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- O que é que tem o meu olho?
- O médico diz que é preguiçoso.
Mas vai ficar perfeito.
Tenho comichão.
Queres ter amigos?
Então mantém-no tapado.
És um pirata?
Parabéns a você...
Eu sempre digo,
se não tens amigos...
... faz um.
Parabéns, querida.
Agora estragaste tudo.
Ela chama-se Soozy.
Soozy foi a primeira boneca que fiz.
Foi a minha melhor amiga,
e agora vai ser tua.
Não, não a podes tirar. É especial.
O que achas da minha venda de pirata?
Aposto que queres saber
o que estou a fazer.
Está bem, vou dizer-te.
Hoje vi uma pessoa.
Um rapaz.
Sabes como é quando conhecemos
alguém...
... e achamos que gostamos
dessa pessoa,
mas quanto mais falamos com ela,
menos coisas gostamos.
Como aquele rapaz na paragem.
E, ás vezes...
... chegamos a nem gostar de nada.
Mas...
... o rapaz que vi hoje é diferente.
Gosto de tudo nele.
Especialmente as mãos. São lindas.
Não fiques zangada.
Foste a minha melhor amiga,
toda a vida.
E estás sempre comigo, mas...
... preciso de um amigo a sério.
Alguém que eu possa abraçar.
Vou dar-lhe óculos escuros
descartáveis
para pôr por cima dos seus óculos
até a dilatação passar.
As minhas lentes de contacto
estão prontas na sexta-feira?
Devem estar.
Parece muito entusiasmada.
Tenho um encontro.
Tem a certeza que não vou ficar
estrábica, com as lentes?
Tenho. As lentes vão puxar pelo olho
bom e fazer o mesmo que os óculos.
O seu olho preguiçoso
só precisa de uma ajudinha.
Eu preciso
de toda a ajuda que conseguir.
Este rapaz é perfeito.
HOSPITAL VETERINÁRlO SARKIZAN
Que óculos giros!
O que é um ''misturi''?
Bisturi. O seu cão vai ficar bom,
minha senhora.
Bisturi!
Obrigada pelo esclarecimento, querida.
Misturi...
Espere. Pare.
May, preciso do ''misturi'' grande para
operar um Pastor Alemão amanhã.
Não se esqueça. Prepare-o para mim.
May, espera,
quero perguntar-te uma coisa.
De que te vais mascarar
no Dia das Bruxas?
Ainda estou a espremer os miolos,
à procura de algo original.
Tens alguma ideia?
Tens um pescoço lindo.
Obrigada.
Telefona-me uma destas noites.
Podemos sair juntas e...
... ir comer melão, ou algo assim.
Quando fui de férias...
... a minha cadela tinha quatro patas,
sabe?
E quando voltei...
... ela só tinha três!
Procurei por todo o lado!
Não encontro a outra pata!
Já não sei o que hei-de fazer.
May?
- May, podes ajudar este senhor?
- Tem que me ajudar, está bem?
Tenho aqui uma situação muito séria.
Falta uma pata à minha cadela.
Já tentei atirar um pau,
mas ela não faz nada.
Olá.
Credo, o que estás a fazer?
Estou a descansar.
- Isso não dói?
- Não.
Sua cabra. Porque é que fizeste isto?
Na realidade...
... acho que gostei.
Faz outra vez.
Estava no meio das roseiras.
Podem cosê-la de volta no lugar...
... não podem?
Podia.
Olá.
Podes usar-me...
Quer dizer, usar o meu.
Obrigado.
- Como te chamas?
- May.
Prazer em conhecer-te.
Eu sou o Adam.
Queres fumar um cigarro comigo?
Tens de puxar.
Então és tu que fazes as tuas roupas?
Sim.
Isso é fixe.
- Obrigada, Adam.
- Não tens de quê, May.
Adoro as tuas mãos.
Acho-as lindas.
Já fui modelo de mãos, sabes?
- Acho que devias ser bom.
- Estou a brincar, May.
- Carros de corrida.
- O quê?
Sim, sim, a minha namorada
comprou-me estes.
De qualquer forma...
Sabes, quero dizer a minha antiga
namorada comprou-mos.
Vai praticando.
Vemo-nos por aí, May.
''Sim, May. Vemo-nos por aí, May.''
Lamento ter...
... tropeçado à tua frente no café,
mas...
... talvez possamos...
... tu e eu, fazer algo juntos.
Vemo-nos por aí.
Está bem?
Olá. Estás muito contente.
O Dr. SarKizan precisa que faças...
''um zame fecal à mis-Kitay?''
lsso faz algum sentido para ti?
Um exame fecal à Miss Kitty. Sim.
Desculpe.
Como vai isso, May?
Ia agora almoçar.
Estás com óptimo aspecto.
Tens fome?
Eu corto...
... e tu escolhes.
Óptima escolha.
Então May, o que é que fazes?
Trabalho no Hospital Veterinário...
... e coso.
- Hospital Veterinário?
- Há quem ache um pouco nojento.
- Adoro coisas nojentas.
- Verdade?
Conta-me algo nojento.
Está bem. Há algumas semanas...
... entrou lá um velho a dizer
que o cão estava a morrer.
Implorou-nos que o salvássemos.
Um Labrador preto com 40 quilos,
chamado Seymour.
Fizemos *** e descobrimos que tinha
uma deformacão nos intestinos
e que precisava de ser
imediatamente operado.
Rapámos a barriga do Seymour,
abrimos...
... e retirámos
um pedaço de intestino...
... com o tamanho
de um cachorro quente.
Correu tudo bem, mas...
... quando íamos coser o Seymour,
vimos que não havia fio de suturar
que costumamos usar
para os cães maiores,
e o médico achou que se usássemos
o triplo de sutura de gato,
tudo ficaria resolvido. Bem...
... passados alguns dias,
o velho telefona...
... histérico.
As suturas tinham rebentado
enquanto ele estava a trabalhar
e, quando chegou a casa,
o Seymour estava estatelado
na varanda de trás,
com as entranhas espalhadas
em cima do cimento.
A vedação estava ensopada
e havia sangue por todo o pátio.
Estava uma confusão.
Tive que coser tudo novamente.
Então, acho que o teu trabalho
requer muita coragem.
Muita.
Porque é que os miúdos
estão a mexer assim em tudo?
São cegos. São do centro de dia
que há ali na esquina.
Bolas, tenho de ir.
Passa um filme do Argento daqui a
15 minutos. Estou de folga esta tarde.
- Estão a passar o ''Trauma''.
- Isso é um filme?
Nunca viste o ''Trauma''?
Não vás.
O quê?
Nada. Eu devia ir trabalhar,
de qualquer forma.
Obrigada pela sandes e pelo cigarro.
Tenho de ver este filme, mas...
... talvez te possa ver noutra altura.
Que tal hoje à noite?
Tenho uma coisa combinada,
mas talvez depois...
- Optimo!
Está bem. Até logo, May.
Queres levá-la contigo?
Obrigada pelo conselho, querida.
Então, o que é que me estavas
a fazer no outro dia no café?
Estou tão envergonhada.
Porquê?
Nunca tive nenhum namorado.
Gostas de mim, Adam?
Claro que sim.
Não me achas esquisita?
Sim, acho-te esquisita.
- Eu sabia.
- Mas eu gosto de gente esquisita.
Gosto mesmo muito de gente esquisita.
És perfeito, não és?
- Ninguém é perfeito.
- Tu és perfeito.
Queres ver o meu quarto?
Estas coisas assustam-te?
Nada me assusta.
Claro, nada te assusta, pois não?
Já me topaste.
Sou um psicopata.
Apanhei-te!
É muito fixe!
Caramba!
Quem te ensinou a beijar?
Soozy.
Quem te ensinou a beijar?
O que se passa, querida?
O que aconteceu à tua mão?
''Misturi''.
És muito engraçada.
Queres ver-me a arquivar?
Temos tudo por nossa conta.
Vamos dancar.
Olha, estão a fazer-nos uma serenata.
Agora temos mesmo de dançar.
Vá lá, por favor!
Então, vais dançar comigo, ou quê?
- Gostas de gatas?
- O quê?
Gatas. Gostas de gatinhas?
Tu és mesmo indecente, não és?
Gostas da Loopy?
A minha senhoria é uma grande cabra.
Tenho de me livrar dela.
Da senhoria?
Não, parva, da gata.
Tu és a única esperança dela.
Vá lá. A Loopy vai fazer-te companhia
quando estiveres só.
E para além disso,
ela vai fazer-te lembrar de mim.
- Está bem.
- Óptimo!
Olha só as horas.
Tenho de ir.
Hoje é noite das mulheres.
Queres vir?
Já sei.
Precisas do teu sono de beleza.
Mas não muito.
É favor deixar mensagem
depois do grito.
Estou, Adam. Fala a May.
Estava a pensar se querias
estár comigo...
... se querias encontrar-te comigo
outra vez.
Diverti-me tanto ontem à noite.
O meu número é 7425663.
Telefona-me... quando quiseres.
Estou desejosa de te ver outra vez.
Credo! May, assustaste-me.
O que estás a fazer aqui?
Nada.
Há quanto tempo estás aqui?
Desde as... 2 horas.
Não estás aqui há duas horas,
pois não?
O que é que achas?
Olha, eu recebi as tuas mensagens.
Desculpa não te ter ligado.
Tenho andado muito ocupado
com este filme.
Fizeste um filme?
Na universidade, antes de desistir.
Acabei agora de o montar.
Posso vê-lo?
Faço-te macarrão com queijo.
Jantar e cinema?
Parece-me um encontro.
Gosto da tua casa.
É muito...
... fixe.
Isto é ''Gatorade''?
Nem vais acreditar
no que tive de fazer no emprego hoje.
- Já estás pronta?
- Põe lá.
Então, o que é que achaste?
Achei querido.
Querido?
Mas acho...
... que ela não podia arrancar-lhe
o dedo todo com uma só dentada.
Essa parte era um pouco rebuscada.
Vá, descontrai-te.
Caramba!
O que raio é aquilo?
- Bolas, estou a sangrar!
- Eu sei.
May, o que estás a fazer?
Vá lá. Preciso de uma toalha.
Acho que me vou embora.
O quê?
Vemo-nos por aí.
Mas, é como no teu filme.
May, isto é muito esquisito.
Tu gostas de coisas esquisitas.
Mas não tanto.
Eu disse-te para te virares
para a parede!
Bolas! Caiu.
May podes ajudar-me a retirá-la?
Doutor, este estafeta insiste
que o senhor tem de assinar.
Estou a operar, Polly! Por favor!
Muito bem, May, está bom.
Agora a Kitty vai viver.
- O que é que estás a fazer?
- O quê?
Leva isso lá para fora, meu.
- O que se passa? O que é que achas?
- Merda.
Ela é gira, mas acho
que não joga com o baralho todo.
Achei que não querias jogar
ás cartas com ela.
- É verdade.
- Pelo menos sabes que não é doida.
Não vamos falar mais sobre a May.
Consegui fugir dessa mulher.
Quem é a May?
Uma gaja esquisita
que o Adam despachou.
- Como está o teu lábio?
- Está quieto!
Já percebi. Posso?
Então gostava das tuas mãos.
Mantém-nas longe da cara dela.
És mesmo sacana, sabias?
- Vá, faz mais flexões, cabrão.
- Vai-te lixar.
Olá, querida, fala a Polly.
Estou aqui sentada
em camisa de dormir...
Queria saber como está
a minha gatinha.
Passa por cá se ouvires isto,
está bem?
Porque é que estás triste, querida?
Não são permitidas caras tristes
nesta casa.
Quero beijar-te desde a primeira vez
que te vi.
É isto que te está a chatear?
Não estou chateada.
- Estou zangada com uma pessoa.
- Espero que não seja comigo.
Não, não é contigo.
Sentes-te esquisita a fazer isto?
Eu sou esquisita.
Eu adoro coisas esquisitas.
- lsto é mesmo a sério?
- Sim.
Comigo?
Muito.
Pode ajudar-nos de alguma maneira?
Vi alguns miúdos a brincar
no parque...
... e queria oferecer-me
para tomar conta deles.
Que tipo de crianças eram?
Atrasadas, surdas, aleijadas, mudas?
- Eram cegas.
- Quer trabalhar no Centro de Dia?
É, onde estão esses miúdos?
Qual é a diferença?
Só gosta de um tipo de miúdos cegos?
May Canady? Sou a Lucille.
Vamos apresentá-la aos miúdos.
Acha que posso conhecê-la antes,
Lucille?
Quem, a Petey? Podemos tentar.
Normalmente prefere estar sozinha.
Ninguém gosta de estar sozinho.
Petey, tenho aqui alguém
que te quer conhecer.
- Vai-te embora, cabeça de enguia.
- Es tão má para mim, Petey.
Boa sorte.
- O que estás a fazer, Petey?
- Um cinzeiro.
- Fumas?
- Não.
Então estás a fazer o cinzeiro
para quem?
Tu fumas.
- Fumo, sim.
- Então podes ficar com ele.
Como estás, May?
Óptima, obrigada.
A fazer novos amigos...
... a torto e a direito.
- Excelente.
Loopy... este é o Adam.
É gira.
E como estás?
Bolas, está avariada.
Tenho de ir à outra lavandaria.
- Telefonas-me um dia destes?
- Claro.
Vemo-nos por aí, May.
May! O que se passa?
Quem é, Polly?
Quem é?
Uma oportunidade que não podia perder.
Queres juntar-te a nós?
Podemos fazer alguma coisa juntas
amanhã, May? Tenho de ir.
Não compreendo.
Tens ciúmes!
- O que se passa aí, querida?
- Cala-te, cabra!
Olha, May, posso livrar-me dela,
se tu quiseres.
Tu sabes que és a minha preferida.
Vem cá, Loop, vem cá.
Vá lá.
Vá lá, rapariga.
Têm sido uns dias difíceis.
Calem-se!
Obrigada.
- Estou?
- O Adam está?
- Olá. Que se passa?
- Nada de especial.
Como é que sabias que era eu?
- Estou?
- Quem fala ?
A May, parvinho.
O que vais fazer hoje à noite?
Estou?
Porquê?
Pensei que nos podíamos encontrar
para fazer alguma coisa.
Tenho planos.
Silêncio!
Estou?
Com quem estás a falar?
E amanhã?
- Talvez.
- Talvez?
Está bem, a que horas? Eu espero.
- Não faças isso.
- Não faz mal. Eu espero.
Tenho de ir, May.
Falo contigo amanhã, então.
Adeus, May.
Odeio-te.
Quem me sabe dizer o que é isto?
Não sabemos, May. O que é?
Petey, chega aqui para ver
se consegues adivinhar.
- Não sei.
- Tens de tentar outra vez.
Não sei!
- Vou dizer-vos o que é.
- O que é?
Esta é a minha melhor amiga.
A minha melhor amiga.
E nem me tinha apercebido disso
até ontem à noite.
É só uma caixa.
- A amiga deve estar lá dentro.
- Muito bem, Deidre.
- Tira-a.
- Não posso.
- Porque não?
- Porque não posso.
Vá lá, May, tira-a.
Queremos conhecer a tua amiga.
Não, eu...
... não posso. Ela é especial.
Não sai.
Ela fica sempre lá dentro.
E muito frágil.
Petey?
Pára!
- Já saiu!
- Vidro!
Não!
Fala May Canady. Por favor
deixe os seus contactos.
Estou. Por onde andas, querida ?
Acho que o Dr. Sarkizan
está aborrecido.
Ou isso, ou está com uma infecção
urinária. Não tenho a certeza.
É melhor trazeres as tuas perninhas
até aqui rapidamente.
Já faltaste dois dias seguidos.
Está tudo bem?
Tenho saudades tuas. Beijinhos.
Telefona-me, está bem?
Loopy...
... vou ter saudades
de fazer festas no teu lindo pêlo.
Estás bem?
Tantas partes bonitas,
e nenhum todo bonito.
Nem fales! Como te chamas?
Não interessa.
Queres ir comer gomas comigo?
Para quê?
Só estava a tentar ser simpático.
Desculpa.
Bolas, conseguia viver só com isto.
Está a ficar calor.
Importas-te que tire a camisa?
- Faz o que quiseres.
- Está bem.
Adoro a tua tatuagem.
Obrigado.
Porra! Continuo a arder!
Tens algumas pedras de gelo
para esfregar nos meus mamilos?
Congela!
- É essa a ideia.
- Pára!
Que merda é esta?
- Uma amiga.
- Esta merda é doentia.
Somos os melhores amigos, agora
que viste o que há no meu frigorífico?
És mesmo doida!
Não quero ser teu amigo!
Preciso de mais peças.
Olá, May!
Olá, que se passa?
Nada de especial.
- Sobre o que é que estás a ler?
- Amputação.
- É para o trabalho?
- Não.
Só por prazer.
Ouve, May, lamento que as coisas
não tenham dado entre nós.
Não dava. Não dá, sabes?
Agora compreendo, Adam.
Compreendo.
Amigos?
Está bem. Tenho mesmo de ir.
Até logo, mãos.
Sim. Está bem.
Depois vemo-nos, May.
Como está a Loopy?
- Desfeita.
- Está triste com alguma coisa?
Ás vezes fica um pouco deprimida.
Parece infeliz.
Posso saber o que estás a fazer?
Quero fazer uma blusa para ti.
Uma espécie de presente
para me desculpar pela outra noite.
Mas que querida!
- Molly, estás aqui, querida?
- Sim, aqui atrás.
Trouxeste o meu almoço?
May, queria apresentar-te
uma nova amiga.
- Chama-se Ambrosia.
- Belas trancas.
São, não são?
Posso tirar mais algumas medidas?
Já pensaste em tirar isto?
A minha avó dizia que as imperfeições
nos tornam especiais.
O que é que achas?
Esquisita!
Estou, Polly? Fala a May.
Feliz Dia das Bruxas.
Estava a pensar passar por aí,
para te levar a tua blusa nova.
E mostrar-te o meu fato.
Telefona-me se puder ser.
Tenho saudades tuas.
Beijinhos.
Telefona-me, está bem?
Se não conseguires
arranjar um amigo...
... faz um.
- Olá, May.
- Olá, Polly.
- Que fato giro.
- Obrigada.
Ia telefonar-te hoje à noite,
mas estive ocupada.
- O que estavas a fazer?
- Nada.
Começo a perceber o que o doutor diz,
vinte por cento das vezes.
E eu pensava que a letra dos médicos
é que era incompreensível.
Talvez seja diferente
com os veterinários.
Assim está melhor.
Estás à espera de alguém?
Esqueceste-te da minha blusa?
Não?
Não estás chateada por causa de mim
e da Ambrosia, pois não?
Não estou chateada.
Sabes que não é nada sério.
Mas ela é boa como o milho.
Por favor, não me faças mal, May.
Por favor...
Eu confio em ti.
Eu sei que não me fazias mal, May.
O que fazes aqui?
Onde está a Polly?
Ali.
Polly, despacha-te! Estive a beber
*** toda a noite e tenho de mijar.
Tens mesmo umas belas pernas.
- Pensava que eram ''trancas''.
- Trancas, cotos, rodas, tanto faz.
Dá lá uma voltinha, querida.
- Vira-te para mim.
- És mesmo esquisita.
Não sei o que a Polly vê em ti.
A Polly não vê nada.
Vira-te lá, ''Miss Grable''.
Está bem, querida.
Que tal?
Lindo!
Lindo fato.
Tens alguma coisa fresca aí?
Tenho, sim.
O que fazes aqui?
Olá. Está alguém em casa?
Preciso delas, Adam.
Ouve, minha, o Adam
já está ocupado esta noite.
Gosto dos teus brincos.
Obrigado. Lindo fato.
Obrigada. Fui eu que fiz.
Tal como nos teus filmes, Adam.
May, o que fazes aqui?
Então esta é a May?
Queres entrar para uma bebida,
ou isso?
Obrigado.
- Devias ter telefonado.
- Terias atendido?
Se estivesse em casa, sim.
Não importa. Não vim cá para te ver.
*** pode ser?
Acho óptimo.
Aconteceu alguma coisa?
Toca-me.
Toca-me na cara.
Vá lá, Adam. Toca-me na cara.
- Pára!
- Estas mãos agora são minhas.
- Não. São minhas. Vai de retro.
- Vai-te lixar! lsso é bruxaria?
Toca-me na cara.
Vá lá, cabrão. Toca-lhe lá.
Estou-me nas tintas.
Está bem, já bebi muito
e sinto-me tonto...
... só quero que te vás embora.
- Está bem. Já fui.
- Não és tu, estúpida de merda.
''Estúpida de merda''.
Acho que é comigo.
Não me vais tocar na cara?
Está bem. Eu toco-te na cara.
Vais ficar perfeito.
Tu estás...
... não há palavras para descrever...
Mas não preciso de falar contigo,
pois não?
Basta sentir.
E também vais sentir aqui.
Não é?
Não me podes ver.
Não me podes ver!
Vê-me!
Tudo o que quero...
... é que me vejas.