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Nas enredadas redes de uma
grande cidade
O telefone é a união
invisivel entre un milhão de vidas.
È o servidor de nossas
necessidades comuns.
O confidente de nossos
secredos máis ocultos.
Atras da sua chamada esperam
a vida, a felicidade,
a solidão... e... A morte!
- Telefonista?, Telefonista?
- Seu número, por favor.
Estou chamando a Murray Hill 3-5097
faz meia hora.
A linha sempre está ocupada.
Quer chamar para mím, por favor?
Murray Hill 3-5097.
- Um momento, por favor.
- O escritório do meu esposo.
Deveria ter chego há horas.
Não entendo o que estará fazendo.
ou então porque não telefona
O escritório sempre fecha
as 6:00.
Chamando a Murray Hill 3-5097.
Obrigado.
Diga? Diga?
Por favor, quero falar com
o senhor Stevenson.
- Transira-me com o senhor Stevenson, por favor.
- Olá, George?
- Sou eu.
- Qué número é este?
Tenho seu recado, George.
Tudo certo para esta noite
- Sím, tudo está certo.
- Por favor.
O que acontece aqui?
Estou usando esta linha.
- Ainda são 11.:15, George?
- Exacto, as 11.:15.
- Espero que esteja tudo claro.
- Sím, está.
as 11:00 o guarda particular
chega até o bar da
segunda avenida a tomar
uma cerveja.
Eu entro pela janela da
cozinha, nos fundos.
Então espero que
o trem passe sobre a ponte
então com a janela aberta
começa a gritar.
Ouça, ouça, Quem está aí?
Esqueci uma coisa.
¿Queres que use o revolver?
Não, seja rápido. Nosso cliente
não quer faze-la sofrerr.
Certo, George. Não te
preocupes, não haverá erros.
E não esqueça de pegar os
anéis e os braceletes
e as jóias da
gaveta da cómoda.
Nosso cliente quer que
pareça um roubo vulgar.
Uum simples roubo.
É muito importante.
Certo, Certo.
Deixa eu confirmar o
endereço outra vez.
É...
Ouça!
- Seu número, por favor.
- Me deu um número errado.
Desculpe, senhora.
Que numero quer chamar?
Estava chamando a Murray Hill 3-5097...
Que é o escritorio de meu esposo...
e em seu lugar, saiu
outro número que você marcou.
As linhas devem estar cruzadas.
Ouvi uma coisa espantosa.
- Um assassinato.
- Como?
E agora quero que me consiga outra
vez esse número errado.
Desculpe, senhora.
Não compreendo.
Voce marcou um número para
mím, agora pouco...
Murray Hill 3-5097.
Tentava continuamente, e pedí
que me conseguisse. E o fez.
E então, esses homens
horriveis me deixaram nervosa.
Me assustaram.
Estou inválida, sabe?
Te transfiro com a operadora
chefe.
Por favor.
- Operadora chefe. Posso ajudá-la?
- Estou inválida...
e acabo de ter uma horrivel experiencia
com o telefone.
E preciso localizar uma chamada.
Era sobre o assassinato, a sangue frio,
de uma pobre mulher indefesa.
Esta noite ás 11:15.
Estava tentando falar
com o escritório de meu esposo.
Já deveria estar em casa.
Estou só.
Minha enfermeira tem a noite livre, porque
meu esposo me prometeu...
que estaría em casa
as 6:00.
Não conheço nenhum dos vizinhos,
porque vivemos em Chicago.
E tambem, o casal que
trabalhava em casa tinha...
um compromisso importante, não sei.
Um filme, creio.
Eles disseram que eu havia prometido
faziam tres semanas.
Deveriam ter me consultado,
antes de sair...
deveriam ter tido alguma
consideração.
Toquei a campainha,
durante uma hora...
esperando que tivessem
voltado.
- Mas não há ruido lá embaixo.
- Sím, senhora.
Como te dizia, como nao conseguia
falar com o escritório esposo...
Chamei a telefonista, pedi que
tentasse, e ela o fez.
E então, de repente escutei uma
espantosa conversa...
entre dois assassinos.
E agora, queria que a localizasse
para mím, em seguida.
- Bom, senhora. Isso depende.
- Depende de qué?
Se já terminarm de falar.
Claro, já terminaram
de falar a estas horas.
Era uma conversação curta.
Não estavam de papo, desde logo.
Para qué quer localizar a chamada?
Tenho que ter um motivo, quando
ouço dois assassinos?
Lhe parece pouco?
Escuta-me, senhora.
Você, provavelmente não entende...
mas uma pessoa, uma mulher...
vai ser assassinada em alguma
parte desta cidade.
E esse assassinato será esta noite
as 11:15.
Não acha que essa é uma
boa razão?
A entendo perfeitamente, senhora...
mas sugiro...
que dê esta informação
a policía.
¡Oh, pelo amor de Deus,
qué burocracia tão estúpida!
Fica-se sentada, enquanto
matam gente!
- Número, por favor?
- Ligue-me com a policía.
Sím, senhora. Em seguida.
Tick-tock, tick-tock.
Escuta o tic-tac.
É bonito, eh?
Gostas?
Quem sabe seja tua mãe, perguntando
por tí.
Departamento 17.
Duffy, na escuta.
Díga-me? Oh, sN, Sra. Stevenson.
Me recordo. Qué?
Você o que??
Um assassinato?
Sím, díga-me.
Mas tem um monte de pessoas
que se chaman George.
E quanto ao vigia particular,
na 2ª avenida e na ponte...
Mas a 2ª avenida é uma rua
muito comprida.
Paroou para pensar quantas pontes
tem na cidade de Nova York?
Sem contar a do Brooklyn,
State Island, Queens e no Bronx.
Veja, senhora, são muitos os assassinatos
que se comentem nesta cidade, cada día.
Se podemos evitar, os evitamos.
Mas, com uma pista tão vaga...
Bom, veja senhora,
não creio que possa nos ajudar muito...
a não ser que você pense que há
alguma relação entre essa chamada...
e alguem que queira mata-la.
A mím? Creio que não.
Isso sería ridículo. Quero dizer
por que iriam fazer.
Viu? Então não há nada
pelo qual deva preocuprar-se.
- E agora, se me perdoa, por favor.
- Espere um minuto.
Epere um momento,
senhora por favor?
Ay, linda,
por qué choras?
Sja uma menina boa.
sua mãe já virá, vais ver.
Desculpe, senhora, mas tenho
un par de coisas, em cima de minha mesa...
que requerem atenção imediata.
Boa noite.
Está bem!
Não me façam caso!
Henry.
Henry, por que me
deixastes só?
- Diga?
- É Plaza 5-1098?
Uma conversa para
a senhora Stevenson.
Desde Chicago.
Sou a senhora Stevenson.
Um momento, por favor.
- Falem.
- OUÇA, Leona?
- Olá, papái.
- És tú, querida?
- Como está minha menina, esta noite?
- Qué estás fazendo?
- Cómo estás?
- Podes falar?
- Se posso falar?
- Podes falar?
Claro.
Diga-me, diga-me.
Um assassinato?
Esta noite as 11:15?
Chamastes a policía?
Cómo é possivel? Onde está Henry?
E tua enfermeira?
Henry disse que o faria, certo?
Bom, então
por qué não voltou para casa?
Negocios? Qué negocios?
Não te falei várias vezes
que sua primeira obrigação é você?
Eu me ocuparei dos negocios.
Não, de verdade, filha.
Não tem outra responsabilidade no mundo.
E quando não estou perto
para vigila-lo, esquece.
Pode ter sido uma encenação.
Um casal de atores
de um programa de radio.
Um programa de radio?
Linha cruzada.
Procura descansar
e não te preocupes.
Querido, todo o mundo está...
Perdoa-me.
Quero que resolvas tudo
e volte logo.
A casa parece um cemitério sem você.
Certo, filha, não te incomodo mais.
Só queria saber como estavas.
- Me telefone amanhã.
- Sim, te chamarei amanhã a esta mesma hora.
Diga a Henry que me telefone do escritório
amanhã de manhã.
Quero falar com ele.
Número 99. 99.
Número 17. 1-7.
Chama ao telefone a
senhorita Elizabeth Jennings.
Chamam ao telefone a
senhorita Elizabeth Jennings.
Número 46.
Pedimos que atendo o telefone
senhorita Elizabeth Jennings
Número 23. 23.
Vinte e tres!
Já tenho duas linhas.
Tudo o que preciso agora
é o 14 e o 65.
- Senhorita Jennings?
- Um segundo, por favor.
Estamos perto, senhoras...
...muito perto da super
estupenda manta eléctrica...
doada por Bollcomb's Drug Store.
- E o numero seguinte é...
- Te chamam ao telefone.
- Uma tal senhora Stevenson.
- número 59.
- Bingo!
- Oh, que azar. O que acontece?
Uma senhora Stevenson quer falar
contigo ao telefone.
- Disse que era urgente.
- Senhora Stevenson?
Pelo amor de Deus!
Por que não disse antes antes?
Ouça? Desculpe-me, senhora Stevenson.
Não tinha ideia.
Você é a última pessoa na Tierra
a quem eu faria esperar.
- O senhor Stevenson não está em casa.
- Não está em casa ainda?
- Você sabe onde está?
- Não sei, senhora Stevenson.
Já deveria ter chego
a horas.
Desde então, está diferente.
A última vez que o vi
saia para ir a um encontro.
- Onde?
- Não, não sei onde.
Mas era um encontro para
comer, com uma jovem.
Oh, sím, muito bonita.
Veio ao escritório essa manhã.
Disse que seu nome era Lord.
Senhora de Frederick Lord.
Parecía muito ansiosa de ve-lo.
Ficou esperando duas horas.
Senhor Stevenson.
Tem uma visita.
Em outra ocasião.
Hoje estou muito ocupado.
Olá, Henry.
- Lembra de mim?
- Pois...
Ah, sím, sím, claro.
Bom, diga-me o que queres.
Entra, por favor.
Sím, asím foi como a cumprimentou.
Não parecía que a estivesse esperando.
Mas estou segura de que
foi alguem imoportante para ele.
Desgraçadamente, não pude ouvir
o que disseram.
Mas a conversa não
durou muito.
e me consta que o senhor Stevenson
marcou uma hora para ve-la máis tarde.
Espéra-me alí.
Pergunta por Maurice.
Obrigado, Henry.
Não sei por qué, mas
ele não foi com ela.
Voltarei um pouco tarde. Se alguem
chama, anote o recado.
- Estarei em contacto com vocês.
- Sím, senhor Stevenson.
Não sei onde foi depois,
senhora Stevenson.
Tudo o que sei, é que
não o ví todo o dia.
Eram 6:30 quando
fui para casa.
e fui a última a sair,
exceto a Jimmy, o porteiro.
Não, não voltou a pegar
os recados.
Só tinha um.
Um homem de State Island...
que o chama a cada semana.
um tal senhor Evans.
Mas por outro lado,
no é estranho...
que o senhor Stevenson
estja fora todo o día.
Não tem por qué preocupar-se.
Oh, senhora Stevenson, espero
não ter falado demais.
Mas estou certa
de que tudo era inocente.
O senhor Stevenson parece
tão apaixonado...
...e fala tão maravilhosamente
de você.
Gostou das flores desta
semana?
Tenho o pressentimento,
penso que...
as camelias são adoráveis,
certo?
- O señor Stevenson?
- Não está em casa. Quem deseja?
- O senhor Evans. Sabe quándo chegará?
- Não sei.
- Não sei, ja devería estar aquí.
- Sabe onde localiza-lo?
Não tenho a menor ideia.
Chame máis tarde, por favor.
Dentro de 15 minutos?
Não tenho muito tempo.
- Vou antes da meia noite.
- De acordo, 15 minutos.
Obrigado. e diga-lhe que chamei,
assim que volte.
Meu nome é Evans.
É muito importante.
Sím, de acordo.
Residencia dos Lord.
Diga?
Queria falar com a
senhora Lord, por favor.
A senhora Lord?
Um momento, por favor.
- É para mím, Peter?
- Não. É para mamá.
Não sei por qué não estás dormindo.
Sally, quer fazer
que Peter va para a cama?
Agora onde estava?
Ah, sím.
"...que o mencionado
Henry Stevenson..."
- Então é Bayonne?
- Bayonne.
Bayyone da
Corporação Cotterell.
Escritórios centrais em
State Island.
20 Dunstan Terrace,
Staten Island.
- Diga?
- Ouça? Senhora Lord?
- Sím, sou eu.
- Sou a senhora stevenson.
Não creio que nos conheçamos,
mas creio...
que viu esposo esta tarde.
- Sím, sím.
- O que acontece, senhora Lord...
é que meu esposo
não voltou para casa.
Não posso localiza-lo. pensei que
talvez pudesse dar-me alguma ideia.
- Sím, sím.
- Não posso ouvi-la, senhora Lord.
- Quer falar um pouco mais alto?
- Certamente, eu...
Acontece algo? Espero que não
esteja fazendo ninguem esperar.
Oh, não, não.
Poderia chama-la depois?
- Por qué?
- Porque eu...
- É meu día de Bridge, sabe?
- E que isso tem a ver?
Perdoa-me...
mas não a entendo,
senhora Lord.
Desculpe. E então...
essa ida a Roton Point.
- Quem é?
- Ouça, senhora Lord...
Você está zombando de mim?
Só, se você não sabe.
sou uma inválida.
- Lhe darei a receita.
- Do que fala?
Meu esposo está aí, com
você? Diga-me a verdade!
Coloque tres ovos,
duas xicaras de leite...
um terço de xícara de levadura...
Se bate a ponto de neve, com uma
coclherada de açucar
Leona, só um segundo.
Sou Sally.
Sally Hunt, Leona.
Sally? Sally Hunt?
Sinto muito, mas
agora não posso falar.
Mamá, diga ao papai
que pare de escrever a máquina?
- Filho, por favor, dorme.
- Sím, mamá.
Não posso explicar agora, mas
te chamarei assim que possa.
- Onde teria ido?
- Sím, querido?
Pensei que tinhas saido.
Joe quer uma cerveja.
Tem alguuma fría?
Não, Fred, creio que não.
Mas irei até a loja.
- Certo, Meu bem.
- Obrigado, Sally.
- Vamos ver onde estava?
- Será melhor começar de novo.
Sally Hunt.
Posso interromper?
Não te importa, certo, Sally?
Um velho costume...
troca de casais.
Sou Leona Cotterell.
Qual seu nome?
- É o senhor Henry Stevenson.
- Olá, dançamos?
Se não lhe importa, senhorita, de onde
eu venho é o homem que convida.
De acordo, adiante.
Por qué não procura alguem
que possa segui-la?
Estou certo que por aí tem
melhores dançarinos que eu.
Farás muito bem, Henry.
Leona pode te ensinar.
Disse que seu nome
é Cotterell?
Exactamente.
Há uma grande companhía química com
esee nome. Alguma relação?
Temo que sim.
É de meu pai.
Quer dizer J.B. Cotterell?
- Isso é ruim?
- Não, não. Únicamente que...
sempre imaginei a Cotterell
como um tubo de creme dental.
Como te chamam, a
aspirina herdeira?
Eu creio que a rainha dos
comprimidos para a tosse.
Sabes que não danças mal?
- Fazes sempre?
- Sim, não em lugares como este.
Não és da cidade?
Isso depende do que você
entenda por cidade.
Oh, não sei. Harvard?
- Sei está fazendo a graciosa?
- Qué entendes por fora da cidade?
- Grassville.
- Qué universidad tem lá?
Não ha. Só tem
tubos de aço.
Sinto, não sabía.
Não tem importancia.
A verdade é que...
nunca terminéi a carreira.
Teria gostado de ter feito.
Meu pai muito menos. É mais,
jamáis passou do 7º ano.
- Está brincando?
- Não, meu paid diz sempre...
"Se um home não tem talento
para ganhar dinheiro...
a escola não lhe servirá
de nada.
Ese tem talento
para ganha-lo...
Por qué tem que perder
o tempo na escola?"
Sím, está certop E seu pai
soube encontrar a fórmula...
para ganha-lo.
- Bom, agora devo ir-me.
- Espera um momento.
Quando nos
veremos?
Para qué?
Tenho meu carro lá fora, bem
na porta principal.
É um Lagonda, recem importado.
Já viu alguma vez?
Não, nunca. e depois, Sally
deve estar me procurando.
Isso não importa. É um
baile público, certo?
Não te preocupes, não
sentirá sua falta.
Mas eu dela, quem sabe sim.
Não parou para pensar?
Vem. Não sejas tonto.
Esta vez, não brinco.
Eu muito menos.
Adeus, senhorita Cotterell.
Ah, e sinto não poder compartilhar
a essa Lagonda, ou como se chame.
Nem em um milhão de anos
os teria imaginado juntos.
- Por qué?
- Ah, sois tão diferentes.
Pertencem a mundos diferentes.
Tú não pertences aquí,
a Grassville, Henry.
- Por que diz isso?
- Uma punhalada.
Viví muito, e...
Creio que posso localizar uma
coisa boa a milhas de distancia.
No está Grasville por alí?
- Será melhor voltarmos.
- Por qué?
- Não estás bem aquí?
- Você cree?
Viva aquí uns anos, e me
dirá se lhe agrada.
Henry diga-me, essa mulher...
que abriu a porta da casa,
é tua mãe?
- Mimha mãe morreu.
- É estranho.
A minha tambem.
Morreu quando eu nasci.
- Cómo era tua mãe?
- Não sei.
Faz tempo que morreu?
O ano passado,
mal a conheci.
Tudo o que lembro dela,
é um varal com roupa pendurada
na cozinha, e um monte de
panelas gordurosas na pia.
O único que vi dela...
Foi um esfregão, sabão, e
antigos sapatos no armário.
É curioso, mas...
quando a vi morta, deitada em
sua cama, o ano passado...
pareceu alguem a quem
não conhecia.
Não sei porque estou contando isso.
Não há nada agradavel na minha vida
- Um cigarro?
- Obrigado.
O que se passa?
Nada.
O que fazes em Grassville, Henry?
Trabalhando. Até que ajunte
o suficiente para...
poder sair daquí.
- Onde trabalhas?
- Numa farmacia.
Uma farmacia?
Que coincidencia.
Sím, uma coincidencia.
Eu trabalho em uma farmacia...
e seu pai é propietario
de cem.
Gostaria de conhece-lo?
- Está brincando?
- Não.
Creio que gostarás
muito de meu pai.
Es jovem, são, ambicioso...
E conheces o negocio de
farmacias a fundo.
Eu não diria isso. Leona.
Leona? Isso soa bem.
Cháma-me Leona outra vez.
Só sou um empregado,
e isso é muito diferente.
Mas gosto de você,
e tambem é diferente.
Eu gosto, você gosta.
Vamos.
Estamos nos comportando como um
par de jovens brincando.
O que faria uma dama como você,
com um individuo como eu?
Posso?
Papá virá em viagem de negocios,
este fim de semana.
E eu termino a escola no sábado.
Queres vir comigo?
Eu não sei como te dizer,
Leona...
Bom, diga de una vez.
Já vou embora.
estavas vendo a Henry sempre,
nas últimas semanas, certo?
Sím, e daí?
- Pois, creio que devo avisar-te.
- Avisar-me?
Henry não é da classe de homens
com os quais se possa brincar.
Não continues brincando com ele,
por favor.
Quem disse que
estou brincando com ele?
Bom, ele não é justamente
teu tipo.
E sabes tão bem
como eu.
- Gosto como falas.
- Henry é pobre.
foi pobre
toda sua vida.
Sei que isso não lhe importaría a outros,
mas e ele lhe importa.
Eu o conheço há muito tempo.
O pai de Henry era um bebado.
Trabalhava um día, e no seguinte
bebia até o último centavo.
Foram oito irmãos.
E daí? O que tem isso a ver
com o que estamos falando?
Leona, poe a
cabeça no lugar
ou não será capaz de encontrar-se
a sí mesma outra vez.
Quer dizer que não podes
suportar a competencia?
- Não se trata disso.
- Se não sabes...
te direi que pensei
muito em Henry Stevenson.
E me convenceu que é
muito bom para esta cidade.
Nunca disse que não fosse.
E quero fazer algo por ele,
ensiná-lo a divertir-se,
apresenta-lo as pessoas,
é assunto meu.
E se quero casar com ele,
tambem é assunto meu.
Casar-te com ele?
Não sabe o que dizes.
Não poderías.
- Por qué não podería?
- Porque...
Porque estamos apaixonados,
Leona.
Eu tambem. E não costumo
analizar minhas emoções.
Quando quero algo,
luto por ele.
E normalmente consigo.
Mas querida, este homem não
tem nada. Não tem historia.
Não tem educação,
não tem experiencia.
E o que tinha você, quando
começastes no Texas?
Olha, filha, gastei dinheiro
na tua educação...
tentei dar-te
tudo o que querías.
Por que jogar agora
tudo pelos ares?
- O amo.
- O amas? Oh, vamos...
SE realmente acreditasse que
o amas, sería ol primeiro em...
O que acontece?
Acho graça.
Seja sincero contigo mesmo,
ao menos uma vez.
Que te importa
se o amo ou não?
Tudo o que queres é que permaneça
em casa contigo, toda minha vida.
Qual pai não quer cuidar
de sua filha, até...
saber que ela tem algo melhor
que o que ele deu?
Te acostumastes tanto
a depender de mím...
que não serás feliz até que a mim
não me aconteça o mesmo contigo.
Não te permiti fazer sempre
tudo o que você quis?
Mas o matrimonio é
diferente.
Trabalhei duro. Construí
um grande negocio para tí.
E você só quer saber de
marido que não vale a pena.
- Me deixe só!
- Por favor.
Tú não te preocupas por mím. Só
pensas em tí e em teus negocios.
És odioso!
Egoísta e odioso!
Filha, por favor trata de acalmar-se.
Vais ficar doente.
De qué servirá teu dinheiro e teus
maravilhosos negocios se morro?
Sím, é isso o que queres.
Levar-me ao túmulo!
Mas não te preocupes, enquanto
teu negocio esteja seguro!
- Como pode dizer algo assim?
- Sai.
Não me toques.
Falei para não me tocar.
- Não te atrevas a tocar-me.
- Leona, querida.
Perdoa-me.
Desculpe.
Falaremos disso em outra oportunidade.
Talvez possamos fazer algo.
Eu, Leona, quero a Henry...
Eu, Leona, quero a Henry...
- como legítimo esposo...
- como legítimo esposo...
- para cuida-lo e sustenta-lo...
- para cuida-lo y sustenta-lo...
- de agora e para sempre.
- de agora e para sempre.
Eu, Leona, quero a Henry...
Henry, vamos, querido.
Reservei mesa no Maxim's.
A ópera começa as 7:30.
E sabes que não gosto de chegar tarde.
- Já vou, meu bem.
- Onde está tua carteira?
Minha carteira?
Deve estar no bolso da jaqueta.
Olá. Sou Sally outra vez. Sinto
ter sido tão misteriosa.
mas não podía falar.
Meu marido estava perto.
Na verdade é que
me sorpreendeu bastante.
Tudo isto deve parecer-te
muito diferente, certo?
estar falando comigo,
depois de tantos anos.
Porem tenho que ver a Henry.
Tenho estado preocupada por ele.
Preocupada?
Bom, é um pouco difícil
de explicar,
mas fazem umas 5 semanas, Fred...
É meu marido e trabalha no
escritório do fiscal do distrito.
- Isso é interessante.
- O que é interessante?
Bebe o leite, Peter.
O que dizias?
Uma divertida coincidencia.
Estou lendo no jornal...
sobre um antigo noivo seu.
Que antigo noivo?
Não fostes namorada de
Henry Stevenson?
Eu o conhecia, sím.
O que ele fez?
Está sua fotografía no
jornal. Ele e sua esposa.
"O Sr. e a Sra. Stevenson,
a rainha das pastilhas para a tosse...
de Lake Forest, Illinois...
alugaram uma casa em
Nova York, para passar o verão"
"A senhora Stevenson, de precaria
saude durante varios años...
está aquí para consultar o eminente
especialista Dr. Alexander.
"Ol senhor Stevenson é vice-presidente
da companhia Cotterell de Chicago".
É divertido.
Quem ouviu falar de uma
rainha de pastilhas para a tosse?
- Está mudada.
- Você acha?
- ¿Para qué os guardas?
- Um caso no que estou trabalhando.
Queimam as torradas.
Fred, já sei que
deve ser um segredo...
mas, por qué
guardas esse recorte?
Qué relação pode ter
Henry Stevenson contigo?
Não tem relação comigo. É só
uma ideia na qual estou trabalhando.
- Sobre o que?
- É uma investigação especial.
Mas Henry não fez nada,
certo?
Desculpe, meu bem, são
muitas perguntas.
Hei, não me digas que continuas
apaixonada por ele
Não sejas tonto.
- Já terminou, Peter?
- Sím, mamá.
Díga-me. Sím, Joe
Você fez?
Estupendo. E o que há
de Stevenson?
Sim?
Estupendo. São muito
boas noticias.
Deseja, eh?
claro que iremos.
Diga a Harpootlian que esteja pronto.
5000 são suficientes.
Prepára-os em notas de cem,
veja que não estejam marcadas...
E mantem a boca
fechada.
Certo.
Quinta.
Por volta de 18:30, em
South Ferry. Adeus, Joe.
Provavelmente pensarás
que não era assunto meu, Leona...
e suponho que não era, mas
as 18:30 daquela quinta...
fui a South Ferry.
Não sei o que esperava encontrar.
de imediato, a principio
não vi nada especial.
Mas o certo é que o cenário
estava preparado para algo.
Joe, o melhor amigo de Fred
estava lá.
Havía outro homem com ele.
Suponho que era esse
Harpootlian que havía mencionado.
o que devia trazer os 5000$
em notas marcadas.
Estás certo de que Fred sabe
onde temos que nos encontrar?
Aí está.
- Desculpe, atrasei.
- Vamos.
Agora pode parecer tonto,
Leona...
que estivestes espiando
mas algo me dizia que tinha
que averiguar o que estava acontecendo.
Não sei, ainda
não posso explicar o por que,
mas eu...
lhes seguí.
Foi um dos días máis
misteriosos que passei.
Estivestes alguma vez
em Staten Island, Leona?
Algunas zonas estão
assentadas firmemente.
Mas outras, parecem existir
só em um sonho.
Como a praia solitaria que
fomos aquele día.
Era um lugar desolado, bem
no interior da ilha.
Não havia ninguem a vista,
exceto... sím, um rapaz
Que estava procurando moluscos
sobre a terra.
Máis longe, no final da praia,
haviam uns barracões
quebrados, e atras deles,
uma velha casa deserta.
um segundo depois
vi a Fred e aos outros dois homens
andando ao final de um pequeno
caminho que dava na praia.
Não me dei conta se
falavam com o catador de moluscos.
depois entraram em um
dos barracões...
que me pareceu uma casa
de comidas abandonada.
Foi então quando me dei conta
do estranho aspecto da casa.
Parecía vazía...
como se ninguem tivesse vivido
nela durante anos.
e apesar disso,
havia um letreior récem-pintado
na parte da frente.
Parecía pertencer a alguem
chamado Evans, W. Evans.
Esperei láí, observando,
por volta de uma hora.
Não aconteceu nada.
e então...
Justo quando começava a pensar
que era um falso alarme,
vi algo.
Algo muito estranho.
Estuveram lá
mais de meia hora.
Quando sairam, a principio
não me dei conta de nada.
Tudo o que pensei foi como
afastar-me de seu caminho para...
que no me vissem, pois
vinham em minha direção.
Mas quando se aproximaram,
e passaram bem na minha frente,
vi a Fred, que levava
a carteira.
Não vi a meu marido até que
chegou em casa a noite.
Queria perguntar o
que aconteceu
e que relação podía
ter com Henry,
mas não me atreví.
E agora, a menos que façamos
algo, podería ser demasiado tarde.
Senhora,seus cinco minutos
acabaram.
Por favor, deposite 5 centavos
para os próximos 5 minutos.
Um momento, por favor.
Vou por outra moeda.
Leona,
estás aí?
Sím, mas isso é uma das
cosas mais estranhas que ouvi.
Eu sei. Não fui capaz
de relacionar
a Henry com toda esa
actividade tão misteriosa.
E por isso fui ve-lo hoje, para
saber a verdade dele mesmo.
- Coonseguiu?
- Apenas.
Desculpe, mas me
entretive máis do que pensei.
- Espero já tenham atendido.
- Sím, obrigado.
Dois martinis, por favor. E diga
a Loise, que espero uma chamada.
- É muito importante.
- Sím, senhor.
Bom, como estás,
Sally? passou muito tempo.
Sím, Henry.
Oito anos.
- Cómo está Grassville agora?
- Não sei.
Não vou lá
fazem muitos anos.
Bom, Sally querías ver-me.
Do que se trata?
Bom, não é fácil
explicar.
Verás, pensei
muito en tí
estes anoss, e bom...
Ontem...
- Dois martinis. Duplo seco, como sempre.
- Obrigado.
Bom, fale-me coisas
de Grassville.
Fale-me tudo.
O que acontece por lá?
Acabo de dizerr
que ja não vivo en Grassville.
Casei e vivo em
Nova York.
Casada? O que está dizendo?
Eu o conheço?
Não, é advogado.
Trabalha num escritório...
do fiscal do distrito
para assuntos especiais.
- Por isso quería ver-te...
- Senhor, querem pedir já?
Não, obrigado, ainda não,
Maurice.
Quem é esse home que
está detrás de mím?
Não sei, Sr. Stevenson.
Desculpe.
Obrigado. Desculpe.
O que dizias?
- Qual o assunto?
- Queres algo mais?
Bom, se não te importa,
eu estou sediento.
O que trato de dizer
é que...
vi uma fotografía tua no
jornal.
Sei que és o vice-presidente
da comapnhia Cotterell.
- Soa bem, certo?
- Ainda estás casado com Leona?
Claro, ainda estou casado
con ela e vivo em Chicago.
E ainda trabalho para meu sogro.
Um dos homens
máis ricos do país.
O que fazes
lá, Henry?
Apertar botões, como
o resto dos vice-presidentes.
- Não, falo sério.
- E eu tambem.
Sou o rei da fortuna.
Supervisiono as pequenas faturas...
que fazem para as mercadorias
que entran nos amrmazens.
Mil de pequenos vistos
em mil pedaços de papel.
Sem mencionar as cinco
copias de papel carbono.
- Que acha de comermos?
- Garçon!
Díga a Morice que venha.
Não quero parecer inquisitiva.
Só quero beneficiar-te.
Meu marido estava
fazendo ontem uma investigação.
- Sua chamada, Sr. Stevenson.
- Ah, obrigado.
Perdão. Peça algo.
Volto logo.
Espere um momento...
Por favor, deposite 5 centavos
para os próximos 5 minutos.
Não tenho mais moedas.
Leona, terei que
te chamar depois.
Quero te dizer que Henry nunca
voltou dessa chamada de telefone...
E que tem problemas,
problemas importantes.
Fred está trabalhando em uma
investigação para o escritório central.
O caso tem importancia
e andou telefonando
Ouvi mencionar o nome de
Henry, uma e outra vez.
E tambem tem alguem mais
nisso, chamado Evans.
Sues 5 minutos acabaram.
Waldo Evans. É dono da casa
de Staten island, a que eu vi.
Perdão, senhora, mas seus
5 minutos acabaram.
Só um momento.
Podería dar-me algumas moedas?
Tenho que fazer outra chamada.
Desculpe, mas
já fechei, senhorita.
Por favor...
Quem é?
Quem é?
Espere um momento.
Já vou.
Pode ouvir-me?
Estou só.
Quem é?
Pelo amor de Deus!
Não posso descer, estou no
andar de cima e estou doente.
Espere um momento,
não vá, por favor.
Por favor, não vá!
Pode ouvir-me?
Pode ouvir-me?
Estou chamando do metrô.
É Sally.
Pode ouvir melhor agora?
As lojas por aqui estão fechadas
e não encontrei um telefone.
Fiquei em casa desde que te falei
e aconteceram mais coisas.
Havia um carro da policia
em frente da casa.
Quando cheguei, parece que
a casa de Staten Island, a que vi
incendiou-se esta tarde.
A policia colocou um cordão
ao redor. Capturaram a 3 homens
mas Waldo Evans escapou.
Mas quem é esse Waldo Evans?
E pelo amor de Deus,
que relação tem com Henry?
Só sei que tudo isso
tem algo que ver
com a companhia de teu pai.
A companhia de meu pai?
Isso é absurdo.
Meu pai me chamou essa noite de
Chicago, e não me falou nada.
Vamos esclarecer isso.
- Quem foi preso, e por qué?
- Tres homens, e não sei por qué.
¿Por qué acreditas que
um deles é Henry?
Não disse que fosse um deles.
O que eu sei é que está complicado.
Mas prenderam,
ou vão prender?
Então de que estás falando?
Para que estás chamando?
Ainda tens ciume de que te
tirei a Henry fazem anos?
¿É que não podes
suportar me ver feliz?
Não podes deixar de dizer
mentiras e de criar-me problemas?
Sally, O que acontece?
Alo!, Alo!
- Queres?
- Não, não, obrigado.
Tenho a impressão de que
deveriamos chamar o chefe
antes de ir a cidade.
O trem está aquí.
Chegaremos em dez minutos.
- Podes chamar de lá.
- De acordo.
Sím.
É Plaza 5-1098.
- Quem é?
- Correios.
Tenho uma mensagem para
a Sra. de Henry Stevenson.
Você pode receber?
- Sou a Sra. Stevenson
- O telegrama diZ:
sinto muito, mas
lembrei no último minuto...
convenção anual.
Reunión Boston amanhã.
Tomarei próximo trem.
Volto domingo.
Cuide-se. Todo meu amor.
Assinado: Henry.
É tudo, Sra. Quere que
enviemos cópia da mensagem?
Alo? Alo!
Enão espero até que
o trem passe pela ponte...
sua janela está
aberta e começa a gritar.
Nosso cliente diz que
a costa está vazia.
Tenho a mensagem, George.
Tudo certo para esta noite?
Onde está Henry?
Negocios? Qué negocios?
As vezes passa o dia sem
que o Sr. Stevenson venha.
Henry tem problemas,
problemas importantes.
Voltarei domingo.
Escritorio do Dr. Smith.
Não, o Dr. não chegou.
Por volta das 11.
- Obrigado.
- Escritório do Dr. Alexander.
Não, senhora, o Dr. não está.
Quer deixar recado?
O que disse, Sra.?
Não, não posso dizer-lhe.
De-me seu nome
e número de telefone.
Sím, senhora
tomarei nota.
Sra. Stevenson.
Sra. de Henry Stevenson. Sím.
Plaza 5-1098.
Tentarei localiza-lo.
Perdão, senhor.
Chamam de seu escritório.
Obrigado.
Desculpem, já volto.
- Peça outro copo, queres?
- Esse telefone horrivel.
- Espero que não seja nada importante.
- Não será.
Esta noite não.
Doutor, pensei que não chamar.
Deve vir rápido.
Vamos, vamos, não será
tão grave assim.
Díga-me, O que acontece?
Quero que venha. imediatamente.
Temos que não será
possivel, Sra. Stevenson.
E depois já passamos
por isso várias vezes.
Já decidiu cooperar
com seu marido e comigo...
em nosso plano de ação?
Plano de ação?
Do que está falando?
Sabes tão bem
como eu.
Expliquei na minha carta
faz mais de uma semana.
Qué carta? Nunca recebí
uma carta de você.
Com certeza seu marido...
- Não lhe disse, Sra. Stevenson?
- O que?
Na verdade, não o entendo.
Veja, Sra. Stevenson, creio
que esta não seja a hora...
nem o lugar adequado
para falar disso.
Trate de dormir
e fique tranquila.
- Discutiremos amanhã.
- Não, vamos discutir agora.
Me ouves?
Agora mesmo!
Como queira, Sra. Stevenson.
Não desligue, por favor.
¿Pode pasar-me esta
chamada para a cabine?
Sím, claro.
Queres passar a chamada do Dr.
para a cabine? Um momento.
Alô? Estás aí,
Sra. Stevenson?
- Sim, doutor, sim.
- Bom, se insiste em saber...
seu esposo chamou a meu escritório, para
saber o diagnóstico de seu caso...
...devem fazer uns dez días.
Falei muito com elel, sobre
seu estado de saúde.
E então, lhe disse...
De qualquier forma,
Sr. Stevenson, a doença...
de sua esposa, parece
vir de sua infancia.
E deve ter tido
periodos longos de boa saúde.
- Certo?
- Sim, suponho que sim.
Não sabía nada de sua doença
quando se casou com ela?
Não.
Quantro tempo depois do casamento
apareceu o primeiro síntoma?
Bom, eu...
Não lembro a data com exatidão.
Talvez um par de anos
depois do casamento.
Veja, doutor, estávamos
vivendo com seu pai...
em Chicago em Lake Forest.
Marie, quer trazer
a bolsa da Sra. Stevenson?
Veja, meu bem, referente
a comida de hoje...
Traga a bolsa da
Sra. Stevenson.
- Sim, senhora.
- Quanto queres?
Como quanto quero?
Sinto defraudar-te, querida, mas
não se trata do que estás pensando.
É únicamente que ontem anotei
o telefone de Ferguson em tua agenda.
- Sim? E daí?
- Ia te dizer.
Tenho um encontro para
comer hoje com ele.
Sabes que tens que
comer comigo. É sexta.
Eu sei, querida,
mas não será possivel.
Este encontro com Ferguson
é muito importante.
Máis importante
que eu, suponho.
Não, não, não é issoo. É que ontem
tivemos uma conversas..
...e pediu que nos vissemos hoje.
- É referente um emprego.
- Um emprego? Você tem emprego.
Madam, é esse o
traje que levará?
Se não se importa, Marie, gostaria de
falar com a Sra. Stevenson a sós.
- Mas madam está atrasada, e...
- Quer sair, por favor?
O que quero dizer querida, querida...
e quero fazer já
faz tempos, é que...
não pertenço a
organização de teu pai.
Sim, me casei com sua filha,
e agora sou vice-presidente.
Tenho um magnífico escritorio, meu
nome na porta, inclusive secretaria.
Mas o que eu faço? Nada.
E o que queres fazer?
Tocar o negócio aos 6 meses?
Não, mas ao menos gostaria de pensar
que algum dia terei uma oportunidade.
Mas trabalhar para teu pai é
como correr em um sonho.
Poir mais que tentes
nunca chegarás a lugar nenhum.
- Não tem sentido. Papai despreza
a arvore caida. - Com certeza.
O que acontece é que já não sou
seu genro. Não sou cego, Leona.
Enquanto esteja casado contigo,
não me dará uma oportunidade.
Estás fazendo tempestade
em um copo de água.
Estou tratando únicamente
de ser sincero contigo.
Não desejo estar vivendo de tua caridade
o resto de minha vida.
Quero uma oportunidade
para demostrar o meu valor.
E não estás tendo tua oportunidade?
Podes demostrar teu valor, mas ouça-me:
Só porque papai não
poe tudo em tuas mãos...
não vais jogar idiotamente
um milhão de dólares
por um capricho inútil.
Lembra que
tambem é meu negocio.
E deves defende-lo
como se fosse seu.
Quer chamar Marie, por favor?
Ficou tarde.
E chama a Ferguson, e diga-lhe
que mudou de ideia. Depressa.
Mas eu não
mudei de ideia, Leona.
- Quer dizer que você vai?
- Sim.
E algum dia te darás conta
de que é o melhor para os dois.
Henry, espera!
Não, tú não irás,
enquanto seja meu marido.
Leona. Vamos,
não sejas boba.
- Da-me essa chave.
- Não podes faze-lo.
Não podes fazer-me isso.
Nunca ninguem fez isso.
Comporte-se e de-me
essa chave?
Por favor, se me amas
não o faças.
Henry, por favor, te prometo
que falarei com papai.
Farei qualquer coisa, o que queiras,
mas não me abandones.
- Não vá!
- Da-me essa chave.
Não, não o farei!
Não o farei!
Não me deixes!
Me machucas.
Henry, por favor.
Te amo.
Henry, não, te peço.
Baoa tarde, Wilkins.
Boa tarde, senhor.
- Está em casa a senhora?
- Sim senhor. Está lá em cima.
O que é isso?
Tem alguem doente?
Peço perdão, senhor.
Henry, vem aquí.
Tenho que falar contigo.
O que acontece?
Espero que não seja Leona.
Sim é ela. Teve um ataque,
um ataque cardiáco.
- Quase morre.
- O coração?
Entra. Tem algo que
tennho que falar contigo.
Discutiram
esta manhã?
Sim, mas
o que tem isso a ver agora?
Não tinham que
comer juntos hoje?
Diga-me, por qué
não comestes com minha filha?
- É que tinha um compromisso.
- E ela não reclamou?
Sim, claro,
tivemos uma discussão.
- Uma discussão particular.
- Sobre?
Veja, se não se importa
gostaria de ver minha esposa.
A verás quando ela
possa ver-te.
Por favor, espere um momento.
Por que tudo isso?
Sente-se, Stevenson.
Se você não sabe, Leona tem
um problema de coração desde criança.
Sua mãe morreu
quando ela nasceu.
Não pode ser tratada
do modo como vcê fez hoje.
E ninguem a vai tratar assim,
nem você nem ninguem.
E o que acontece se de vez em quando
seu marido tem uma opinião propria?
Pouco me importam
suas opiniões.
Pense o que quiser,
mas enquanto estiver nessa casa...
Farás o que minha filha te diga.
Não é ol momento oportuno
para este tipo de conversa,
porem ainda assim
vou te responder.
A discussão que tive com Leona
era referente uma decisão muito importante.
- Ah, não tem sentido.
- E será tão benefica...
para ol futuro de minha esposa
como para o meu.
E agora, se me permite.
E foi para solucionar seu futuro
que almoçou hoje com Ferguson?
Bom, conseguistes
o emprego?
Não.
Você se acha
muito brilhante, certo?
Mas Ferguson me vende cada ano
pinturas por valor de 2 milhões de dólares.
Quem crees que lhe
preocupa máis você ou eu?
- Isso é o que aconteceu?
- Agora vejamos.
Com quem mais gostaria de
falar em Chicago...
...sobre um emprego?
Adiante, estou aberto a
tuas sugestões. Esquece.
Não tens nenhuma oportunidade.
Enquanto sejas meu genro,
trabalharás para Cotterell's
e para ninguem mais.
Vamos,
deixa de ser criança.
Sou seu pai,
coloque-se em meu lugar.
Estou certo de que
terias feito o mesmo.
E outra, não se pode dizer
que está indo mal.
Reflexiona e pensa que isto
é ainda melhor que Grassville.
Sobe para ver Leona.
Pergunta por você.
Quem sabe não devesse
trata-la ***ím, doutor.
Pude ficar com ela,
e de boa
tudo seria diferente.
Mas de qualquer forma, não pude.
Provavelmente o velho não
estava errado, ao meu respeito.
Não, não podería voltar
a Grassville outra vez.
Suponho que desde aquele
día, comecei... a comprometer-me.
Sempre com o unico desejo
de que de alguma forma, algúm día...
vencería por mim mesmo.
Quanto durou esse ataque
da Sra. Stevenson?
Se recuperou rápidamente.
Pareceu que tudo
ia arranjar-se.
Me deu um novo escritorio
e inclusive um novo título.
Mas essa melhora
durrou muito pouco.
- Quer dizer que sofreu outro ataque?
- Sím, varios.
Lembro um día em particular.
Foi um ano mais tarde.
Tive uma ideia com a qual
esperava arrumar a situação.
É o primeiro patamar a
esquerda. Acompanho?
- Não é necessário. Tennho a chave.
- Ok, senhor.
- É por aquí.
- Henry, não acha que já é hora...
de que me expliques
qual é esse segredo?
- Não sejas impaciente.
- Espera.
Sim é outro apartamento,
não quero.
Mas você ainda não viu,
é legal.
Tem terraços em volta, uma sala
enorme e um bar privado.
Te falei mil vezes que
não precisamos um apartamento.
Não é um apartamento o
que procurei.
O que eu quero é um
lar para nós.
Não podemos seguir vivendo
sempre com teu pai.
Não vejo porque não.
Tem bastante espaço, é cómodo
e eu gosto.
E outra quem
vai pagar esta casa?
- Bom, eu espero que finalmente...
- Finalmente.
O dinheiro é meu
e sou eu que vou pagar.
És tão ingenuo. És como
um criança com um saco de caramelos.
Não posso ficar tirando meu dinheiro
em tudo o que você quer.
- Há um límite.
- Claro que há um límite.
Supões que devo seguir-te como
um cachorro preso pela corrente.
E tenho que me contentar com as migalhas
que queres me atirar.
- Não sejas ridículo.
- Você está preso a mim...
em troca de comida
e algum dinheiro no bolso.
Por isso você casou
comigo. Pelo meu dinheiro.
- Devia dar-me conta.
- Por favor, chega.
Ainda que seja uma só vez,
quer me ouvir?
Me odeias, estás farto de mim,
você só que ir embora.
Certo, sim, estou farto.
Qume não estaría...
com essa rotina que
criou para mim?
O que posso fazer, exceto ir-me
deste escritório podre a
tua grandiosa casa?
O qu eu tenho?
Nada! Nada de minha propriedade!
Nem os botões de minha camisa,
nem os fósforos que acendo.
Henry, como podes
dizer isso?
Lembra? Me falou uma vez que
amaría esta classe de vida.
Quer saber uma soisa? Adoro.
Adoro mais do que você imagina.
Mas quero viver minha propria vida
e ter minha propria casa.
Não ter que pedir permissão
para entrar. Entendes?
- Henry, traga-me um pouco de agua.
- Por favor, não é que não queira.
Podería amar-te ainda
se tentasse me entender.
Me sinto doente.
Aprendí a te conhecer
depois de algum tempo.
Me dominava melhor
diante de qualquer coisa.
Mas ainda assim
seus ataques aumentaram...
em violencia e foram cada vez
máis frequentes.
As vezes era uma coisa sem
importancia o que gerava.
E por volta de
un ano...
pareceu abandonar toda
esperançaa de fica bem...
y permanecía na cama de
uma forma máis ou menos permanente.
Quando fomos a Nova York,
o Dr. Vernet mme disse que...
em Chicago não teria
muitas oportunidades.
Desde então, cada vez tem sido
máis e máis como um pesadelo.
Não sei como te dizer
isto, Sr. Stevenson.
Provavelmente
será um grande golpe.
Mas se você quer saber
a verdade sobre sua esposa,
não tem absolutamente nenhum
problema orgánico no coração.
A examinei a fundo.
O que me contou agora
confirma minha teoría.
- O que é?
- Que seu problema é mental.
O que chamamos
cardíaco neurótico.
Seus ataques não provem
de uma debilidade física.
Se produzem por emoção,
por temperamento, por frustrações...
Tlvez de uma forma inconsciente.
A pauta foi
marcada por seu pai.
A mãe morreu
de falencia cardiaca.
E pensou que a menina
tambem tivesse sido afetada.
Subconscientemente aprendeu a
engana-la, a simular uma situação falsa.
O casamento continuou
este processo.
Sinto.
Não me dei conta.
Espero que
não quebrou nada.
Ainda funciona.
Somente se soltou
o número.
Então, não lhe digo
que sua mulher não está doente.
Mentalmente está enferma.
e seus ataques são reais.
Produzem angustia,
inclusive dor aguda.
Mas com um tratamento psiquiatrico
adequado podería curar-se por completo.
E viver muitos anos.
Bom, muito obrigado, Sr. Stevenson.
foi de grande ajuda.
Telefonarei a Sra. Stevenson
amanhã. Conheço um psiquiatra que...
Não, espere um momento.
Espere um momento. Eu desejaria
esperar uns dias mais. Podería?
- Queria pensar em tudo isso.
- Pensar?
Bom, verá...
ela se excita com facilidade.
Creio que devería prepara-la
antes de dizer.
Naturalmente, será una
impressão muito forte.
E quem sabe uns días
máis não tenham importancia.
A menos que quisesse escrever
uma carta. Pode ser que aceitasse...
e me daría máis
tiempo para falar.
É um assunto muito delicado,
Sr. Stevenson.
Mas se acredita que é melhor,
façamos desta forma.
Telefone dentro de dois días.
Enquanto envio a carta a sua esposa.
Obrigado, doutor.
Obrigado por tudo.
Foi assim como fiquei com ele
a menos de duas semanas.
E não entendo, porque eu te escrevi
como foi combinado.
Deixa eu pensar,
sexta fez uma semana.
Te chamarei mais tarde.
Agora deite-se,
e trata de descansar.
Creio que lhe receitei um sedativo,
Sério?
Bom, dupliquei a dose.
Alô?
Alô Sra. Stevenson?
Alô?
Mentirosos, mentirosos!
Mentirosos!
Mentirosos, mentirosos!
Mentirosos!
- Alô?
- Sra. Stevenson?
Sou o Sr. Evans.
Já chegou o Sr. Stevenson?
Não, não voltou.
Não voltará até domingo.
Pode me dizer, por favor,
Sr. Evans o que está acontecendo?
Por qué está chamando cada 5 minutos?
Quem é você.?
Já disse,
Sra. Stevenson.
Meu nome é Evans,
Waldo Evans.
Sinto muito conseguir
te aborrecer, mas...
há nomes e endereços...
que são importantes. E é muito
importante que saiba o Sr. Stevenson.
Por tanto, se fosse você tão
amavel de tomar nota...
Do que está falando?
Não posso tomar nota de nada!
Díga por favor ao Sr. Stevenson que
a casa do nº 20 de Dunstan Terrace...
queimou.
Eu a queimei.
Díga tambem
ao Sr. Stevenson...
que não creio que fosse
o Sr. Morano...
seu nome se soletra
M-O-R-A-N-O
ele nos entregará
a policía.
Uma vez que o Sr.
Morano foi preso.
Já não é necessário
o dinheiro.
Morano? Quem é Morano?
Díga por favor ao Sr. Stevenson,
que eu escapei,
e que estou na
direção de Manhattan.
Mas não creio que continue aquí,
depois da meia noite.
Mas se quer me encontrar,
pode chamar a...
Bowery 2-1000.
Creio que isso é tudo.
Quer ler, por favor?
Ler?
Estás louco?
Não se dá conta
de que estou muito doente?
Sinto muito,
Sra. Stevenson
Talovez seja melhor
que lhe conte os fatos,
...antes de serem
distorcidos...
pela policía.
Aconteceu na segunda, segunda-feira
de janeiro do anos passado.
O lugar, foi a fábrica de
seu pai, em Cicero, Illinois.
- Ainda trabalhando?
- Sím, sím, Sr. Stevenson.
Recuperando o tempo.
A semana passada perdi muito.
Deseja ver algo?
Não, não, obrigado.
Só curiosidade.
Sempre tive curiosidade
pelo que faz você aqui.
Aquí se desenvolve a fórmula
de nossos productos, não?
Supomos que
possamos chamar assim.
Há muitos ingredientes que entram
em nossos productos farmacéuticos.
Separamos os diferentes
componentes das materias primas.
- Alguns deles são muito raros.
- Sério?
E uma vez separados,
O que fazem com eles?
Os incorporamos
aos produtos Cotterell.
Sím, mas até enviarem,
onde ficam?
Verá, Sr. Stevenson, creio
que isso é um segredo da companhia.
Mas suponho que por ser
genro do Sr. Cotterell...
...não tenho por que
comparti-lo contigo.
É muito valioso,
sabe?
- E você é a pessoa encarregada?
- Bom, sim senhor. Sou.
- E não te preocupa?
- Preocupar-me, Sr. Stevenson?
Me permite?
- Obrigado.
- O que eu quero dizer é que...
...ao ser esponsavel
de tudo isso...
Suponha que cometa
um erro.
Um erro?
Fazem 15 anos que trabalho aquí,
e nunca houve nenhuma queixa.
Sim, claro.
Eu estava únicamente...
...xeretando, isso é tudo.
Sím, compreendo,
Sr. Stevenson.
Um cigarro?
Não. Não, obrigado.
Não fumo.
Assim foi como comecei a tratar de
seu marido da primeira vez, Sra. Stevenson
Um mes máis tarde, estava esperando
o onibus, como de costume.
- Eh, Wally!
- Boa tarde, Sr. Stevenson.
- Suba!
- Não será incomodo?
- Não, em absoluto.
- Então obrigado.
Lhe agradeço muito.
- É um carro muito bonito, Sr. Stevenson.
- É de minha esposa.
Ah. Nunca tive carro.
Sempre me pareceram
muito mecanicos para mim.
Pessoalmente prefiro um par
de cavalos velozes e uma carruagem.
Fui criado entre cavalos, sabe?
Em Surrey.
E é uma época
que não posso esquecer.
- Gosta de cavalos, Sr. Stevenson?
- Não, não muito.
Não sabe o que está perdendo.
São criaturas estupendas...
Tão poderosas, e ao mesmo tempo,
tão doces e carinhosas.
Sempre desejei
ter alguns.
Não me diga.
Mas nunca os teria num
estabulo. É muito cruel.
Os deixaria livres,
como fez a natureza.
E iría todos os días cm pequenos pedaços
de cenoura e açucar. E os acariciaría.
Até escolhí um
local ideal para eles.
Perto de Dorking,
na Inglaterra.
Lá tem um pedaço de terra, coberto
de ervas e arvores que dão sombra.
Com um pequeno riacho.
Os cavalos amam os riachos.
Pergunto o preço, de vez em
quando, só para me distrair.
Porque me parece que está,
cómo diría? Fora do meu alcance.
Isso está bem.
Mas porque está fora de seu alcance?
Não guardou o suficiente trabalhando?
Verá, Sr. Steveson, o custo
de vida é muito alto.
Fui muito ansioso
em algumas ocasiões, e perdi
dinheiro em especulações idiotas.
Mas agora estou ajuntando
um pouco cada mes...
e algum día, em breve,
tal vez quando aposente...
E por que esperar que te aposentem?
Então estarás velho para desfrutar.
Isso é verdade, Sr. Stevenson.
Suponho que as coisas perdem
sabor com a velhice.
Você disse, Wally,
não se pode viver de sonhos.
Os sonhos devem
se tornar realidade.
Meu lema é:
"Si algo queres, consígua-o".
É a próxima esquina a
direita, Sr. Stevenson. N. 44
Bom, boa noite Sr. Stevenson.
e muito obrigado.
Wally, referente a conversa
que tivemos o mes passado,
Pensei, e
creio que há uma saida.
Uma saida?
Ao que se refere, Sr. Stevenson?
- A ter essa pradeira na Inglaterra.
- Cómo, Sr. Stevenson?
- Cometendo um erro de vez em quando.
- Um erro?
- Ninguem sabería.
- Por favor, Sr. Stevenson. Devo ir-me.
- Wally, espera um momento!
- Diga, Sr. Stevenson.
Veja, tenho tudo planejado.
As diferenças tem que ser
pequenas, que ninguem exceto você note.
Um químico como você
pode fazer milagres.
- Fazer milagres, Sr. Stevenson?
- Exato.
Pensa no que fez pela companhia
nestes anos. E o que conseguiu?
Nada. Exceto
um mísero salario.
Vamos, não sejas bobo.
Já falei disso
com outra pessoa.
Falou disso?
Com quem?
Cm um homem chamado Morano. Nos
comprará tudo o que possamos enviar,
E depois dividiremos
o dinheiro em tres partes.
- É um ladrão de drogas?
- Não, não exatamente.
Cotterell fabrica muitos
produtos interessantes.
Mas, Sr. Stevenson,
Como pode.?
- ...Tão jovem, e...
- Sím, jovem.
Jovem como para não desperdiçar minha vida
em sonhos. Quero fazer grandes coisas...
E a única forma de consegui-lo
é ser forte, ser...
Bom, não tem sentido falar. Sinto.
Sinto ter tocado no assunto.
Fui sincero contigo,
porque pensei que fosse como eu.
- Mas me enganei.
- Mas, E se nos pegam?
Por que nos pegariam?
Morano tem tudo preparado.
Depois, é uma grande
vantagem ser o genro de Cotterell.
É que... não gostaria ve-lo
correr um risco como esse sozinho.
Posso entrar?
E se não nos pegarem, Sra. Stevenson.
Durante quase sete meses.
Desde l 9 de março até
14 de setembro, não nos pegaram.
Nunca vi o Sr. Morano. Eu aceitei
levar a cabo o plano combinado.
e cada sexta pela tarde,
o Sr. Steveson me dava o dinheiro.
Em 14 de setembro do
ano passado, eu já tinha ajuntado...
7.555,49 dólares.
Mas logo no inicio da
tarde, desse mesmo dia...
Quando recebeu?
Chegou essa manhã.
Pelo correio.
Não entendo.
Jamáis disse uma palavra.
Por isto estou seguro
de que suspeitam.
Se supeitassem de algo, teriam
me despedido, ou chamado a policia.
Sinto, não posso seguir. Este
traslado a New Jersey é um sinal,
...um aviso. Estou seguro.
Um aviso de qué?
De parar com isso.
Sr. Stevenson não posso continuar.
Cále-se!
Wally, qué significa
tudo isso?
- Só que o dinheiro já não me importa tanto.
- Para você não.
Fomos ingenuos até agora.
Morano está nos enganando.
Agora podemos nos desfazer dele.
Esse movimento é o que estava esperando.
Será muito melhor para nós
trabalhar desde Bayonne.
Serás seu proprio
chefe e meu sócio.
Direi a Morano que te
despediram, e assunto encerrado.
Então você e eu nos
estabeleceremos no leste.
Faremos sozinhos e
repartiremos a parte de Morano.
Mas você não acha que é
perigoso? Eu sou só um químico.
- Não conheço nada dessa parte do negocio.
- Mas eu sim.
Andei fazendo uma investigação.
E te ensinarei tudo. Vem, te darei uma ideia.
Ésta é a fábrica Cotterell
em Bayonne.
Nova York.
Staten Island.
Depois de um mes e meio
começaremos as operações...
em Staten Island,
Nova York.
Nosso quartel general era uma casa
abandonada na 20 de Dunstan Terrace...
que comprei para
o Sr. Stevenson.
Aquí, duas vezes
cada semana...
eu devia vir da
fábrica de Bayonne.
E aquí, o Sr. Stevenson me dava
suas instruções por carta...
o por telefone
desde Cicero.
O tipo de trabalho
agora ficou mais complexo,
já que eu vendía
diretamente os produtos,
e depois os
tirava da fábrica.
Pouco mais de tres meses...
ol Sr. Stevenson chegou a Nova York
para supervisionar o trabalho.
Porem infelizmente
foi quando...
quando o capitulo final da nossa
asociação, começou a ser escrito.
Perdão?
Entre. Boa tarde.
Esse é o professor?
- Wally, éste é Morano.
- Morano?
Sím, Morano. Não me esperava
certo, professor?
E agora, com a amavel ajuda
do Sr. Evans... Este é seu nome, não?
- Sím, senhor.
- Com a amavel ajuda do Sr. Evans...
continuaremos com
nossos negocios.
Como ia dizendo, Stevenson,
segundo nosso informantes...
e temos fontes seguras...
desde que decidistes
separar-te de noss...
acumulastes
uma boa quantidade...
dda qual só poderia
dispor de um terço.
O que quer dizer, que fica
uma boa quantidade perdida por aí.
Onde está?
- Já disse. Não sei nada disso.
- Tú não, eh?
E você muito menos, professor?
O Sr. Stevenson acaba de dizer.
Não sabemos. Sinto.
Eu tambem. Sinto.
- Deixe-o! ¡Deixe-o, ou eu...!
- Um momento, rapazes.
Ou você o que, Stevenson?
O tamanho não conta
no nosso negocio.
Todos sabemos que és grande e forte.
Todos sabemos que sabes lutar.
Mas esse não é o modo que vamos
as pequenas diferenças...
que nossa organização
tem contigo.
Tem uma coisa
que ainda não te disse.
Tivemos,
Como dizer?
Uma reunião do conselho
de administração, na quinta.
E a votação foi sete contra
um, contra você.
Não quer dizerr que
eu esteja de acordo, então,
mas se insistes em ser obstinado
não haverá nada que eu possa fazer.
Deixa de charadas!
O que você quer?
Agora nos entendemos.
Fiquemos tranquilos.
Estou certo de que o professor
gostaria de tirar o barro dos pés.
É uma boa caminhada
daqui a Bayonne, certo?
Não, obrigado estou bem.
Dá o que eles querem.
- Disponha de tudo o que tenho.
- cále-se!
Desde que começou a trabalhar por
tua conta, sofremos uma grande perda.
Agora, se queres sacar
o que ajuntastes...
e nos parar, digamos 200.000 $
por ter ofendido nossos sentimentos,
posso fazer com que o conselho
reconsidere sau decisão,
supondo que continues trabalhando
sob nossa humilde supervisão.
Sabes de sobra
que não tenho esse dinheiro.
Mas tem boas relaçoes,
um sogro rico, uma mulher rica...
Sím, claro. Por que supões
que me metí nesses negocios?
Mas creio que lí em algum lugar que
tua mulher está doente. Quase morrendo.
E o que isso importa?
Ela tem um seguro
feito em teu nome, certo?
Estou completamente certo de que
o conselho te daría 90 días...
para conseguir o dinheiro.
- Por qué 90 días?
- Não foi isso o que disse o médico?
Sím... é o que
disse, mas
- O que é isso?
- Só um pequeno documento, para faze-lo legal.
Tudo pode solucionar-se
sem problemas.
Mas suponha que acontece algo,
e ela não... quero dizer, se ela...
Eu não me preocuparía
com isso, Stevenson.
Tens a palavra do doutor,
eles conhecem seu trabalho.
De todas formas
não tens outra saída.
Isso aconteceu na tarde
de 23 de abril passado.
Não preciso descrever
a angustia do Sr. Stevenson...
quando, há quatro dias
venceu o documento.
Creio que o Sr. Stevenson
viu ao Sr. Morano.
Mas o seu pedido de prorrogação
foi totalmente rejeitado.
Desde então não voltei a ver
nem ao Sr. Stevenson, nem ao Sr. Morano.
E agora, que já dei a
você minha mensagem final,
creio que o resto
se pode explicar fácilmente.
Sr. Evans,
onde está meu marido?
Gostaria de saber,
Sra. Stevenson.
- Por qué não chama ao número de Bowery?
- O número de Bowery?
o que lhe deu a mensagem.
- Quer verificar comigo?
- Não posso, não posso!
Vou repetir uma vez mais,
Sra. Stevenson.
Primeiro: a casa do
N.20 de Dunstan Terrace...
foi queimada esta tarde
pelo Sr. Evans.
Segundo:
o Sr. Evans escapou.
Terceiro:
o Sr. Morano foi detido.
Por tanto não será
necessario conseguir o dinero.
Quarto:
o Sr. Morano não avisou a policia.
Isso não importa. De-me
únicamente o número de Bowery.
O do Sr. Stevenson.
Quinto: o Sr. Evans
está na direção de Manhattan.
Mas vai te abandonar,
e você pode localiza-lo em Bowery 2-1000.
- Bowery 2-1000?
- Sím, depois de meia noite.
Boa noite, Sra. Stevenson.
e muito obrigado.
Boa noite.
Bowery 2-1000.
- Está o Sr. Stevenson aí?
- O Sr. quem?
O Sr. Stevenson,
Henry Stevenson.
- O Sr. Evans me disse para chamar.
- Um momento, vou ver.
- O nome é Stevenson?
- Sím, exatamente.
Não se retire.
Não, não está aquí senhora.
O Sr. Evans me disse que iria para aí.
Posso deixar um recado?
Um recado, senhora?
Aquí não anotamos nenhum recado.
Não servem para nada.
Não? Mas...
Qué número é esse?
Onde estou chamando?
A Bowery 2-1000,
o depósito de cadáveres.
- Qué número, por favor?
- Telefonista, ligue-me com a policía.
- Sím, um momento.
- Não, espere um minuto.
Chame a um hospital.
- Depressa, depressa!
- Um momento, por favor.
Telefonista! Telefonista!
O que acontece com o hospital?
Telefonista!
- A sra ligou.?
- É um hospital?
- Sím.
- Transfira para a seção de enfermagem.
- Com quem quer falar?
- Com a seção de enfermeiras.
Quero contratar imediatamente
uma enfermeira para esta noite.
Perdão um segundo.
Sím? O que dizias.?
Disse que quero contratar a
uma enfermeira. Preciso urgente!
Senhora, nossas enfermeiras não
podem sair do hospital. Não sabia?
Só sei que estou
muito doente e que estou só...
nessa casa horrivel!
Ouví uma conversa por
telefone há pouco...
sobre... sobre
um assassinato.
Um assassinato que vai
acontecer as 11:15.
Eu não sei o que
aconteceu a meu esposo.
Estou assustada.
Muito assustada.
- O que foi isso?
- O que foi o que?
Esse click no telefone.
Como se alguem tivesse desligado
o telefone que tem no andar de baixo.
- Eu não ouví nada.
- Eu sim.
Tem alguem na casa.
Tem alguem na cozinha
e está me ouvindo agora.
Quem é?
Quem está aí?
Chamam a Sra. Stevenson.
É aí?
Sím, mas não tenho tempo
para falar agora.
É uma chamada pessoal para a
Sra. Stevenson, do Sr. Henry Stevenson.
Não deseja aceitar la
chamada, senhora?
Disse o Sr. Stevenson,
de New Haven?
- Deseja aceitar a chamada?
- Sím, falarei.
Um momento, por favor.
Adiante, New Haven.
- Adiante, senhor.
- Alô? Querida?
- Henry, onde estás?
- Estou a caminho de Boston...
em New Haven, fazendo baldeação de um
trem a outro. Recebeu meu telegrama?
- Sím, recebí.
- Quería saber como estavas.
Sentí tanto não poder falar por telefone,
mas imaginei que estarias bem.
Bom, não estou bem.
Tem alguem na casa
agora mesmo. Tenho certeza.
Agora? Como é possivel?
Não me digas que aindas estás sozinha?
Claro que estou só. Quem mais
podería estar aquí? Disse que virias as 6.
- Te expliquei no telegrama que...
- Estou só durante horas...
Tive todo tipo
de telefonemas horriveis.
Quero que chames a policia.
Diga para virem imediatamente.
Meu bem, sabes que
estás segura nesta casa.
Está fechada com chave,
e tem segurança particular.
Estás bem no caração de Nova
York,e o telefone está junto a cama.
Henry, o que sabes...
...o que sabes de um homem
chamado Waldo evans?
Waldo Evans?
Por que me perguntas?
Me telefonou. tive
uma longa conversa sobre você.
- Sobre mim? Por que?
- Me disse coisas horriveis.
Algumas pareciam loucuras,
mas outras pareciam verdade.
Não deverias escutar ao primeiro
que chame. Esquece tudo.
Me disse que estivestes
roubando a companhia de meu pai.
- Isso é verdade, Henry?
- Verdade?
Claro que não!
Que ideia tão estúpida!
Bom, ele deixou uma
especie de recado para ti.
Que a casa de Staten Island,
20 Dunstan Terrace, foi queimada.
...e que a policia sabe tudo.
e que Morano foi detido...
- Estás aí, Henry?
- Sím, estou aquí.
Disse que és um criminoso.
Que estás desesperado.
E Evans disse...
Evans disse que você quer...
...que eu morra.
...E esse dinheiro, Henry.
Esse dinheiro que essa gente quer...
¿Por que não me pediu?
Te daria de bom grado
para salvar sua vida.
- Eu te dou agora.
- Está bem, esquece tudo.
Eu não quería ser
tão horrivel para ti, Henry.
Tudo o que fiz era
porque te amava.
E pensava que nao me amavas.
E me abandonarías.
- Quero que faças algo por mim.
- Querias perdoar-me primeiro?
Quero que tentes...
Ouça-me. Quero que
tentes levantar-te da cama.
- Não posso!
- Tens que faze-lo!
Quero que te levantes e que te aproximes
da janela. E comeces a gritar.
Não posso, Henry!
Estou muito assustada!
Continúa tentando, do contrario
só tens 3 minutos de vida.
E não fales mais. Sai dessa cama.
Eu confesso tudo... tudo!
Eu roubava a teu pai, e estava tão
desesperado que inclusive tentei...
...preparei que...
Henry! Alguem está
subindo as escadas!
- Sai da cama! Anda, Leona!
- Não posso, não posso!
Henry! Sálva-me!
Me condenarão se me pegam. Sabem
tudo. Descubriram por Morano.
Por favor, não!
Não o faça!
Por favor te darei
o que queira!
Por favor, não!
- Já terminou?
- Leona! ¡Leona!
Desculpe. Engano.