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A ESCADA DE JACOB
''Delta de Mekong - 6 de Outubro, 1971''
Que merda forte, meu.
Onde é que estão
aqueles condenados norvietnamitas?
Esses malditos amarelos
nem sequer estão por aqui.
Céus! Esta merda é mesmo potente!
Professor...
Quantas vezes consegue cagar
numa hora?
O professor já cagou
algumas vezes.
Porque é que te dás ao trabalho
em vestir as calças de novo?
Novamente a masturbar-se,
certo, Jake?
Vem aqui um pedacinho e masturba isto aqui.
Sufóca-te aqui no meu pau ***.
Por favor?
Ele está a pedir educadamente.
Não tenho uma pinça comigo, meu.
Merda! Movimento
ali no meio das árvores!
- Merda!
- Nas árvores!
Um, três, dois, zero!
- Algo não está bem!
- Que merda se está a passar?
Merda!
A minha cabeça!
Ajudem-me, por favor!
Levanta-te!
- Paul, ajuda-me!
- Levanta-te!
Ajuda-me!
Mas que raio se passa contigo?
Levanta-te!
Médico!
- Vou vomitar!
- Médico!
Basta!
- Médico, precisamos de si aqui!
- Que merda estás a fazer?
Contróla-te!
Médico!
Um, dois, três, zero!
O meu braço!
Que merda!
Céus! Que merda!
''Nova York pode ser uma cidade louca,
mas você nunca morrerá de aborrecimento.''
''Um Inferno. ***ím pode ser a vida,
ao consumir drogas.''
Sabe se já passamos
a estação de Rua Bergen?
Bergen?
Adormeci.
Bom. Está bem.
Merda.
''Rua Bergen''
''Saída''
Merda.
Olá, Chester.
Vai dormir.
Novamente com insónias?
Jake, és tu?
Mudaste todos os móveis de lugar?
Só movi a cadeira,
nada mais.
Isto ajuda?
Sim. Obrigado.
- Que achas?
- Sobre o quê?
O quarto.
- Pergunta-me amanhã.
- Já é amanhã.
Porque chegaste tão tarde?
O Bud Nash não
apareceu outra vez.
Telefonou a dizer que estava doente.
Está sempre doente.
Então trabalhei.
Consegui horas extra.
O que se passou com as tuas calças?
Nem perguntes.
- Estás com um ar terrível.
- Obrigado.
Ajudem-me.
Merda.
- Estás acordado?
- Mas que merda...
- O que é isto?
- O teu filho veio entregar isso.
- O Jed?
- Não, o mais pequeno.
Eli. Como é possível que
não decores os seus nomes?
Os nomes deles são estranhos.
São nomes bíblicos.
Eram profetas.
Bem, pessoalmente, nunca
gostei de nomes religiosos.
- O quê?
- Donde achas que Jezabel vem?
Ninguém me chama assim.
És cá uma infiel, Jezzie.
Como é que me pude envolver
com uma semelhante simplória?
Vendes-te a tua alma. Lembras-te?
Pelo menos foi isso que me disseste.
- Sim? E para quê?
- Para uma boa queca.
Olha para o que consegui.
- A melhor.
- A melhor.
- Bom, o que é que está dentro da caixa?
- Fotos.
A tua mulher ia trazê-las
mas o miúdo como-se-chama...
...trouxe-as quando ia
a caminho para a escola.
Estão muito boas.
O meu pai.
Olha-me para este bébé.
- Quem é?
- Não é um bébé lindo?
Gordinho.
- Esse sou eu.
- És tu?
Deixa-me ver.
Está bem. "Gordinho".
Não precisas de ver.
Quem é esta?
É a Sarah.
Agora já percebo o que dizes.
- O quê?
- Porque fugiste.
- Que queres dizer com isso?
- Jake, ela parece uma verdadeira cabra.
Ela parecia-me bem naquela altura.
- Para mim não.
- Não casaste com ela.
Olá, querido.
Como estás?
Que se passa?
Este foi o que morreu
antes de ires para o Vietnam?
Sim, é o Gabe.
Céus.
Desculpa.
Apanhou-me desprevenido.
Não esperava vê-lo hoje.
O que estás a fazer?
Deixa isso.
Não gosto das coisas
que te fazem chorar.
Eu não chorei.
"lncineradora"
Quando há céus cinzentos...
Não me importo com os
céus cinzentos...
Tu fá-los azuis...
Pequeno rapaz...
Olá, querida.
Vens buscar o teu cheque?
És um filho-da-puta avarento.
Como estás?
- Melhor agora.
- Sim?
- Vou para casa.
- Que se passa?
Está um dia pesado. As minhas costas
estão a dar cabo de mim. Vou ter com o Louis.
Outra vez não.
O chefe vai-te matar.
Que posso fazer?
Bom, vou sentir a tua falta
sem ir para casa contigo.
- Estava esperançada...
- Cuidado. As minhas costas.
Vamos lá, Jake. Isso não doeu.
Como é que sabes?
Eu conheço-te.
Porque estás tão tenso hoje?
Não sei.
À dias vi a Sarah.
Ah sim? Falou contigo?
Um pouco.
Bom, o que te disse?
Volta para a direita.
Que tal a outra direita?
Não consigo entender vocês filósofos...
Compreendem o mundo, mas não
conseguem diferenciar a direita da esquerda.
- O que é que ela disse?
- Nada de especial.
É como tu, não fala muito.
Põe a mão debaixo da cabeça.
lnspira profundamente.
Expira lentamente.
Muito bem.
Agora volta para a esquerda.
Disse alguma coisa sobre
os miúdos?
Disse que eras um desgraçado
e lamenta o facto de te ter conhecido.
Pensava que não tinha falado muito.
Isso foi tudo o que ela disse.
Põe a mão debaixo da cabeça.
Respira.
Calma.
De costas.
- Acho que ainda te ama.
- Acho que não.
Não deixa de falar sobre ti.
Isso é amor, Jake.
- Acho que devias voltar para ela.
- Ela deu-me com os pés, lembras-te?
O problema é que...
...passaste seis anos a tirar um doutorado,
e depois fugiste para trabalhar nos correios.
Bom, que posso dizer?
Depois do Vietnam,
não queria pensar mais.
Estaria de acordo contigo se se
tratasse de outro cérebro e não do teu.
Agora relaxa.
Relaxa. Este vai ser
um pouco forte.
Muito bem.
Encontrei um.
Acho que ainda está vivo.
Mas que...? O que é que me fizeste?
Tive que entrar aí.
Foi só um ajuste profundo.
Descansa um pouco.
Deixa que o corpo relaxe.
- Tive uma memória esquisita agora.
- O quê?
Não sei. Tenho tido algumas
recentemente.
Pareces muito com um anjo, Louis.
Como um autêntico santo.
- Já te disseram isso alguma vez?
- Sim.
Tu. Cada vez que te vejo.
- És um salva-vidas, Louis.
- Já sei disso.
Ali vai o Sr. Carteiro!
Onde é que estão as cartas, querido?
Onde está o seu saco?
Devíamos cantar-lhe! Espera!
Oh, sim
Aguarde um momento, Sr. Carteiro
Espere
Sr. Carteiro
Por favor, Sr. Carteiro, olhe e veja
Há alguma carta?
No seu saco para mim?
Estive à sua espera algum tempo
Muito tempo
Aonde vai?
Cuidado!
Singer?
Por favor, Elizabeth, sente-se.
Quero ver o Dr. Carlson, por favor.
Carlson? É novo por aqui?
Não. Tem trabalhado aqui durante anos.
Não de acordo com o meu gráfico.
Tem marcação?
Não. Preciso de vê-lo.
Eu sei onde o seu escritório é.
Deixe-me passar. Não demorarei muito.
Só pode ver os médicos
com marcação feita.
Raios!
Estive no programa especial
dos veteranos de guerra. Ele conhece-me.
Qual é o seu nome?
Singer. Jacob Singer.
Tenho muito trabalho.
Ainda nem almocei.
Desculpe, mas...
...não tenho nenhum registo
de um Jacob Singer nos nossos arquivos.
Que quer dizer?
É preciso repetir?
Não tenho aqui nada.
Eu venho aqui há anos!
Oiça. Sou...
Eu... preciso de ver o Dr. Carlson.
Se é uma emergência, temos uma equipa
de assistentes socias psiquiátricos.
É só esperar uma hora.
- Podia preencher este formulário?
- Eu não quero ver nenhum assistente social!
Quero falar com o Dr. Carlson.
Ele conhece-me.
Hei! Venha aqui!
"Arquivos Médicos e de Administração"
Hei! Volte aqui!
Cuidado! Volte aqui!
Apanhem-no! É um estranho!
Posso ajudá-lo?
Este não é o escritório do
Dr. Carlson?
Esperem um momento.
Porque não vamos ali para o corredor?
Está tudo bem.
Sinto muito, mas
o Dr. Carlson morreu.
- Morreu?
- Num acidente de viação.
Céus!
Quando?
À um mês, mesmo antes
do Dia de Acção de Graças.
O que aconteceu?
Ninguém sabe realmente.
Disseram que explodiu.
Explodiu?
O que quer dizer com "explodiu"?
Eu não sei.
Posso ajudá-lo em alguma coisa?
Quer... quer que lhe
chame alguém?
Estou... estou bem.
Talvez seja a pressão, Jake.
O dinheiro e coisas assim.
Ou a tua esposa.
Porque a metes na conversa?
Está sempre nos teus pensamentos.
Eu nunca falo dela.
Não tem nada a ver
se falas dela ou não.
Talvez foi da guerra.
Não podes passar dois anos
no Vietnam e esperar...
Jezzie, por favor.
Então como explicas as portas fechadas
no metro e estas malditas criaturas?
Criaturas?
Nova York está cheia
de criaturas...
... e muitas estações estão fechadas.
Pareciam demónios, Jezz.
Demónios?
Jake, querido...
...são doentes e vagabundos.
São porcaria. É tudo o que são.
As ruas estão cheias desses tipos.
Não os transformes em coisas que não são,
está bem?
Estes tipos estavam a tentar matar-me.
Estavam a ir direitinhos a mim.
São só rapazes a gozar contigo.
Acontece sempre.
Não eram humanos!
Vá lá!
O que eram, Jake?
Ainda me amas?
- O quê?
- Amas-me?
Sim.
Hei, aonde vais?
Vem comigo.
Tens namorada?
Gostas dela?
Queres outra namorada?
Eu vivo mesmo aqui perto.
E sinto-me muito só.
- Deixa-me ver a tua mão.
- Não, obrigado.
Deixa. Deixa que ela o faça.
Ela é muito boa.
Vamos lá.
- Vai ser divertido.
- És dextro ou canhoto?
- Dextro.
- Dá-ma lá.
Homem casado. Por favor.
Ai, não.
Divórcio. Gosto disso.
- Vês esta marca aqui?
- Onde?
Aquí mesmo.
Cortei-me com o papel.
Com sentido de humor também.
Agrada-me.
Vamos a ver.
Amor, anda dançar comigo.
Só uma vez?
- Estás a engatar?
- Olá.
Vamos a ver.
Esta é a linha do teu coração...
...e esta a linha da tua cabeça.
E a linha da tua vida.
Tens uma linha muito estranha.
Não, não tem graça.
De acordo com ela,
já estás morto.
- Já não estás aqui, amor.
- Que se pode fazer?
Antes de ires, deixa-me ver
esses teus olhos azuis.
Espera.
Jake, vem cá. Vamos. Anda dançar.
Mexe-te. Vamos, amor.
Vamos lá meu, move essas pernas!
Move essas patas!
Esses pés grandes!
Merda!
Deus, olha para isto.
As suas tripas estão a sair.
Vamos ter que pô-las no lugar.
Nunca fiquei, eu nunca fiquei...
...tão assustada em toda a minha vida.
Gritar daquela maneira.
Não percebo o que te tem acontecido.
Não tens agido normalmente.
Já estive com demasiados loucos
na minha vida. Já não quero mais.
Estou cansada dos homens
que ficam loucos ao meu redor.
Se vais ficar louco,
ficas louco sozinho. Percebes?
Quanto?
Oh Meu Deus! Vou chamar o doutor.
- Quanto?
- Está no máximo.
Excelente.
Dr. Forrest, desculpe incomodá-lo.
Fala Jezzie Pipkin do 14-G.
Acabo de tomar a temperatura do Jake
e marca 41.5. Estará bem?
Meu Deus!
Sai da cama.
Não posso. Estou a gelar.
Jake, por Deus,
sai da cama!
- O que disse o doutor?
- Que morrerias a caminho do hospital.
Vamos agora. Levanta-te.
Espera.
Vais ficar bem, Jake.
Que estás a fazer?
- Tenho que conseguir mais gêlo.
- Estou a congelar!
Que se está a passar?
Preciso de gêlo imediatamente.
O Jake tem 41.5 de febre.
É uma emergência.
Obrigado.
Vamos, Sam.
Oh, Deus.
Não morras!
Vamos. Sam, ajuda-me.
- Tem cuidado com ele.
- Oh, Deus!
- É para o teu próprio bem.
- Vamos, Jake.
Põe-no aí dentro.
- Estou a congelar!
- Vai ficar tudo bem.
Agarrem-no!
Vai ficar tudo bem!
- Ele está bem?
- Ele não gosta disto.
- Não o censuro.
- Agarrem-no!
Ajudem-me!
Parem!
Não morras, Jake.
Parem! Estão a matar-me!
- O que foi isso?
- Estava com frio.
Eu não tenho frio.
Claro que não tens,
tens todos os cobertores.
Deve estar uns zero graus.
Estou-te a dizer, Sarah...
...se queres ar fresco,
podes dormir na escada de fuga.
Daqui para a frente, essa
janela vai ficar sempre fechada.
Não é saudável tê-la fechada.
Saudável? Chamas a isto saudável?
Vou a morrer de pneunomia.
Achas isso saudável?
Mas que sonho tive.
Estava a viver com uma outra mulher.
Sabes com quem?
Não quero saber.
A Jezabel do correio.
Lembras-te dela. Conheceste-a
na festa de Natal.
Estava a viver com ela.
Céus, que pesadelo.
Haviam estes demónios,
e estavam-me a queimar.
Estavam a queimar-me com gêlo.
Maus pensamentos.
Vês o que acontece quando me trais,
mesmo mentalmente?
Ela era mesmo boa na cama.
Dorme.
Tinha cá umas ancas...
Pensei que tinhas dito
que era um pesadelo.
E era. Era um pesadelo.
Foi terrível, um pesadelo terrível.
Papá, o que foi este ruído?
O que estás a fazer levantado?
Está frio.
- Bom, diz isso à tua mãe.
- Vai para a cama, querido.
Levas-me?
Quem, ela?
Não, o papá.
- Merda.
- Boa noite.
Boa noite, querida.
Bom, fecha os olhos.
Não me importo com os céus cinzentos
- Tu fá-los...
- Azuis?
Pequeno rapaz...
Quando ficar velho e carrancudo, querido
Promete que não te perderás, querido
Amo-te tanto
- Pequeno...
- Rapaz.
- Papá?
- Sim, Jed?
Esqueceste-te de dar a minha mesada.
A tua mesada?
São cinco da manhã.
Falaremos disso ao pequeno-almoço.
Está bem, mas não te esqueças.
Gosto muito de ti, papá.
O que é isto? Uma reunião?
Eu também gosto muito de ti, "Pickles".
Dorme.
Espera.
Não vás.
Eu não vou a nenhum lado.
Estou mesmo aqui.
Fecha os olhos.
Vemo-nos pela manhã.
Não a feches.
Abre-a um pouco mais.
- Assim?
- Um pouco mais.
- Assim?
- Assim.
Amo-te, Sarah.
Cuidado com a cabeça.
Temos aqui um problema.
Declarem emergência. Escuto.
És um gajo com sorte, Jake.
Deves ter amigos em lugares mais altos...
Mudemos para o Orson.
la votar para que fossem três...
...mas depois mudei para dois
com alguma hesitação...
...porque disse uma sobre uma...
..no qual significa o número um
de um aumento de um...
...e acho que só um autêntico
artista poderia saber isso.
Vais melhorar, Jake.
Vais ficar bem.
Estou em casa?
Estás aquí. Em casa.
O doutor disse que tens sorte
pelo teu cérebro não ter fervido!
Mas que noite, Jake...
Estavas a gritar e a pontapear...
...e dizias:
"Sarah, fecha a janela"...
Vezes e vezes sem conta.
E conversavas com os teus miúdos...
...até com o que está morto.
Que estranho...
Derreteste 22 quilos de gêlo...
...em oito horas.
Estou morto?
Oh, não.
Não. Estás aqui.
O doutor disse que tens que relaxar.
Disse que tinhas um vírus qualquer.
Isso é o que eles dizem
quando não sabem o que é.
Agora fica aí relaxado, está bem?
"Bíblia de Bruxas"
"Demonologia"
"As Raízes do Mal"
Seria bom que saísses hoje.
Não podes ficar aqui sentado
todo o tempo. Não é saudável.
Não é bom para a mente.
Caminha um pouco, vai dar um passeio.
Faz alguma coisa.
Vai ao cinema.
Vai divertir-te.
Um de nós deveria divertir-se.
Está alguem aí?
Está alguém em casa?
Quem és tu?!
Vai-te foder!
Duas semanas nesta merda!
Já chega!
Apodrece para aí se quiseres.
Que tenhas um dia bem fodido.
Estou?
- Jake?
- Sim?
É o Paul, Paul Gruniger.
Paul... Paul Gruniger.
Deus, como estás?
Deus! Já passaram
uns cinco, seis anos.
Muito tempo.
Então, que se conta?
Nada de mais.
- Mesma coisa aqui.
- Preciso de falar contigo.
Gostaria muito de falar contigo, meu,
mas ultimamente não tenho saído muito.
Tenho estado doente.
Eu preciso de falar contigo.
Está bem.
Algo está mal, Jake.
Não sei o que é.
Mas não posso falar com ninguém acerca disso.
Mas pensei que podia falar contigo.
Costumavas ouvir.
Eu vou para o Inferno.
Não posso dizê-lo
de outra maneira.
E não digas que estou louco,
porque eu sei que não estou.
Estavam a perseguir-me.
Quem?
Têm estado a seguir-me.
Saem das paredes.
Não posso confiar em ninguém.
Mas eu tinha que falar com alguém.
Tinha que falar com alguém,
senão ainda dava em louco!
Meta-se na sua vida.
Não sei quem são ou o que são...
...mas vão-me apanhar,
e estou assustado, Jake.
Estou tão assustado
que não posso fazer nada.
Nem posso visitar a
minha própria irmã.
Nem sequer posso...
...nem sequer posso ir para casa.
Não sei o que fazer.
Paul, eu sei do que estás a falar.
O que queres dizer?
Eu também tenho-os visto.
Já os viste?
Também já os vi.
Por todos os lados, como uma praga.
Meu Deus! Pensava que era o único.
Sim, eu também.
Pensava que estava a ficar louco.
Eu sei.
Levo isto comigo para onde vou...
...mas não ajudam.
Nada ajuda.
Que se passou? Que se passou naquele dia?
- O que nos fizeram?
- Não sei.
O meu dia de sorte.
Atenção! O inimigo
está a disparar sem clemência.
Alerta!
Cinco minutos até o mar!
Vamos tentar lá chegar. Escuto.
Não. Tem que ser forte
pelos seus filhos.
Ouve o que ela te diz.
Alguém viu o relatório feito pela polícia?
- Cá para mim foi uma bomba.
- Segundo os jornais foi um curto-circuito.
- Foi um acidente.
- Isso é um disparate.
Alguém está a encubrir algo.
Não foi nenhum acidente.
Alguém preparou tudo.
Porque dizes isso?
Ninguém deste mundo odiava o Paul.
O que é que ele disse quando vocês
saíram? Ele disse alguma coisa?
Estava assustado.
Pensava que alguém o estava a perseguir.
Ah sim? Quem?
Não sabia. Demónios.
Demónios? Que merda estás
para aí a dizer?
Ele pensava que ia para o Inferno.
O que o fez dizer isso?
Quer dizer, isso é estranho.
O que é que ele disse mais, Jake?
Estava assustado. Via coisas
que saíam das paredes.
"Querem apanhar-me", disse ele.
Ele disse como eram?
- Desculpem-me.
- Entram por um lado e saem pelo outro?
Continua um imbecil de merda.
Espero que segures a pila
melhor do que esta garrafa.
O quê?
Algo estranho se está a passar.
O Paul não foi o primeiro a morrer.
Lembram-se do Dr. Carlson de Bellevue?
- O seu carro também explodiu.
- O Dr. Carlson morreu?
Sim. Numa explosão igualzinha
ao do Paul.
Temos aqui seis tipos
que estão a ficar totalmente loucos!
- Eu não, companheiro.
- Está bem. Tu não, Rod.
Mas nós sim!
Acham que tem alguma coisa
relacionado com aquele dia?
Tem que haver algo relacionado com algo.
Acho que devemos dar uma
pequena visita ao exército.
Temos que saber o que é que
eles estão a esconder.
Por favor, professor!
O que te faz pensar que o exército
te vai dar algumas respostas?
É como se batesses a tua cabeça
contra uma autêntica parede.
Contratamos um advogado.
Contrata mas é um psiquiatra.
Estão todos loucos!
Má erva... nada de mais!
Não há nada neste mundo
como merdas de demónios! Vá lá!
Carol, dentro de uns quinze minutos
vou precisar do teu livrete.
Bom.
Lamento, Sr. Singer.
Sabe quanta gente vem aqui falar-me
sobre as injustiças do mundo?
Partiria o seu coração.
Sr. Geary, isto é muito importante
para nós.
O exército fez-nos algo.
Temos que averiguar o que foi.
O exército?
Deus! Que se passa com vocês?
Não é um simples passeio à biblioteca.
Trata-se do governo dos EUA!
Caso perdido logo
ao princípio, percebem?
Sim, eu sei, é por isso estamos aqui.
Acho que você nos pode ajudar.
Por acaso sou o Perry Mason?
Está bem. Vou investigar.
Acha que temos alguma hipótese?
Preciso de um testemunho completo, uma lista
do pelotão completo e dos seus sobreviventes.
- Fantástico!
- Sim.
Vou-lhes dizer uma coisa. Se os militares
estão implicados nesta história...
...todos vocês poderão ganhar
um batalhão de dinheiro.
Não posso adivinhar coisas...
...mas solicitações de grupo, como neste caso
têm a tendência de ganhar julgamentos.
Não soa assim tão mal, certo Sr. Singer?
- Não estamos a fazê-lo pelo dinheiro.
- É verdade.
Está bem, meus senhores.
Quem quer ser o primeiro?
Jake, pus a comida no forno.
- Estará pronta perto das quarto.
- Está bem.
- Também fiz uma salada. Está no frigorífico.
- Está bem, querida.
Também comprei-te sumo da maçã.
- Não. Não aqueles do Red Cheek.
- Red Cheek?
- Merda.
- Não bebas tudo.
Está bem.
- E o teu advogado telefonou.
- Quando?
- Quando estavas no ***.
- Por que não me chamaste?
Não me deu a oportunidade. Desligou.
Olha, não fiques triste, está bem?
Ele não vai ficar com o teu caso.
O que queres dizer?
Disse que não tinhas hipótese.
De que estás a falar?
Foi muito malcriado. Disse que
os teus amigos se arrependeram.
Não acredito.
Querido, agora sinto-me mal.
Ficaria contigo, mas já se faz tarde.
- Falaremos logo que chegue a casa, está bem?
- Está bem.
- Estás bem?
- Sim. Estou bem.
De certeza?
Vá lá. Dá-me um beijo.
- Falarei contigo mais tarde.
- Adeus, querida.
Estou?
Frank, é o Jake.
Acabo de receber
uma chamada estranha do Geary.
Disse que os rapazes se arrependeram.
Do que é que ele está a falar?
E tem razão. Arrependemo-nos.
Porquê?
É difícil de explicar.
Bom, explica lá.
Sabes, Jake...
A guerra é guerra.
Acontecem certas coisas.
Certas coisas? Que significa isso?
Pensava que íamos fazer alguma coisa.
Não há nada para fazer.
Quem falou contigo?
O que se está a passar?
- Vou telefonar aos outros gajos...
- Eles também não estão interessados.
- O que queres dizer?
- Não estão interessados!
Nós falamos sobre isto.
Estamos a sofrer todos os mesmos sintomas.
O exército está a esconder algo.
Temos que saber o que é.
Jake, tenho que ir.
Não. Um momento. Espera. Não desligues.
- Não me telefones mais.
- Espera!
Não posso fazer isto sozinho, Frank.
Vamos conseguir para a próxima.
Desculpe.
Com quem tem estado a falar?
Com o exército?
- Falaram consigo?
- Eu não falei com ninguém. Vocês não têm caso.
- Oiça!
Não me toque, deixe-me em paz.
Não pode sair assim!
Precisamos da sua ajuda.
- Precisa é de um médico!
- Eu não preciso de nenhum médico!
Tem que ajudar-me a provar
que o exército me fez algo!
Não posso fazer nada!
Deixe-me em paz.
Está a esconder-me algo!
Que se passa?
Eu digo-lhe o que se passa.
Eu não o conheço bem.
Vem ao meu escritório com um história
estranha e exige que a investigue!
Está bem! Bom! Fi-lo!
Não sei que tipo de idiota pensa
que sou, porque usou-me e abusou!
- Usei-o?
- Isso mesmo. Verifiquei com o exército.
- Você nunca foi ao Vietnam.
- O que significa isso?
Que você e os seus amigos estão loucos!
Dispensaram-vos por razões
psicológicas depois de umas manobras...
...na Tailândia!
Não vê o que estão a fazer?
Isso é tudo mentira!
Estivemos em Da Nang!
Tem que acreditar em mim!
Vá-se foder, Singer!
O que é isto? Socorro!
Entra, meu filho-da-mãe!
Deixem-me!
Deixem-me, desgraçados!
Desgraçado!
Sr. Singer.
Que nome tão apropriado para um homem
que não sabe manter a sua boca fechada.
Quem são vocês?
Que querem de mim?
Já faz um tempo que temos estado
a vigiá-lo a si e aos seus amigos.
Andam a assustar o pessoal
sobre o exército e certas experiências.
Está em maus lençóis.
Há gente que se magoa por isso.
O exército foi parte de outra vida.
Deixe que fique assim.
Espero ter sido suficientemente claro.
Mata o filho-da-mãe!
Socorro!
Cuidado!
Por favor, contribuam
para ajudar as famílias pobres.
"Ajudem os Necessitados"
Pobre homem.
Ho! Ho! Ho!
Feliz Natal!
Este tipo está mesmo mau.
Acho melhor dar-lhe algo.
Sou o Dr. Stewart.
Pode dizer-me o que se passou?
As minhas costas.
Não consigo mover-me.
- Preciso do meu quiroprático.
- As suas costas?
Caíu?
Disseram que escorregou no pavimento.
Pode ter magoado a cabeça.
Tem alguma identificação?
- Não tem carteira, nada.
- Roubaram-na.
- Quem?
- O Pai Natal.
Tenho que agarrar esse maldito.
Tinha a foto do meu filho Gabe dentro dela.
Era a única que tinha.
Chama um ortopédico.
O Dr. Davis ainda está em serviço?
Vou chamá-lo.
- Chamem o meu quiroprático.
- Estamos a fazer tudo o que podemos.
Louis Denardo.
Avenida Nostren.
Tenho que movê-lo,
para verificar as suas feridas.
- Não, não o faça.
- Isto pode doer um pouco.
- Nem preciso de perguntar-lhe o que sente...
- Mas que merda...
- Preciso do Louis.
- Quem é o Louis?
Desmaiou. Vamos levá-lo lá baixo
para as radiografías.
Gabe!
Jezzie.
- Tira-me daqui.
- Para onde quer ir?
- Para casa.
- Esta é a sua casa. Está morto.
Morto? Não.
Só me magoei nas costas.
- Não estou morto.
- Está o quê então?
- Estou vivo!
- Então o que está a fazer aqui?
Não sei.
Isto não pode estar a acontecer!
- O que está a acontecer?
- Tirem-me daqui!
Daqui não se pode saír.
Mataram-te. Não te lembras?
Com cuidado. Corram, rapazes.
Estamos a perdê-lo.
- Com cuidado!
- Merda! Corre!
Ainda está bastante drogado.
Ainda não poderá falar.
E duvido que conseguirá reconhecê-la.
- Só quero vê-lo.
- Estarei aqui fora se precisar de mim.
Papá? Olá.
Somos nós.
- Estás bem?
- Jake, sou eu.
Soubemos o que se passou.
- Não estou morto.
- O quê?
Estou vivo.
Não estou morto.
Oh, não. Claro que não estás.
Só magoste as costas.
Vais melhorar. Vai demorar um tempo.
Um mês, disseram.
Está bem amarrado, papá.
Parem! Isso não tem graça.
Meu Deus. Que complicação, uhm?
Ah, Jacob. Ainda te amo.
Mesmo que não valha nada.
- Continua a sonhar!
- Deus, não!
O quê?
Diz-me, o que posso fazer?
Ajuda-me.
Senhor! Baixe a voz!
Onde está o Jacob Singer?
Louis, estou aqui!
Onde é que estás, Jake?
- Não pode entrar aí!
- Posso ajudá-lo, senhor?
Meu Deus!
O que fizeram contigo?
Posso ajudá-lo?
- O que é isto? A Idade Média?
- Não lhe toque!
É a isto que chamam medicina moderna?
- Isto é barbárico! Barbárico!
- Acalme-se!
Já agora, porque não
o queimaram na fogueira?
- Vai ter que ir-se embora.
- Não se aproxime!
- Não se aproximem.
- Chamem a segurança!
Para trás! Se dá mais um passo,
dou-lhe com isto no pescoço!
- Acalme-se.
- Para trás!
Acalme-se.
Vamos lá, Jake.
Não pode fazer isso.
- Senhor, não pode fazer isso!
- Desapareça da minha frente!
Estou zangado! Muito zangado!
- Louco!
- Irão deter-lhe à porta!
- Aquele homem está louco!
- Cuidado com os pés, Jake!
Bom, desta vez foi tu que
fizeste a ti mesmo, não foi?
Estou a morrer, Louis?
Por uma costela deslocada?
Serias o primeiro.
Estive no Inferno.
Não quero morrer, Louis.
Bom, vou ver o que posso fazer.
É tudo dor.
Endireita a cabeça.
Relaxa.
- Já leste alguma obra de Meister Eckehart?
- Não.
Como é que conseguiste o teu doutorado
sem ler Eckehart? Relaxa.
Bom. Agora vira-te devagar.
Para a direita.
Que tal a outra direita, pode ser?
És cá uma esperteza, sabias disso?
Eckehart também desceu ao Inferno.
Sabes o que é que ele disse?
Disse que a única coisa
que se queima no Inferno...
...é a tua parte que não quer
soltar-se da vida.
As tuas memórias, as tuas amizades...
Tudo se queima.
Mas não te estão a castigar, disse ele.
Estão a libertar a tua alma.
Relaxa.
Bom.
Segundo o que ele diz...
...se tens medo de morrer,
e estás a aguentar...
...verás demónios aterrorizando a tua vida.
Mas se encontraste paz interna...
...então esses demónios são apenas anjos
libertando-te da Terra.
Depende da maneira como vês as coisas.
Portanto não te preocupes, está bem?
Bom. Relaxa.
Relaxa e mexe os dedos dos pés.
Vamos. Mexe os dedos.
Perfeito. Já está.
Põe-te de costas. Vamos lá.
Devagar, pronto.
Agora vamos fazer um ***.
Quero ver se podes ficar de pé.
Por mim mesmo?
Tu consegues.
Vamos lá.
Vamos, tenta lá.
Vamos lá.
Assim mesmo.
Continua.
Aleluia!
"Águia Dourada"
"Exército dos Estados Unidos"
"Universidade de Brooklyn"
"Doutorado em Artes"
"Despacho honorável"
"Querido papá, gosto muito de ti.
Por favor regressa a casa, Jed".
"Perdi a minha chave".
"A mamã quer que lhe envies algum dinheiro.
Beijinhos, Gabe''
Que se passa? Sou só eu!
Estás bem?
Jesus Cristo! Onde estiveste?
Quase morri de preocupação!
Passaram-se dois dias,
e nem sequer me telefonaste?
Estive no hospital.
Meu Deus! No hospital?
Jake, qual hospital? Telefonei a
todos os hospitais da cidade.
- Não!
- Que se está a passar?
Não estou aqui. Não me viste.
- Estou?
- Jacob Singer está aí?
- Não. Não o vi hoje.
- Quando acha que regressa?
- Não sei.
- Pode-lhe transmitir uma mensagem minha?
- Diga-lhe que estive no Vietnam.
- Vietnam?
- Houve umas experiências secretas...
- Que experiências?
Preciso de falar com ele o mais
depressa possível.
- Fala Jacob Singer.
- Estive nesse país em 68.
Estive numa unidade
de guerra química em Saigão.
Dirigimos certas experiências secretas
para o governo.
- Meu Deus!
- Preciso de falar consigo. Está a ouvir?
- Sim.
- Quer saber mais?
- Onde posso encontrá-lo?
- Entre a carreira oeste e a rua 128.
À frente de um café.
- Como o reconhecerei?
- Você já me conhece, Jacob.
- Eu conheço-lhe?
- Sim. Assegure-se de que não é seguido.
Está bem.
Já sabia.
- Quem era?
- Um químico.
Fez parte de uma unidade de guerra química
em Saigão.
- Eu sabia que algo se estava a passar.
- Jake, por favor não vás.
Desculpa.
Olá. Sou Michael Newman.
Disse-lhe que me reconheceria.
Já faz algum tempo que tenho estado a segui-lo.
Oxalá tivéssemos falado antes.
Porque tem estado a seguir-me?
Você é um dos sobreviventes, Jacob.
Vamos. Não podemos falar aqui,
não é seguro. Vamos.
Primeiro prenderam-me, certo?
O melhor LSD que jamais fiz,
pelo cano abaixo.
Pensei que estava tudo acabado...
se tivesse sorte, 20 anos na cadeia.
Era 1968.
- Já faz muito tempo.
- Isso mesmo.
Quando dou por mim, estou na Ilha Riker.
Já esteve aí?
Subitamente tiraram-me da cadeia.
Colocaram-me numa sala de espera,
com janelas de oficinas bancárias.
Quatro coronéis com medalhas até
o cu, estavam na sala ao lado.
Disseram-me que se fosse ao Vietnam
por dois anos...
...sem acção, só trabalhar
num laboratório...
...eliminariam todas as queixas
e deixariam o meu currículo limpo.
Já tinha estado treze horas preso na cadeia
e sabia que o Vietnam não podia ser pior.
- Isso só de ignorante.
- Sim, tem razão.
Eles tinham-me pelos tomates.
De repente, já estava em Saigão.
Trabalhava num laboratório secreto que
sintetizava drogas que alteram a mente.
Não o que anda pelas ruas. Tínhamos
que ter certos cuidados especiais.
O lado mais escuro, percebe?
Queriam uma droga que aumentasse
as tendências agressivas.
Estavam preocupados.
Pensavam que vocês eram demasiado brandos...
...que não lutavam com todo o potencial.
Queriam algo que vos agitasse...
...que vos pusesse furiosos
e que despertasse a vossa raiva.
E fizémo-la.
A coisa mais potente que alguma vez vi.
Nem uma autêntica intoxicação,
e olhe que já tive algumas...
... se comparava
com a força da Escada.
- A Escada?
- Sim. Chamavam-na assim.
Uma viagem rápida,
pela escada abaixo.
Direito ao medo primário.
Direito à base da ira.
Estou-lhe a dizer, era extremamente potente.
Não preciso de dizer-lhe, você já sabe.
Fizemos certas experiências
com macacos da selva.
Funcionou. Golpearam as cabeças
as suas próprias cabeças.
Tiraram os olhos uns aos outros,
comeram as suas caudas.
O general adorou.
Fizeram com que a testássemos
com os Vietcongs.
Nós...
...usamos estes prisioneros de guerra.
Na verdade, nuns certos rapazes.
E...
...pusémo-los num pátio.
E alimentamo-los com grandes doses
dessa coisa.
Foram piores que os macacos.
Nem sequer sabia que o Homem
podia fazer aquelas coisas.
De qualquer maneira, os Vietcongs estavam
a preparar uma grande ofensiva. Todos o sabiam.
A revista Time, Huntley, Brinkley...
...e o general estava aterrorizado,
porque sabia que não podíamos ganhar.
A moral estava em baixo, as coisas estavam
a ficar feias nos Estados Unidos, lembra-se?
Sim.
Então, dias depois...
...eles decidiram usar a Escada...
...num batalhão à escolha... o seu.
Só uma dose infinitessimal
na comida, disseram.
Só para comprovar a sua eficácia
em acção.
Estavam confiantes que a sua unidade teria
a percentagem mais alta de mortes...
...de todos os batalhões,
e tiveram razão.
Excepto que não foi
como esperavam.
Ninguém recorda-se desse dia.
Tenho certas visões,
mas não fazem sentido. Que se passou?
Ouve alguma ofensiva?
Sim, dias mais tarde.
Foi muito violenta.
Mas vocês nunca a viram.
Mas houve um ataque.
Houve combate, certo?
Sim. Mas não com os Vietcongs.
Com quem então?
Mataram-se uns aos outros.
O quê?
Irmão contra irmão.
Sem discriminação.
Cortaram-se uns aos outros.
Deus meu!
Sabia que isso ia acontecer.
Eu avisei!
Eu avisei, merda!
Merda.
Mas quem era eu? Só um químico hippie.
Que poderia eu fazer?
Merda.
Falei com os tipos
que encobriram os corpos.
Estavam em pior forma
do que você, acredite.
Eles virão o que restou.
Precisava de encontrá-lo, percebe?
Senti-me responsável.
A Escada foi a minha criação.
- Quero ir para Brooklyn.
- Não comigo.
Eu perco-me em Brooklyn.
Eu conheço o caminho.
Oiça. Este é todo o dinheiro que tenho.
Leve-me a casa, por favor.
Onde é a sua casa?
Dr. Singer.
Bem, já passou muito tempo.
- Olá, Sam.
- Você está bem?
Sim. Estou bem.
Precisa de ajuda? Posso chamar lá em cima.
Não. Está tudo bem.
Obrigado, Sam.
Sarah?
Jed?
Eli?
Se tens medo de morrer
e estás a aguentar...
...verás demónios
aterrorizando a tua vida.
Mas se encontraste paz interna,
então esses demónios são apenas anjos...
...libertando-te da Terra.
Gabe?
Olá, papá.
Está tudo bem.
Vamos lá, vamos subir.
Vamos.
Morreu.
Morreu com um ar pacífco.
Mas que grande batalha!
Como é que ele se chama?
"Foi descoberto que a droga
halucinégica BZ...
...foi utilizada em experiências com os
soldados durante a guerra do Vietnam.
O Pentágono negou a história.''
Legendas por _PsIKiLL_