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-Pim, já o vês?
-Vejo.
Está a sair de casa.
Hoje atrasou-se.
-Onde estás? Estás aí mesmo?
-Não, estou do outro lado da rua.
-Podes aproximar-te mais.
-Não vou perdê-lo de vista.
-Não vou perdê-lo.
-É melhor ficarem atentos, gente.
9h01. A descer Granville Park.
Mais uma vez.
Muda para o canal 7.
Olá.
Vê o fluxo de trânsito.
Rusty! Rusty, vem cá. Rusty!
Anda, pá!
Olá, Jack.
-Sarah, desligas isso, por favor?
-O quê?
A música! Se é que é música...
Desliga isso!
-Porquê?
-Já alguém foi passear o cão?
-É a vez da Sarah! Da última fui eu!
-Leva quê... dois segundos?
Rusty, não! Deixa estar!
Vá lá!
Andy, pára com isso!
Andy! Mamã, diz ao Andy que leve
aquilo. Está a interferir na televisão!
Idiota!
Andy, ajuda aqui, sim?
-Atrasado.
-Idiota atrasada.
-Atrasado idiota.
-Ninguém é idiota.
-Excepto ela.
-E ninguém é atrasado.
-Excepto ela!
-Andy, pára!
Estou a tentar ver isto!
Estes dois vão estar em casa juntos
toda a semana?
-Só há aulas na segunda.
-Ena pá! Como vai ser o teu dia?
Tenho de tratar da casa dos Morgan
pois hoje vão fazer as fundações.
Depois tenho de arranjar um professor
de viola para a Sarah,
pagar umas contas,
e vou levar as crianças.
Devias arranjar um passatempo
para te manteres ocupada.
-Já tenho um passatempo.
-A sério?
Tomar conta de ti.
Não te mereço.
Pois não, não mereces.
Devemos um jantar ao Arlin e à Vee.
Pode ser para a semana?
Bom, eles ficam em casa esta
semana. Apetece-me ficar
só com as crianças.
-Mamã!
-A sério?
Diz ao Andy
para levar aquilo daqui!
-Está, sim!
-Quero lá saber.
Diz à Marci para levar
o meu fato azul à lavandaria.
Marci está em Manila até dia 26.
Pá, empresta-me lá isso um bocadinho.
-Mamã! Perdão, ninguém quer saber?
-É isto que está a interferir.
Vai pôr isto no meu escritório, sim?
Esta noite ensino-te a arranjá-lo.
E eu quero saber, sim.
-Adeus! Boa sorte.
-Adeus, Jack.
-Adeus, Papá!
-Adeus, Andy!
Não tortures a tua irmã!
Sarah, o cão tem de ir à rua!
Não esqueças a coleira nova!
-Sarah!
-Adeus, Jack.
Ainda bem que o tempo hoje nos dá
um merecido descanso,
tendo em conta algumas tempestades
que se avizinham,
o que vai dificultar um pouco mais
o trânsito.
Mas esta manhã parece estar tudo calmo
em direcção à baixa de Seattle.
BANCO LANDROCK PACIFIC
-Bom dia, Cindy.
-Bom dia, Jack.
Como hei-de dizer isto, Bobby?
-Não.
-Vá lá, Janet. Não vejo por que não.
Ouve, Bobby, é assim...
convidaste-me para sair, é um facto.
Eu recusei, outro facto.
Depois respondes, "Tudo bem",
e vais convidar outra pessoa.
Não continuas a convidar-me a mim.
Então quando é que começa a ser
***édio ***?
Neste momento, Bobby.
-Sr. Stanfield.
-Bom dia, chefe.
-O rapaz é persistente.
-Não sei porquê.
-Pelo motivo habitual, acho eu.
-Já falou com o Ravi?
Não, mas vou já ter com ele.
Não se esqueça da reunião para a fusão.
-Lindas flores.
-O "persistente" Bobby.
-Talvez queira salvar-lhe a alma.
-Tinham de ser flores bem maiores.
-Bom dia, Betty.
-Bom dia.
-Como estamos hoje?
-O sistema de Pike Street está lento.
Falo com a Carol quando chegar.
Depois tratamos disso.
Se a fusão se fizer e tivermos orçamento,
substituímos aquilo tudo.
Pois.
-Bom dia, chefe.
-Bom dia, Rick.
Viva, Ravi. O que há?
Tentaram entrar no sistema à bruta.
O interessante é que,
mesmo vindo
de Hong Kong, Coreia e Malásia,
está a testar contas sequenciais.
Está a tentar entrar por todo o lado.
Dê-me espaço.
Vamos tentar uma alteração de regras
para ver o que ele faz.
Introduza um código lPS
que bloqueie o padrão dele.
-Veja se isso o atrasa.
-A mim atrasava-me.
E também resistia a tentativas fúteis.
Obrigado.
...perdas maiores do que se esperava,
tendo em conta o nível de segurança,
e você aceita isso assim?
Depende de como se olha
para as estatísticas.
Não são assim tão elevadas,
tendo em conta que
estamos a levar
o negócio até áreas desconhecidas.
O banco online é o futuro.
Onde tivermos as nossas agências,
daremos aos clientes mais hipóteses
de controlarem o seu dinheiro.
Como vêem no gráfico, após a fusão
o Accuwest terá 1.100 agências
em 13 estados,
com mais de um bilião em activos.
Assim, respondendo à sua pergunta,
Harry, sim,
prevemos um nível razoável de
perdas por fraude
considerando-as como
um custo do negócio.
Mas vocês são um banco pequeno,
quantas agências têm?
Vinte e sete.
Por isso, como chefe
de segurança da rede, Jack,
nunca teve de facto de pensar
em termos de economia à escala.
Mas, em suma,
a sua filosofia de risco é...
Um momento, Gary.
Elucide-me lá, pode ser? Qual é, ao
certo, a minha filosofia de risco?
-Jack, não leve isto tão a peito.
-Claro que levo, porra.
Passei 20 anos a tentar proteger o
banco, os seus clientes e accionistas
de riscos desnecessários.
Jack, acho que não está a ouvir-me.
Ouvi sim, Gary.
As perdas por fraude são inevitáveis.
Passamo-las para os clientes,
são os custos do negócio.
Não queremos fazer isso, pois não?
Estamos aqui para servir os clientes.
Tentemos dar-nos bem.
-Podemos ter o melhor dos dois mundos.
-Isso não existe, Arlin.
Peço desculpa.
Isto demorou mais do que eu pensava.
Tenho coisas a fazer.
-Muito bem. Vamos lá acabar isto.
-Ataques ao sistema...
...actividade do sistema.
-Onde está este tipo?
-Na recepção.
Disse que é pessoal.
Mando entrar?
Não, eu vou lá.
Sr. Stanfield, Sr. Hughes.
Jack Stanfield, Sr. Hughes.
-Conheço-o?
-Eu conheço-o a si.
-Tem algum cartão?
-Claro.
Financeira DHD. Em que posso ajudá-lo?
Pode dar-me
os 95 mil dólares que me deve.
-Não faço ideia do que está a falar.
-Não?
Sou cobrador da GambleNet USA.
Recorda-se?
Não.
Fez apostas online no valor
de 95 mil dólares.
E tenho documentos a prová-lo.
Enganou-se no Jack Stanfield.
Não jogo
e não tenho dívidas.
Da próxima vez verifique melhor.
É um caloteiro. Vemo-nos no tribunal.
-Laurie, chame a segurança.
-Não se incomode, querida.
O jogo é um vício, Sr. Stanfield.
Consulte um médico.
Não deixe que ladrões de identidade
arruínem todo o seu trabalho.
Dados Sobre a Conta
Perguntas Recolhas
Saldo Devedor:
Julguei que a ideia
era condizer com a cortinas.
Lindas flores.
Do Bobby?
Seria uma decisão errada, não?
-Tudo bem, pá?
-Olha para isto.
Apostaste em quê?
Não apostei em nada. Não jogo.
-Nem sequer saberia como.
-Pois, vê-se logo...
Achas que alguém conseguiu
os meus dados na rede interna, ou quê?
A duvidar de ti próprio
com essa idade?
Não.
É mais provável que seja um "lixeiro",
-alguém que anda a revolver-te o lixo.
-Talvez.
O cobrador disto
apareceu aí esta manhã.
Não te preocupes. Eu limpo isso.
É só um contratempo.
Bill ***? O tipo de Atlanta?
Com quem marcaste um copo
esta noite?
Posso ir às 17h30. Vou cedo
para casa. É noite de pizza.
-Óptimo. Eu aviso-o.
-Está bem.
-Olá.
-Olá, querida.
O Harry e eu vamos estar
com um tipo depois do trabalho.
Não te importas que chegue
um pouco mais tarde?
-Quanto tempo?
-Não sei, 45 minutos no máximo.
Está bem, até logo. Adoro-te.
Eu também. Adeus.
Estou a vê-lo.
A minha questão é esta...
Queremos mesmo trabalhar
para os imbecis do Accuwest?
-Vou ouvir o que ele tem a dizer.
-Este tipo pode ser o nosso futuro.
Está bem, está bem.
-Bill.
-Prazer em ver-te, Harry.
-Bill ***, Jack Stanfield.
-Como está?
Estava ansioso por conhecê-lo.
Por favor, sente-se.
Obrigado.
Sarah, chegou a pizza!
A minha carteira está ao pé da porta.
Alguém pode atender?
-Obrigado.
-Bom,
não sei o que o Harry lhe contou
sobre a minha actividade.
Muito pouco. Apenas que está na banca.
Tenho uma empresa que fornece serviços
bancários de apoio,
sobretudo no sul, mas na realidade sou
um empresário à moda antiga.
Se é um filme de terror, desliga.
O teu irmão não vai conseguir dormir
durante uma semana.
-Desculpe tê-lo feito esperar...
-Viva.
-Sarah!
-Mamã!
Liga para o 112!
Há mais de 200 bancos regionais,
só nos EUA,
que não têm nada de parecido
com o sistema que criou no Landrock.
-Que se passa?
-Sarah!
-Mamã!
-Largue-a!
Com o software do seu sistema,
a perícia policial do Harry
e a segurança física,
acho-os uma equipa imbatível.
Volta aqui!
Não!
Que vai fazer-me? Vá embora!
Seriam patrões de vós próprios.
Eu só entraria com o dinheiro.
-Não magoe os meus filhos!
-Caluda!
Meu Deus, que querem vocês?
Tenho de ponderar mais umas opiniões,
mas parece-me uma proposta
muito atractiva.
Pronto, muito bem.
Oiçam, lamento interromper isto,
-mas tenho de ir para casa.
-Homem de família.
Não! Papá!
Quantos filhos tem?
Não cheguei a perguntar.
Dois. Um rapaz de 8 anos
e uma rapariga de 14.
-De certeza que não queres boleia, Bill?
-Não, obrigado, Harry. Eu fico bem.
Regressa esta noite?
-Não, tenho uns assuntos a tratar aqui.
-Foi um prazer conhecê-lo. Fique bem.
Tem uns lindos olhos, a sua filha.
Como?
Meu Deus. Que...
Meu Deus. Que quer você?
Quero levá-lo a casa,
é noite de pizza.
Arranque.
Arranque!
Liam, vamos a caminho.
Está tudo bem?
Óptimo, a casa está segura.
Estamos agora a instalar-nos.
Quero falar com a minha mulher.
Ouviste, pá?
Ele quer falar com a mulher.
Agora não podem falar.
Ela está ocupada.
Quem é você?
Que vem a ser isto?
Que quer de mim?
Esta é a sua saída, Jack.
Três defesas tiveram hipótese
de o derrubar.
Chegaram.
Passeio
Cave
-Onde estão?
-Ali.
Meu Deus.
-O que é isto?
-Papá.
Francamente, por que fizeram isto?
Não faz mal.
São crianças!
Eu disse, "se dessem chatice".
Deram chatice?
-Estavam a fazer barulho.
-Sim, tomámos uma decisão própria.
Mas és um criminoso, Willy,
e não um executivo.
-Sim, mas pensei que tinhas dito...
-Caluda, Willy.
-Papá!
-Quero saber o que pretende
e quero saber já.
Beth...
...lamento tudo isto. A sério, mas...
...bom, aqui estamos nós.
Quero que fale com o seu marido.
Ele dá-lhe ouvidos.
Veja se ele percebe que, se não fizer
exactamente o que lhe mandar,
mato-a a si e aos seus filhos.
Mas se conseguir
que ele lhe dê ouvidos, Beth...
...se fizer com que ele me obedeça...
...sairão desta situação desagradável
sem um arranhão.
Não é que eu seja um tipo bonzinho.
É que não haverá motivo
para eu lhes fazer mal.
Faz sentido?
Posso contar com a sua colaboração?
-Diz-lhe que sim.
-Sim.
Sarah?
Está bem.
E tu, rapagão?
Talvez.
-Andy!
-Não faz mal. Foi honesto.
Tem alguma arma em casa, Jack?
Não.
-Papá!
-Tudo bem.
-Não te preocupes.
-Está tudo bem.
Estou bem. Eu estou bem.
Dê-me a arma.
Está descarregada.
Mentiu-me, Jack.
Que não volte a repetir-se.
Tem um óptimo sistema de alarme
nesta casa.
Para que são os alarmes, Andy?
-Para as pessoas não entrarem.
-Exacto.
E também para as pessoas não saírem.
Preciso do código, Jack.
Lark.
Lark. É o nome do nosso barco.
Muito bem.
Desamarra-os.
Com calma.
Papá.
Eu fico bem.
Viva. Fala Jack Stanfield,
conta nº 51216.
Preciso de alterar
o código do nosso alarme.
Sei que é difícil para vós mas vejam
se dormem um pouco.
Mamã, o que se passa?
-Que querem eles?
-Não sei, querida.
Quer comer alguma coisa, Jack?
-Não tenho fome.
-Não?
Tem vinho?
Há no bar.
Pim, vai buscar-me
uma garrafa de um bom tinto.
Não percebo peva de vinhos, pá.
Como hei-de saber se é bom?
Deve ter pó.
Não sabia que ele tinha uma arma.
Bateram-lhe com muita força.
Ele fica bem.
É apenas um galo na cabeça.
-Vamos pensar em algo de bom, sim?
-Está bem.
Já sei.
Estamos a bordo do Lark.
E a vela está içada.
E o sol brilha.
E está calor.
E Andy, tu vais ao leme com o Papá.
Vel...
...dá um cobertor ao Jack.
Ele amanhã tem um dia cheio.
Está a dormir.
Vai dormir também.
-Acordo-te daqui a uma hora.
-Está bem.
Vamos ver o que está a passar-se.
Sim, temos uma grande tempestade
em boa parte do país.
Vai haver tempo muito variável,
grandes aguaceiros, trovoadas...
Bom dia, Jack.
Está na hora de ir trabalhar.
Vai haver neve amanhã
nas montanhas dos Grandes Lagos.
Tens de fazer o que eles querem.
Seja lá o que for.
Pode não ser assim tão fácil.
Já vimos as caras deles.
-Mas ele disse que se colaborássemos...
-Eu sei o que eles disseram, Beth.
Já repararam nos dentes
do grande Esquilo?
O Andy?
Pequeno-almoço.
-Conta até três.
-Um, dois, três.
Andy!
Andy.
Este homem não é nosso amigo.
Afasta-te dele.
-Mas eu quero uma panqueca.
-Vai ter com a Mamã.
-Queres Cheerios?
-Não.
Está com medo que eu lhe dê
óleo de amendoim, Jack?
Sei da alergia dele.
Não pense...
...que caí aqui de pára-quedas.
Não lhe toque.
Não fale com ele.
E não lhe dê nada de comer.
Vou equipá-lo
com dois sistemas separados.
Transmissor de áudio.
Ouviremos tudo o que fizer.
-Que faço quando chegar ao escritório?
-Faz o seu trabalho, Jack.
Perseguir esse sonho americano.
A câmara de vídeo,
com uma lente grande-angular.
Veremos o que você vir.
Dupliquei o seu telemóvel.
Poderemos monitorizar
qualquer chamada que faça ou receba.
-E a minha família?
-Estarão em segurança...
...aqui connosco.
Agora, meta a fralda para dentro
e vá trabalhar.
-Adeus, pá.
-Adeus, Papá.
Você é um jovem.
Não precisa de estar a fazer isto.
Quanto mais tempo isto levar...
...mais envolvido estará.
Vamos parar com isto agora.
Antes que as coisas piorem.
Igualmente, miúdo.
Vai adorar-me.
Lembra-se dos bilhetes que não
arranjava? São para domingo às 16h00.
Preciso de 5 minutos.
O índice industrial Dow Jones
subiu 16 pontos para 10,255,
com um volume de 22 milhões
de acções.
O índice composto do NASD AQ
subiu 11 pontos
para 2,061, com um volume
de 1,6 milhões de acções.
FAMÍLIA RAPTADA
NADA DE POLÍCIA
NÃO ME LIGUES
PENSEI QUE TÍNHAMOS
UM ACORDO, JACK.
Está a ouvir-me?
Está a ouvir-me?
Se me ouve, diga ao seu chefe
que quero falar com ele.
Diga-lhe para parar de me lixar
e me dizer o que quer que eu faça.
-Está a ouvir-me?
-Jack? Sente-se bem?
Sim, estava só a falar comigo próprio.
Que se passa?
Arlin quer falar consigo.
Está bem.
Então é arquitecta?
Sou.
E projectou esta casa?
Sim.
É bonita.
Obrigada.
Que idade tem?
Sete anos.
-Quanto custa uma casa destas?
-Isto é para roubar o banco, não é?
Está a servir-se do Jack
para roubar o banco.
É só para abrir umas portas
e carregar nuns botões.
Tome conta das crianças, Beth.
E Vel, limita-te à tua função.
Preciso que se dê bem com este tipo.
Arlin, estou farto dos ares superiores
dele. Gary é um idiota.
Mesmo assim, as coisas são como são.
Ainda por cima, pode estar a trabalhar
para ele daqui a umas semanas.
Está bem, eu trato disso.
Jack? Sente-se bem?
Sim. Estou óptimo.
E a Beth e os miúdos?
Estão óptimos, Arlin.
Oiça, Jack,
o Gary não gosta lá muito de si
e, depois do seu desempenho
na reunião de ontem,
não custa muito a perceber porquê.
Além disso, esteve cá ontem um cobrador
de dívidas a fazer perguntas sobre si.
-O que foi aquilo?
-Arlin, alguém usou a minha identidade
e fez apostas online em meu nome
no valor de $95 mil.
Harry está a tratar disso.
Já me conhece, eu...
Eu não jogo. E não tenho dívidas.
Fale com o Gary.
Quero que esta fusão decorra com
tranquilidade.
-Hoje não posso, eu...
-Hoje, Jack.
Está bem. Eu trato disso. Obrigado.
Sempre jantamos na próxima semana?
Claro, deixe-me confirmar com a Beth.
Parece bem. Leve-o para ali.
Gary?
Sim, Jack. Precisa de algo?
Sim, queria só dar-lhe uma palavrinha.
Se...
Se ontem pareci um pouco rude...
...ou difícil, queria pedir desculpa.
Quero que saiba
que estou empenhado neste processo.
-Tive apenas um mau dia, nada mais.
-Parece um pouco tenso. Está tudo bem?
-Sim, tudo bem, Gary. Obrigado.
-De certeza?
-Sim.
-Podemos tornar esta fusão
benéfica para todos.
Estou aqui para ajudar.
Se alguma vez tiver um problema,
a minha porta estará sempre aberta.
Obrigado, Gary.
Janet? Pode chegar aqui um instante?
Vou ditar-lhe umas cartas.
Janet, se tenho estado difícil e distante
nos últimos dias,
espero que compreenda.
-Quero pedir desculpa.
-Não faz mal.
Somos uma equipa, você e eu.
E quero que saiba que aprecio muito
o que faz por mim.
-Obrigada, Jack.
-É muito importante para mim.
Às vezes penso que só preciso...
...de me descontrair e...
Tudo bem.
-...e descansar.
-Tudo bem.
Tirar 5 minutos por dia...
...sentar-me calmamente e fazer
um intervalo.
-Compreende, apenas...
-Claro. Jack...
Passou-se. Passou-se completamente.
Carta para Scott Smith.
Caro Scott,
no seguimento do seu pedido...
...de mais dados sobre as questões
do interface de segurança,
infelizmente esses dados não estão
de momento disponíveis.
Lamento o inconveniente.
Até a fusão...
Merda.
Risque isso.
Harry está numa convenção
em Los Angeles.
Obrigado por ter vindo dizer-me isso.
Posso pô-lo em contacto
com o meu colega Gary Mitchell,
o qual deverá poder fornecer-lhe
os dados que pretende.
-Cumprimentos à família... O costume.
-Jack?
Jack tenho andado à sua procura.
Merda.
Está aqui um tal Bill Redmond
para falar consigo.
Merda!
-Quem?
-Bill Redmond
da Administração
Federal dos Bancos?
-Está a falar de quem...
-Jack Stanfield?
Bill Redmond. Muito prazer.
Janet, feche a porta, por favor.
-Oiça...
-Jack, Jack, Jack...
Liam, leva o rapaz para baixo
e parte-lhe um joelho.
Não faça isso.
A culpa é minha, não dele.
O erro foi meu.
Não se vingue no miúdo.
Por favor.
-Por favor, não.
-Liam?
Deixa-o estar, por agora.
Agora quero uma visita guiada
ao banco, Jack.
Perdão, a minha memória é péssima.
-Diga lá outra vez o seu nome?
-Janet Stone.
-Janet, empresta-me uma caneta?
-Com certeza.
Essa serve. Só preciso de os escrever
uma vez e depois memorizo-os.
Estou admirada por não saber
da sua reunião. Quem a marcou?
Foi de última hora, Janet.
Esqueci-me de lhe dizer.
Vou mostrar o banco ao Sr. Redmond.
-Obrigado.
-Se precisar de si, procuro-o.
-Bom dia, Sr. Stanfield.
-Bom dia, Wendy.
-Tenho um convidado, o Sr. Redmond.
-Olá.
Abre-te, Sésamo.
Sr. Stanfield.
Com tantos cartões que há, pensava
que não era preciso haver tanto dinheiro.
Quanto tempo guardam as imagens
daquelas câmaras?
Quinze dias.
Obrigado.
Como espera entrar e sair daqui?
Não espero.
Este é que é o verdadeiro cofre,
não é, Jack?
Código binário.
Dinheiro virtual.
Diga-me, como pode considerar-se
roubo, se nem sequer lhe tocamos?
É isso?
É esse o seu plano?
Acha que o adolescente do seu amiguinho
consegue piratear estes servidores?
Foi por isso que raptou a minha família?
Não preciso de piratear coisa nenhuma.
Já estamos lá dentro.
Só precisamos de nos ligar.
Vai entrar no terminal da manutenção
e fazer uma busca prioritária,
seleccionando as contas
dos seus 10 mil clientes mais ricos.
Depois, com este programa,
vai retirar 10 mil dólares de cada um...
...e transferir o dinheiro
para as minhas contas offshore.
Cem milhões de dólares.
Ena pá, é muito dinheiro.
-É um bom plano.
-Obrigado, gostamos dele.
Pelo menos era, na semana passada.
Olhe à sua volta. Vê algum terminal
de manutenção a que se ligar?
O banco que nos comprou
mandou retirá-los.
Já não se pode aceder a nada a partir
desta sala. Nem deste edifício.
Enganou-se na cidade. Devia estar
em Wichita, no Kansas, Bill.
Você criou o software.
Arranje um modo de entrar.
Nem saberia por onde começar.
Então tem um problema do caraças
nas mãos.
-Parece que está quase.
-Sim.
Andy!
Largue-o!
Pronto, pronto.
Atenda a merda do telefone.
-Está lá?
-Fala o Tom.
-Olá, Tom.
-Passa-se alguma coisa?
Não, está tudo bem.
Entornei uma garrafa de leite
-e isto está tudo sujo.
-Oiça, pensei em passar por aí...
Obrigada, mas estamos todos
engripados.
-Pronto, está bem...
-Bom, tenho de ir.
Obrigada, Tom. Adeus.
-Mamã!
-Vá lá.
Estás bem?
Pronto, está tudo bem.
Não volte a tocar nos meus filhos,
está a ouvir?!
Cale a boca.
De agora em diante
fará o que lhe mandarem!
-Abra a janela!
-Que está a fazer?
-Quanto está ele a pagar-lhe?
-Volte para o carro!
Posso arranjar-lhe 5 milhões de dólares
para tirar a minha família daquela casa.
Volte para o carro ou chamo o Bill!
O sistema está armadilhado, Willy.
Ele vai ser apanhado.
Você vai ser apanhado, Willy.
-Cinco milhões de dólares, já.
-Para o carro, falo a sério!
Volte para o carro!
-Que raio aconteceu, pá?
-Nada.
Exacto. Então, qual é o plano?
Como obtemos o dinheiro?
Começas mesmo a chatear-me.
Quero-o a si e à sua mulher
lá em baixo, já.
Como foi o seu dia, Beth?
Devia acreditar que isso lhe interessa?
Willy! Vem cá abaixo!
Jack violou o nosso acordo
e decidiu não colaborar.
Willy!
Que está ele a dizer?
-É apenas um jogo, querida.
-Não é jogo nenhum.
Oiça a sua mulher, Jack.
Senta-te, Willy.
Então, Willy.
Que houve hoje?
Como conseguiu o Jack passar a caneta?
Não sei bem.
-Quer dizer, parecia estar tudo bem.
-Willy, mandei-te vigiá-lo.
Sim, eu estava a vigiá-lo.
Estava tudo fixe. Então, de repente...
Ouve, Willy...
...como posso esperar que o Jack
faça o que lhe mando, se não o fazes?
Pois, não sei...
-Acho que cometi um erro. Lamento.
-Bom, todos cometemos erros, Willy.
-Mas não tantos como tu.
-Pois sim, já disse que lamento.
Está bem.
Pronto, tu lamentas.
Vigia-os.
Meu Deus.
Saiam.
Meu Deus.
-Que aconteceu?
-Limpa esta porcaria.
Merda! Liam, vem cá!
-Que foi?
-Ele matou-o!
Vai pela cave.
Temos de tirar os miúdos daqui.
-Caluda, Vel.
-Não me mandes calar.
Finge que estás a ver televisão.
Adormece.
-Às nove horas, eu distraio-os.
-Senta-te!
Beth, vá para o quarto.
Jack, para ali.
Pronto.
-Não adormeçam mesmo, não?
-Está bem.
Finjam só que estão a dormir.
Isto tudo vai acabar não tarda.
Que está a planear?
Como vai obter o meu dinheiro?
Ainda não sei.
Estou a tratar disso.
Tem 12 horas até o banco abrir, Jack.
Merda!
Vão. Vão buscar a lanterna do Pai.
Pronto, vão.
-Que se passa, Vel?
-Tudo bem.
É apenas uma interferência local.
Vai ver o Jack.
Voltou.
Sim, está ali sentado.
Pim!
Vel, fica aqui a vigiar.
Pronto, vai, querido. Vai.
Espera, querido. Pronto.
-Mamã.
-Deixa-me ir primeiro.
Pim, vê o quarto!
O mais depressa que puderem.
Depressa. Andy, vai!
Desapareceram!
Liam, precisamos dele.
Não estão aqui!
Sim, fala Jack Stanfield.
-Estás bem?
-Sim.
Lamento. O meu filho abriu uma porta.
Sim, eu sei.
Vá lá, querida, ajuda-me.
Atenção... Um, dois...
Estão na garagem!
Vem cá. Pronto, vai, querido.
Saiam do raio do...
Abram o raio da porta, já!
-Façam-nos entrar!
-Não lhe toque!
Levante-se!
Mamã!
Beth!
-Jack! Jack!
-Muito bem! Mexam-se!
-Papá!
-Pronto.
Vamos fazer isto de outro modo.
Vai arranjar um modo de entrar, Jack.
Foi por isso que o escolhemos.
Podemos ver televisão?
Onde está a minha mãe?
Está lá em cima a dormir.
Não está nada.
-Onde está o meu pai?
-Está no escritório a trabalhar.
Bom, posso falar com ele?
Não.
Eu sei. Lamento.
Estabeleci uma regra.
Deixo-te vê-lo daqui a pouco, está bem?
-Está bem.
-Óptimo.
Por que não tenho som?
Está avariado?
Não. Dá cá.
Fred, por que não desistes?
Então és um génio.
Obrigado.
-Queres um bolinho?
-Têm amendoim?
-Porquê?
-Sou alérgico.
Desculpa, Andy. Não sabia.
Deixa-me ver.
Não.
Não, não, não.
Nem um amendoim à vista.
Não há crise.
Prometo.
Jack! Jack!
Vá lá, querido. Bem devagar.
Vá lá, querido. Vá lá...
Respira para a Mamã.
Respira, querido.
-Andy!
-Andy, respira para a Mamã.
-Está a entrar em choque!
-Está a respirar?
-Está a respirar?
-Mal! Mal respira!
Não está aqui!
Procura a mochila dele!
Fica comigo, Andy! Fica comigo!
-Não está aqui.
-Mamã, não está aqui!
Fica aqui! Fica aqui, Andy!
Meu Deus! Vá lá, querido!
Faz qualquer coisa! Ele está a morrer!
Vá lá. Respira para a Mamã.
Respira para a Mamã!
Dê-mo, por favor.
Faço o que quiser. Dê-mo, por favor.
Por favor.
Vá lá, respira! Respira!
-Já o tenho.
-Não está a respirar!
Já o tenho.
Vá lá, querido. Não está a respirar.
Pronto.
Já estás bem, filho.
-Está tudo bem.
-Ele está bem, já está bem.
Sentes-te bem, rapagão?
Óptimo.
Preciso do MP3 da minha filha
para usar como disco rígido.
Querida?
Empresta-me o teu iPod.
Depois devolves-mo?
Claro. Prometo.
Toma.
Obrigado, querida. Agora dorme.
Isto é a cabeça de leitura do fax.
E você vai copiar as imagens dos números
de conta do monitor do servidor
e transferi-las para isto.
Dez mil músicas,
dez mil números de conta.
Não percebe a diferença.
-Como vai correr o ficheiro original?
-Não o farei.
Pedirei à manutenção
de Wichita que o faça.
Mas continuam a ser apenas imagens.
Que vai fazer com elas?
Uso um programa OCR para convertê-las
em dados que o computador reconhece.
E depois uso o meu programa
de fusão no CD.
Exacto.
E o dinheiro?
Depois só preciso de aceder a um terminal
de transferências e terá o seu dinheiro.
Vel?
Deve resultar.
É melhor que sim.
Como correu?
Muito bem, mesmo assim.
Como estão as coisas contigo?
Tenho tudo pronto quando chegares cá.
Nunca pensei que conseguíssemos.
Eu sei. A que horas chega o teu voo?
Vou buscar-te.
Despeça-a.
O quê?
Despedir a Janet?
Porquê?
Não gosto do modo como me olha.
Despeça-a.
-Precisa de mais alguma coisa?
-Não, obrigado.
É o único banqueiro que conheci
que bebe chá.
Sou?
Dê-nos um minuto, sim?
Janet, quero que arrume as suas coisas
e vá para casa.
Como... Que quer dizer?
Exactamente o que disse.
Arrume as suas coisas e vá para casa.
Porquê?
Está despedida.
-Se é piada, não tem graça, Jack.
-Não, não é piada.
Amanhã ligo aos Recursos Humanos.
Arranjo-lhe colocação com outra pessoa.
-Agora faça o que lhe disse.
-Que está a dizer?
-É por causa dele?
-Não discuta comigo, Janet!
-Mas, Jack, não fiz nada de mal.
-Arrume as suas coisas e saia daqui.
Já!
Vá-se lixar, Jack!
Quando volta o Papá?
Logo que lhes dê o dinheiro do banco.
Depois vão embora?
Depois vão embora, sim.
Era uma boa faca quando a comprou.
6 meses mais tarde, deixou de cortar.
Já tentou cortar um tomate
com uma porcaria destas?
*** vai matá-los. Sabem disso, não?
Tal como fez com o Willy.
O Willy cometeu erros.
Acha que ele vai recompensá-lo
por se ter portado bem?
-Caluda.
-Assim que tiver o dinheiro,
-deixa de ter utilidade para ele.
-Volte para o quarto, Beth.
Ele não tem motivo
para deixar vivo nenhum de vós.
O que estou a pedir não é normal.
Eles podem não o fazer.
Podem dizer...
"Fizemo-lo ontem", "Está marcado
para amanhã" ou assim.
Continue. Faça-o.
-Operações.
-Stacy, fala Jack Stanfield de Seattle.
Viva, Sr. Stanfield.
Preciso que corra um programa
de manutenção
e avalie todas as contas online,
grandes e pequenas.
Dê-me um segundo. Vou ver.
Muito bem, cartão de acesso.
É para já.
Pronto.
Pronto a correr.
Digo-lhe, Arlin, que o mundo está
a mudar mais depressa do que imagina.
Está a correr, Stacy.
Pronto, se precisar de alguma...
Vá.
Com o dinheiro a mover-se
tão rapidamente,
temos de conseguir arranjar uma
plataforma para que a tecnologia
possa manter e controlar o risco.
-Há que ser criativo.
-Compreendo.
Senão, esses tarados com portáteis
podem ficar em casa a roubar dinheiro.
-Arlin, anda perdido?
-Olá, Jack.
Não, o Gary está a tentar
pôr-me a par das novas tecnologias.
Então, boa sorte.
Disse-lhe que há anos que você anda
a tentar o mesmo. Que está a fazer?
Eu... Bem, há uma...
Vim cá abaixo pois havia
um problema
de manutenção com um dos servidores.
Pedi aos engenheiros
para virem cá tratar do assunto.
Pedi para ser avisado
sobre todas as questões de manutenção.
Ninguém me disse
que havia um servidor em baixo.
Se calhar eles não se aperceberam
da mudança dos procedimentos.
Não lhe ligaram de Wichita?
Não.
"Eles" quem?
Não sei. Foi a Janet quem atendeu.
Você despediu-a esta manhã?
Foi. Sabe, Arlin,
não estava a funcionar.
Parece um pouco repentino.
Na verdade, tem estado...
...tem vindo a acumular-se
desde há tempos.
Faz-nos companhia? Quer ajudar o Gary
a abrir o meu cérebro ***ógico?
Acho que é melhor voltar ao gabinete.
Depois vou ter convosco.
Arlin, tem de entender duas coisas.
-Primeiro, o ***ógico é para maricas.
-Já tinha percebido.
A copiar ficheiros para CD
Tempo restante: 5 segundos
Ele não lavou as mãos.
É por isso que nunca se devem comer
amendoins num bar.
Vamos.
Posso tirar-lhe a coleira?
-Não, querido. Ele precisa dela.
-Beth, venha comigo, por favor.
-Onde?
-Lá abaixo.
Mamã.
-Está tudo bem. Eu volto já.
-Agora, Beth.
Por que nos odeia assim tanto?
Não vos odeio, Sarah. Simplesmente
estou-me nas tintas para vós.
Quero que faça uma chamada.
Por que havia de dizer isto?
Faça-o acreditar em si.
Qual deles é ele?
O rapaz da camisa azul.
Venha cá.
Sr. Stanfield? Porque despediu a Janet?
-Ela não fez nada de mal.
-Sabemos o que anda a tramar, Bobby.
O que ando a tramar? Que quer dizer?
Você e a Janet têm andado a tentar
aceder a informação privilegiada.
Não temos nada. Isso é ridículo.
Ela denunciou-o, Bobby. Entregou-o.
De que está a falar, chefe?
Sente-se.
Sente-se.
Terminal de Transferências 12
Ver entrada?
Depois falamos, Bobby.
Já está.
Está feito.
Vel, o dinheiro já lá está?
Óptimo.
Fiz tudo o que me mandou.
Quando recupero a minha família?
Temos de fazer umas "limpezas".
Chefe, só queria dizer que, apesar
do que possa ter ouvido, a acusação...
Há câmaras ocultas
em todas as zonas públicas
e em algumas áreas sensíveis
nos andares protegidos.
Então pode ver o banco todo daqui?
Isto são ficheiros arquivados.
Noventa e uma câmaras a correrem
em 20 monitores.
De certeza que não vê muita televisão
quando chega a casa.
Nem sequer tenho uma.
-Perdão.
-Eu limpo isso.
Centro de Segurança Vídeo
APAGAR TODOS OS FICHEIROS VÍDEO
NECESSÁRIA PALAVRA-CHAVE
-Ao menos não caiu no teclado.
-Certo.
É melhor sairmos daqui
antes que lixemos tudo.
Obrigado. Lamento.
-Onde está o Jack Stanfield?
-Acabou de sair.
-Que estava ele a fazer aqui?
-A armar confusão.
-Mas que raio?!
-Que se passa?
Todos os ficheiros de vídeo
foram apagados.
Pode dar uma vista de olhos nisto
e dizer-me alguma coisa?
-O que é isto?
-Carregue em "enviar".
Agora não há rede,
nem pormenores das contas...
...não há vestígios dos cem milhões.
Dá-me a disquete, por favor?
Vel tem muito talento para a destruição.
Não acha?
Vemo-nos em casa, Jack.
Jack? Que se passa? Que anda a tramar?
Agora não tenho tempo.
Vai ficar aqui e explicar-me o que andou
a fazer em zonas de acesso proibido.
Não vou nada!
-Sr. Stanfield, a rede!
-Diga-lhe a ele.
-O que foi?
-A rede foi-se abaixo.
-No andar inteiro?
-Não, em todo o edifício.
Stanfield!
Jack! Alto aí!
Jack!
-Saia do carro, Jack!
-Você é doido?
-Você é que é doido!
-Afaste-se do carro.
Desapareceram ficheiros das câmaras
de segurança! O computador foi abaixo!
Chame a Polícia.
Segurança. Estamos na garagem,
chame a Polícia.
Merda!
Beth?
Beth!
Meu Deus!
Onde estão eles? A minha família?
Sim, vamos sair agora.
Encontramo-nos
quando eu me despachar.
Sim, está bem.
-O *** disse adeus.
-Estão vivos?
Diga-me só isso. Estão vivos?
-Vá lá, diga-me, fale.
-Vamos sair agora, Jack.
Por que havia de ir consigo? Mate-me
aqui. Para quê facilitar-lhe a vida?
Porque ainda acha que pode ajudá-los.
Agora vamos.
Viva, fala o Harry. Deixe mensagem.
Harry? Meu Deus, onde estás?
Estou metido num sarilho.
Num sarilho dos grandes.
Preciso...
Preciso de falar contigo.
Liga para o meu...
Não, não podes...
Não podes ligar-me para o telemóvel.
Eles estão a ouvir.
Merda.
Está mesmo a cair, não?
-Que noite.
-Bom, estamos em Seattle.
Harry? Meu Deus, Harry, onde estás?
Estou metido num sarilho.
Num sarilho dos grandes.
Preciso de falar contigo.
Liga para o meu... Não, não podes...
Não podes ligar-me para o telemóvel.
Eles estão a ouvir.
Merda.
Viva, Sr. Chapel.
É do consultório do Dr. Hay
a confirmar a sua consulta
para segunda às 8h00...
...então até depois. Obrigada.
Harry, consegui. Finalmente deixei-o.
Meu Deus, amo-te tanto.
Tenho medo. Sai daí, sim?
Vem logo que possas.
Amo-te.
Harry, fala Eric da Redline.
Encontrei um tipo que vende
aquelas peças para o Porsche 356...
Entra.
Obrigado.
Mas que casa.
Queria algo tipo Dean Martin.
Estás a entender?
Então conseguiste.
Sabes, tinha as minhas dúvidas, mas...
...após o nosso encontro,
via-se que o Jack
estava mesmo interessado.
E a oportunidade foi perfeita.
Sem a fusão, Jack jamais pensaria
em deixar o banco
e trabalhar por conta própria.
-E que tal uma cerveja?
-Não, obrigado.
Assim que o Jack se empenha,
ninguém o detém.
E obrigado por teres organizado
aquela proposta tão depressa.
-Sabes, acho que bebo a tal cerveja.
-Podes crer.
Harry?
Harry?
Meu Deus.
De certeza que não foi na TV,
Sra. Levy? Há muitos tiros na...
Não, não foi no raio da TV. Já disse,
o tipo tinha uma arma na mão.
Muito bem, como era o tipo?
Tinha um fato cinzento...
Merda.
Táxi.
Táxi! Táxi!
Janet?
Janet Stone.
É ali.
Janet?
-Janet? Deixe-me entrar, por favor.
-Jack, que faz aqui?
Saia daqui, Jack.
Não seja tarado!
Saia!
Oiça. Oiça-me.
Raios partam, oiça-me.
O tipo que estava no meu gabinete...
Espere.
É um assaltante de bancos.
Tem a Beth e as crianças.
Vai matá-los.
Podem já estar mortos!
Preciso da sua ajuda.
Compreende?
Para tentar salvá-los.
-Eu compreendo.
-Não grite.
Não devíamos chamar a Polícia?
Não, não. A Polícia não.
E o Harry?
O Harry está morto.
Meu Deus.
Eu estava no apartamento do Harry
quando ***,
ou Redmond ou lá o que é,
o matou.
As pessoas de lá
viram-me com uma arma na mão.
Há um homem morto em minha casa.
Quando conseguir explicar à Polícia...
...Beth e os miúdos
podem já estar mortos.
Meu Deus.
Preciso que me ajude
a encontrar o Bobby.
-O Bobby? Porquê?
-Preciso do telemóvel dele.
Usei o telemóvel dele para fotografar
alguns códigos de contas.
Preciso dele para recuperar o dinheiro.
Pode ajudar-me?
Sim, vou procurar o número dele.
Por que já não servem
hambúrguers mal passados?
Gastroenterites.
-Está tudo bem?
-Sim. Falaste com o Liam?
-Não, ainda não.
-Onde raio se meteu ele, pá?
-Vamos.
-Agora?
Sim, agora!
Merda!
Precisam de ir à casa de banho?
Não digam que não perguntei.
Jack?
-Meu Deus.
-Encontrei o Bobby.
Óptimo.
-É o ***.
-Não atende?
Ainda não estou preparado
para falar com ele.
Primeiro preciso do telemóvel do Bobby.
-E preciso do seu portátil.
-Não há crise.
-E podemos usar o seu carro?
-Crise.
Largue! Largue! Largue a embraiagem!
Espere! Espere!
Mantenha a aceleração.
Mal posso crer que o Harry esteja morto.
Ele estava envolvido com o ***?
Não.
Não. Harry pensou que ele era
um homem de negócios.
Mas o Harry não o apresentou ao ***?
Tudo aquilo...
...sobre o investimento
era só um esquema.
*** serviu-se do Harry
para se aproximar de mim.
Harry não sabia nada sobre o roubo.
*** matou-o com a minha arma
para fazer crer que eu o matei
por ciúmes da Beth.
Harry e Beth? Por amor de Deus!
Gravou uma mensagem da Beth
no atendedor do Harry.
Ela dizia que...
Dizia que ia deixar-me.
Também encontrei ficheiros codificados
no computador dele.
De certeza que vão acusar-me
a mim e a ele do roubo.
*** planeou tudo.
Até as dívidas de jogo.
Primeiro engendramos um plano
para roubar o banco.
Depois descubro que o meu amigo
anda a dormir com a minha mulher.
Depois do roubo vou a casa dele,
mato-o e...
Desapareço com o dinheiro para sempre.
Para sempre, tipo morto?
Eu matei o tipo que devia matar-me.
Volto já.
-Que estás a fazer?
-Não contei nada daquilo ao Jack.
-Por que disse ele que contaste?
-Não sei. Lamento muito.
Emprestas-me o teu telemóvel?
O teu telemóvel.
Tem-no? Emprestas-mo?
Obrigada.
-Tome.
-Óptimo.
Oxalá isto resulte.
-Cá está.
-E agora?
Só preciso de arranjar
um terminal de transferências.
Onde arranja um banco aberto
a esta hora?
Bem-vindos ao Aeroporto Internacional
de Seattle-Tacoma.
Jack, parece um assaltante de bancos.
-Mantenha o motor a trabalhar.
-Boa sorte.
Obrigado.
Até amanhã.
Lamento, estamos encerrados.
Preciso de aceder
ao vosso terminal de transferências.
Com certeza. Desculpe.
Normalmente não temos cá
supervisores até tão tarde.
-Pode utilizar este.
-Obrigado.
O dinheiro está guardado. Eu...
Não tem nada a ver com o dinheiro.
Sente-se.
Não vou fazer-lhe mal.
8499116...
Liam, onde te meteste?
Mudança de planos, cretino.
Jack, onde está?
Num banco. Acabei de piratear
as suas contas nas llhas Caimão.
-Impossível.
-Acha?
Tenho os elementos das contas.
Acaba de perder 20 milhões.
Tretas.
Que se passa?
Verifica as contas.
-Para quê?
-Podes verificar as contas, por favor?
Lá se vão mais 20 milhões.
-Vá lá.
-Estou a ver o mais rápido que posso.
Faltam-nos 40 milhões.
Agora fica a saber quanto custa
perder o que se ama.
-Mais uma conta limpa.
-Esta foi pelo Harry.
A sua família vai morrer, ouviu?
Vão morrer!
Tanto quanto sei, já estão mortos.
Limpou mais uma.
Restam-lhe apenas 20 milhões.
-Fale com o seu marido.
-Jack?
Adoro-te. Faz tudo o que puderes
para salvar as crianças.
Estou a fazer, querida.
Também te adoro.
Devolva o dinheiro,
ou meto-lhe uma bala na cabeça.
Se lhe fizer mal ou aos meus filhos,
não vê um chavo!
Foi-se tudo.
Jack, tenha calma.
Se ficar calmo, podemos conversar...
Terá o dinheiro
quando eu tiver a minha família.
Amanhã quando os bancos abrirem.
Dir-lhe-ei onde.
-Sim, lá estarei.
-Ouviu?
-Lá estarei. Mas...
-Não se incomode a ligar-me,
porque não tenha nada a dizer-lhe.
-Tem de sair daqui.
-O quê?
-Accionei o alarme silencioso.
-Quando?
Há uns minutos. Lamento.
Pensei que o Liam ia tratar dele, pá!
Mete a mulher na carrinha.
-Vais dar-me o meu dinheiro?
-Mete a mulher na carrinha!
Caluda!
Merda!
-Saia daí!
-Um segundo. Ei-lo.
-Saia daqui agora.
-Desculpe.
Que aconteceu?
Estão vivos.
Graças a Deus.
Apostei tudo na ganância do ***.
Tenho o dinheiro...
...por isso ainda há esperança.
Que vai fazer?
Vou encontrar-me amanhã
com o ***, no banco.
-Como vai entrar?
-Não posso. Mas você pode.
Despediu-me, lembra-se?
Já não tenho acesso.
-Ladrou.
-Meu Deus, ele ladrou.
-Jack?
-Ele estava...
Encoste. Encoste aqui.
Jack, que está a fazer?
Ouvi o Rusty ladrar.
-Está com a Beth e os miúdos.
-E então?
Ele tem...
...um GPS...
Ele tem um GPS.
Não está a dizer coisa com coisa.
Ele andava sempre a fugir...
...e pusemos-lhe uma coleira com GPS.
É do website. Se ele ainda a tiver...
Apanhei-o.
Ei-los!
Que estão a fazer?
A sair da cidade?
Por que está ele a fazer isso?
Não ia encontrar-se aqui consigo?
-Tome. Entre no carro.
-Que está a fazer?
Vou procurar o meu cão.
Pode fazer calar o cão?
Está tudo bem, Rusty.
Sabem,
agora nunca mais vêem o dinheiro.
Mas se derem a volta
e nos levarem para casa...
...o meu marido
pode dar-lhes o que quiserem.
-Podem dividir entre os dois.
-Cale o raio do cão!
Jack.
-Está bem?
-Sim, estou.
-Quer que eu conduza?
-Não... Eu estou bem.
Onde estão eles agora?
Ainda estão na 2.
Saíram agora da auto-estrada.
Não há nada no mapa, a não ser
um grande lago e linhas férreas.
-A que distância?
-Trinta quilómetros.
Aonde raio vão eles?
Faça calar o raio do seu cão.
Juro por Deus...
Tudo bem, Rusty.
- Vem cá, Rusty. Vem cá.
-Caluda!
Chega!
Eu avisei-te!
Que está a fazer? Não! Rusty!
Caluda ou vai a seguir.
-Rusty! Lamento, meus queridos.
-Caluda!
Ouviram?
Mete-os no quarto das traseiras.
E se esquecêssemos tudo?
E os deixássemos ir?
É melhor fazeres o teu trabalho
e metê-los no quarto das traseiras.
Por que ia trazê-los para tão longe?
Acho que ele não tencionava
deixar ninguém vivo.
Meu Deus.
Meu Deus. Vem cá.
Tudo bem.
-Vá lá. Ele não consegue respirar.
-Sente-se. Estou-me nas tintas!
-Estou farto de vós, pá.
-Querido.
Vel.
Por favor, ajude-nos!
Temos de os trocar...
...pelo dinheiro e depois soltamo-los.
Certo?
Vai correr tudo bem.
Obrigada.
Estão a abrandar.
Veja.
Rusty!
Rusty.
Vem cá, Rusty. Está tudo bem.
Onde estão eles, Rusty?
Para onde foram?
Onde está o Andy?
Há ali uma casa junto do lago.
Vejo o carro da Beth.
-Tem telemóvel?
-Tenho.
Chame a Polícia.
Não devíamos esperar aqui pela Polícia?
Não.
Não posso esperar.
Obrigado por tudo.
Está readmitida.
Ele vai ligar?
Julgas que ele nos entrega
o dinheiro assim, sem Polícia?
Ele sabe que lhe mato a família
se não o fizer.
Só tenho de levantar um pouco a parada.
Não. Por favor, não. Que está a fazer?
Largue-a!
Pare!
-Meu Deus!
-Meu Deus!
Caluda!
Por que estás a fazer isso?
Pim!
Vem cá!
Onde estás, querida? Queres brincar?
Marco.
Polo.
Marco.
Polo.
-Socorro! Estamos aqui!
-Vamos!
Papá!
-Papá!
-Foge, Sarah. Foge! Esconde-te!
Mexa-se!
Largue-o! Solte-o!
Vá lá para cima, já!
Vamos, vão lá para cima!
Vamos, mexam-se!
Lá para cima!
Papá!
-Jack!
-Foge, Beth. Foge!
Foge!
Beth.
Beth!
Jack?
Beth!
Jack!