espera de estátuas de ouro
e de quedas de água.
Devolve-me o punhal,
para que eu o possa levar lá.
Não te cortes, Princesa.
Aqui!
Não estão mortos há muito tempo.
A noite passada talvez.
Apunhalados primeiro.
Assassinos?
Nizam conhece este sítio.
Estão todos mortos.
A aldeia inteira.
Onde vais?
- Só há uma forma de parar tudo isto.
- Como?
Fazer com que o punhal fique seguro.
O Templo tem a pedra de onde
o punhal foi feito.
Qual Templo?
Isto é um monte de rochas.
A primeira coisa que aprendi foi
que se alguma coisa corresse mal,
deveria colocar o punhal de novo na pedra,
e a pedra iria absorvê-lo.
Devolvendo-o à montanha,
e de volta aos Deuses.
A promessa original tem de ser paga.
Qual promessa?
Os Deuses têm de recuperar
a vida que pouparam.
Tu vais morrer.
- Dastan!
- Fica aí!
- Ouve-me!
- Dá-me a tua espada!
Dá-me a tua espada e
entrega-te com honra.
Há corpos ali em baixo, mortos pelos
Assassinos, por ordem de Nizam.
- Ele é o traidor!
- Os Assassinos já não existem!
- Sempre pensaste que eras muito esperto.
- Isto não é nenhum truque, Garsiv.
Senhor!
Estão todos mortos lá dentro,
e há mais na aldeia.
Fica aí!
Nizam quer-me morto, quer-me silenciar.
Um julgamento seria muito público.
Tu sabes disso?
Ele disso isso, não foi?
Eu sei que nunca nos entendemos, Garsiv,
mas ainda assim...
...nós somos irmãos!
Irmãos com a minha espada na tua garganta.
Sempre te questionaste porque é que,
o nosso pai passava tanto tempo a rezar.
Antes de morrer ele disse-me
que o laço entre irmãos
era a espada que protegia
o nosso Império.
Ele rezava para que essa espada
permanecesse forte.
Porque iria eu ao funeral
do nosso pai,
quando sabia o quanto perigoso era?
Nizam recomendou a tua morte. O Tus
discordou e disse que queria-te vivo.
Nizam quer-me morto, então
contratou os Assassinos,
para ter a certeza que isso acontece.
Ele tem medo do que eu possa dizer.
E do que eu poderia contar.
Conta-me, irmão.
Garsiv.
Garsiv!
Garsiv...
Assassinos!
- Calem-se!
- Calem-se!
Protejam o punhal!
- Persa!
- Atrás de ti!
Tamina!
Tamina!
Esquece-os! Toma isto!
Encontrem-na!
Ei, aqui!
Sabem o que dizem de homens
com espadas grandes?
Tamina!
Deixa-me fazê-lo.
Apenas um Guardião
pode devolver o punhal.
Isto não é algo
que tu possas fazer, Dastan.
Eu estou preparada para isto.
Mas eu não estou.
Tamina!
Já chega! Vamos embora!
Garsiv!
- Garsiv!
- Dastan, desculpa-me.
Salva o Império.
Irmão.
Irmão.
- Onde está o punhal?
- Desapareceu.
Protege o punhal,
sem ligar às consequências.
Essa era a minha missão sagrada.
Esse era o meu destino.
Nós escrevemos o nosso próprio
destino, Princesa. Vamos recuperá-lo.
Vamos precisar de outro cavalo.
- Onde é que tu vais?
- A Alamut.
Nizam vai usar aquele punhal
para perfurar o Frasco das Areias.
- Ele precisa de ser parado.
- "Ele precisa de ser parado".
O quê?
Um faquir com consciência...
Os nossos amigos no Palácio,
dizem que os Persas já atravessaram
o primeiro andar dos túneis.
Vão atingir o Frasco das Areias
dentro de horas.
Nizam tem o punhal guardado
no Grande Templo.
Guardado por uma espécie de demónio.
Coberto de espigões.
É o Assassino que matou o meu irmão.
É a única coisa que está
entre nós e o punhal.
Ninguém chegou a 20 metros
dele e sobreviveu.
Alguns não precisam de
chegar tão perto.
Um pouco de água, senhor.
Tens a certeza acerca disto?
- Eu devo isto ao rapaz.
- Tu és um Inbaka,
terror do Médio Oriente. E eu, sou
um pequeno e desonesto empresário,
e missões nobres
não são o nosso estilo.
- Depressa!
- Meu amigo, alguma vez alguém te disse,
que falas demais?
Vamos.
Já te falei acerca dos Inbaka?
Sim, já falaste.
Espero que o teu irmão te dê
ouvidos, persa.
- Ele está aqui.
- Fechem os portões!
Achem-no!
- O caminho está livre.
- Dastan!
- Eu acho que não devias fazer isto.
- Estás preocupada?
- Precaução.
- Misturada com preocupação.
- Não sejas convencido, Príncipe.
- E tu costumavas mentir melhor, Princesa.
Estou com falta de prática.
Esta não será a ultima vez
que estaremos juntos.
- Onde está o punhal?
- Vocês, burocratas persas...
...têm mãos suaves.
- Foi encontrado, senhor.
- O Frasco das Areias?
Eu não tenho o punhal.
Deixem-me.
Olá, Tus.
Dastan!
- Precisamos de falar.
- Então fala.
- Sozinhos.
- Saiam!
Agora!
Somos irmãos, não somos?
A capa do pai foi envenenada
pelo Nizam.
- Pelo Nizam? Estás louco!
- Quem te deu a capa? Quem te deu a capa?
Tu confias nele.
Assim como eu confiava.
Alamut não fornecia armas
aos nossos inimigos.
- Nizam mentiu-nos.
- Porque faria ele tal coisa?
- Ouve-me cuidadosamente.
- Por baixo das ruas da cidade jaze
uma força antiga, um contentor
onde estão as Areias do Tempo.
Nizam quer usá-las
em seu beneficio.
Ele quer voltar atrás no tempo
para se tornar Rei.
Areias do Tempo?
Heresia, Dastan!
Loucura pagã!
Eu vi o seu poder com os meus
próprios olhos, Tus.
Nizam descobriu a sua localização.
Se não o pararmos,
o nosso mundo pode acabar.
Se me vais matar,
é melhor fazê-lo já.
Este não é um punhal normal.
Carrega na jóia do punho e verás.
Eu deveria ter tido a força para fazer
isto antes de invadirmos a cidade.
- Do que estás a falar?
- De fazer o que sei que está certo.
Independentemente das consequências.
- Os soldados disseram-me...
- Fica onde estás!
Ele tirou a vida a ele mesmo.
Deus tenha piedade do traidor pois ele
escolheu o caminho da covardia.
Ambos sabemos que o Dastan era muitas
coisas, mas não um covarde.
Este não é um punhal normal.
Carrega na jóia do punho e verás.
Independentemente das consequências.
Pára!
Ainda há pouco morreste
perante os meus olhos.
- Tu carregaste...
- Como sabias que eu o faria?
Porque somos irmãos.
No dia em que partimos para a guerra, o
nosso pai disse-me que um verdadeiro Rei,
considera sempre os conselhos de um
Conselho, mas ouve sempre o seu coração.
Não precisavas de ir tão longe
para eu acreditar em ti.
Sua Majestade,
os soldados disseram-me que...
Estou a ver que o Dastan
sempre voltou.
Tus, lembra-te do que eu te disse.
Não!
Um momento!
Pobre Tus,
tão ingénuo para o trono.
E tu, Dastan, sempre tão correcto,
desesperado por provar,
que o rei fez bem em tirar-te das ruas.
Que extraordinária combinação!
Parece que o laço entre irmãos já não
é a espada que defende o Império.
- Sim!
- Pára!
Ele era um de nós.
Ele era um sacerdote do Templo.
Foi assim que Nizam soube da
existência do Frasco das Areias.
Ele corrompeu os Guardiães, infectou-nos.
Já não somos puros.
Temos que nos despachar.
Corda.
Dêem-me uma corda!
Agora!
Os Guardiães construíram túneis
secretos por baixo da cidade,
de acesso ao Frasco das Areias.
Se formos rápidos,
podemos chegar lá antes do Nizam.
Por ali vamos dar à câmara
do Frasco das Areias.
Só existe um caminho seguro.
Rápido!
Segue os meus passos.
Nada pode tocar a superfície para
além de onde coloco os pés.
- Corre, Dastan!
- Corre!
Dastan!
Nizam!
Tu mataste a tua própria família.
Sharaman era teu irmão!
E a minha maldição.
Eu olhei por ti.
Dastan!
Eu nunca percebi porque é que o meu irmão
trouxe lixo para dentro do Palácio.
Aprecia o chão, Dastan.
É onde ficarás sob o meu reino.
Tamina!
Nizam!
Não uses o punhal
enquanto estiveres dentro do frasco.
- Vai libertar...
- Libertar o quê?
A ira dos Deuses?
Não faças isto.
Pára-o.
Se ele destruir o frasco,
o mundo morre com ele.
Não é o meu destino, é o teu.
Sempre foi.
Larga-me.
Não o farei.
- Larga-me.
- Não te vou largar!
Gostava de termos ficado juntos.
Não!
Não! Não!
- Dastan!
- Tamina!
Tamina!
Não!
- Dastan!
- Tamina!
Príncipe Dastan!
Príncipe Dastan!
Bis?
- Tu estás aqui.
- Claro que estou aqui.
Os nossos homens já entraram
no Palácio de Alamut.
A batalha acabou.
Ainda não.
Esperem!
Esperem!
Esperem!
Soldados da Pérsia!
Fomos enganados para
atacar esta cidade sagrada.
- Alamut não fabrica armas.
- Dastan!
Estás a ficar maluco?
Não posso ficar calado perante
tal traição.
Esta guerra foi programada
por alguém de grande confiança,
o nosso tio Nizam.
Dastan lutou bravamente hoje,
talvez bravamente demais.
Ele precisa de sair debaixo deste sol
ardente para descansar.
E libertar as suas preocupações.
As armas que encontrámos são falsas.
Não há armas aqui tio e tu sabe-lo.
E o espião,
que supostamente as interceptou,
foi contratado por ti,
para nos persuadir a invadir Alamut.
O que é isto, Dastan?
Remorsos da vitória?
Tu próprio lideraste o ataque,
e trouxeste-nos este grande triunfo.
Eu nunca devia ter deixado
este ataque acontecer.
Eu sabia no fundo do meu coração,
que isto era errado.
Nunca serás tu.
Nunca serás Rei.
Tu não tens coração.
Vais morrer na sombra,
de um grande homem.
Desçam-no dali antes que faça ainda
uma maior figura de parvo.
Tus!
Antes de saíres de casa,
o pai disse-te o seguinte:
Um verdadeiro Rei considera
sempre os conselhos de um Conselho,
mas ouve sempre o seu coração.
O pai e eu estávamos sozinhos.
- Como podes saber isso?
- Ele estava certo.
Ele conhece-nos
e sabe do que somos capazes.
Apenas ouve o teu coração.
Ele desafiou as tuas ordens.
E quase me atacou, Tus.
Confia em mim.
O espião sabe a verdade.
Encontrem o espião e tragam-mo!
Vamos ouvir o que ele tem a dizer.
Tu tiveste o que qualquer homem
poderia sonhar.
Amor, respeito e família.
Mas não era o suficiente,
pois não?
Princesa de Alamut.
Eu fui enganado para atacar a sua cidade.
Perdoe-me, Sua Alteza.
Existe alguma forma de me emendar.
Seria de beneficio para ambos,
que as nossas nações se unissem por um
laço mais forte do que a amizade.
Casamento.
O seu casamento com alguém que é, tanto,
conquistador como salvador da sua cidade.
Dastan.
Sangue real ou não,
é filho do nosso pai,
meu irmão e do Garsiv.
Um verdadeiro Príncipe da Pérsia.
Vai lá antes que fique com o teu lugar.
Olá, Princesa.
É costume acompanhar uma proposta de
casamento com uma prenda,
mas eu fui apanhado de surpresa.
Não tenho nada para lhe oferecer.
Excepto devolver o que já era seu.
Caminha comigo, Príncipe Dastan.
Como posso eu confiar no homem que
penetrou as muralhas da minha cidade?
Eu começo a pensar que já não sou o
mesmo homem que penetrou as muralhas.
Isso é muito pouco tempo para
um homem mudar tanto.
Talvez.
Até parece que descobriu
alguma coisa aqui.
Que coisa seria essa?
Uma nova consciência espiritual.
- O meu destino.
- Sim. Exactamente
Eu acredito que nós fazemos o
nosso próprio destino, Princesa.
Tem uma infeliz falta de curiosidade.
Essa é uma das minhas muitas falhas.
Por favor, não goze comigo, Príncipe.
Sei que ainda não nos conhecemos bem
o suficiente para isso, Princesa.
Mas estou ansioso por esse dia.
Diz-se que algumas vidas
estão ligadas através dos tempos
ligadas por um chamamento antigo
que ecoa através das eras