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NOME DE CÓDIGO: MERCÚRIO
Vamos descer.
- Conseguiu tirar alguns. Quantos faltam?
- Tirei três, faltam oito.
- O Edgar ainda é o patrão?
- É.
Quero agradecer-lhe ter deixado
estas pessoas partirem.
Liberte os outros e chegaremos
a uma resolução pacífica.
Veja se entende. Não confio em si
nem nos agentes do governo de ocupação.
Oiça-me mais uma vez.
Tenho ordem do Tribunal dos Cidadãos
do Dakota do Sul...
para arrestar as acções mal ganhas
deste banco.
Afaste os seus homens daqui,
senão estes vampiros arderão no inferno!
Estão a preparar-se para entrar.
Eles que venham.
- Tenho de ir para casa.
- Para baixo!
Por favor, deixe-me ir para casa.
- Já para baixo!
- Só quero ir para casa.
Quando ele diz "para baixo"
é para obedecer!
Raios!
Não me sinto nada bem.
Disseste que desapareceríamos antes
que alguém percebesse o que se passava.
Disseste que iam recuar.
Não estão a recuar, Edgar.
Têm um exército.
Vão entrar e atingir-nos.
Deus quer o milagre mais grandioso.
Deus não quer que os teus filhos
sejam mortos!
Precisamos de mais tempo, filhos da mãe!
Não és tu que mandas. Por isso, caluda!
- Isolaram-nos.
- Temos de entrar.
- O nosso homem ali quer mais tempo.
- Está bem.
Um agente infiltrado que nem devia
estar ali, para começar.
- Entramos.
- Tento falar-lhes com o megafone.
- Se voltarem para mim...
- Tens três minutos.
Aqui agente Blackwell, Edgar.
Preciso que atendas o telefone.
- Preciso de falar contigo.
- Ainda podemos ir-nos embora.
Tens apenas de lhe fazer frente.
Diz-lhe que queres ir para casa. És capaz?
Por favor atende o telefone.
Pode ser que ainda dê certo.
Edgar, por favor, atende o telefone.
Estava tudo a correr bem.
O Peter tem razão.
Não é como disse que iria ser.
Quero ir para casa.
O rapaz tem razão.
- Traidor.
- Caluda, Isaac.
- Deixe-me chamá-Ios.
- Não precisamos dele.
- Ainda nos podemos ir embora.
- Dispara, Edgar!
Pelos teus filhos, dispara!
Para baixo!
F.B.I.! No chão!
Vá!
Papá!
Em baixo! Não se mexam!
- Não se mexam, raios!
- Sou do F.B.I.! Larga-me, cretino!
- Os teus homens que parem de disparar.
- Peter.
- Peter.
- James?
Mantém a cabeça baixa! Onde estás?
- Peter!
- Não!
Não disparem! Não!
Raios!
Merda!
Disparar!
Um médico, merda!
Não fales.
Para baixo, merda!
Um médico!
Está morto.
Quem disse para entrar?
Quem manda aqui?
Hartley.
Agente Especial Hartley!
Ouviste-me pedir mais tempo?
- Larga-me.
- Ouviste-me pedir mais tempo?
- Pisaste o risco, Jeffries.
- Pisei o risco?
Acabei de massacrar cinco pessoas?
Três segundos, Hartley.
La tirá-Ios dali com vida.
Massacre.
Eram apenas uns miúdos.
Uns miúdos.
Recebo ordens de Washington,
tal como tu, Jeffries.
CENTRO ESCOLAR
DE NEUROPSIQUIATRIA DE CHICAGO
À direita na Western.
À esquerda na Belmont.
- Tenho uma surpresa para ti.
- À direita na Halsted.
- À esquerda na Fullerton.
- Dás boas indicações.
Olha. Tenho uma coisa especial.
Gostas destas charadas, não gostas?
Sim, mas ainda não, Simon.
Se te der o livro das charadas,
quero que te juntes à turma, está bem?
Isso é óptimo.
Está na altura de te juntares ao grupo.
Bom dia, Simon.
Bom dia, professora.
Olha para mim.
Bom dia, professora.
É melhor não te ganhar.
Só aceito em dinheiro.
- Como estás?
- Bem, mais um dia no escritório.
Pronto?
Sim.
Muito bem, falemos da situação.
O Agente Jeffries está aqui para o ver,
Chefe.
O psicóIogo escreveu
"paranóia delirante"...
em maiúsculas no fim da sua ficha.
- Então estou despedido?
- Não, não está.
- Mas já não o poderei infiltrar.
- O que esperam que eu faça?
- O seu trabalho.
- Trabalho infiltrado. É esse o meu trabalho.
- Agora tem um novo emprego.
- Qual?
Escutas, vigilâncias, gravações.
- Um pouco de relações públicas.
- 14 anos para isto?
Ficar com um recruta
a escutar uma dona de casa...
- Só tinha de se manter calado.
- Só contei a verdade.
- Devia agir como se estivesse na equipa.
- Que equipa?
Esses janotas atrás duma secretária,
a justificarem a existência?
- Como eu. É o que está a dizer?
- Não sei, Joe.
- Não disse nada em minha defesa?
- Você estava errado!
- Não estava!
- Completamente errado.
Dois adolescentes a sangue frio,
e você sabe-o.
- Tinham assaltado o banco, céus!
- Eram miúdos.
Esquecerá o Dakota do Sul?
Esqueça quem está certo ou errado.
Este é um dos nossos melhores infiltrados.
Como poderia esquecer isso?
Sente-se, Art.
Às vezes... tem-se qualquer coisa.
É... mágico.
Depois desaparece.
Já o teve.
Mas a magia desapareceu.
Disseram-lhe para me rebentar os tomates
e fazer-me desistir.
Não lhe vou facilitar as coisas.
Se quer que faça escutas, fá-las-ei.
Quer que investigue candidatos a agentes,
fá-Io-ei.
Dê o seu melhor.
Procure na caixa do correio novas missões.
MAMÃ
PAPÁ
SIMON ESTÁ EM CASA
Hei, Simon, chegámos.
Mamã, o Simon chegou a casa.
Olha para mim.
Olá, mamã.
Olá, querido. Tive saudades tuas. Entra.
Cuidado.
Está muito quente.
Bebe devagar.
O papá deve estar a chegar.
E quando acabares isso,
podes esperar por ele no teu quarto.
Parabéns. Contactou o centro de charadas.
Ao resolver a charada principal,
ganhou uma assinatura de uma revista
à sua escolha.
Pode dar-me o seu nome,
morada e número de telefone?
Você é...
um estranho.
Desculpe. Aqui é o centro de charadas.
Onde arranjou este número?
Charada nove-nove.
O que é que disse? Quem fala?
Simon, desliga o telefone.
Simon, espera. Por favor, não desli...
Vá!
Sim.
Veja se se relacionam.
Se não, terá perdido bytes
na transferência, a palavra chave.
Não vai ser capaz de defraccionar.
- O telefone está protegido?
- Estou ocupado!
É sobre Mercury, Dean.
Alguém fez um milagre. Venha cá.
Que disse?
Você é um estranho.
- Quem é?
- Simon, desliga o telefone.
Simon, espera. Por favor, não desli...
Quem é?
Oiça o timbre da voz dele.
É uma criança. E aquela devia ser a mãe.
Um *** qualquer...
a babar-se ao telefone,
a marcar números ao calhas.
Não temos essa sorte.
- Temos de telefonar ao Kudrow.
- O quê?
Não. Não temos de chamar ninguém.
Só temos de fazer uma análise,
e dar-lhe um relatório quando voltar.
- É isso!
- Percebe o que aconteceu?
Temos de lhe telefonar, senão dirá
que tentámos esconder-lhe isto.
Embaixada Americana - Bangkok, Tailândia
- Bom dia.
- Bom dia.
Tenho uma mensagem urgente
para o tenente coronel Kudrow.
Mercury já está operacional na maioria
dos centros de comunicações.
E estou aqui para confirmar tudo
o que já ouviu.
Mercury é um salto monumental
na segurança das nossas comunicações.
E uma vez instalado em todos os centros...
- será muito difícil aos nossos adversários...
- e aos nossos aliados.
E aos nossos aliados interceptar
as nossas comunicações.
Uma mensagem urgente para si.
Com licença.
O Sr. Johnson continuará a conferência.
MERCURY ESTÁ A SER ACEDIDO
Impossível.
CHEGARÁ EM 12 HORAS
CODIFICANDO...
- Está atrasado.
- Não estava quando saí do emprego.
O trânsito estava quase parado.
Vim a passo de caracol.
Disse ao Simon que podia esperar por ti.
Simon, meu.
Onde estará o Simon?
Horas de ir para a cama, Simon.
- Mande cá o Pedranski e o Crandell.
- Sim, senhor.
Quem precisa de uma dose?
Duplo, curto, com açúcar a dobrar.
Duplo tudo.
Que bom ter perdido a cena das drogas...
porque assim o meu corpo foi presa fácil
para a cafeína.
Faz-me sentir tão desinibida,
podia falar com qualquer pessoa.
Que posso dizer? Sou a rainha das bicas.
Qual é o problema?
O Kudrow quer ver-me.
Fixe! Talvez te dê uma secção!
Não. Lixei tudo.
Entra e dá-lhe uma desculpa
à Bart Simpson.
Kudrow, meu, calmex.
Já estava estragado quando cheguei.
Uma coisa de charada?
Viajei 16 mil quilómetros
nas úItimas 24 horas.
Tive muito tempo para reflectir.
Corrija-me se estou enganado.
Mas creio que nenhum de vocês me falou
em coisas de charada.
Antes do Mercury estar operacional,
fizemos um ***.
Uma coisa em grande.
Dois supercomputadores...
máquinas de decifrar a alta velocidade
a mastigar Mercury 24 horas por dia.
Mercury saiu incólume.
Espectacular.
Finalmente um código inviolável.
Mas faltava testar uma úItima coisa.
O factor "crâniozinho".
Às vezes os seres humanos enganam-nos.
Pensámos que era importante...
Então pusemos uma mensagem
numa charada para "crâniozinhos".
Para desafiar amadores.
- Com a certeza de que ninguém telefonaria.
- Mas houve alguém que telefonou.
Chama-se Simon Lynch. Vive em Chicago.
Tem nove anos.
E decifrou o código mais sofisticado...
que o mundo já conheceu...
numa revista de charadas
para "crâniozinhos".
Não recordo alguma vez ter autorizado...
que pusessem uma mensagem...
numa revista!
Um *** não o decifraria!
Não só tem apenas nove anos...
como é deficiente. É autista.
Sim, isso explica tudo.
O nosso código de $2 mil milhões
é um livro aberto...
- para pessoas de capacidades reduzidas.
- Não.
O autismo não é sinónimo
de capacidades reduzidas.
As pessoas autistas são...
fechadas ao mundo.
Mas não é incomum uma pessoa autista
ser um sábio.
- Oh, um sábio!
- Pode não ser capaz de o ter decifrado.
- Pode ter-lhe aparecido.
- Não calculou nada.
Limitou-se a vê-Io. Como aquelas imagens
a três dimensões. Temos de as fixar.
De repente vemos a estátua da liberdade.
Isto não é uma imagem dessas.
Trata-se da segurança nacional.
Vendo as coisas pelo melhor cenário,
suponhamos que o rapaz é único...
e não percebe o que acabou de fazer.
Isso resolve o meu problema?
Resposta: Não!
Análise: Agora precisamos
que apareça alguém...
que perceba as suas capacidades...
e os meus problemas crescem
exponencialmente.
Então devíamos falar com o miúdo.
- E...
- Não!
Não pode haver nada que ligue o rapaz
a este gabinete.
Nada.
Entendido?
Sim, senhor.
Quero que apague a fita.
Entendido?
Sim, senhor.
- Querido, abres?
- Já vou.
- Martin Lynch?
- Sim.
Detective Burrell, de Chicago.
Posso fazer-lhe umas perguntas?
É muito importante.
- Deram-me a morada na escola do Simon.
- Passa-se alguma coisa?
É melhor ir directo ao assunto.
Um dos outros pais
fez algumas acusações...
de natureza *** contra o motorista
do Simon.
- Oh, meu Deus.
- Neste momento são apenas alegações.
Se pudesse entrar para falar convosco.
Claro.
Não demorará nada.
- Não queria perturbá-Ios.
- Bem, já o fez.
- Peço desculpa.
- Deseja um café?
- Ou outra coisa qualquer?
- Seria óptimo.
112. Operadora 562.
O que pretende relatar?
Tenho a sua localização no meu ecrã.
Pode dizer-me o que pretende relatar?
Novidades enquanto estive fora?
- Acho que temos um grande furo no caso.
- O quê?
A Ministra da Justiça apostou
25 mil nos Cubs.
Que achas?
- Sim?
- Daqui fala o 13.
- Aposto dez mil nos Cubs.
- Muito bem.
Que parvoíce, 13.
Os Cubs estão na mó de baixo.
Importas-te que te diga uma coisa pessoal?
Importo.
Muito.
Desculpa.
Estou?
Art, é para ti.
Vamos mandar alguém substituir-te.
Temos outra missão para ti.
Vão dar-me outra questão
de segurança nacional?
Possível desaparecimento de criança,
esquadra 21.
A polícia de Chicago retém a jurisdição.
Lacerações.
Nickels.
- Ainda estás vivo?
- Ainda, Art.
Que tal?
Fixe.
Que é isto?
Pensei que fosse um *** desaparecido.
E é. São os pais.
Parece um assassínio-suicídio.
Então onde está o ***?
Desapareceu, lembras-te?
Que fazes aqui?
Telefonaram ao F.B.I. E mandaram-me.
Vá-se lá saber porquê.
Não, quero dizer, o que estás aqui a fazer?
A fazer os possíveis por descer na carreira,
tal como tu.
O nome do *** é Simon.
Os vizinhos dizem que é atrasado.
Quem mata a família,
mata todos os membros.
Se calhar matou o *** noutro sítio.
Não quis que a mamã visse.
Um miúdo assim custa imenso dinheiro.
Se calhar fartou-se de ser escravo
de um *** que não dava para mais.
Acabou com a desgraça de todos.
Como é que um tipo teso compra
uma pistola de $1.500?
Importas-te que dê uma vista de olhos?
Já demos.
O *** não está cá.
Então importas-te?
- Hei, à vontade.
- Obrigado.
A propósito, o Lomax telefonou.
Disse que é importante.
Aposto. Tens telefone?
Que tal?
- Obrigado.
- Vê lá se mo devolves.
- Como estás?
- Bem.
Que tal, campeão?
Estás bem?
Vem cá.
Podes sair.
Ninguém vai magoar-te.
Não vou magoar-te.
Vem cá.
Não! Simon! Tudo bem.
Quieto!
Liga para o Concordia.
Pede uma ambulância.
Que tenham polícias à nossa espera.
Para quê?
- Quero este *** protegido.
- Como justifico as horas extraordinárias?
Desde quando te preocupas
com horas extraordinárias?
Assassínio-suicídio, diz o legista, podem ir.
Põe as horas extraordinárias
no cartão dourado do Lomax.
- As correias ainda o põem pior.
- Questão de segurança.
- Desaperte-as.
- São por uma questão de segurança.
Muito bem, Simon, vamos desapertá-las.
Calma, Simon, calma.
Mamã! Papá!
Diga-lhe para desligar a sirene!
Desliga a sirene!
Olha. Quem é esta? É a tua mamã?
- Mamã!
- Aqui?
Isso mesmo. A tua mamã. É ela.
- É o teu papá?
- Papá.
Pois é.
"Não tocar. Pode estar quente."
Que bom conselho.
É a tua professora? A Dra. London?
É tua amiga, não é?
O meu nome é Art.
Também sou teu amigo.
Art é um estranho!
Okay, ponha-lhe as correias.
Não vou magoar-te.
- Olá. É a médica?
- Não, sou a enfermeira.
- Este miúdo vai ser visto por um médico?
- Já tratei dele.
É o melhor que sabe fazer? Uma injecção?
É autista.
Autista?
O que é que isso quer dizer?
Que nada entra?
Não, é o contrário. Entra tudo.
Tem problemas com sentimentos
e emoções.
Por isso fica muito assustado e confuso.
Espere!
Não vou poder questionar este miúdo?
Provavelmente não.
Lamento.
Tome conta dele.
Porque fazemos isto?
Porque é que nos quer ver?
Não fizemos nada de mal, pois não?
Dou meia volta?
- Não, ele matava-nos.
- Já nos vai matar.
- Estás a falar a sério?
- Calma, Leo, por favor.
PARQUE ROCK CREEK
ABERTO DE MAIO A OUTUBRO
Tenho medo. Estou a ficar cheio de medo.
Leo, pára. Estamos nisto juntos.
Não infringimos nenhuma lei.
Não interessa o que ele disser ou fizer,
vamos fazer o que está certo.
Por isso descontrai-te.
Jesus!
- Podemos ir para casa agora, por favor?
- Está bem.
É ele.
Vamos acabar com isto.
Isto muda tudo.
- Rapaz sobrevive assassínio-suicídio
- Alguém sabe.
- O que aconteceu ao rapaz?
- Está vivo.
Está numa unidade selada
num hospital de Chicago.
Porque não contamos a alguém?
Porque somos alguém, Leo.
Em úItimo caso,
somos os responsáveis por isto.
Não há ninguém a quem contar.
Deixem a linha das charadas aberta
24 horas por dia.
E quero que façam o raio
do vosso trabalho!
Quieto!
Se calhar estou a sair-me mal com isto.
Tenho tanto jeito para pessoas
como para a cozinha.
Rápido e sem gosto.
Mas, no fim, trata-se de salvar vidas.
Não é isso que interessa?
É.
Sei de um homem chamado
Rasheed Halabi, de Paramus, New Jersey.
O melhor do liceu, foi para o M.I.T.
Neste momento é coronel
na guarda do Saddam.
Fomos nós que o pusemos lá.
É ele que protegemos com este código.
Há milhares como ele...
cujas identidades são protegidas
com o código.
Podemos salvar as vidas deles.
Prometo-vos solenemente.
Quero que me prometam também.
Diligência, lealdade e acima de tudo...
silêncio absoluto.
Não tocar
PODE ESTAR QUENTE
Onde estão todos?
A polícia? O guarda?
Mandados embora há 30 minutos.
Não eram precisos.
Leve-me ao Simon Lynch já.
Destranque a porta.
Acabámos de o transferir para a pediatria.
- Onde é?
- Sala 1106. Por ali, um lance de escadas.
- Quem autorizou a transferência?
- Os pais.
Percebo. Não querem o filho em...
Posso ajudá-Io?
Olá. Sou do F.B.I.
Procuro o Simon Lynch. Sabe onde está?
Magoou-se na cabeça. Nada de grave.
Fizémos-lhe uma radiografia.
Onde é a sala de radiografia?
Radiologia. Sétimo andar.
Óptimo. Obrigado.
De nada.
Vamos. Simon, entra no elevador.
Um bocado apinhado?
Entrou a tempo, doutor.
Deve ser novo. Bem vindo ao Concordia.
Obrigado. É muito simpática.
Oitavo.
Sétimo.
Sexto.
Quinto.
Quarto.
Terceiro.
Segundo.
Primeiro.
Obrigado pela boleia. Boa noite.
Esperem!
Que se passa?
Senta-te ali.
Depressa!
Vá, deixa isso.
Vá lá, Simon.
Não precisamos de chamar mais a atenção.
Deixa isso, está bem?
Larga os botões. Está bem?
Larga os botões, raios!
Por favor.
"Um pequeno passo para a humanidade."
Baixa-te!
Mamã! Papá!
Mamã! Papá!
Vamos.
Segura-te.
Vamos.
Não!
Simon! Não!
Sai do caminho!
Vamos. Vamos, Simon.
"Amigos."
"Sr. Pasqual." Motorista.
É o nome dele, Sr. Pasquale?
"Não fales com estranhos."
É por isso que não falas comigo?
Pensas que sou um estranho?
Art.
Sou eu. Sou teu amigo.
Vês? O Art é teu amigo.
- Está bem, Simon.
- Art é um estranho!
- Tudo bem!
- Art é um estranho!
Art é um estranho.
Filho da mãe!
Quem és tu?
Tudo bem.
Desculpa, Tommy.
Entra, Simon.
Que diabo te aconteceu?
Raptaste este miúdo do hospital?
Estás louco?
- O quê?
- O Lomax liga de 15 em 15 minutos.
- Há um mandado de captura em teu nome.
- Matei um tipo no comboio.
- Oh, Deus!
- Teve de ser. Tentou matar-nos.
Como é que foi isso?
Alguém mandou embora
os polícias do hospital.
Não é assassínio-suicídio.
Os pais meteram-se.
Querem apanhar o miúdo. Se não
se escondesse, também o apanhavam.
Não atino com essa treta
conspirativa paranóica.
É uma conspiração.
Quem mandou embora os chuis?
Foram o Martin e a Jenny mortos
que mandaram? Isto é a sério!
Estou-me nas tintas se isto é a sério.
Se não telefonar já ao Lomax,
sou cúmplice.
Se não telefonares ao Concordia
ou ao metro de Chicago, és um chui burro.
Eles que tragam um saco mortuário
para pôr os bocados.
Arthur.
Olá, Dana. Desculpa ter-vos acordado.
- É bom ver-te.
- Também a ti.
Há tanto tempo.
Tenta não sangrar sobre a minha carpete.
Chama-se Simon.
Olá, Simon.
Aposto que tens fome.
Tenho manteiga de amendoim e compota
na cozinha. O que é que achas?
Este é o meu filho T.J.
- T.J., este é o Simon.
- Olá.
E se fossemos para a cozinha...
T.J., e se fizéssemos alguma coisa
para comer...
e talvez o Simon viesse connosco?
Toma, Art.
Ainda está húmida,
mas ao menos está limpa.
- Obrigado, Dana.
- De nada.
Simon, acho que isto te serve.
A minha T- shirt do Frank Thomas não!
Lembras-te do que te disse sobre partilhar?
Pensei que já não tomavas
esses depressivos.
E então?
- Não há nenhum corpo nos carris do metro.
- O quê?
Não há corpo. Não há sangue.
Não há cartuchos. Nada.
Quem é que podia ter limpo
tudo tão depressa?
- Entrega-o.
- O quê?
O miúdo. Entrega-o. Leva-o de volta.
- Entregarias o teu filho?
- Não é teu filho!
Pois, não é o filho de ninguém.
A mamã e o papá dele foram mortos
por um tipo muito mau, lembras-te?
- Vamos, Simon.
- Deixa-me vestir-lhe estas roupas.
Preciso das chaves do teu carro.
Vais deixar-me andar pelas ruas
com este miúdo?
- De manhã digo que mo roubaram.
- Obrigado.
O papá vai cantar.
O papá vai cantar.
Como é que podes não estar cansado?
O papá vai cantar.
O papá não está aqui, Simon.
O papá vai cantar.
Já te disse, o teu papá não está aqui!
Como é que vou explicar isto?
Vou só fechar os olhos por um minuto.
Raios! Merda!
Estúpido, estúpido!
Vá, Simon.
Onde raio estás?
Vamos.
À esquerda na Kenwood.
Esquerda.
Está bem. Vamos para a esquerda.
Howard Avenue...
para a Rua "J".
Isso mesmo.
Rua "J"...
para a Rua Vinte e Três Oeste.
Sabes para onde vamos?
O Simon vai para casa.
O Simon vai para casa.
Vamos.
Mamã, o Simon chegou.
Mamã!
O Simon chegou.
Queres disto?
Muito quente.
Bebe devagar.
Atende, por favor.
CHAMADA
DE FORA
Parabéns. Contactou o centro de charadas.
Ao resolver a charada principal,
ganhou uma assinatura de uma revista
à sua escolha.
Pode dar-me o seu nome,
morada e número de telefone?
É um estranho.
É ele! Está a telefonar de casa.
Temos de chamar o Kudrow.
- Que estás a fazer?
- És tu, Simon?
- Simon, és tu?
- Dá-me o telefone.
Quem é?
Responda! Quem é? Está?
Aqui F.B.I. Vamos localizar este número.
- Quem é?
- Não pode localizar este número.
Quem é? Para que organização trabalha?
Dean, não lhe digas quem somos.
Por favor, não lhe digas o meu nome.
Preciso de mais tempo, certo?
Não ligue outra vez para este número.
Vou estabelecer um endereço electrónico.
Einstein. Veja-o amanhã.
Não, não, não desli...
Mamã, papá.
Vamos, Simon. Embora.
- Mamã, papá.
- Vamos. Vamos embora.
- Por favor, não faças isso.
- Se o fez uma vez, pode voltar a fazê-Io.
E esse agente do F.B.I. É tão esperto
para o descobrir?
É melhor que seja,
porque a vida desse miúdo está em jogo.
Isto está mau.
Não é justo, ele pensará logo
que eu também estava metido!
Ainda não nos ouvem na lua.
- Ouve!
- Não quero!
Assustas-me!
Se alguma coisa me acontecer,
saberás quem foi.
Espero que faças o que deves fazer.
Não.
Fá-Io-ás. Sei-o.
MODO DE CODIFICAÇÃO DO MERCURY
ACTIVO
Tente a C.I.A.
Não.
Tentemos o F.B.I.
1 COMBINAÇÃO ENCONTRADA
Boa.
Escrever senha
Albert...
INCORRECTA
Tente E=mc², tudo em maiúsculas.
- Deixo-o sozinho.
- Obrigado.
Hei, sócio,
preciso da tua ajuda.
É uma charada.
Ajudas-me numa charada?
- Charada.
- Isso. Uma charada.
Aqui mesmo. Anda.
Muito bem. Vou levantar-te, está bem?
Vou pôr-te na cadeira.
Consegues ler isso?
Simon, o que é que diz?
"Hoje.
"Doze horas.
"No Wrigley Building."
Lindo menino.
Vou começar a levar isto
como uma coisa pessoal se não...
Sim?
Oh, desculpe. Está bem?
Estou, obrigado. Desculpe.
A culpa é minha. Devia ver por onde ando.
Não, não devia ter a mala aí.
Com o azar que estou,
é uma sorte não me ter processado.
O que é que tem aí? Coisas de canalizador?
Olhe, isto vai parecer de loucos
mas estou com um problema...
e pergunto-me se não me poderá ajudar.
Vê aquele rapazinho ali?
Importa-se de olhar por ele
por uns minutos?
Não tropeçou por acaso, pois não?
É autista. E eu sou o seu guardião.
Não a sério, mais como voluntário.
Está tudo bem,
mas preciso de uma receita.
Levá-Io-ia comigo mas não gosto
de o incomodar quando está tão calmo.
Não tem de fazer nada. Fique aqui sentada
e seja você mesma, adorável.
Por favor.
- Como é que ele se chama?
- Simon.
- De certeza que não se importa?
- Sim.
Se consigo enfrentar um gerente principal,
enfrento qualquer um.
Obrigado. Já venho.
- Como se chama?
- Stacey.
- Stacey...
- Sebring.
Stacey, muitíssimo obrigado.
Venho já. Prometo.
Será que o faria sem o elogio?
Hei, Simon.
Continue a andar.
- Jeffries?
- Continue a andar.
Não tinha a certeza de que estaria aqui.
O Simon leu duas vezes o código.
É mesmo incrível.
- E muito perigoso.
- Para quem trabalha? Para a C.I.A.?
- O Ministério da Defesa?
- Não vai ter sorte.
Acho que o F.B.I. Gosta de nos chamar
"agência não existente".
Para que quer a A.S.N. Um *** autista?
O cérebro é um mistério.
O quê?
A Agência de Segurança Nacional
foi mandatada...
para criar um código novo...
de protecção aos informadores americanos
lá fora.
Desenvolvemos um supercódigo
a altos custos.
Chamámos-lhe Mercury.
Pensámos que era impenetrável.
Um *** descodificou um supercódigo
do governo?
Não interessa. Ele consegue lê-Io.
Se calhar até é capaz de recriá-Io.
Por isso a vida dele corre perigo.
A A.S.N. Está disposta a matar este miúdo
por um código?
Já tentámos.
O chefe de divisão pode ter dado ordens...
Sou um criptografista,
não sei o que fazem estas pessoas.
Se calhar matar miúdos é uma questão
de rotina, ou o meu chefe é uma aberração.
Chamem uma ambulância!
- Saiam do caminho!
- Cuidado!
- Depressa! Raios, depressa!
- Depressa!
Baixem-se!
Raios.
Desculpe. F.B.I.
Onde é o gabinete de segurança?
- Depois da porta, à direita.
- Obrigado.
Olá. Jeffries, agente especial do F.B.I.
- Posso ajudá-Io?
- Espero que sim.
- Onde está o vídeo desta câmara?
- Aqui.
Não, oiça.
Eu é que fico em apuros se leva isso.
Então não diga a ninguém. Obrigado.
Raios.
Desculpe, por favor.
Hei! Vamos. Temos de ir.
- Desculpe.
- O que aconteceu?
Quase que fugiu. Não me disse que tinha
de o vigiar a todo o momento.
Não devia ter saído do café.
Não!
Está bem, está bem.
Não grites. Está bem.
Oh, meu Deus.
Não vê as coisas como as outras pessoas.
Onde foi? Roubar um banco ou assim?
Tenho de o tirar daqui. Vamos, Simon.
Obrigado, Stacey, pela ajuda. Vamos.
- O meu pai daria tudo por isto. Quanto é?
- Cem.
A sério.
Quando ficarmos velhos,
o que coleccionaremos?
Camisas de flanela e bonecos do Kramer
do Seinfeld?
Qual é o problema?
- O Dean morreu. Foi morto.
- O quê?
Queria ir a Chicago. Disse-lhe, "não vás."
Queria que fosse com ele para o ajudar.
Alguém o matou? Quem?
Não sei.
Leo, quero ajudar-te,
mas tens de me deixar entrar.
Diz-me o que se passa.
- Ele descobrirá.
- Quem? O Kudrow?
Não posso enviar e-mails sem ele saber.
Não posso usar o telefone. Tudo é gravado.
Tudo está ligado a tudo.
Não posso fazer nada.
Viva a tecnologia artesanal.
Parabéns.
Já estás na lista dos mais procurados.
Não tenho de te dizer
o quão chateado está o Lomax.
Tem-se mantido calado para se encobrir
mas já não tens muito tempo.
Descobriste quem é o atirador?
E "bom dia", não se usa?
E "como estás", "desculpa pelo teu carro"?
Foi retido pela polícia.
Só o terás daqui a duas semanas.
- Meteste-te em sarilhos?
- Não. Disse-lhes que o roubaste.
Encontrei-o na base de dados
do Min. Da Defesa.
Chama-se Peter Burrell, forças especiais.
Vamos prendê-Io.
Não. A não ser que o queiras desenterrar.
Morreu.
Diz aqui que foi morto em Beirute em 1982.
Ainda achas que sou paranóico?
Não sei, meu. Quem sabe?
Mas se és, acho que eu também sou.
Estamos numa má.
- Não podemos enfrentar a A.S.N.
- E então?
- Temos de falar com alguém.
- Lomax? Não se volta contra o patrão.
- A A.S.N. Também pode tê-Io na mão.
- Está bem. Ultrapasso o Lomax.
Não quero que faças mais nada.
Tens uma mulher e um filho para cuidares.
Faz isso.
Muito bem. O que vais fazer?
Não sei.
Porque estás a fazer isto, Art?
O miúdo não é da tua responsabilidade.
É da responsabilidade de quem?
Olha para ele.
Parece um miúdo normal, não é?
Um pequeno circuito que se cruza. Zap!
Devia ser esperto, ir para a universidade,
conhecer uma miúda, casar, ter filhos.
Estar bem.
Estamos a falar dele ou de ti?
Obrigado por me teres conseguido isto.
Tem cuidado.
Jesus!
Quem diabo é você?
Por favor...
Você! O que é que quer?
São duas da manhã,
e não me conhece assim tão bem.
- Preciso de falar consigo.
- Vai acordar os meus vizinhos.
Oh, não.
Precisamos dum sítio onde ficar.
- Como arranjou esta morada?
- Procurei-a na lista.
Não, não vem na lista.
O nome da empresa estava na sua pasta.
Telefonei-lhes.
Telefonou à minha empresa a pedir
a minha morada, e eles deram?
Não.
Por favor. Stacey.
Sou um agente do F.B.I.
Comprei um desses para o meu irmão.
Cinco dólares.
Vi-o esconder-se da polícia. Vou ligar-lhes.
Sou mesmo um agente do F.B.I.
Por favor, ajude-nos.
Olá, Simon.
Olá.
Por favor.
Tire o pé.
Obrigado.
Muito obrigado.
Seria estúpido perguntar-lhe
porque não pede ajuda ao F.B.I.?
O F.B.I. Também anda atrás de mim.
Oh, fixe.
Como é que isto funciona? Mata-me agora
ou quando estiver a dormir?
O Simon precisa de dormir um pouco.
Há muito tempo que está acordado e...
pareceu-me uma boa pessoa.
Anda, Simon,
vou mostrar-te onde é a tua cama.
Anda.
Tens sede?
Vai ficar no quarto das visitas.
Você fica no sofá.
Há comida ali.
A casa de banho.
Limpe-a depois de tomar banho.
Vamos tirar isto.
Muito bem.
Agora, deita-te.
Estás bem?
Vamos tirar isto, está bem?
Um.
Dois.
Está bem.
Muito bem.
Estás bem?
Boa noite, Simon.
Oiça...
Tenho de me levantar daqui a três horas.
Tenho de ir para Des Moines de manhã.
Se não fizer uma venda, não pago a renda.
Por isso, se não precisar de mais nada,
gostaria de ir dormir.
Não, de mais nada. Obrigado.
Prometo-lhe que saímos logo
de manhãzinha.
Leo, não vais acreditar a manhã...
Deixei a minha...
Leo?
Oh, meu Deus!
Tom, está uma mulher lá em baixo a pedir
para falar com o Art Jeffries.
- Trá-la cá acima.
- Só fala com o Art.
- Faz-me um favor.
- Não dei entrada dela...
ainda!
Óptimo.
- Como estás, meu?
- Há mais alguém contigo?
Não.
Esta é a Emily Lang.
Emily, não se quer sentar? Sente-se.
É o Art Jeffries?
Sou o Art Jeffries.
As úItimas vontades e o testamento
do meu namorado.
Trabalhei com ele na A.S.N.
A outra voz na linha.
Chama-se Leo.
La enviar-lhe uma carta.
A outra ia para o Comité de Inspecção
do Senado.
As cartas desapareceram. Só resta isto.
"Tomei conhecimento...
"de que o meu director de secção
e superior imediato, Nicholas Kudrow,
"esteve directamente envolvido nas mortes
de Martin e Jenny Lynch,
"os pais de Simon Lynch,
"e na morte de Dean Crandell,
meu colega..."
Também mataram o Leo...
Iogo após ter escrito essa carta.
Lamento.
Obrigado por ter vindo, Emily.
Lamento o que aconteceu ao Leo.
Disse que sairia antes de eu partir
para Des Moines...
onde venderia sapatos suficientes
para a renda.
Só que não fui, nem ganhei para a renda,
porque você teve uma emergência.
Foi uma emergência.
Talvez tenha emergências constantes.
Tudo tem de ser excitante. Há tipos assim.
Sim, eu sei, mas não sou um deles.
Oiça-me! Olhe para mim!
Não se trata de mim.
É por causa daquele rapazinho.
E ele precisa de ajuda.
Tanto quanto vejo,
você é uma pessoa decente e carinhosa.
Prometo-lhe que desapareceremos da sua
vida tão cedo quanto possível.
Oiça, se por alguma razão
houver uma emergência...
- Quer dizer, uma emergência diferente?
- Sim!
Não chame a polícia, está bem?
Chame este tipo. É do F.B.I.
Telefono ao F.B.I., não à polícia?
- A polícia não pode proteger o Simon.
- Certo.
Oiça.
O Simon só está em perigo
se souberem onde está.
Não sabem onde está,
por isso não está em perigo, nem você.
A não ser que haja uma emergência.
É bom ver que consegue manter
o sentido de humor.
Prometo-lhe que volto
a este apartamento às 14:00.
E ainda não sei como,
mas será recompensada.
Está bem? Obrigado.
Cuidado.
Não sei se se lhe pode chamar um plano.
Vou até lá e mostro-lhes a carta do Leo.
Aqui estão as más notícias.
Tem de pôr o Simon no programa
de protecção a testemunhas, já.
Art, não devia estar a falar consigo.
Como espera que eu autorize
um procedimento desses?
Minta, engane. Estou-me nas tintas.
Se não o faz, o miúdo é morto.
Já lhe terá ocorrido que Kudrow
o possa atingir mal o veja?
Já. Já me ocorreu.
Se isso acontecer,
sabe o que fazer com isto.
Espero voltar a vê-Io.
Sandy! Que bom ter vindo!
Ouvi falar na operação às costas do Ted.
Teve alguma coisa a ver com isso?
Deseja alguma coisa?
Com licença. Nick, meu bom amigo!
Quero que saiba que essa história
do Mercury é um grande sucesso.
- A sério.
- Muito obrigado, senador.
Mais uma pena para o seu toucado.
O Comité tem-lhe feito muitos elogios.
Ganhou reputação de ser o tipo
"pode fazer-se".
- Obrigado. Muito agradecido.
- Está um tipo lá fora.
- Quem?
- Diz que é do F.B.I.
Com licença, por favor.
Se não fosse do F.B.I., não o incomodaria.
Tê-Io ia expulsado, mas não sabia.
Não, Ted, portaste-te bem. Queria vê-Io.
Não está muito apresentável.
Trá-Io pelas traseiras. Leva-o à adega.
Já desço.
Nem acredito que tenha tão bom aspecto
para alguém tão velho!
- Como é que consegue?
- Drogas, minha querida. Imensas drogas.
Por favor não mexa no vinho, Sr. Jeffries.
Sim, li a sua ficha.
Um agente do F.B.I. Perturbado
com cadastro péssimo...
rapta um miúdo de nove anos.
Lindo trabalho.
Entra, armado, em minha casa
a meio de um encontro social...
para me confrontar com essa acusação
fabricada e não assinada...
alegadamente do Leo Pedranski...
que foi morto anteontem, por si,
segundo sei.
Que quer de mim? Gostaria de voltar
para o pé dos meus convidados.
A acusação não assinada...
foi dactilografada em papel químico.
Quem é que ainda usa isso?
As impressões digitais do falecido
Leo Pedranski estão por todo o lado.
O Pomerello tem um pouco de cortiça.
O Comité de Inspecção do Senado...
não terá qualquer problema em ligá-Io
ao assassinato.
Mas não lhes deu a cópia de papel químico.
Se lhes tivesse dado,
não estaria agora aqui.
Tem a sua preciosa cópia
de papel químico guardada...
garantindo a sua segurança, etcetera...
para poder vir aqui e exigir o quê?
Milhões em notas não marcadas?
Pedi-lhe o favor de não mexer no vinho.
É bom saber que tem as suas prioridades
em ordem.
Este é melhor.
Não se importa de matar uma criança,
mas importa-se com esta merda de vinho?
O acordo é o seguinte.
Não dou a cópia ao Senado.
Não perdem três anos a investigar,
a lamentar-se...
"como pôde isto acontecer na América?"...
enquanto ordena a um dos seus
paus mandados que mate o Simon Lynch.
Ou?
Ou faz a única coisa que garante
a segurança do Simon Lynch.
Você ou um dos seus superiores
ou o Presidente dos Estados Unidos.
Estou-me nas tintas para quem.
Alguém terá de ir à televisão
e dizer à América...
que o vosso código impenetrável
e caríssimo...
foi decifrado por um rapaz autista
de nove anos.
Depois devolvemos-lhe a sua cópia.
Sabe o que penso, Sr. Jeffries?
Penso que viu demasiados anúncios
com camiões na televisão.
Aqueles em que se conduz rápido
e se é um renegado.
Falemos do mundo real...
em que não é um lobo solitário
maravilhoso mas parte de uma equipa.
E onde se mantém na sua posição porque
é isso a América.
É uma grande equipa.
Isto ser-lhe-á difícil de entender,
mas sou um patriota.
E um patriota é o que faz
a escolha moral acertada.
Às vezes é preciso um homem forte
para fazer essa escolha.
Um rapaz, que não consegue sobreviver
sozinho, um dos erros da natureza,
em comparação com as vidas de milhares
dos nossos homens.
Pense nisso. Trabalhou infiltrado.
Os nosso agentes serão postos em perigo
se este código for interceptado.
Membros da sua equipa.
Homens como Rasheed Halabi,
um iraquiano-americano
e um grande patriota.
Um homem que, neste preciso momento,
está infiltrado na guarda do Saddam.
Um homem que não vê a família...
Isto é pelos pais do Simon,
seu monte de merda!
Tem 36 horas.
Deve ser tempo suficiente para pôr a salvo
os seus agentes infiltrados.
Oh, a propósito.
Parabéns, Nick.
Está?
Sou eu.
Estás bem?
Estou. Que tal correu a história
da protecção de testemunhas?
Está tudo a postos.
Amanhã às 20: 15.
A polícia vai ter connosco de helicóptero...
ao topo do G.E.X.
Segui o teu conselho. Menti.
Muito bem. Até lá. Adeus.
Foi gravado em V.O.X. Passivo...
na residência do agente Jordan às 23:58.
Quanto ao resgate,
visto que o rapaz não estará sozinho,
sugiro que esperemos até que o ponham
no helicóptero.
Já os vi fazer isto nos filmes.
Como é que estás, miúdo?
Oh, raios!
Simon, põe mais baixo, por favor!
Está?
Está?
Quanto lhe devo?
- Vinte dólares.
- Tome. Muito obrigado.
Stacey?
Merda!
- Está?
- Tommy, onde é que eles estão?
Calma. O Simon e a rapariga estão bem.
Falei com eles.
Ela assustou-se. Telefonaram-lhe.
Quando atendeu, tinham desligado.
Era eu, do avião.
Disseste-lhe quando é que os vão buscar?
Disse.
Vai encontrar-se connosco lá.
Está tudo a postos.
Ouve, tenho de ir.
Agente Jordan.
Tenente coronel Kudrow da A.S.N.
Que vejo eu aqui, Tommy?
Forjou documentos para a protecção
de testemunhas sob alegações falsas.
Não ligue ao que este tipo diz.
Este tipo é perigoso.
Tommy, sente-se, e não fale.
Agente Jordan,
seja o que for que pense de mim,
apenas quero resolver esta situação
para salvar um miúdo...
de um raptor delirante.
Continuaremos como planeado.
A partir de agora o F.B.I. Retira-se...
e a A.S.N. Assume o comando.
Meus senhores.
- Chefe, olhe para isto.
- Não vou olhar.
Tem de olhar! O Leo Pedranski trabalhava
para o Kudrow. Escreveu aquela carta.
Mataram-no depois de a escrever.
Fiz-lhe um ***,
e as impressões digitais
são igualzinhas às dele.
Para cima.
É para onde vamos, Simon.
Vem.
És tu, Art?
Sou da Polícia, do programa de protecção
às testemunhas.
Como está?
Bem.
Deves ser o Simon.
O helicóptero aproxima-se.
- Porque não vens comigo, meu filho?
- Não!
Não gosta de estranhos.
Eu levo-o.
Anda, Simon. Vamos ver o helicóptero.
Pensei que o Art vinha ter connosco.
Mudança de planos.
Mas tenha a certeza que o seu país
lhe deve muito.
Helicóptero a aproximar-se!
Não temos muito tempo!
Pela segurança do rapaz, devia voltar
para casa e esquecer que esteve aqui.
Muito bem, Simon,
vais dar uma volta no helicóptero.
Adeus, Simon.
Podes ir com ele.
Tommy.
Estão no heliporto. Vem aí o helicóptero.
Tens luz verde. Vai!
- É agora. Vamos.
- Vamos!
Segura-os!
Para baixo!
Não! Não!
Não! Simon!
Deixem-me! Vamos!
Não, Simon, não!
De pé.
Muito bem.
- Tommy, não! Segura-os!
- Párem de disparar!
Mantém-nos afastados!
Não!
O líder?
Aqui, agente Jeffries.
É a arma do Kudrow.
Apanhei uma 9mm no passeio.
Tomo conta dela.
Vejamos o que tem aí.
- Quero que digas "bicho".
- Bicho.
Podes olhar para mim? Bicho.
- Bicho.
- Muito bem.
Gosto muito disso.
Deseja alguma coisa?
Sou Art Jeffries,
um amigo do Simon Lynch.
Sim, eu sei. Os pais adoptivos
contaram-me tudo sobre si.
Como é que ele está?
Bem.
Adaptou-se muito bem.
Quer dizer-lhe olá?
Se calhar não se lembra de mim.
Disseram-me...
para não esperar muito.
Trouxe-lhe umas charadas.
Ele gosta de charadas.
Pode dar-lhas, por favor?
Claro, mas...
acho que seria melhor para o Simon
se fosse você.
Tudo bem. Venha.
Obrigado.
Hei, Simon.
Como estás, sócio?
Trouxe-te umas charadas novas.
Vais gostar.
Hei, Simon, olha para mim.
Olha para mim, Simon.
Para os meus olhos.
Sou eu, o Art.
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