Tip:
Highlight text to annotate it
X
A presença militar americana no estrangeiro
foi hoje abalada por uma bomba...
Explodiu uma bomba num quartel
em Dharhan, na Arábia Saudita.
Destruiu a fachada da caserna, mostrando
a vulnerabilidade das tropas americanas...
Os "marines" de serviço
pareciam paralisados pelo horror...
Indicações primárias sugerem
a implicação do Xeque Ahmed Bin Talal,
um clérigo fundamentalista radical...
A explosão parece ser obra de terroristas.
E se assim for, como qualquer americano,
sinto-me revoltado com isso.
Os cobardes que cometeram este acto
criminoso não podem ficar impunes.
Sand Leader, aqui Eagle Eye.
Localizámos a embalagem. Vai
num Mercedes sedan em direcção ao sul.
Comsat One, as vossas coordenadas
são: um, oito, zero, cinco, zero.
A embalagem aproxima-se do alvo.
Momento de contacto previsto para
dentro de aproximadamente 14 segundos.
Repito.
Os Estados Unidos responsabilizam-se
pelo bem-estar dos seus cidadãos.
Os responsáveis por este acto
não ficarão impunes.
Eagle Eye, aqui Sand Leader.
O xeque está em nosso poder.
Está vivo e de saúde e será
entregue intacto amanhã às 0800.
O CERCO
Alá.
Alá.
FBI. Bom dia.
FBI. Bom dia.
FBI. Força de Combate Antiterrorista.
Hub, era a polícia.
Brooklyn Sul acaba de emitir um código.
Pensam que há reféns.
- Comercial ou residencial?
- Um autocarro.
Disseram agora mesmo
que há uma bomba no autocarro.
- Isolaram a área?
- Está a ser feito.
- Temos negociadores nossos a caminho?
- Sim.
- E a brigada antibomba?
- Vão agora.
- Qual é o mínimo de tempo que levamos
a lá chegar? - A esta hora? Talvez amanhã.
Oh, merda!
O quê?!
E não há feridos?
Este é o nosso primeiro e último aviso.
Esperamos que as nossas exigências
sejam satisfeitas.
Não haverá negociações. Não haverá
mais comunicação de qualquer tipo.
É tudo.
Que exigência? Ouviram alguma exigência?
- Se calhar é brincadeira.
- Que sentido de humor!
O que sei é isto.
BP como em "blue paint" (tinta azul).
Tecnologia de alteração de voz.
O que é que acham?
Disponível pelo catálogo Sharper lmage.
Eles não têm bombas de tinta explosiva.
- A retórica parece política. Milícia?
- Não, não é o estilo deles.
- Frank?
- A Jihad lslamica tem sentido de humor.
E a Hamas está a angariar tanto dinheiro,
por que é que haviam de estragar o jogo?
É verdade.
E a cor do lslão é o verde, não é o azul.
Bem visto. Tina, com base nisso faz
uma lista de suspeitos antes do fim do dia.
- Anita?
- Sim.
- Compara isso com o macrocomputador.
- Certo.
Mike, quero uma análise
do laboratório feita à tinta.
Ainda não a temos. Estamos a ver se foi
vendida alguma tinta azul em quantidade.
Óptimo. Danny,
entrevistas com as vítimas?
Não são grande coisa.
Verifiquem as paragens do autocarro.
Pode ser que alguém os tenha visto entrar.
Hub, nós estamos prontos a trabalhar
o fim de semana nisto. Eu pelo menos estou.
Lembrei-me agora,
alguém aqui cometeu algum crime?
Por exemplo, um ataque
com uma côr mortífera?
Disto é que eu não gosto.
Eles sabem de explosivos. Não é nada de
especial, qualquer um na lnternet sabe,
mas eles sabem do nosso tempo de reacção.
Fazem uma chamada e vão-se embora.
Disso é que eu não gosto.
Chefe, precisa de ver isto.
Acaba de chegar por fax.
"Soltem-no."
Soltar quem? Quem é que nós temos?
- Bill Clinton!
- Não foi ele o culpado!
- Charlie Manson?
- O tipo da mesquita foi solto em Abril.
- Por que não falam abertamente?
- Será algum impostor?
Hub, é Floyd Rose.
Está alguém com identificação do governo
no local do autocarro.
Os nossos técnicos querem saber se estamos
a cooperar com alguma outra agência.
Está à procura da identificação
das ligações do dispositivo
e pediu cópias das impressões digitais
que conseguimos.
- É da CIA, ela?
- Tem ar disso.
Descobrimos que também falou
com alguns dos passageiros.
- Qual é ela?
- É aquela ali junto à mesa.
Como está?
Oh, olá.
Anthony Hubbard, agente especial auxiliar
responsável pelo caso.
Oh, merda. Passei todo o dia à sua procura.
Elise Kraft,
Conselho Nacional de Segurança.
Prazer. Passou o dia a procurar-me?
Procurou na lista telefónica?
Temos 14 linhas sem incluir as privadas.
Olá. Elise Kraft,
Conselho Nacional de Segurança.
Como está? Colin Powell.
- O que é que querem do meu autocarro?
- Nós estamos na mesma equipa, agente.
Quem é que faz parte
do "nós" nesta equipa?
A pergunta nunca é indiscreta,
a resposta é que pode ser.
Sabe quê? Envie-me um pedido oficial
de cooperação entre agências,
e eu dou-lhe cópias
de tudo o que encontrarmos.
Caso contrário, peço-lhe que se vá embora,
antes que contamine mais o local do crime.
A ClA não pode actuar internamente,
por isso você está a violar a lei federal.
- Não é preciso ser desagradável.
- Você acha que estou a ser desagradável?
Se tem alguma coisa que queira partilhar
comigo, uma vez que somos colegas...
- Bom, ainda não. Mas assim que tiver...
- Diz-me?
Eu digo-lhe o que vou fazer.
Vou pedir a alguns dos meus colegas
que a acompanhem até lá fora. Está certo?
- Fantástico.
- Maravilha.
Elise?
Obrigada.
É Elise com A ou com E?
O prazer foi meu, agente especial
auxiliar responsável Hubbard.
Anthony.
Segue-lhe o rasto.
Estou a trabalhar nisso.
Dormes aqui?
Telefonaram da Imigração.
Encontrámos isto por baixo do fundo falso.
Tudo em notas pequenas,
claro que desconfiámos, certo?
Com o alerta terrorista de ontem e pelo sítio
donde vem, é melhor chamar o Frank.
Que está a tentar agradar ao chefe!
- Ele violou alguma lei? - Não, senhor.
Faltam 20 dólares para o limite de 10.000.
Problema resolvido.
Então, Khalil, dizes que isto é uma herança.
Morreu alguém
e tu vens trazer-lhes o dinheiro.
Não, não, não. Dhouri.
Ele quer dizer "dote".
- Tu achas que eu acredito...
- Verifiquem-lhe o pescoço.
..que trazias 10.000 dólares
para um casamento?
Tabaco.
Nos territórios.
- Dhouri.
- 10.000 dólares é muito dinheiro, onde é que
- Deixem-no entrar no jogo.
- ..um tipo como tu arranja este dinheiro?
Vai para norte no Belt Parkway.
Lá na terra os serviços de segurança
metiam-lhe um pau pelo cu. Aqui soltamo-lo.
- Deixa-te ficar um pouco mais para trás.
- Não é a primeira vez que faço isto.
- Vai apanhar o BQE. Deve ir para Brooklyn.
- BQE, provavelmente Brooklyn.
É todo teu, Ray.
Ray, com cuidado. Passa-o para a Patsy.
Patsy, cuidado com os reflexos.
OK, é teu.
- Ah, aqui. Tenho o juiz.
- Bom dia, juiz. Como vai?
Sim, como vão as coisas na Comarca Dois?
Escute, temos aqui uma situação.
Com quem é que ele está a falar? Um
momento, juiz. Com quem é que está a falar?
- 'Tamos a filmar? Com quem está a falar,
Frank? - Não sei. Se tivéssemos som, sabia.
Sim. Sim, juiz.
Não, senhor.
Não, ainda não.
Não, ainda não, mas...
Pensamos...
Ó raios! Mike, para trás!
Ah, merda. Reconheceu-o.
- Merda! Foda-se!
- Avançar todas as unidades.
Tenho de lhe falar mais tarde, juiz.
Merda!
Vai à volta, vai à volta, Frank!
Apanhei-o. Apanhei-o.
- Ali está.
- Apanhámo-lo. Stuyvesant e Throop.
Cortem-lhe o caminho!
Ali está ele.
- Cortem-lhe o caminho!
- Khalil!
Khalil!
Todas as unidades, vai uma carrinha
vermelha para leste em Stuyvesant.
- Viste a matrícula daquilo, Frank?
- Matrícula? Não. Mas que manobra!
Não temos a matrícula.
Encontraram a carrinha,
mas até agora não há impressões digitais.
- Identificação do veículo?
- Foi roubado, a matrícula era falsa.
- E cabelo ou fibras?
- Vão a caminho do laboratório.
Hub, estamos mesmo agora a verificar
este tipo no livro vermelho.
Bom trabalho, Mike.
É o Floyd Rose.
Diz, Floyd.
Não vais acreditar.
Adivinha quem acaba de aparecer?
Como é que ela vive, Floyd?
Tem dois em Plymouth,
e pelo menos três lá dentro,
e veêm aquele cão? Fez o serviço dele
há uma hora e continuam a andar.
Tive um cão daqueles em tempos.
- O cão não é dele, pá. São espiões.
- O cão trabalha para a ClA?
- Todas as unidades, comunicar.
- Aqui unidade um.
- Estamos prontos.
- Dois, avançar.
- Unidade três pronta.
- Certo. Vamos embora. Vamos embora.
Agentes federais! Contra a rede!
FBI!
Mãos atrás da cabeça!
Olá, rapazes.
Suponho que já conhecem a rotina.
Pára aí!
Olá.
Elise.
- Não lhe toquei.
- Verdade?
Temos de o levar preso
de qualquer maneira. Mike! Frank!
Vão acusá-lo de quê?
Infracção ao trânsito de peões?
- Não poderei ter uma conversa
com ele primeiro? - Não, não pode, Elise.
Sabe uma coisa, Hub, ah...
- Posso tratá-lo por Hub?
- Pode, sim senhora.
Se vocês não tivessem estragado a vigilância,
nós teríamos conseguido seguir o dinheiro.
- Khalil, tu ias levar-nos até
aos teus amigos, não? - Que amigos?
Levem-no.
Que amigos, Elise?
O que é que tem para me dizer, hein?
Quer partilhar alguma coisa comigo, Elise?
Esclareça-me. Pode falar comigo agora
ou pode falar no escritório.
Sabe, se eu fizer uma chamada ele é meu.
Você sabe o número.
Eu tenho, ah...
Você tem o direito de se recusar a falar
e tem direito a um advogado.
Oh, deixe-se disso!
Hey! Você sabe o que está a iniciar?
Já pensou na merda da tempestade...
Rapto, obstrução à justiça, agressão.
Leva-a.
Gosto mesmo do que vocês
fizeram a esta casa.
Então, Elise, vai bem aí?
Não enjoa nem nada?
As algemas não estão demasiado apertadas?
Shouf Mountains, certo?
- Xiita ou sunita?
- Wow! Você é esperta.
Ela é mesmo esperta.
Então o que é que se passa, Elise?
- Bomba de tinta... Era um aviso?
- Universidade Americana de Beirute?
- Estive lá de 79 a 82.
- Não me diga.
Estive. O meu pai ensinava economia.
Henry Kraft.
Há uma célula terrorista a operar na cidade?
Sabe, foi uma pena.
Viver ali era um paraíso.
Como uma Paris exótica.
Não é verdade, Frank?
É, a Rikers lsland também é mesmo exótica.
Você sabe o que é que fazem
lá às mulheres?
OK.
Aqui Frank.
Embora.
Três homens, definitivamente armados,
e desta vez ainda estão no autocarro.
- Portanto, não há qualquer comunicação?
- Não, é esquisito. Estão só... só assim.
Veja se consegue apanhar a frequência
do rádio do condutor e faça a chamada.
- Frank?
- Sim.
Arranja um par de telefones DAT.
Certifica-te de que são portáteis e seguros.
OK. O negociador vem a caminho.
Um par de técnicos também, Frank.
Precisamos de som!
Sr, há crianças no autocarro.
Contámos umas seis.
Isso dá-nos algo com que trabalhar, não é!
Vamos embora.
- Embora.
- O que é que se passa?
Levem-na para fora da área, se fazem favor.
Apanharam outro autocarro, não foi?
- Hey, fale comigo.
- Oh, agora você quer falar!
- Oiça-me, estes tipos são a valer.
- Como é que você sabe?
Há uma célula terrorista
a operar em Brooklyn?
Há.
- O autocarro azul foi um aviso?
- Foi, e este vão rebentar com ele.
Como é que você sabe,
se ainda não o rebentaram?
- Não sei.
- Não sabe.
Eles não pediram nada, pediram?
O condutor chama-se Larry Kaiser.
Ele diz que têm explosivos
amarrados ao peito, armas automáticas
e diz que a língua que falam parece árabe.
- Onde diabo está o negociador?
- O tunel tem demoras de 20 minutos.
OK, ele disse mais alguma coisa sobre
o dispositivo? Falou em fios ou botões?
Ah, não, não disse.
VILLAGE VlDEO NEWS
Oh, Deus.
Eles não estão aqui para negociar.
Que é que isso quer dizer?
Estavam só à espera das câmaras.
Querem que toda a gente veja.
Vocês têm os atiradores em posição?
- Temos. Porquê?
- Usem-nos.
Matem-nos agora!
Escutem,
vocês vão perder de qualquer maneira.
Querem perder muito ou perder pouco?
Tenho os atiradores ao telefone.
Estão à espera de um tiro limpo.
Dê-me o telefone.
Olá, Larry. Sou o agente Hubbard, FBl.
Vou negociar.
Sim, temos uma pessoa para traduzir,
mas vocês têm de se manter calmos.
Está bem, façam a ligação.
Está?
O meu nome é Anthony.
Bom, quero que saibam desde já,
não sou eu que mando.
Não tenho autoridade para fazer acordos
nem para responder a exigências.
Precisam aí de alguma coisa?
Alguns, ah, medicamentos?
Há alguém que precise de ajuda?
Nem sequer sei se entendem.
Escutem, talvez não queiram falar comigo,
mas estão dispostos a ouvir-me?
Quaisquer que sejam as vossas razões
de queixa, seja qual for o problema,
de certeza que não tem nada a ver
com estas crianças.
Peço-lhes, por favor,
que deixem sair as crianças.
CHAMEM A POLÍCIA
Por favor.
Obrigado.
Muito obrigado.
Agradeço-vos o que acabam de fazer.
A melhor forma de conseguir
o que querem
é mostrarem-se razoáveis,
e foi o que fizeram.
Agradeço-vos isso, agradeço mesmo.
Para trás.
Para trás.
Agora, temos mais que falar.
Como podem ver, não tenho armas.
Estou desarmado.
E o que eu proponho
é que vocês deixem sair essa gente
e eu tomo o lugar deles.
Assim não terão que se preocupar
com entregas de pizza
nem com gente para trás e para a frente
a ir para a casa de banho.
E garanto-lhes que a polícia,
o FBl, o pessoal todo,
desaparece.
Olhem pela janela e verão
que os helicópteros já se vão.
Vou tomar o vosso silêncio como indicação
de que estão a estudar a minha oferta.
Digo-lhes uma coisa,
por que não deixam sair os velhos?
Essa gente está aí de pé há que tempos.
Muito obrigado. Agora,...
O pior atentado terrorista nos Estados
Unidos nos últimos cinco anos
teve lugar aqui hoje.
Beirute aconteceu hoje em Brooklyn
quando o pior atentado terrorista nos EUA
desde Oklahoma, matou mais de 25 pessoas.
- Os nomes não foram ainda publicados...
- Nenhum grupo reivindicou o atentado.
As autoridades recusam-se a comentar,
dizem apenas que a investigação está...
Ora bem, queiram sentar-se.
ASCACs, supervisores.
Acabo de falar ao telefone
com líderes da comunidade árabe.
Podemos contar com o apoio
e cooperação deles.
Eles amam este país tanto como nós.
Tal como nós, querem que estes criminosos
sejam levados à justiça.
Dito isto, quero que saibam o seguinte.
Quero passar a pente fino todos os cantos,
buracos, mercados, centros comunitários,
qualquer organização estudantil
que tenha dito uma palavra contra este país.
Quero que vocês
expremam
cada um dos vossos recursos. Todos!
Todos os informadores,
espremam-nos até à última gota.
Todas as fontes, voltem-nos de pernas
para o ar, e vejam o que lhes sai dos bolsos,
abanem as árvores,
dêem-lhes dinheiro, o que for preciso.
Quero resultados!
Telefonem às vossas famílias,
arranjem um saco-cama,
porque ninguém sai daqui enquanto
não encontarmos um fio por onde puxar.
Não quero ver ninguém andar!
- Hub.
- Melhor será que corram! O quê!?
- Ah, Mike.
- Sim?
- Tens uma identificação positiva?
- Não temos nenhuma identificação positiva.
Está bem, está bem.
Oklahoma City.
As primeiras 24 horas
são as únicas 24 horas.
Façam aquilo que sabem fazer melhor.
Conta-me do dinheiro.
Diz que ama a América.
Queria fugir dos serviços de segurança...
Certo. Conta-me do dinheiro.
Diz que não sabia que estava a fazer mal.
Conta-me do dinheiro!
O primo apresentou-o a um homem
que lhe prometeu 200 dólares para o dote
se levasse a mala
para uma morada em Brooklyn.
É uma mula.
Quero que verifiquem todos os contratos
de todos os senhorios de Brooklyn.
Hotéis, motéis, bordéis.
Em dinheiro. Eles são os únicos
que usam dinheiro na América.
Identificação positiva
de 5 vítimas até agora.
Equipa de seis homens...
Paguei um monte de dinheiro a este tipo.
É altura de ele começar a ganhá-lo.
Não quero saber de nenhuma convenção...
Quero ver os vídeos de segurança
de todas as ATMs, lojas, bancos próximos...
- Qual é a diferença horária
daqui para Amman? - Sete horas.
Isto é um plasmograma
do Semtex usado no autocarro 87.
A identificação é idêntica à
do dispositivo usado no quartel.
MOSSAD - FICHEIRO CONFIDENCIAL
- Que tipo de identificação temos?
- Ainda estão a verificar todos os latentes.
Quero um vídeo de tempo real.
Preciso de caras, não de vozes.
Se é internacional,
a recompensa é de 2 milhões.
Quero uma lista dos próximos 10 alvos.
Chamem a Interpol.
- Material da explosão?
- Temos alguns estilhaços.
Isto tem de ir ao laboratório,
ver se condiz.
O lab fica aberto
até descobrirmos, ou quê?
- 24 horas. Estás ocupado?
- Que puta de merda!
Desculpe.
Chefe, encontrei.
Encontrei-o.
Esta é a lista dos prováveis.
E este é ele.
Ali Waziri.
SERVIÇOS SECRETOS ISRAELlTAS -
DlVlSÃO DE FUGlTIVOS
Senhoras e senhores,
apresento-lhes o falecido, ah, Ali Waziri.
Um dos bombistas do autocarro 87.
Conseguimos identificar este tipo
com um grupo em Ramallah.
West Bank (Cisjordânia), não West Side,
isto para aqueles de vocês que acabaram
de chegar de Nebraska. Tina.
Temos o cartão de desembarque
e o I-94 dele.
Por isso sabemos agora que chegou
há três dias vindo de Frankfurt.
O que precisamos agora é de preencher
o intervalo entre a chegada e o incidente.
Precisamos de todas as ligações conhecidas
e, sobretudo, precisamos de uma morada.
Este é o pontapé de saída, rapazes.
Ali Waziri fazia parte da lista
de vigilância antiterrorista.
Como é que ele entrou no país?
Aqui está! Visto de estudante. J-1.
- Onde está o original?
- No passaporte dele.
- Onde está o passaporte?
- Feito em mil pedaços.
Onde está a cópia?
No lugar de emissão. Pode ser o consulado
americano em Telaviv, Amman, Cairo.
Todos os adidos diplomáticos e todos
os consulados das cidades que o Frank disse,
telefonem-lhes. Quero o visto.
- Chefe, precisam de si no laboratório.
- Quero o visto, Danny!
É algodão. Algodão egípcio puro,
não adulterado.
- Portanto, são egípcios?
- Não, isto é apenas...
O que eles usam nos funerais.
O tipo tinha uma mortalha vestida.
- Uma mortalha como deve ser.
- Certo.
Vou ter uma conversa
com a nossa nova amiga.
Pensei que era só fazer
um telefonema e saír.
Não fiz o telefonema.
Por que não?
Está bem?
Sim, sim.
Sim, só um zumbido no ouvido.
Preciso de saber aquilo que não sei.
Sim, a vida é demasiado curta.
Tem fome?
Vai encomendar comida?
A mortalha é o último ponto
no ritual de autopurificação.
Primeiro um jejum, depois há a...
A lavagem do corpo e a mortalha, certo.
Eu vi isso - 60 minutos.
Diga-me alguma coisa que eu não saiba.
Em Março identificámos o suspeito que no
ano passado pôs a bomba no quartel militar.
Em Agosto foi para o Líbano,
de onde foi sacado.
Sacado? Sacado por quem?
Entendo.
Chama-se Xeque Ahmed Bin Talal.
É iraquiano. Um líder religioso.
Com discípulos devotados?
OK, entendo que não seria conveniente
fazer publicidade ao facto de que
o nosso governo está metido num rapto,
mas por que não haviam de nos dizer?
Ele ainda está a ser interrogado.
Não podem dizer.
- E os discípulos?
- Bom, é óbvio que são dedicados.
- O que significa? - Neste jogo,
ganha quem mostrar mais dedicação.
Hub.
Desculpe-me.
Identificámos o tipo na fotografia.
A minha gente...
Os últimos fumadores inveterados.
Chama-se Samir Nazhde. Lecciona
Estudos Árabes em Brooklyn College.
Foi ele que assinou para o visto
de estudante de Ali Waziri.
E escuta esta. O irmão pôs uma bomba
num cinema em Telavive.
Talvez fosse melhor deixá-lo em paz.
E por que é que havíamos
de ter vantagem nisso?
Bom, podem jogar aos polícias e apanhá-lo
agora e conseguir que fique preso,
ou podem seguí-lo e deixar
que ele os leve aos peixes grandes.
Você fica à pesca enquanto ele vai
conseguindo vistos para bombistas.
- Já ouviu falar de apanhar e largar?
- E ele mete-se no primeiro avião para Túnis.
Hub?
Hub, esta é que é a altura.
- Tragam-no.
- Apanhem-no.
- FBI, quieto!
- Hey, hey, hey. Ow!
Samir Nazhde.
Chamo-me Frank Haddad.
Sou agente federal.
Acreditamos que você é cúmplice
no atentado ao autocarro 87.
Estão doidos?
- Você estava ligado a Ali Waziri.
- Desculpe, mas nunca ouvi esse nome.
Foi você que assinou
para o visto de estudante dele.
Eu assino muitos requerimentos.
Centenas deles. Toda a gente quer vir...
Você passou dois anos na prisão
em lsrael durante a intifada.
Pois passei, mas os únicos que não foram
para lá foram as mulheres como você.
Ai!
Frank.
Desculpa. Assunto de família.
Você vai connosco, meu amigo.
Fodam-se! Vocês não podem prender-me.
Defraudar o INS é uma ofensa
contra a lei federal.
Reserva para um, fazem favor.
- Precisamos de uma autorização
de busca pró Samir. - Samir.
Frank, preciso de falar contigo.
Se voltas a bater num prisioneiro,
tiro-te o cartão.
Um dia conto-te o que estes tipos
fizeram à minha aldeia em 75.
Está certo. Eu sei que tens razão.
Mas não voltes a fazê-lo.
Agora finge que fui capaz de te contar
uma piada. Está gente a ver.
Hey, Danny. Procura-me um juiz
que jogue comigo desta vez
e arranja um polígrafo para o Samir.
- Por que é que continuamos a meter
a mão nele? - Meter a mão em quê?
Sim, meter a mão em quê?
Você está é a proteger o seu trunfo, não é?
Ele é um trunfo seu, trabalha para si.
Você é o superior dele no processo, não é?
Às vezes, para além
de ser uma nacionalidade,
ser palestiniano
é uma profissão muito lucrativa.
O que significa que o tipo é seu, certo?
Meu, vosso, dos israelitas, dos sauditas.
Toda a gente no Médio Oriente
dorme com toda a gente.
Portanto, você diz que... dorme com todos?
Só profissionalmente.
- Portanto vamos partilhá-lo.
- Não.
Não? Telefona para o INS.
Verifica a posição dele.
- Começa a tratar da deportação.
- Não posso deixar que façam isso.
Não pode? Qual é exactamente
o seu envolvimento com esta gente?
Samir tem sido um importante
projecto meu desde há algum tempo.
Sou a única pessoa com quem aceita tratar.
Tem muito boas ligações e é muito emotivo.
- Telefona para o lNS, Frank.
- Até que ponto é fácil infiltrá-los, Frank?
Quantos fulanos têm vocês na Hamas, hein?
- Sem vigilância. Eu vi a vossa habilidade.
- Relatórios diários. Telefone em escuta.
- Eu quero ver as transcrições.
- Não há problema.
- E sou eu que o oriento.
- Nós partilhamo-lo.
- Não. Ele não pode saber que
estamos ligados. - Eu não lhe digo.
- E não há polígrafo?
- Nunca.
Acordado.
Deixa-o ir, Frank. Mas eu quero
ver resultados, entendido?
Tem mais surpresas para nós, Elise?
Não esta noite.
Vou dormir.
Deixaste que me batesse!
Como podes deixar que me bata?!
- Da próxima vez não te armes em esperto!
- Não me digas o que hei-de fazer!
Temos mesmo de voltar à mesma conversa?
Temos mesmo!
Preciso que me ajudes.
Preciso que sejas forte,
como sempre foste forte,
por ti e por mim.
Samir, olha para mim.
Olha para mim.
Diga.
Sim, Frank?
Sabes, para algumas pessoas é simplesmente
impossível viver nos campos.
Para o meu irmão, era como
uma morte lenta antecipada.
Só vivia para os filmes.
E aí apareceu um xeque e disse-lhe que
morrer por Alá é bonito.
E que se ele fizer o que ele quer,
os nossos pais ficam em boas mãos
e ele continuará a viver no paraíso
com 70 virgens.
Diz-me tu,
70!
E o meu irmão,
ele precisava muito de acreditar nisso.
Por isso amarrou 10 velas
de dinamite ao peito
e foi ao cinema.
E aí eu passei a ser um VlP.
É muito confuso.
E então, quem é que tu tens medo de trair?
Nós conhecemos esta gente.
Eles põem bombas, mutilam gente.
São eles que representam a Palestina que
queres construir? Estão a servir-se de ti.
E tu estás a servir-te de mim também!
Toda a gente se serve dos palestinianos.
Hey, tu fazes relatórios
das nossas conversas?
E quanto a foderes comigo?
Tive de obter autorização especial para isso.
Não se consegue melhor.
Pediu para esperar lá dentro.
Bom dia.
- Bill Devereaux.
- Eu conheço-o.
- Eu estive com a 82ª...
- Força aérea. Sim, eu sei.
Eu estava nessa altura na 173ª.
"Deus, o dever, a honra, a pátria."
Lembra-se?
Em Capitol Hill ou em Wall Street, já ouviu
alguém dizer isso nos últimos 10 anos?
- O que é que o traz a Nova Iorque, general?
- O presidente está preocupado.
Está preocupado com...
- Já alguma vez falou com o presidente?
- Não.
Sei que se preocupa com o terrorismo.
Bem, com toda a consideração
que lhe é devida,
ele não sabe nada do Médio Oriente nem
de terrorismo a não ser o que eu escrevo.
Ele é especialista é em proteger
o traseiro dele, não sei se me entendes.
Entendo, sim.
Suponho que não veio
cá só para tomar café.
Com o devido respeito,
eu penso que estamos no caminho certo.
Foi exactamente o que
eu disse ao presidente.
"Aposte no pessoal que está no terreno"
foi o que eu aconselhei ao presidente.
- Agradeço-lhe o seu apoio.
- Contanto que saibam o que estão a fazer.
Então o que é que me pode dizer
deste Xeque Ahmed Bin Talal?
Só que, já passou à história.
Recebemos duas comunicações
dos bombistas para o libertarmos.
Não podemos libertá-lo.
Eu sei que a nossa posição
é não negociar nunca.
Não podemos libertá-lo poque não o temos.
Nunca o tivémos. A informação
mais recente que temos é que morreu.
A ClA diz que não.
A ClA só soube que o muro de Berlim ía cair
quando apanharam com os tijolos em cima.
- Quem é a sua fonte?
- Elise Kraft.
Ah... Essa mulher
nunca entenderá o Médio Oriente.
Entre nós, ela não seria capaz de distinguir
um xeque de um preservativo dessa marca.
Bom, eu, ah... agradeço-lhe o seu apoio.
Hub. Seguimos aquela dica sobre...
Oh, Elise, que surpresa agradável.
- Como está?
- Olá, general.
É um prazer voltar a vê-la.
Não quero interromper.
Desculpem. A dica sobre
o senhorio parece sólida.
Tenho de me ir embora
e deixá-los trabalhar em paz.
Agente Hubbard, foi um prazer.
- Se precisar de alguma coisa,
sabe onde estamos. - Obrigado.
A fazer novos amigos?
Nem daqui a dois juízes,
nem daqui a duas horas!
Os tipos separam-se e vocês perdem...
- O Frank está a arranjar outro mandato.
- Estes tipos são profissionais!
Desde os 12 anos que se esgueiram
de tipos melhores que vocês.
- Quer dizer, tipos como vocês?
- Não se trata da sua ficha imaculada, OK?
OK. A lei não o permite, Elise.
Lá porque você tirou um curso de direito
à noite, você não é o Sir Thomas More!
- E lá porque você foi ver o meu ficheiro...
- Você vai perdê-los!
não quer dizer que me conheça!
Você pensa que eu os quero perder?
Se eu não os apanhar como deve ser,
ao fim de duas horas eles estão na rua.
Eu não quero saber se vou encontrar
Semtex, plutónio, dinamite,
ou briquetes de carvão auto-incendiárias.
Sem o mandato correcto,
eles vão-se embora.
Eles também têm um mandato. Um mandato
de Deus! Estão prontos a morrer!
- As suas leis não significam nada para eles!
- As minhas leis!
A última vez que li, você era cidadã
americana. Eu também li o seu ficheiro.
Tenho muita pena que,
depois da Guerra Fria,
vocês da CIA não tenham
trabalho na Rússia,
no Afeganistão, no Irão ou onde raio seja,
mas isto não é o Médio Oriente.
Ah, não?
Já cá está.
São os mesmos tipos do autocarro.
Eu sei. O que é que eles estão a dizer?
Estão a comentar como é difícil
conseguir tomar um café decente aqui.
- Eu distingo três vozes.
Quantos acham vocês? - Parecem três.
Se tivéssemos microondas, já sabíamos.
A ClA tem microondas.
Por que é que a gente não tem?
São três.
Todo o dia vêem televisão
e comem pizza. Só pizza.
Pizza, pizza, pizza.
Pizza.
Pizza!
Quer troco ou quê?
Não. Ponha-a no chão.
Não ouviu?
A criminalidade baixou 7% nesta cidade.
FBI! Mãos no ar! Põe a arma no chão!
FBI! Quietos!
- Porta!
- Um!
- Dois! - Três! O caminho está livre.
O caminho está livre!
- Estão todos bem?
- Tudo bem.
Tudo bem?
Qual é a situação? Fred?
Está a morrer.
Mike?
Está morto.
Elise?
Morto.
Hub, olha para isto.
Está tudo aqui, todos os componentes.
Detonadores, Semtex.
Exactamente como no autocarro.
Apanhámo-los.
Três homens foram mortos hoje
durante um tiroteio com o FBI
numa área sossegada de Brooklyn.
Há indicações de que existiria
uma ligação entre as vítimas,
que, segundo foi comunicado,
falavam árabe,
e os bombistas do autocarro 87.
Este é o porta-voz do FBI Anthony Hubbard:
Estamos a investigar diversas pistas
e achamos estar no caminho certo.
Estamos satisfeitos, as ruas estão de novo
limpas e podemos fazer uma vida normal.
Pai!
Boa!
Penso que o FBI merece
uma menção especial
pela rapidez com que
resolveram esta crise.
Gostaria de mencionar sobretudo
o agente especial Tony Hubbard
e os homens e mulheres da força conjunta
polícia/FBI de combate ao terrorismo...
Bebam, pessoal.
O meu primeiro namorado era palestiniano.
O meu pai costumava dizer
"Eles cativam-nos com o seu sofrimento."
- Alguma vez lá foi, viu os campos?
- Não, nunca.
Oh, há esta gente afável, hospitaleira,
a viver em lugares horríveis.
- Mas mesmo assim você trabalha
contra eles. - Só contra os doidos.
Eu tendo a suspeitar
de todos os verdadeiros crentes,
incluindo os presentes.
Quer dizer com isso
que eu sou um fanático?
- Por que é que é agente federal?
- Você leu o meu ficheiro. Diga-me.
OK, está bem. Eu digo-lhe.
- Escola católica.
- St Raymond's no Bronx.
Presidente disto, capitão daquilo.
Trabalho duro. Esforço para
melhorar as coisas. Jogo limpo.
Mudar o sistema a partir de dentro.
Blá blá blá.
- O quê?
- Então e você? Em que é que acredita?
- Em relação a quê?
- Em relação à diferença entre certo e errado.
É fácil distinguir entre
o que está certo e o que está errado.
- É mesmo?
- É.
O que é difícil é escolher
o errado que está mais certo.
- Eu só...
- OK.
Eu só quero melhorar um pouco as coisas.
Não faça caso, estou bêbada.
Elise!
- Elise.
- Frank, olá!
Conte-nos lá isso de ser espia.
Vá lá. Na Baía dos Porcos.
Você ali, na praia,
com as raparigas escoteiras.
Eu adorei como vocês previram
a queda da União Soviética.
- Está bem, está bem, está bem,
está bem, certo... - Genial. Essa foi boa.
E J Edgar Hoover usava saias, certo?
- Eu adoro os homens libaneses.
- Bom, estão a ver...
Vá lá, vamos dançar.
Vá lá, Hub, dance comigo.
Com certeza.
É a tua mulher.
Eh, pá!
- Isto parece o liceu. - Sim.
Mas o meu par nessa altura, não tinha arma.
Então, quais são as últimas sobre o Samir?
Quero uma lista de todos os vistos
que ele assinou.
- Não tenho a certeza de que
ele me dê essa lista. - Não?
Sabe, conheci um agente secreto tão
preocupado com uma das suas fontes que...
Sim. Ele é uma fonte, ponto final.
Já lhe passou pela cabeça que ele poderá
ir para acama também com o outro lado?
O Samir envolvido com eles?
Isso seria pedir demasiado.
Você sente-se muito segura de si.
Só na cama.
Um teatro da Broadway. Explodiu quando
as pessoas se levantavam para o intervalo.
Diz que há corpos por todo o lado.
Oh, por favor ajudem-me! Oh...
Já passou, minha senhora.
Eu não quero morrer.
Sr. ajude-me!
Ainda nenhum grupo reivindicou
responsabilidade pelo atentado...
Um grande número da elite nova-iorquina
morreu a noite passada
quando uma bomba rebentou
num teatro cheio de gente.
A lista de vítimas inclui muitas das principais
individualidades culturais da cidade.
Podem ter a certeza de que estamos a
usar todos os nossos recursos para fazer
face à situação.
Nova Iorque ficou de joelhos devido
aos acontecimentos desta última semana.
O comércio retalhista
teve uma baixa de 72%.
Os crimes de ódio subiram a pique
e o FBI parece, pelo menos de momento,
incapaz de pôr termo ao terror.
Ruas antes movimentadas estão agora
estranhamente calmas,
com a fuga de muitos.
Por que é que deixam
esta gente entrar no país?
Se pensa que vou deixar sair os meus
filhos com esta situação, está doido.
A Comissão de Serviços Secretos do Senado
autorizou um grupo a investigar o problema.
Esta noite às 10:
terrorismo nos Estados Unidos.
O pior tipo de reacção
é uma reacção com base no medo.
Ele diz: quem estiver na lista de vigilância do
Departamento de Estado não entra no país.
Aí eu disse-lhe, Ali Waziri estava
na lista de vigilância e entrou!
- O que é que o Departamento de Estado
disse? - Que telefonasse para o INS.
O que é que o INS disse?
Que telefonasse
ao Departamento de Estado.
- O objectivo desta reunião...
- É manter a nossa cidade segura.
- A responsabilidade do vosso
departamento é... - O quê, estúpido?!
Escutem, quem quiser fazer perguntas
vai ter primeiro que levantar a mão.
- Diga?
- Howard Kaplan, INS.
- Como está?
- Bem.
Nós investigámos todos os vistos étnicos
da cidade, até à origem de cada um.
- Danny?
- Trazêmo-los aqui e falamos com eles.
E tradutores?
- Quantos serão ao todo?
- 1600, talvez mais.
- 1600!
- Sim senhor.
- Onde é que vamos meter...
- Danny, Danny, calma. Faz favor?
E que tal uma presença militar
nos aeroportos?
Não creio que tenhamos chegado a esse
ponto. Não iria deter estes criminosos. Você?
E quanto a proteger a população árabe?
Eu represento a Liga Árabe Antidifamação.
Apesar das injustiças que a minha gente
possa sofrer neste momento tão difícil,
nós continuaremos a mostrar
a nossa lealdade a este país.
Damos todo o apreço à vossa posição.
Muito obrigado.
Quero agradecer a todos.
Tem sido um tempo muito
difícil.
Londres, Paris, Atenas, Roma,
Belfast, Beirute.
A nossa cidade não é a primeira
a ter de enfrentar o terrorismo.
E em Telavive...
No dia a seguir à bomba no mercado em
Telavive, o mercado abriu e estava cheio.
Isto é Nova Iorque.
Nós somos capazes de enfrentar isto.
- Meu Deus! É a Watley School.
- As crianças não!
Uma das mães trazia uma arma.
Feriu o tipo quando ele estava
a colocar o dispositivo.
Ele matou-a, e depois
fechou-os a todos na sala.
- Algum miúdo ferido?
- Não sei. Não sei.
Está ali na mesa.
Não sei se é um rádio
ou um temporizador ou quê.
Pára aí. Vê se consegues ampliar
mais o dispositivo.
Aí mesmo. Foca aí.
Um rádio. Tem um comando de rádio.
- Que raio está a imprensa a fazer?
- Devem estar a escutar a nossa frequência.
Danny, os teus homens deviam contactar
a FAA para desocupar o espaço aéreo.
Daqui fala a polícia de Nova Iorque.
Tirem a merda dos helicópteros daqui!
Hub!
- Saiam todos.
- Precisamos de ajuda aqui.
Já passou, está tudo bem.
Depressa para o salão.
Ou nós respondemos a esta ameaça
rápida e definitivamente,
ou para a semana
haverá mais cem por todo o mundo.
Soa bem, general. Como é que não
conseguimos descobrir os responsáveis?
A mim parece-me que a aplicação normal
da lei não dá resposta a isto.
E quanto aos que estão
por trás dos responsáveis?
Ah, Líbia, lrão, lraque.
Possivelmente a Síria.
É perguntar e abrir um atlas.
- O que eu sei é que temos de responder.
- Excelente ideia, senador. E como?
Descobrir quem são
e arrasá-los com bombas.
E se não conseguirmos descobrir?
Olhem, eu não gosto de ser pessimista,
mas continua a aumentar.
Primeiro um autocarro,
depois um teatro. O que será a seguir?
E se usássemos a National Guard?
A National Guard é para o controlo de
motins, não é para combater o terrorismo.
Então o exército.
Eu li os planos para emergências.
É doutrina legal estabelecida que o exército
não ser usado contra o nosso próprio povo.
Nem mesmo que seja o próprio povo
a pedi-lo, três quartos a favor?
- Se o presidente declarar um estado de...
- Lincoln declarou a lei marcial em 1862!
- Suspendeu o habeas corpus.
- O que depois foi declarado inconstitucional.
Ex parte Milligan.
Eu tenho uma eleição em Novembro.
Ex-membro do Congresso dos EU.
Vamos deixar as piadas para as entrevistas
de domingo na televisão.
O avião do presidente chega daqui a
duas horas. Temos de chegar a um consenso.
Não é com as regras da protectora
dos animais que se domina um cão vadio.
Temos é de usar um cão nosso
que seja maior e pior que ele.
General?
O exército é uma espada grande,
não é um bisturi.
Acredite, senador, não seria boa ideia
usar o exército numa cidade americana.
Mas de quanto tempo precisaria
para entrar em acção?
Não podemos actuar sem que o presidente
invoque a Lei dos Poderes de Guerra.
Eu sei disso, general.
Suponhamos que a ordem foi dada.
Podemos estar no terreno 12 horas
depois de o presidente dar a ordem.
Uma divisão de infantaria ligeira
de 10.000 homens.
Elementos da Força de Actuação Rápida,
Forças Especiais,
Delta, APCs, helicópteros, tanques,
e, naturalmente, a ubíqua
espingarda de assalto M-16 A-1.
Uma arma bastante modesta até ser vista
na mão de um homem à porta duma loja.
Será barulhento,
será assustador.
E não será confundido
com nenhum desfile festivo.
Devo lembrar que o general Devereaux
não representa a visão oficial do exército.
Foi aceite a função policial
do exército no Haiti e na Somália.
Que fique bem entendido.
Nós perseguiremos o inimigo,
encontraremos o inimigo
e mataremos o inimigo.
E ninguém está mais decidido
a fazê-lo do que eu.
E é por isso que vos peço,
que vos rogo,
que não considerem esta opção.
Eu sei exactamente
o que o presidente vai dizer.
"É exactamente por isso que você
é a pessoa indicada para este trabalho."
Gostaria de apresentar Anthony Hubbard,
o meu homem no terreno em Brooklyn.
A sua equipa conseguiu apanhar a primeira
célula, 36 horas após o ataque ao autocarro.
É também o mesmo homem que enfrentou
o terrorista naquela escola. Hub?
O papel do FBI é...
responder.
O papel do exército é defender.
Com a presença do exército, a nossa
capacidade de investigação será inibida.
Obrigará estes criminosos a trabalhar
ainda mais na clandestinidade.
Não é possível combater
um inimigo que não se pode ver.
Eu penso que se nós usarmos
paciência, autodomínio, e
deixarmos que os nossos homens e mulheres
em Nova lorque façam o seu trabalho,
penso que conseguiremos o que queremos.
Obrigado. Eu também penso
que devemos ser cautelosos.
Alguns de vocês poderão
não conhecer a Sharon Bridger.
A Sharon trabalhou no Iraque nos nossos
serviços secretos durante a Guerra do Golfo.
Sharon?
Sir, se me dá licença?
Obrigado.
Estou certa de que todos aqui conhecem
o modelo tradicional da rede terrorista.
Há uma célula que controla as outras todas.
Corta-se a cabeça e o corpo morre.
Infelizmente, a velha regra
deixou de ser aplicável.
No modelo novo, cada uma das células
funciona independentemente das outras.
Corta-se a cabeça
e aparece outra no seu lugar.
O autocarro 87 foi obra da primeira célula,
cujos elementos restantes eram,
segundo acreditamos, os que o FBl abateu.
Isto, por sua vez,
activou o trabalho da célula dois.
A gala no teatro.
No máximo, pensamos que haverá três,
possivelmente quatro, células.
E então quanto tempo falta para que
possamos eliminar a última célula?
Não sabemos.
Isto é uma tragédia
de proporções impressionantes.
O número 1 da Federal Plaza era a sede
da Força de Combate Antiterrorista do FBI
bem como de outras agências federais.
As autoridades não publicaram ainda
os nomes dos que morreram.
Foram recebidas cartas de condolências
de líderes de todo o mundo.
Boris Yeltsin enviou uma mensagem
a condenar o terrorismo...
A contagem dos corpos vai ligeiramente
acima dos 200 até agora.
E os nossos?
Mike, Tina,
estavam todos a trabalhar.
Hub.
Hub.
Este é o coronel Hardwick,
dos Serviços Secretos do exército.
Coronel.
Estou aqui apenas como consultor.
Não tenciono envolver-me demasiado.
Agradeço a sua consideração.
Não pretendo ser insensivel, mas quais são
as suas capacidades nesta altura?
A vossa infra-estrutura?
A nossa infra-estrutura
está debaixo dos seus pés.
Desculpem-me.
Hub, conseguiram tirar parcialmente
o número de identificação da carrinha.
- O DMV diz que tinha sido roubada
no dia antes perto de... - Brooklyn?
Isso.
Hub, acaba de chegar
a última contagem dos corpos.
600 mortos.
Lamento muito pelos seus amigos.
Frank, é a... Sharon.
Não percebi o seu apelido.
Bridger.
- Como está?
- Já estive melhor.
Bom,
a Agência tem outra lista de prováveis.
Precisamos de os circular.
Isto é capaz de ser bom.
- Por que é que o Samir não avisou?
- Ele não sabia.
- Diz o Samir.
- Digo eu!
- Talvez seja boa ideia eu falar com ele.
- Sim, só comigo morta.
Com 600 mortos.
- Ele é um dos bons.
- Como é que você pode ter a certeza?
Porque ele fez parte da operação para
destabilizar o Saddam Hussein comigo, OK?
Ele é um intermediário.
Arriscou a vida por nós.
Intermediário entre quem e quem, Sharon?
Quero nomes, OK? Quero... fotografias
ou qualquer coisa. Não lições de história.
Não lhe posso dar fotografias,
não conheço as caras deles.
- Então não tem nada?
- Tenho o Samir.
- O Samir tem algum contacto com eles?
- Mínimo.
- Então como é que ele faz?
- Não pode. São eles que iniciam o contacto.
E se não?
- Ele está à espera.
- Ele está à espera?!
De que raio está ele à espera?
Mais corpos, mais edifícios!
- Talvez à espera de rebentar mais uns
quantos! - Eu sei como vocês se sentem.
Você não sabe como eu me sinto.
Eu perdi amigos meus esta noite.
Eles entrarão brevemente em contacto.
Quando?! É o que eu quero saber. Quando?
E porquê brevemente? Por que não agora?
Qual é o negócio?
Quais são os visuais, os nomes?
Sabe, toda essa merda
de espionagem da ClA!
Eu digo-lhe o que é que eu vou fazer.
Vou levar o seu rapaz, o Samir,
ali abaixo, vou ligá-lo a um polígrafo,
e vou-lhe fazer umas perguntas
a seu respeito.
E depois levo as transcrições
a um amigo meu do New York Times,
que escreve sobre a ligação entre a CIA
e espectáculos de terror políticos.
- Se o queimar, fica sem a sua única chance!
- E então?!
- Você diz que é escolher entre perder
e perder. - Eu não estou a brincar consigo!
Como é que você pode saber
com quem é que anda a brincar?
- 24 horas.
- Para quê? 24 horas para quê, Sharon?
Elise!
- Tens alguma coisa para mim?
- Nada de novo.
Tivemos três bombas
em Nova Iorque, temos 600 mortos.
A polícia, o FBI, não parecem estar a dar
conta do serviço. Precisaremos do exército?
Sem dúvida. Quantos mais precisam
de morrer para que nós usemos o exército?
As tropas não estão treinadas
para policiar a sua própria população.
É por isso que temos o FBI e a polícia.
Nós não queremos o exército em Brooklyn.
Terá de falar com o excército
para verificar esses rumores.
E aqui temos nós o FBI,
sem ter conseguido fazer o seu trabalho...
Isto é um ataque, é um tempo de guerra.
O facto de ser dentro das nossas fronteiras
significa apenas um novo tipo de guerra.
É isto que estes tipos fazem lá na terra
deles. Agora trazem-no para aqui!
As pessoas têm de entender que árabe
não é sinónimo de terrorista.
O Islão é uma religião de paz. Esta gente
desonra o Corão ao usar as suas palavras...
Um comerciante, Abdul Hassam,
foi hoje espancado e a sua loja vandalizada.
O presidente disse hoje:
"Uma das nossas mais importantes
liberdades é aquela que nos isenta do medo."
E comprometeu-se a proteger
essa liberdade.
- O FBI recebeu outro fax.
- Ahmed Bin Talal.
Aparentemente, eles continuam
a pensar que nós o temos.
Nós... "temo-lo"?
Deixa-me dar-te um conselho, Steve.
Não te metas entre mim e o presidente.
Eu estou a falar em nome do presidente.
Que o presidente saiba, não. Não o temos.
General, sabe que
depois do ataque de ontem,
metade dos pais neste país
não deixaram os filhos ir à escola.
Eles estão a atacar o nosso modo de vida.
Já chega!
Quer dizer que o presidente está preparado
para tomar as medidas necessárias?
Quero dizer que o presidente
está preparado para ser... presidencial.
- Está?
- Sou eu. Ligue a televisão.
Só um momento.
O Senado debateu até de madrugada
o pedido de lei marcial do presidente.
- Nós temos uma tradição de invocar
a lei marcial... - Já vi.
..apenas quando as circunstâncias mais
extremas a requerem, mas a que preço?
O mundo volta-se agora para Nova Iorque
para ver se a lei marcial põe fim ao terror.
Fora!
Bom dia. Hoje com a invocação
da Lei dos Poderes de Guerra
pelo presidente, declaro um estado
de lei marcial nesta cidade.
Segundo sabemos, enfrentamos um inimigo
composto de cerca de 20 indivíduos.
Esse inimigo esconde-se entre
uma população de cerca de dois milhões.
Segundo os serviços secretos,
fala provavelmente árabe
e tem entre 14 e 30 anos
o que reduz o alvo para 15.000 suspeitos.
Podemos reduzir ainda mais esse número
para os que estão aqui
há menos de seis meses.
Temos agora 20 escondidos entre 2000.
Cada um destes 20 homens
poderá esconder-se entre uma população
que tenha uma origem étnica semelhante.
Infelizmente para ele,
só poderá esconder-se aí.
E essa população, seguindo o padrão
clássico da emigração, está concentrada.
Nesta área, em Brooklyn.
Tencionamos selar esta região.
E depois de a selarmos vamos espremê-la.
Meus senhores,
este é o país da oportunidade.
A oportunidade de se entregarem.
Hoje depois do pôr do sol, todo aquele
que corresponder ao perfil que descrevi,
e que não tenha cooperado,
será preso e detido.
Não há nada mais corrosivo
para a moral de um país,
que o policiamento dos seus cidadãos
mas o inimigo engana-se
se duvidar da nossa determinação.
Eles enfrentam a mais poderosa máquina
militar existente, e eu tenciono usá-la
e estar de volta à base
dentro de muito pouco tempo.
Obrigado.
- É um prazer voltar a vê-lo.
- Não posso dizer o mesmo de si.
Não nesse uniforme.
- Eu pensava que era contra isto.
- E sou. Isto não foi ideia minha.
Então foi o presidente que o fez pôr
tanques na ponte de Brooklyn?
- Está a pôr em causa o meu patriotismo?
- Estou a pôr em causa o seu bom senso.
Eu estou a servir o meu presidente.
Possivelmente não no melhor
interesse da nossa nação,
mas a minha profissão
não me permite fazer essa distinção.
Eu não questiono o seu patriotismo, mas não
questione você o meu comando, entendido?
- Eu não estou sob o seu comando.
- Acha mesmo que não?
Olhe à sua volta. Diga-me se pensa
mesmo que é essa a verdade.
Idiota arrogante. Já viu alguém mais
embevecido com o som da sua própria voz?
- Vamos usar o Samir.
- Agora? Ele entra em pânico.
- Entra, entra. Eu já entrei. - Oh, merda!
Mais um cordeiro para a matança.
Hey, hey, hey! Tudo bem. Ele é fixe.
O que está ele a fazer aqui?!
Sabem que estão a matar árabes lá fora!
Você pode acabar com isso, Samir.
O que é que você quer dizer?
Está aqui o exército.
Estão a criar centros para interrogatórios
e a torturar pessoas!
Acalme-se, hein?
Tenho de sair daqui
e tu tens de me ajudar!
Nós ajudamo-lo!
- Preciso só de mais dinheiro.
- OK.
- Você arranjou o visto de Ali Waziri. - Já
disse. Não conheço ninguém com esse nome.
Mentiroso!
- Diz-lhe o que ele quer saber! Ele sabe!
- Esta mulher é maluca!
Tu não entendes quem eles são.
Eles nunca confiariam em mim!
Escuta, eu tenho uma fotografia
de nós os dois, Samir. Lembras-te?
Vou pô-la em todas as lojas de Brooklyn
e mandar cópias para amigos na Cisjordânia.
A tua mãe ainda lá está, não está?
- Largue-me, merda!
- Saia daqui! Saia!
Desculpe.
Hey, ninguém o vai queimar. OK, Samir?
Ninguém vai chamar ninguém.
Quem lhe pediu para arranjar o visto?
- Oh, outra vez não.
- Hey, hey, Samir. Acalme-se, OK?
- Não há nada a temer.
- Tenho medo de ir para o inferno.
Também eu.
Chama-se Tariq Husseini.
Tem uma oficina
em Commerce Street em Red Hook.
Commerce Street. Red Hook.
Se alguém o chatear,
seja quem for,
chame-me.
- Você é boa.
- Você também não é nada mau.
Hey, Floyd. Sim. Hub.
Escuta, temos de arranjar
uma coisa rápido, certo?
Sim, onde está o Frank?
Está bem, bom, dá-lhe uma 911.
OK, arranja-me um carro velho.
Dá-lhe tu mesmo umas pancadas
se for preciso. 896 Commerce Street.
É uma oficina em Red Hook. Sim.
Oh, merda! Vão de casa em casa.
Sabe quê, o Tariq vai-se esconder.
- Vamos apanhá-lo em menos de uma hora.
- Pois apanhem-no bem.
- Onde é que você vai?
- Vou guardar o Samir em local seguro.
Bom, eu acho que lá dentro estão três.
Os dois ao pé do caixote do lixo são nossos.
Vão esperar até estarmos prontos,
e vêm depois atrás.
OK.
Bom, vamos embora.
Yo, Joaquín.
Mira...
Procuro o Tariq. Alguém aqui o conhece?
Combinei com ele dar-me um jeito a isto.
Ah? Tenho para aqui o cartão.
Ele deu-me este papel.
- Tariq Hassiny ou uma coisa assim.
- É, está lá dentro.
Lá dentro? Está bom, pá. Obrigado.
Hey, Tariq.
Você é que é o Tariq Husseini?
- Ele não está cá.
- Não está cá?
- Posso deixar um recado para ele?
- Claro.
- Diga-lhe que o FBI anda atrás dele.
- Está a gozar!
Não estou a gozar.
Largue o telefone, ponha as mãos no ar.
Mãos no ar!
As mãos atrás da cabeça.
Sim, para si também.
Vai correr tudo bem.
Tariq Husseini,
este é o exército dos Estados Unidos.
Vocês estão cercados.
Têm 30 segundos para deitar fora
as armas e sairem das instalações
com as mãos sobre a cabeça.
- Repito: este é o exército dos Estados
Unidos... - Quieto! Raios o partam!
Raios o partam! Código Vermelho!
Código Vermelho!
Bravo One a Alpha Leader.
Peço autorização para disparar.
Sim! Agora!
- Quietos! Põe a arma no chão! Larga-a!
- Calma! Sou do FBI!
- Põe a arma no chão!
- Larga-a!
Tudo bem. Sou do F... Sou do FBI. Calma.
Baixem-se! De joelhos!
Tudo bem. Sou do F...
Sou do FBl!
Quem era aquele homem?
Senhoras e senhores, haverá um comunicado
a todos os jornalistas acreditados...
Não se alarmem. O perímetro...
Frankie! Frankie Haddad!
Frank Haddad!
- Frank!
- Hub! Hub, levaram o Frankie.
- Quê?!
- O meu miúdo está aqui. Só tem 13 anos!
- Tudo bem, vamos tirá-lo daqui.
Vamos encontrá-lo. - Frank Haddad! Ow!
Foram a minha casa!
A minha mulher disse-lhes quem eu era!
- Frank!
- Quantas vezes me arrisquei eu?
Quantas vezes!?
Há 20 anos que somos
cidadãos americanos.
- Há 10 que estou no FBI!
- Tens razão.
Atiraram com ela,
levaram-no de minha casa!
Frank Haddad!
Ouve o que te digo! Escuta.
Frank!
Não está certo.
Nós vamos encontrá-lo.
Está certo? Nós vamos encontrá-lo.
- Anda, anda.
- Não. Não!
Eu encontro-o.
De resto... o meu lugar é aqui.
Aqui.
Diz-lhes que deixei de ser criado deles.
- Diz que o nome dele é Haddad?
- Não, Had-dad.
Frank Haddad. H-A-D-D-A-D. Junior.
O pai dele é xiita. Estamos a investigá-lo.
O pai dele é agente federal
e é o meu companheiro!
Saia da minha frente.
Sou capaz de decidir que você é etíope.
Você é tão estúpido
que pensa que me insulta.
Se houve erro, nós resolvemo-lo.
Não há erro nenhum. Eu respondo
pelo miúdo. Quero que o soltem!
Reveja as suas prioridades.
Nós vamos estudar o assunto.
Vão estudar o assunto, da mesma maneira
que têm andado a estudar-me a mim, não?
Pensam que não sei o que estão a fazer?
Eu ando a trabalhar para vocês
e por pouco não me estoiram os miolos!
Agora quero que soltem Frank Junior e quero
ver o meu prisioneiro - Tariq Husseini!
Vamos ver o seu prisioneiro.
- Há quanto tempo estão nisto?
- Não há tempo suficiente, pelos vistos.
Quanto tempo mais até ele
dar à dica as outras células?
- Não pode dar à dica,
se não sabe onde estão. - Ele sabe.
Não sabe. Foi você mesma que o disse,
Sharon, na reunião de estratégia.
Uma célula não sabe onde estão as outras.
Quanto tempo vai demorar a falar, Sharon?
Tempo demais.
O teatro foi atacado nove horas
depois de eliminarmos a primeira célula.
Nesse caso, que outros modelos temos?
Abaná-lo?
- Não dá.
- Dá com os israelitas.
Só em conjunto com a falta de sono.
Leva 36 horas.
Nós não temos 36 horas.
Choques eléctricos?
- Os neurotransmissores desligam
simplesmente. - Água?
As autoridades palestinianas produzem
boa informação com água. Há os cortes...
É uma porcaria.
Vocês estão doidos?
De que é que estão a falar?
Chegou a hora de sofrer um,
para que se salvem centenas de vidas.
Um!
E que tal dois ou seis?
Que tal se fizermos execuções públicas?
Pode sair quando não quiser ver.
Oiça, general.
Você perdeu gente, eu perdi gente,
mas você, você, você não pode fazer isto.
E se aquilo que eles querem...
E se eles não quiserem o xeque?
Já pensou nisso? Ah?
E se o que eles querem é ver-nos arrebanhar
miúdos em estádios como estamos a fazer?
E pôr soldados nas ruas e fazer com que
os americanos desconfiem uns dos outros?
Violar a lei, ignorar a constituição.
Porque se nós o torturarmos, general...
fazemos isso, e tudo aquilo por que demos
sangue e lutámos e morremos, acabou.
E eles ganharam.
Eles já ganharam!
Escoltem-no daqui para fora.
Não sabia nada.
CANCELADOS TODOS OS ESPECTÁCULOS
- Retirem aqueles cães.
- Não podemos retirar o exército
- até a ameaça ter desaparecido.
- A ameaça é o próprio exército.
Devereaux está a matar inocentes. Vocês
tiraram-lhe o açaimo. Voltem a pôr-lho.
Você está a gravar a conversa?
Porquê, você está?
Foi Devereaux quem começou
por apanhar o xeque.
Devereaux?
Então nós temo-lo.
O que é que acha, Hub? Que o nosso governo
funciona como uma entidade coerente?
Toda a gente, tanto você como eu,
todos nós queríamos a cabeça do xeque.
Devereaux não iniciou a caça aos terroristas,
ele só foi um pouco mais longe.
Espere aí.
Então, agora, o que é que nós fazemos?
Existe a opinião em determinados círculos
de que devíamos soltar o xeque, libertá-lo.
Afinal, nós raptámo-lo,
mantivémo-lo em isolamento.
- Um juiz era capaz de o deixar ir. - Não
se liberta um assassino, nenhum assassino.
Nenhum assassino!
A Sharon acha que apanhamos a última
célula se acreditarem que soltamos o xeque.
Por que é que eles haviam de acreditar nela?
Por que é que eu havia de acreditar nela?
Pergunte-lhe.
Eu chefiei a rede no Iraque
durante dois anos.
Samir recrutou-os entre os discípulos
do xeque e eu treinei-os no Norte.
O xeque ía ajudar-nos a derrubar o Saddam.
Quero dizer, ele era nosso aliado.
Nós estávamos a financiá-lo.
Depois, ah... depois houve
uma mudança de política.
Não os traímos exactamente.
Deixámos apenas de os ajudar.
Eles foram massacrados.
Então eu, ah, abandonei a operação.
- Aceitei outro posto.
- Mas ajudou-os primeiro.
O que é que quer dizer?
Você disse que eles precisavam de ajuda.
Estavam na lista antiterrorista, e aí você
arranjou-lhes vistos, você e o Samir.
Eu prometi-lhes que nós os ajudávamos.
Eles trabalhavam para nós.
Fazendo o quê... exactamente?
- Já lhe disse!
- Não, não disse.
Disse-me que os tinha treinado.
Trabalho vosso, subversão.
Foi o que você disse, não foi?
Está-se a esquecer de alguma coisa,
não está, Sharon?
Você ensinou-os... a fazer bombas.
Por isso é que andava à procura da
identificação das ligações no autocarro azul.
E agora eles estão aqui
a fazer aquilo que você os ensinou a fazer.
Não é?
Você tem de me deixar emendar isto.
Por favor?
O presidente está em conferência
com o Mayor, com o governador
e com o procurador-geral de Nova Iorque.
..metendo-os em estádios,
como fizemos com os japoneses.
É altura de todos nós proclamarmos
a nossa solidariedade com esta gente.
..os militares retirarem, pacificamente,
a nossa democracia do povo...
O povo de Brooklyn
não pode ser feito refém!
Juntem-se à comunidade e aos líderes
religiosos numa marcha de protesto contra...
Então, e se fosse com os negros?
Ah? Se fosse com os italianos?
Os árabes americanos são uma população
vulnerável e visível, não têm poder.
- Farouk?
- Os críticos dizem que isto é racista
e o governo não faria isto...
Samir estabeleceu contacto, Frank.
É a última célula.
Ele arranjou uma reunião,
mas temos de nos livrar do exército.
Preciso da tua ajuda, Frank.
Frank, o trabalho ainda é nosso.
Eu não quero ver mais mortos
e sei que tu também não queres.
E quando isto acabar,
eu prometo-te que trazemos o teu rapaz.
Marcha para City Hall hoje. Não ao medo!
- Que horas tens, Frank?
- 10 e 15.
Que tal vai ele?
Dá-me a mensagem e eu entrego-a.
Tenho de ser eu a entregá-la. Acredita,
a eles interessa-lhes o que eu tenho a dizer.
Não ao medo! Vamos dizer-lhes
que não temos medo!
ENCONTRO COM O EXÉRClTO ÀS 11 .00
NOS BANHOS ÀS 12.00
Tem a certeza de que ele faz mesmo isto?
Bem, se não fizer,
ele sabe que o entrego ao Devereaux.
Então?
Sabe, esta é a última jogada, entende?
Se houver algum problema...
Não vai haver problema nenhum.
Nós somos da ClA.
Há sempre algum problema!
Bem...
Se as coisas ficarem feias, ah,... Lembre-se
que ganha aquele que for mais dedicado.
Vamos.
Vocês os três fazem um casal muito jeitoso.
Sharon, peço-te. Não me faças fazer isto.
Eles... quero dizer, se eles sonham...
Se eles sonham que estamos
a ser seguidos, matam-nos.
- Para sul na Cadman Plaza.
- Acalma-te, hein?
General, os federais
estão em marcha. Ouviu?
Certo, fiquem com o Hubbard.
O homem não faz parte da nossa equipa.
Certo.
Helicóptero, ele é vosso.
Aqui helicóptero. Vamos-lhe na pista.
Equipa de som pronta.
Este não é o caminho para os banhos.
Disseste que fosse buscar
a chave ao meu tio.
Deixa de barafustar,
vais atrair a atenção da vigilância.
Tive um mau pressentimento, sabes?
Acalma-te. Não dês nas vistas.
- Estamos prontos?
- Tudo a postos.
Temos de nos apressar, Sharon.
Não podemos chegar atrasados.
Vamos a isto.
Todas as unidades! Todas as unidades!
O indivíduo vai a pé!
Vai a correr para Front and Pearl.
Exército dos Estados Unidos.
Páre, ou disparamos!
Quieto!
Estamos livres deles.
Certo, vamos embora.
Por que é que continuamos aqui?
Temos de ir.
Acalma-te. Vai correr tudo bem.
Escuta, temos de esperar três minutos.
És capaz de fazer isso por mim?
Não posso acreditar. Olha para isto.
Árabes e judeus, lado a lado.
Negros e brancos, cristãos e muçulmanos.
Que é que tem?
- É tão trágico. - O que é que é trágico?
Que é que queres dizer?
Eles vão atacar a manifestação?
Consegues imaginar um alvo melhor?
..porque o nosso governo não tem
o direito de declarar a lei marcial!
Não ao medo! Não ao medo! Não ao medo!
- Temos de nos despachar, Sharon.
- OK. Toma, põe isto.
- Merda, são 11 horas. Temos de ir.
- Estão a preparar-se para sair.
Unidades 1 e 2, quando eu der sinal.
Unidades 3 e 4, a postos.
Unidades 5 e 6...
FBI!
Oh... Microondas!
NÃO AO MEDO
Esta é uma manifestação ilegal.
Têm de dispersar.
Repito, estes soldados
têm munições de combate.
Este é o último aviso.
Hub,
perdemo-lo.
Os banhos.
Então o que se passa?
Por que é que eles não estão cá?
Eles vêm. Não te preocupes.
O que é que estás a fazer?
Qual é a mensagem que tens para eles?
Não vem mais ninguém, pois não?
Então,
qual é a mensagem
que tens para mim, Sharon?
És tu a última célula.
Nunca haverá uma última célula!
Isto é só o começo.
Não ao medo! Não ao medo!
Como é que eu não entendi?
Por causa do dinheiro.
Tu acreditas que o dinheiro é poder.
Acreditar é poder.
Não me digas que nós financeámos
a tua operação.
O mundo é redondo, Sharon.
Samir, o Corão ensina...
Não me fales do Corão, mulher!
Primeiro, deixaste-me ali no lraque
como uma coisa sem valor!
E depois raptaste o nosso líder,
um homem sagrado.
Puseste-o na prisão
por prégar a palavra de Deus.
Por isso agora
tens de aprender as consequências
de tentar ditar ao mundo como há-de viver.
Acabou.
Já provaste as tuas razões.
Para quê derramar mais sangue?
Essa gente na rua... Eles estão
a manifestar-se pela tua causa.
Sim.
E também eles passarão a ser
mártires dessa causa.
Samir!
Larga-a.
- Saia da porta!
- Ele tem uma bomba!
Levanta-te. Levanta-te.
Levanta-te!
- Não!
- Samir, larga-a e viverás.
- Saia da merda da porta!
- Não!
- Samir...
- Hub, estou aqui.
Não dispares, Frank.
Samir.
- Você quer morrer?
- Tu queres?
- Oiça, eu rebento a bomba! - Então
morremos todos. Ninguém fica vivo aqui.
- Saia da porta!
- Disparem.
- Cala-te.
- Disparem!
- Cala-te!
- Disparem sobre mim!
- Eu vou passar!
- Cala-te!
- Disparem!!
- Eu vou passar!
Disparem!
Disparem!
Disparem!
Um dos nossos foi atingido.
Tiro no estômago. Venham rápido.
Toma.
Ele morreu?
- Hub...
- Estou aqui. Estou aqui.
- Hub? Ah...
- Estou aqui.
- Desculpa.
- Não faz mal.
- Estás bem?
- Tenho frio.
OK.
Perdoai-nos as nossas ofensas,
assim como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido.
E não nos deixeis...
E não nos deixeis cair em tentação,
mas livrai-nos do mal.
- Porque Vosso é o reino...
- Oxalá.
Não ao medo! Não ao medo!
Agente Hubbard, quer-me explicar
por que é que deteve o coronel Hardwick
e seis homens meus?
A última célula foi eliminada.
Era Samir. Matámo-lo.
- Como é que pode ter a certeza
que era a última célula? - Sharon.
- A Sharon foi comprometida.
- A Sharon está morta.
Ela deu a sua vida.
Lamento, Hub.
- Acabou, general.
- O que é que acabou?
- O xeque.
- Ah, sim?
Violação clara da lei internacional?
Descuidos do Congresso,
um par de estatutos, tratados?
Rapto, perjúrio, lei Logan?
Conduzir a sua própria política externa?
- Eu sei de tudo.
- Você não sabe merda nenhuma.
A coitadinha da Sharon
e os coitadinhos da gente dela.
Eu fiz aquilo que era preciso fazer
e não me arrependo disso.
Vá-se foder, federal.
Eu sirvo o meu país.
Tente você servir o seu.
Quer mais alguma coisa, agente Hubbard?
Quero, quero mais uma coisa.
Isto é um mandado do Tribunal Distrital
para libertar todos os detidos no estádio.
A minha autoridade é superior
à dos tribunais.
A sua autoridade acabou, general!
William Devereaux, prendo-o
por tortura e assassinato
de Tariq Husseini, um cidadão americano.
FBI! Quietos! Quietos!
Quietos! Quietos!
- Isto é brincadeira?
- Você vê-me rir, general?
Capitão!
Dê ordem aos seus homens
para baixarem as armas.
- Não posso fazer isso.
- Faça-o já.
A lei diz...
A lei sou eu!
Aqui, agora, a lei sou eu!
- Você tem o direito de se recusar a falar...
- Baixem as armas!
Tem direito a um julgamento justo.
Tem o direito de não ser torturado,
de não ser assassinado.
Direitos que você roubou a Tariq Husseini.
Tem esses direitos graças aos homens
que o precederam e vestiram esse uniforme.
Graças aos homens e mulheres que esperam
que lhes dê a ordem para disparar.
Você acha que eu hesitaria em matá-lo,
se isso estivesse no interesse do meu país?
Não, não, você não hesitaria,
mas eles talvez hesitassem.
Dê-lhes a ordem. Torne estes miúdos
assassinos. Dê-lhes a ordem.
Dê-lhes a ordem, general!
Baixe a arma, sargento.
General Devereaux,
quer comentar as acusações?
A sua posição.
General Devereaux,
quer comentar as acusações?
General Devereaux, o que é que se passa?
SubRip: HighCode
O CERCO