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Desde os primórdios, a guerra entre
o Bem e o Mal foi travada nas sombras.
As batalhas podem acontecer
em larga escala,
ou no coração de uma única pessoa.
Até mesmo no de uma criança.
O Mal já assumiu várias formas e
já usou os artifícios mais sombrios.
Nos dias de hoje, o Mal chama-se
simplesmente "A Mão".
O Bem segue o caminho do Kimagure.
Os seus mestres podem ver o futuro
e até mesmo ressuscitar os mortos.
A lenda fala de um guerreiro único.
Uma alma perdida.
Tal guerreiro é uma mulher.
Uma filha sem mãe.
E o seu destino é desequilibrar
a balança entre o Bem e o Mal.
Ela é um tesouro e ambos
os lados a procuram
para ser a arma definitiva
nessa guerra ancestral.
- Qual é o status do perímetro?
- Equipa Delta: seguro.
- Alfa seguro.
- Bravo seguro.
Não importa.
Não consegues detê-la.
Ninguém consegue detê-la.
Ela?
Fiquei com medo de te dizer
e não aceitares o trabalho.
Eu não devia ter-te contratado.
Quem é que achas que te quer apanhar?
Já deves ter
ouvido falar nela.
O nome dela é...
Elektra.
- Achas isso engraçado?
- É uma lenda urbana, senhor.
- Essa mulher morreu há anos.
- A sério?
Então alguém deve tê-la
trazido de volta dos mortos.
Entenda, Bauer. Com tudo
o que fiz até hoje,
ganhei muitos inimigos.
A minha equipa de segurança era a
melhor que o dinheiro podia comprar.
Essa mulher que não existe matou
14 deles em meia hora.
Quase não escapei.
Passei 2 dias em Monte Carlo a pensar
porque é que ela me deixou escapar.
E ela acabou por me vir apanhar.
Eu estava sob a protecção da própria Mão.
Tinham enviado os melhores.
Claro que estavam mais interessados em
matar Elektra do que em me proteger.
Ela acabou com eles facilmente.
Levou 10 ou 15 minutos no máximo.
Ainda não tinha percebido como
é que eu continuava vivo.
E aqui estou.
E agora percebo.
Ela queria que eu sentisse isso.
Como é não ter para onde fugir.
Ninguém para te proteger.
- Como está o vosso perímetro agora?
- Delta, qual é o vosso status?
Onde está o sinal? Filho da mãe!
Quanto melhor é o assassino,
mais rápido chega sem que
percebas que estava lá.
Informem!
Maldição!
Dizem que Elektra sussurra ao teu
ouvido antes de te matar.
- Alpha! Bravo! Informem!
- É tarde demais para o teu chefe, Bauer.
- Mas tu ainda tens uma hipótese.
- Meu Deus!
Não podes lutar contra
um fantasma, Bauer.
Aqui estamos finalmente.
Acho que é tudo verdade.
A roupa vermelha,
as lâminas...
O que acontece agora?
- Matas-me a sangue frio?
- Não te preocupes.
A morte não é tão ruim assim.
Como é que sabes?
Eu já morri uma vez.
Parece então que, que mesmo com
todo o poder da Mão
o tesouro continua a escapar-nos?
Talvez se tivéssemos ido atrás dela mais cedo,
com mais agressividade.
Ousas culpar o mestre Roshi?
Parece que os nossos métodos são
muito brandos para Kirigi.
Nada disso, sensei. Mas se não
conseguirmos a arma,
permita-me não deixar que caia nas
mãos dos que a usariam contra nós.
Mestre, permita-me, tais assuntos devem
ser tratados com cautela.
Em silêncio!
Então age com cautela, Meizumi.
Mas que seja rápido.
Kirigi!
Sim, pai.
Paciência.
Achas que está a salvo com uma
maçaneta dessas?
Vais acabar com uma bala
na cabeça, Elektra!
Comprei-te um presente.
Pára, McCabe.
Não ponhas aí, acabei de limpar.
- Por que é que fazes sempre isso?
- É genético.
Ah, é genético, claro.
Jovem empregada, acabei de
receber isto. Podes conferir.
- Está tudo aí?
- Menos os meus 10%.
Metade para Barbados?
- E metade para o banco na Ilha de Man.
- podes ganhar muito em fundos de investimento.
Conheço um tipo. Posso por-te em contacto
Não, obrigado.
Ou não.
Ouve, não me quero meter, mas...
Mataste muita gente desta vez, E.
E só fomos pagos pelo DeMarco.
Foi mesmo necessário?
Tinha que ser feito.
Tinha mesmo?
Elektra.
Tinha mesmo?
Tudo bem.
De qualquer modo,
divulga a lenda.
Além do mais, eles queriam-me matar.
- Claro que queriam, absolutamente.
Por falar nisso, como sou teu agente
consegui uma oferta fantástica.
- Mas o teu último trabalho...
- Vamos recusar esse, preciso de descansar.
Óptima ideia, só estou a
dizer que é muito dinheiro.
Estou cansada.
Estás cansada?
Então é melhor dormires...
senão vais te passar querida,
já sabes.
Tens tido relações sexuais?
- Esta nova oferta vale muito dinheiro.
- McCabe!
Tudo bem. Podes descansar,
quando quiseres trabalhar liga-me.
Diz-me só quanto é.
Dois.
- Eu deixo para outro.
- Não pagariam tanto por outro.
Tens razão.
Pediram especificamente que fosses tu.
A localização está aí.
Ligo-te quando tiver o alvo.
Dorme um pouco.
Talvez queiras pensar um pouco.
- De novo!
- Afastem-se!
Conheces o caminho, Elektra?
Kimagure. A habilidade
de controlar o tempo,
o futuro,
e até morte e vida.
Conheço. Sou a melhor
aluna daqui.
Não és a melhor.
És a mais poderosa.
Compreendes a violência e dor,
mas não conheces o caminho.
- Então ensina-me.
- É isso que te estou a dizer.
Eu não te posso ensinar.
Quero que te vás embora.
- - Isto é um ***, sensei?
- Não.
Não é um ***.
Vai-te embora apenas.
Não tenho para onde ir.
O cliente queria-te aí 2 dias
antes, é parte do acordo.
Por quê?
- Não faço ideia, talvez queira que tu esperes.
- Quero acabar logo com isto.
Eu também! Fala-me da paisagem daí!
Ouvi dizer que é lindo...
1, 2, 3, 4, 5...
Continua a bater os pés, Elektra.
Faltam 5 minutos.
Não uses as mãos. Não sejas
preguiçosa, usa só os pés!
Vamos! Força!
Nikolas! Querido, por favor!
Ela é só uma criança.
Continua, Elektra.
Continua.
Qual é o seu problema!
Podias ter-me morto!
- O que faz aqui?
- Nada, sou amiga dos donos!
Merda, rasgou-me o casaco.
Como entrou?
- A porta da frente estava aberta.
- Não, não estava.
Estava sim.
Os moradores deixam-me
entrar sempre, pode perguntar!
Está partida.
- Quem és? Chamo-me Abby.
- O que é que roubaste?
Nada! O que é que
pensa que eu sou?
Por favor, não chame a polícia.
O meu pai matava-me.
Em alguns sítios do mundo
cortavam-te as mãos.
- Como é que fez isso?
- Sai daqui.
Mãe?
Merda.
Ainda estou no Cabo,
deixe o seu nome.
Queriam-te aí alguns dias antes.
Talvez queiram que tu esperes.
Não tenho para onde ir.
Ninguém para te proteger.
É muito dinheiro.
Estás à minha procura?
Olá.
É a nova inquilina?
Eddie Ferris, o proprietário, disse que
uma jovem alugou para passar o mês.
Deseja alguma coisa?
Desculpe é um bocado chato, mas viu
uma miúda de uns 13 anos,
cabelo claro por aqui?
É a minha filha, Abby.
- Nós chateámo-nos...
- Eu vi-a ontem à tarde.
- Viu?
- Ela invadiu a minha casa.
Merda.
A sério?
Ela conhece os donos.
Ela levou alguma coisa?
- Não.
- Que bom.
Se ela partiu alguma coisa,
pagarei sem qualquer problema.
Sou o Mark Miller. Estamos na pequena
cabana até a nossa casa ficar pronta.
Certo. Obrigado.
Ligou para o McCabe,
deixe o seu nome.
McCabe, estou cansada de esperar.
Se não me deres o
nome vou-me embora.
- Há quanto tempo estás aí?
- Um minuto.
O que disseste ao meu pai?
Disseste que eu invadi a tua casa?
- E invadiste.
- Não precisava de lhe contar!
Pensei que fosses porreira.
- E não sou.
- Não me digas.
Agora ele está-me a chatear.
Pediu-me para lhe perguntar
se quer jantar connosco.
- O quê?
- Ceia de Natal. 25 de Dezembro...
Sabias que hoje é natal?
Obrigada, mas não posso.
Tenho coisas para fazer.
O quê?
Está tudo fechado,
estás numa ilha...
Vá lá.
Por favor!
Somos só nós dois todas as noites
e eu já estou chateada.
O que é que estás a fazer?
Nada. Por quê?
- Ele também veio?
- Não.
Vens? Por favor?
Se não vieres vou continuar
a invadir a tua casa.
- Preciso de mudar de roupa.
- Fixe!
Chamo-me Abby.
Elektra.
Elektra. Fixe!
- Eu não te disse para não saíres de casa?
- Nem reparaste que eu tinha saído.
- Abby...
- Acalma-te, pai.
Temos uma visita.
Desculpe, ela disse-me que
você me tinha convidado.
Eu não quero...
Vou...
Não! Fique, por favor.
Fico feliz pela sua presença.
Quer uma cerveja? Vinho?
Água.
Ela chama-se Elektra, pai.
Elektra, como na
tragédia grega.
Os seus pais devem
ter sentido de humor.
Na verdade não.
Quando ela viu que todos os rapazes
gostavam de mim como amiga,
Ela "acidentalmente" destruiu a
minha maquete do Taj Mahal.
Então eu pus cola nos sapatos dela.
Fui suspensa por causa disso e depois
expulsa por lutar. Mas já foi há algum tempo.
Foi em... Baltimore.
Fiquei surpreso por você
ter alugado a casa.
- Não costuma ser alugada nesta época.
- É só por um mês, para trabalhar.
O que é que você faz?
Corte de funcionários, redução
na folha salarial... essas coisas.
- Parece chato.
- Abby.
É realmente mesmo chato.
Adorei tua pulseira.
Sabes o que é?
Era usada por guerreiros
da Indonésia.
Há séculos atrás tinhas que ser o
melhor guerreiro da tribo para usá-la.
Comprei-a no E-bay.
Há alguma escola aqui na ilha?
Estamos a tentar
estudar em casa.
Leio livros de Ecologia
e estudo Álgebra sozinha.
É uma boa aluna, mas tem um
problema com o comportamento.
Tenho problemas com autoridade
e não aceito desaforos.
- Não fales assim...
- Abby!
Está tudo bem.
De repente tenho uma
adolescente entre mãos.
- Ela é muito dura consigo própria.
- Dá perceber, não é?
A maioria das pessoas acha
que ela é uma preguiçosa.
- Eu não acho.
- Feliz Natal.
Onde está a mãe dela?
- Morreu há alguns anos.
- Em Baltimore?
Foi um condutor bêbado.
A minha mãe morreu quando
eu era pequena.
- Preciso de ir, tenho que trabalhar.
- Ainda é cedo.
Obrigado pelo jantar.
- O que foi?
- Bom dia.
Entrega para ti.
São dois.
O que dobra o dinheiro.
Por isso estão a pagar tanto.
- Qual é o problema?
- Nenhum.
Óptimo, então não há problema.
Eu ligo quando tiver terminado.
Operação de Extermínio.
Acção imediata.
Como vai a Matemática?
Como achas que vai?
Não vais fazer agora ou
nunca mais vais fazer?
Preciso de saber mais sobre eles.
Saber mais? Queres que eu
mande outra pessoa?
Arranjei alguns sacos de areia.
É engraçado. Eles fazem com que pareça
tão emocionante, mas é só chuva.
Se não estiveres muito ocupada,
podes cuidar das janelas.
Agora!
Mark!
Posso falar contigo?
Podemos conversar lá dentro?
Claro.
O que aconteceu?
Podes ir para o quarto, Abby?
Preciso de falar com o teu pai.
Agora!
Vai Abby.
- Quem és tu? Não mintas.
- Como?
Não te vão matar apenas a ti.
Vão matar a Abby também.
Merda!
- Pai!
- Corre!
Corre Abby! Rápido!
- Fica com Abby!
- Certo!
Elektra!
Quem vos mandou?
Saberás num instante.
Raios!
Afastem-se!
Vamos, afastem-se!
Vão vir mais.
Os próximos serão piores.
Kirigi deseja dirigir a palavra
ao conselho da Mão.
Venerável mestre, embora tenha
sido deveras delicado e subtil,
falhou em resolver
o problema do tesouro.
O Mestre Roshi ficou incumbido dessa tarefa.
- Exactamente.
- Os meus homens estão a tratar...
- Eles estão mortos!
Mortos pela mulher Elektra, a gaijin.
As suas forças são abomináveis.
Mestre Roshi, a "Mão" não pode perder
"o tesouro" por mais uma geração.
Peço humildemente que me
conceda esta tarefa.
Talvez com um pouco menos de
delicadeza, as minhas forças não serão,
- derrotadas por uma simples mulher.
- A tarefa é sua.
Se a completares provarás ser
capaz de liderar esse conselho.
Eu renunciarei.
Isso é óptimo. Tinha que ser a "Mão".
- Quem vai te ajudar nessa, E? O Stick?
- Dá-me a localização dele.
Claro, sem problemas.
Raios!
É a sua vez, amigo.
Vou bater em duas bolas que vão bater em
mais três e cairão nos buracos 4, 3, 2, 1 e 6.
Não precisas de dizer todas as tacadas,
avozinho. Só a primeira.
Esta é a primeira tacada.
Estás a brincar!
Bola oito no buraco do canto.
- Cego o tanas!
- Deixe o dinheiro na mesa.
Leva 1 dólar e vai jogar pinball.
Porque é que perco sempre as coisas importantes?
- Vai lá.
Elektra! O mesmo andar.
O mesmo perfume.
- Precisamos da tua ajuda.
- Por aqui.
Este é Mark Miller. Ele e a sua filha
estão sendo perseguidos pela "Mão".
Precisam da tua protecção.
Vou deixá-los contigo.
A Mão é assunto teu, e não meu.
- Mesmo assim salvaste as vidas deles. Porquê?
O que imaginaste que iria acontecer depois?
- Não tive tempo para pensar.
Instinto cego. Voltámos ao
ponto em que começamos, Elektra.
Perguntaste porque é que a
"Mão" estava atrás deles?
- Eles não sabem.
- Será?
O Sr. Miller não sabe?
Eu sei.
A "Mão" queria algo que
ele não podia dar.
Ele tentou fugir.
E o que aconteceu?
Eles mataram a minha esposa,
a mãe de Abby.
Não foi um condutor bêbado.
- Eu menti.
- Estás por tua própria conta.
Porque é que os salvaste, Elektra?
Algum tipo de penitência?
Um pagamento pelos teus pecados?
Ela contou-lhe o
que faz pela vida?
Ela salvou a minha vida e a vida da minha filha.
É o suficiente para mim.
Então você teve
muita sorte com ela.
Seu filho-da-mãe desgraçado!
Bem, Elektra... não mudaste.
O que vamos fazer?
- Elektra, o que vamos fazer?
- Fujam para o mais longe possível.
América do Sul, África... mudem
os vossos nomes e aparências.
- Não vens connosco?
- Não.
Não posso.
- Porque não? Não tens algo
tipo um código de honra?
- Não tenho código nenhum, Abby.
- Como nos vamos defender?
Vamos ficar bem, Abby.
Não vamos. Acorda, pai!
Não vamos!
Vão-nos perseguir.
Como fizeram com a mãe.
Entrem no carro.
- Entrem no carro!
- O que se passa?
Ela está num estacionamento
a 3 quarteirões daqui.
Precisamos de matar a
assassina gaijin primeiro.
- Vamos agora?
- Aqui não.
Continua a segui-los.
Sou uma péssima mãe.
Então matas pessoas para viver?
Sim.
Porquê?
É no que sou boa.
É perturbador.
Ora, ora!
A assassina arrependida.
Desculpa ter-te envolvido nisto, McCabe.
Eu também.
Olá, sou a Abby.
Olá, Abby. Imagino
o que fazem aqui.
Há bastante espaço na casa,
podem ficar à vontade.
- Obrigado.
- De nada.
Queres puxar o
gatilho ou puxo eu?
Estás-te a passar, E.
Eu disse-te que te ias passar.
Só quero arranjar-lhes um lugar seguro.
Dá-lhes uma hipótese.
Eles já estão mortos,
não têm nenhuma hipótese.
Não caias com eles.
Preciso de passaportes e
passagens de avião.
Está bem. Aproveita e compra
também bilhetes para os Lakers.
- Não quero que lhe contes nada.
- Porque é que não podemos contar?
Porque não sabemos
nada sobre ela.
Ela salvou-nos!
Porque não sabe quem tu és.
Se ela soubesse...
- Ela é minha amiga.
- Tua amiga?
É a única que eu tenho.
- Eu não quero morrer...
- Tu não vais morrer!
- Nunca mais digas isso, está bem?
- Sim.
Elektra?
O que se passa?
Há algum problema?
Disseste para eu
mudar a minha aparência...
Estás óptima.
Obrigado.
Podes ensinar-me a usar
estes "talheres de salada"?
- Sais.
- Sais.
Não são para ti.
Quero aprender a defender-me.
São armas para atacar.
Servem para matar.
Mas tu usa-las.
Não quero que sejas como eu.
Eu quero ser.
Queres aprender algo
realmente difícil?
Sim, o quê?
Anda.
Senta-te.
Fecha os olhos.
- Isto é ioga?
- Não, chama-se Kimagure.
É melhor do que usar armas, pois permite-te
ver o que vai acontecer antes que aconteça.
Excelente!
Como se faz?
Concentra-te, medita...
Solta-te e vês tudo ao teu redor. Não é fácil.
- Quanto tempo leva a aprender?
- Eu nunca completei o meu treino.
Só sei o suficiente para
me manter viva.
Mas existem verdadeiros
mestres como o Stick.
Podem usar o Kimagure
para ressuscitar os mortos.
Fecha os olhos e respira.
Fica aí quieta.
Como é que vocês estão?
Ainda estamos vivos.
Obrigado.
Não me agradeças, Mark.
Por favor.
- Não sabes o que eu...
- Estava lá a fazer?
Claro que sei.
Estavas lá para nos matar.
E depois decidiste-te
pelo rumo certo.
Não sou uma boa pessoa
para te envolveres.
Não te estou a pedir nada.
Desculpa.
Eu detestei isso.
E, recua.
Recua. Agora!
O que aconteceu?
Aquele pássaro estava
aqui desde ontem.
Eles estão aqui.
Estão aqui!
- Vamos usar a camioneta.
- Não vai dar.
- Mas é a melhor maneira...
- Confia em mim, não teremos tempo.
Vão pelo celeiro. Há lá um túnel
que vai até a floresta. Vão para Norte.
Então e tu?
- Merda...
- Vamos.
- Tem cuidado.
- Mantém-os seguros.
Porra...
O circo chegou à cidade, não é?
É melhor matar-me já
porque eu não vou falar.
Não é preciso falar.
Mas aceito a primeira
parte da tua proposta.
Estão na floresta. Typhoid, Stone e Tattoo,
levem o Kinkou e vão atrás deles. Rápido!
Esperem!
Estão-nos a seguir.
Continuem a correr!
Entrem ali. Rápido!
Elektra...
Elektra!
Corre Abby!
Corre!
Porque que é que
não me disseste?
- Elektra!
- Abby, não!
Larga-me!
Tu és o tesouro, não és?
A guerra acabou!
A guerra apenas começou.
Afasta-te, Abby.
Ela está a salvo.
Até outro dia, velhote.
Vais ficar bem.
Agora descansa.
Não procures o teu adversário.
Procura saber
onde ele está.
Sou cego mas vejo mais do que
tu, porque não ando à procura.
Não tinhas o direito de me
arrastar para isto, Stick.
Esta guerra contra a "Mão"
é por causa dela, não é?
Eles chamam-na de "Tesouro".
É um prodígio desde os 5 anos.
A notícia espalhou-se e a
"Mão" tentou sequestrá-la.
- O pai levou-a para longe.
- E armaste tudo isto.
O contrato, McCabe...
Contrataste-me para os matar.
Pensa o que quiseres.
É um pai com a sua filha.
Manipulaste-me, Stick.
Manipulei-te?
Isto tudo foi um ***?
Desde o dia em que me expulsaste,
foi tudo um ***?
E se eu tivesse falhado?
Algumas lições não podem ser ensinadas.
É preciso vivê-las para as entender.
Quando chegaste aqui
estavas cheia de ódio.
A tua decência estava envenenada
pela violência e pela tragédia.
E esse não é o caminho.
Não é o nosso caminho.
Falas através de charadas, velhote.
Elas mantém os
meus alunos em alerta.
Sempre soube que o
teu coração era puro.
Só precisavas de
ver por ti própria.
E em relação à Abby?
Enquanto Kirigi estiver vivo ela
só estará segura aqui.
Ela não tem escolha.
1, 2, 3, 4, 5...
Ainda a invadir as casas.
Desculpa.
Precisarás disso.
Continua a praticar.
- Desculpa ter-te mentido.
- Não me peças desculpa.
Fizeste o que era preciso.
Eu não queria mentir-te.
E o meu pai também não.
Senti-me mal por
não te ter dito.
Todos mentem. Ninguém diz
a verdade sobre si mesmo.
Inclusive tu.
- Especialmente eu.
- As demissões e reduções na folha salarial.
É por aí.
E em relação à contagem?
O quê?
O transtorno obsessivo compulsivo.
Eu não tenho TOC.
Tinha quando era pequena,
mas há anos que não tenho.
Acabaste de o fazer!
Quando andas
fazes sempre isso?
O que estás a fazer?
Estás a contar?
Não me gozes.
Ainda sou superior a ti.
Talvez...
Queres descobrir?
Vou procurar o meu pai.
Não forces.
Estás a forçar demais.
Em breve serás melhor do que eu.
Sou apenas uma criança.
Não quero ficar aqui.
O que é que tu queres?
Acabar com isto. Eu contra ti.
Sem a ajuda do Stick ou do teu pai.
- O vencedor fica com tudo.
- Quando eu te matar,
A rapariga é nossa.
- Se não me matares, ela estará livre para sempre.
- Temos acordo?
- Temos.
- Encontramo-nos onde tudo começou.
- E onde tudo vai acabar.
Pelo menos para ti.
Miúda esperta.
Encontramo-nos novamente.
Agora vais-te lembrar.
Não há nada que possas fazer.
A balança vai pender
para o meu lado.
Solta-a!
Miúda corajosa.
Ensinaste-a bem.
Mas agora é a vez
de um novo mestre.
É isso que o cego
andava a ensinar-te?
Não está bom, mas aprenderás
a antecipar-te ao teu adversário.
Abby, não te vou deixar,
mas és chata como tudo!
- E tu também!
- 1, 2, 3...
Tattoo, o tesouro está aqui.
Fica atrás de mim!
Fica perto, Abby!
Elektra!
Belo truque. Já tinha visto.
Abby, onde estás?
- Elektra?
- Não propriamente!
Sabes, eu era o tesouro.
Não gosto de ser substituída, por isso
vamos manter a tua morte em segredo.
Abby!
Chega!
Isto termina agora!
Já disse que não há nada
que possas fazer.
Estás a fraquejar, Elektra.
Vamos lá, força!
Vamos lá, força!
Continua, Elektra.
Continua.
Sou apenas uma criança.
Não quero ficar aqui.
Elektra...
Não te preocupes, Elektra.
Cuidarei bem dela.
Abby!
Merda.
Abby?
Ouve-me!
Eu sempre soube que o
teu coração era puro.
Só precisavas de
ver por ti própria.
Onde foste?
Vem cá.
Volta, Abby!
Acabei de te conhecer.
Obrigado.
Cuida bem dela.
Desculpa.
Eu odiei isso.
E agora?
Kirigi já não te persegue.
Vais voltar para a escola?
Vai para a praia bronzear-te.
E comer um gelado.
Devolveste-me a minha vida.
E tu devolveste-me a minha.
Vou-te ver de novo?
Nós vamo-nos encontrar.
Por favor, não deixes
que ela seja como eu.
Por que não?
Não te saíste assim tão mal.
Não quero que seja
tão difícil para ela.
A decisão será dela.
De qualquer maneira, a nossa segunda
vida nunca é igual a primeira, não é?
Às vezes até é melhor.