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PENITENCIÁRIA DOS ESTADOS UNIDOS
HudoIin, PensiIvânia
Meu bom irmão.
Mais nada? Nenhuma mala?
Vamos embora daqui.
Não fumes no carro.
- Boa tarde, Sra. Graves. Bem-vinda.
- Olá.
- Olá.
- É um prazer vê-la.
- Posso Ievar o seu casaco?
- Não, obrigada. Não vou ficar.
Brad, Dex, desculpem,
mas não posso almoçar.
Tenho uma reunião da comissão
em Detroit. Isto não vai demorar.
Para mim nada.
Não, vou querer uma Diet Coke.
Não, uma água Evian, por favor.
Não, água San Pellegrino. Sem gelo.
O negócio é este, não há negócio.
- A minha cliente recusa.
- Como?
- Ela acha que a companhia dela vale mais.
- Ela acha, ou você?
Pensando melhor, isso parece interessante.
- Diga-nos aquilo que quer e não diga...
- Galinha fumada?
Tenho de fazer um telefonema.
Cá entre nós, o que procura?
Procuro um mundo de jogo Iimpo,
onde as grandes empresas
não Ievem sempre a meIhor.
Ainda a tentar vingar-se do seu ex-marido?
Vai pagar por essa.
Quem é o marido dela?
Eu e a minha Iíngua comprida.
Fofinha!
Não me chames Fofinha.
Desculpa. Só quis ser amoroso.
Que se passa?
Nada. Estou numa reunião
e não tenho muito tempo.
Lembras-te quando disseste que querias
ter sexo comigo num sítio estranho?
Que taI Detroit?
Muito pervertido. Em todo o caso,
vão instalar-me a TV no domingo...
e apresento o Mile High Mall, em Denver,
na próxima semana.
- Que faço sozinha em Detroit?
- Compra um Chevy. És uma americana.
Não te amo e não vou ter saudades tuas.
Telefona-me quando lá chegares.
Adeus.
Sr. Sorenson e Sr. Diggs.
Entrem. Divirtam-se na festa.
Muito obrigado. Tudo será tratado.
O prazer é meu.
Que aconteceu, Chefe?
Aceitaram? Seriam Ioucos em não aceitar.
Que querem estes colombianos?
É infalível!
Temos todos os agentes anti-droga,
os guardas fronteiriços. Está tudo no Iugar!
Temos um pequeno problema.
Uma nuvem sobre nós.
O carteI fez uma oferta de $50 miIhões.
Será válida durante 30 dias
se conseguirmos livrar-nos deste problema.
O Jarmin. Sabem do Jarmin, não é?
Está na altura de acabar com isto.
Temos de o encontrar e Iiquidá-Io.
Mais fáciI dizer do que fazer.
Desta vez, fazemo-Io nós próprios.
Para ter a certeza que é bem feito.
Belo dia.
Mas temos uma pequena nuvem
para rebentar.
Vamos fechar, Billy Ray.
Ninguém vai guiar, com este mau tempo.
Porque não Iargas essa carripana
e vens Iá a casa jantar?
Não é bom ficares sozinho tanto tempo.
Estás na cidade há três meses
e ainda não fizeste um amigo.
Pelo menos não vi nenhum.
Porque não te Iavas
e vens conhecer a minha senhora?
Ouviste?
Vou desligar este rádio.
Adormeceste aí em baixo?
Ajuda-me, Marvin!
Ajuda-me! Puxa-me! Tira-me daqui!
- Aguenta-te!
- Ajuda-me.
Tira-me daqui!
Raios!
Que vou eu fazer sem pernas?
Olha para ti!
Estás maI da cabeça?
Desculpa. Tinha de fazer algo
para quebrar a monotonia.
Andas chateado?
Chateado como o caraças.
Nada de pessoaI.
É que sou um gajo irrequieto.
É assim que sou.
É por isso que viajo tanto.
Herdei isso do meu pai. Era vendedor
ambulante. Vendia escovas no Kentucky.
Achava que tinhas dito
que criava porcos no Tennessee.
Criava porcos e vendia escovas de cabelo.
Estás sempre a inventar tretas.
Não me digas que nunca pregaste
uma partida a ninguém.
Eu atendo.
Obrigado pelo convite para jantar.
- Posso ajudá-Ia?
- Ateste o depósito, por favor.
- Está a ouvir a estação WBJ na rádio?
- Não faço ideia.
É essa mesma. É música dos anos 60.
Ouço-a o dia todo.
Sabe o que dizem sobre os anos 60,
não sabe?
Se se Iembra deIes, é porque não estava Iá.
- Quer que verifique o motor?
- Não. É alugado.
Vem a Detroit e aluga um BMW?
É o mesmo que ir à Alemanha
e comer salsichas Jimmy Dean.
No Tennessee, onde nasci,
nunca vi carros destes.
Só depois dos 22 anos
é que vi carros estrangeiros.
É do Tennessee?
- Sim, sou um rapaz do SuI.
- Como se chama?
Billy Ray.
São os nomes dos dois patifes que a minha
mãe achou que poderiam ser o meu pai.
Com dinheiro ou cartão?
Rick?
Desculpe?
- Pode ser com MasterCard?
- Claro.
- Faz-me Iembrar muito uma pessoa.
- Faço?
Sim, um rapaz. Um homem.
Chamado Rick Jarmin.
O avião dele despenhou- se no México.
Há quinze anos.
- Nunca fui ao México, mas...
- Ri-se como ele.
- Não foi de propósito.
- Parece-se com ele.
Não sei que Ihe diga. Pode assinar isso?
Tenha um bom dia.
Tem uma tatuagem?
Tatuagem? Não.
No seu ombro direito. Uma pomba.
Não tenho nenhuma tatuagem.
Não saio daqui até me mostrar.
Espero que ninguém esteja a olhar.
Satisfeita?
Braço direito.
Tenho umas cicatrizes do Vietname.
Aqui de Iado. Quer ver?
Lamento. O meu amigo
nunca teria entrado nessa guerra.
Que quer isso dizer?
Era contra matar.
Gostaria de o ajudar,
mas o Agente Baird reformou- se.
DEPARTAMENTO DE JUSTIÇA
Não é possíveI!
Não se reformaria sem me dizer.
Está a tratar do meu caso há quinze anos.
Dê-me o seu nome e identificação
e ponho-o em contacto com o novo agente.
Com todo o respeito,
não a conheço de lado nenhum.
Se Ihe der o meu nome e número,
ficará a par de tudo.
- Um momento, por favor.
- Não, espere. Raios! Estou?
Com Iicença.
Aquele telefonema que esperava?
Ele está em linha.
Não me deu o nome nem a localização.
Quer falar com o Lou Baird.
Rick? Tudo bem?
Sou o Joe Weyburn. Lembra-se de mim?
Do Iaboratório de fotografia em CIeveIand.
Foi em 1978? Não, 1979.
Não me Iembro de si.
No FBI somos todos parecidos.
Nunca aquece muito um Iugar, pois não?
Onde está agora?
O Lou? Ele ter-me-ia dito se se reformasse.
- Porque não o fez?
- Para Ihe dizer a verdade, eIe perdeu-o.
Perdeu-me?
Foi por isso que o reformámos,
é por isso que o caso agora é meu.
Onde está ele? Para onde foi?
Para onde foi?
Uma vez deu-me um número.
Da casa da irmã em St. Louis.
Costumava ir Iá passar férias.
É aí que eIe está? Estou perto?
Está fora de circulação.
Está metido nalgum sarilho?
De todo. Onde está o Sorenson?
Que eu saiba, está na prisão.
EM LIBERDADE CONDICIONAL
Não se preocupe. Ele nunca sairá!
E o parceiro dele?
O Diggs?
Se não se atirou outra vez a si,
deve estar com o dinheiro da droga,
na boa vida, na América do SuI.
- Não sabemos onde está.
- Isso é um aIívio.
Então o que é,
altura de mudar de lugar?
Acho que sim. Onde me podem meter?
Onde está agora? Que nome está a usar?
Vá lá, estou só a fazer o meu trabalho.
Billy Ray Bowers.
Vivo por cima da Marvin"s Motown Motors.
Canoga Street, 1840, Detroit.
Ouviu? Não vou repetir.
Reconheceram-me.
Quero sair daqui antes que voltem.
Salvar Em Disquete:
"'K239: Richard Jarmin"'? - Sim
Está bem.
Dois dias.
Dois dias?
Fique aí, vamos mandar alguém buscá-lo.
Fico à espera.
Comando: Apagar Ficheiro
Apagar Ficheiro: "'K239: Richard Jarmin"'?
Sim
A Apagar Ficheiro: "'K239: Richard Jarmin"'
Programa de Protecção de Testemunhas
FBI - Ficheiro Apagado
A queda do comércio externo...
reflecte o efeito negativo
do fortalecimento do dólar...
e um aumento da produção competitiva
na Europa e na Ásia.
Juntando isto ao recente acréscimo,
imposto pelas naçôes da CEE,
torna-se claro, que, para preservar o lucro
que os nossos accionistas esperam,
temos de fazer cortes
nos nossos custos de produção.
Embora seja verdade
que os nossos crescentes custos...
serão pagos com a aquisição da Coleman
Shipping, temos de assegurar...
Estás a assustar-me!
Quem se opõe?
Sra. Graves, pode responder?
- Sra. Graves!
- Sim.
Não.
Abstém-se da votação finaI?
Sim. Não.
Compreendo.
Ela disse-me: "'Marvin,
não estás a rejuvenescer.
"'Pensa naquele jovem que trabalha para ti
e oferece-lhe sociedade."'
- Não temos filhos.
- Só me conheces há três meses.
Como sabes que podes confiar em mim,
que não te roubarei?
Tenho andado a observar-te.
A mão é mais rápida que os olhos.
Vou para cima dormir.
Até amanhã. Pensa na sociedade.
- Até amanhã.
- Negócio fechado?
Garanto-te que vou pensar nisso.
Boa noite.
Estamos fechados.
Estamos fechados.
Abrimos outra vez às 6:30.
É o Billy Ray Bowers?
É do escritório do Weyburn?
Vocês têm uma ***úncia interessante.
Merda.
Sempre foste um belo actor, não é Rick?
- Fingiste que eras meu amigo.
- Nunca o fiz.
- Depois entregaste-me.
- Nunca concordei em matar.
Ainda um benfeitor? O meu amigo,
o Sr. Diggs, está preocupado com isso.
Cumpri o meu tempo, graças a ti,
mas ele ainda está sob acusação.
Visto que és a única testemunha viva
que o pode meter atrás das grades...
Que poder tem ele? Ainda és o criado dele?
És algum herói?
Escondido numa oficina durante 15 anos?
Acho que não farão
nenhum monumento em tua honra.
Últimas palavras?
Que se passa?
Sai daqui! Corre para salvares a vida!
Cuidado!
Socorro!
- Deixa-me entrar!
- Rick, és tu?
Sim, sou eu! Deixa-me entrar!
- Como sei que és tu?
- Sou eu Muffy. Abre o raio da porta!
- Que estás aqui a fazer?
- Eu? E que raio estás tu aqui a fazer?
A encher o rabo de balas.
- Ela viu-te.
- Eu também a vi.
Agradeço-te muito.
Vou ter de usar o teu telefone.
Gelo. Preciso de muito gelo.
Vou buscar o gelo. Vai para o quarto.
É a suite presidencial.
- Posso usar o telefone?
- Já vou.
- Sra. Graves?
- Sr. Takawaki!
A dar uma festinha?
Sim. Uma festa de raparigas.
Talvez noutra altura?
Talvez.
Não quero saber se saíram.
Tenho de entrar em contacto com eles.
Sim. A suite presidenciaI.
Telefonista?
- Rick?
- O quê?
Estás bem?
Levei um tiro no rabo. Dá para acreditar?
- Posso entrar?
- Estou nu. Aguentas?
Aguentei durante muitos anos.
Acho que posso aguentar agora.
É no fundo das costas e no rabo.
Acho que a bala passou através...
Vietname?
Não. Tirei a pomba com Iixa.
Estou mesmo ansiosa
por ouvir essa história.
Preciso de Iigaduras,
antibiótico e desinfectante.
És alvejado frequentemente?
Foram só duas vezes.
Podes ajudar-me, por favor?
Podes ver-me o rabo?
Deixaste-me no altar.
Foi isso que senti, na altura.
Partiste com o Jamie
para procurar fortuna...
e ias voltar para casar comigo.
Estou a Iembrar-me bem?
Se não, corrige-me.
Perdeste-te com o avião. Foste dado como
desaparecido, presumivelmente morto.
Estive no teu funeraI
e chorei como uma viúva inconsoIáveI.
Jurei nunca te esquecer.
E de facto, nunca te esqueci.
Ainda ando
com as tuas fotografias na carteira!
Até que um dia,
paro numa bomba de gasolina...
e tu estás vivo, a ser perseguido,
e pedes-me para olhar para o teu rabo?
É giro. O Rick está vivo
com um tiro no rabo.
Quem está vivo com um tiro no rabo?
O Rick! Estou a olhar para o rabo dele!
Seu mentiroso,
covarde,
filho de um...
sapo amarelo, nojento e bexigoso...
Não me Iembro de coisas suficientemente
horríveis para te chamar, sacana!
Presumo que isso seja um não,
quanto a examinares-me o rabo.
- Eu atendo. Deve ser para mim.
- Não podes atender o meu telefone.
Estou?
Sim. Bem. A tomar um ***.
Volto para casa amanhã.
O mesmo tipo?
- Que tipo?
- Harper. Jeremy III.
Rico, cretino. Aquele com quem casaste.
- Lembras-te dele?
- Sabes que me casei?
Quatro meses depois
de eu ter desaparecido.
Foi rápido, para uma viúva inconsolável.
Onde estavas?
- Podias ter esperado para descobrir.
- Estava só.
Sentias-te só, por isso casaste
com o cretino da universidade!
Jerry, o Rei do ***.
Como podes ter feito isso?
Estávamos errados.
A família dele fabricava detergentes.
- Os Químicos Cornwall?
- Não. Depurativos de cozinha.
Não te enganes a ti própria.
Enriqueceram com a guerra.
A guerra? Foi isso?
Estavas a tentar escapar à guerra?
Ou não tens coragem de dizer
que não querias casar comigo?
Estás bem?
Sim. Estou só com náuseas.
- É melhor chamar o médico.
- Nada de médicos.
Four Seasons Hotel.
Fala da portaria? Têm uma farmácia?
Sim, certamente.
Por favor, mande-me gaze,
adesivo e água oxigenada.
- Imediatamente.
- Obrigada.
Que se passa?
Era um assalto ou andam atrás de ti?
Tiveste filhos?
É que tens aquele tom de "'mãe"'.
Sou advogada.
Tenho aquele tom de advogada.
Posso ajudar-te.
Falas comigo?
Amanhã.
Falo contigo amanhã.
Meu Deus.
O Rick Jarmin está vivo.
- Como vai isso?
- Tens alguma ideia de quem fez isto?
Talvez. Recebi um telefonema
duma testemunha, falou em tiroteio...
e num BMW azul,
com um homem e uma mulher dentro.
- Veremos o que acontece.
- Sargento, é melhor vir ver isto.
Até Iogo.
Toma.
Obrigado.
Tenho direito a ser malcriado.
Deixei uma mensagem para ele.
Esperei pela resposta e...
Ele viu a mensagem. A que horas?
Quero falar com o chefe dele.
Tente pelo nome. Tente Bowers.
- Billy Ray Bowers.
- Não há ninguém com esse nome.
- Nenhum registo de um Billy Ray Bowers?
- Não.
- Tente Jean-Pierre Fouret.
- Não.
- Turnbull, Jodie.
- Não.
- Carlson, Matthew.
- Não.
Tente Jarmin, Richard.
Rick Jarmin.
Veja se existe alguém com esse nome.
Lamento. Bom dia.
Há alguma coisa de errado.
Parece que deixei de existir.
Estás à espera de alguém?
Pedi o pequeno-almoço para as 7:00.
- Que horas são?
- 6:48.
Tens uma arma? Claro que não tens.
- Tens algum tipo de arma?
- Não. É o pequeno- almoço.
Marianne, veste-te. Depressa, por favor.
Sim, nós podemos conseguir.
Que queres dizer com "'nós"'?
Não vou Iá para fora!
Sofri quatro atentados na minha vida.
Se abrires aquela porta, podes ser morta.
Ouve-me. Estamos no topo duma fortaleza.
Sim! Presidentes e xeques do petróleo
hospedam-se aqui.
Amigos do Lee Iacocca ficam aqui.
O George Harrison fica aqui.
Sim! Porque tem a melhor segurança.
Não sejas paranóico.
Odeio parecer rezingão,
mas a paranóia mantém-me vivo.
Este tipo vem todas as manhãs.
Confia em mim.
- O seu pequeno-almoço.
- Que pediste?
- Que pedi?
- Pedi...
sumo, croissant...
E o que mais?
Ameixas.
Pergunta-Ihe o que traz.
- Vá, pergunta. Aposto que não sabe.
- O que é o pequeno-almoço?
Alguns tipos de pão e frutas.
Vou já. Puxa uma cadeira e senta-te.
Divido as ameixas contigo
e depois contas-me o que se passa.
Não tires a corrente da porta.
Agita-a como se a tivesses tirado.
Fá-Io pensar que a tiraste.
Assim? Chega?
Para ti tem muita piada.
- Vai buscar o vaporizador!
- Vai tu!
O vaporizador!
Despacha-te!
- Vamos! Para cima!
- Espera! A minha bolsa.
- Despacha-te!
- Não consigo fazer isto.
Que estás a dizer?
Isto é o que o Lee Iacocca faz.
Estou muito assustada.
Desde quando
começaste a usar cuequinhas?
Posso saber o que se está a passar
ou morro em nome dos velhos tempos?
Segue-me.
- Tenho de saber o que se passa.
- Eu também.
Eu deveria estar sob protecção
do governo federaI,
mas acho que me estão a tentar matar.
- Quem são aqueles homens?
- Ex-agentes anti-droga.
Mandei um para a prisão e posso
mandar o outro. Querem apanhar-me.
- Porquê?
- Testemunhei contra eles. Por isso.
- Sobre o quê?
- É uma Ionga história.
Não é boa altura para falar disto.
Socorro!
Essa é a entrada dos VIP?
Bom dia. Como estão?
Tenho tanta fome! Temos de sair daqui.
- É muito perigoso voltar ao quarto.
- Tenho de mudar de roupa.
Não! Compramos roupa, está bem?
Se isto não é um sonho, estou na merda.
- Deves-me uma explicação.
- Tira-me daqui e digo-te tudo.
Não. Não me digas.
Não tenho as chaves.
Apanhei-te!
- Devia salsichar-te!
- Tira-me essa salsicha da cara!
Vamos embora daqui.
- Como está a correr?
- Bem.
Conta-me a história.
Lembras-te de quando, eu e o Jamie,
vos convencemos a contribuir...
para podermos ir para o sul,
ganhar algum com a boa erva de Acapulco?
Lembro-me que Ievaram o avião do pai
deIe para poderem ir até MexicaIi.
Foi a última notícia que tive.
Parecia simples.
lr ao sul buscar um par quilos.
Mas não, ficámos muito impressionados
com nós próprios.
Começámos a beber, a falar demais...
e antes que nos apercebêssemos,
este Sorenson, envolveu-se na história.
- As coisas tornaram-se muito mais sérias.
- Que estupidez.
- Sempre gostaste de te armar em bom.
- Não percebes.
Percebo. Estavam-se a armar
em parvos como sempre.
Davam tudo pelo risco.
Por passar a perna às autoridades.
O seu cartão dourado.
De onde te veio essa postura?
"'Rick Jarmin, cretino."'
- Que te aconteceu?
- Fiquei mais esperta.
É isso que chamas a ser corrompida?
"'Esperta"'?
- Não sabes nada de mim.
- Já percebi o teu esquema.
Temos um BMW azuI.
Não mudaste nada. Nunca vi ninguém
que se achasse tão superior aos outros.
Diz-me uma coisa, honestamente.
Alguma vez ajudaste os pobres?
Ou tu e o Jerry, o Rei do ***,
amontoam os vossos milhões?
- Detergentes!
- Sim, estávamos errados.
Sim. Somos muito ricos
e amontoamos os nossos milhões.
Ocasionalmente, convidamos um pobre
para a Acção de Graças.
Não Ihe damos de comer. Comemos peru
à frente deIe e vemo-Io morrer de fome.
- Posso Ievar-te a aIgum Iado?
- Sim. Ao Wisconsin.
- Wisconsin?
- Sim. Racine, Wisconsin.
Tenho de encontrar o Lou Baird.
É o único que me pode esconder.
- Que está ele a fazer no Wisconsin?
- Nada. Ele está em St. Louis.
Estou outra vez com o Rick Jarmin.
A mão é mais rápida do que os olhos.
Tenho a agenda no Wisconsin.
A irmã dele está lá,
acho que ele foi para lá.
Não deves estar em nenhum
programa de testemunhas.
És um criminoso de meia-tigela
perseguido pela polícia.
- Não falas a sério.
- Ou não podes pagar as dívidas de jogo.
- Mascaraste tudo com esta treta do FBI.
- São só seis horas até Wisconsin.
- Tenho a minha vida.
- Mas és feliz?
- Estão à minha espera em casa.
- Mãos no tejadilho. Quietos.
- Tire essa arma da minha cara.
- Tem direito a um advogado.
Eu sou uma advogada!
- É o Billy Ray Bowers?
- Quais são as acusações?
São ambos acusados pelo homicídio
de Marvin Marsent.
Foram identificados no IocaI do crime.
Conta-Ihes.
- O quê?
- Do programa de testemunhas.
- Terá tempo de nos contar na prisão.
- Ponha as mãos atrás da cabeça.
Guia!
Entra no carro!
Cala-te e acelera!
- Mataste o tipo?
- Não, adorava-o. Eles mataram-no.
Podes declarar-te inocente!
Nunca o farei. Eles matam-me antes disso.
Farão o mesmo contigo.
Tira o pé!
Merda!
Vais partir-me as pernas!
Pára de guinchar!
Olha por onde vais.
Assim que puderes, vai para norte.
Larga o acelerador!
Isto não pode fazer bem a ninguém.
- Que estás a fazer?
- A tomar o teu Iugar. Vai para aIi.
Este carro é alugado.
Podemos ter problemas se o guiares.
- Estás preocupada com a Hertz? Sai!
- Dá-me o meu volante!
Vais matar-nos.
Sai daí!
- Acho que os despistámos.
- Onde estamos?
Já Iá não estão.
- Estamos no túneI ferroviário.
- Onde estamos?
Recua!
Não sei. Encurralado.
Raios!
Que estás a fazer? Quase nos mataste!
Fiz-te um favor.
Estás a divertir-te ou quê?
Não posso acreditar que puxaste...
Portaste-te Iindamente.
Estava tão assustada!
Vais adorar Racine.
É uma cidade cheia de acontecimentos.
O carro foi alugado por Marianne Graves,
uma advogada de Nova Iorque.
Como se envolveu, não sei,
mas não estou a gostar.
Chama-lhe rapto.
Ele vai matá-la, tal como matou o patrão
na bomba de gasolina.
Não gosto desta matança.
Apagar uma testemunha...
Não estás a pensar em abandonar-nos,
pois não?
Não é uma boa ideia, Joe.
Por favor, não fumes.
Detestaríamos informar as autoridades,
que há 20 anos foste responsáveI...
pela venda de narcóticos confiscados,
nas traseiras do armazém da polícia.
Especialmente agora
que tens uma bela carreira.
Calma.
Estou a fazer tudo o que posso.
Usei o rapto para chamar o FBI.
Temos sob controle o telefone,
cartões de crédito e conta bancária dela.
Auto clube. Serão localizados.
Quando forem, o Jarmin ou Ieva um tiro
ou acaba preso. Aí, eIe é vosso.
Estamos ansiosos por isso.
Que profissionaI.
BEBIDAS QUENTES
Notas de cem! Só andas com notas altas.
Aos outros dois mosqueteiros.
Com amor, Jamie
Onde estamos?
É um atalho.
Que se passa?
Nada.
Nunca te disse, o Jamie morreu.
Foi morto pelo Sorenson e pelo Diggs.
Eram dois agentes anti-droga corruptos.
Prenderam-nos por causa dos pacotes
que tínhamos comprado.
Disseram-nos que morreríamos na cadeia
se não fizéssemos o que eles diziam.
Num momento éramos miúdos...
no outro estávamos metidos no meio
dum grande negócio de droga.
Precisavam do nosso avião.
Fizeram-nos voar por baixo do radar
até uma pista aérea, no lado americano,
e foi aí que começou o inferno.
O Diggs e o Sorenson deviam estar
sob vigilância governamental,
pois estavam muitos polícias
à nossa espera quando aterrámos.
O Sorenson saiu a disparar.
Matou um dos agentes fronteiriços.
Feriu um outro.
O Diggs conseguiu fugir.
Eu e o Jamie achámos
que podíamos abater o Sorenson,
antes que ele matasse mais alguém.
Enganámo-nos.
O Jamie levou um tiro no peito.
Eu passei três meses
numa prisão em Mexicali,
até que o FBI me deu imunidade...
para testemunhar contra
o Diggs e o Sorenson.
Foi quando entrei para
o Programa de Protecção de Testemunhas.
Tem sido muito divertido.
Porque não me telefonaste?
Não te queria envolver.
De qualquer modo, estavas quase a casar,
por isso deixei estar.
É aqui?
Acho que sim. Está tudo diferente.
Sim, é aqui. Espero que seja,
senão estou na merda.
Vou à procura duma casa-de-banho.
Tem trocos, para eu poder ir
ao hospitaI de Veteranos de Guerra?
Espere.
- Já vou.
- Que queres?
- Quanto tens?
- Que estás a fazer?
É tudo o que tens.
Aqui está.
- Come três refeições por mim.
- É tudo o que tem?
- Como te atreves?
- Ele está com fome.
Sou eu que decido! O dinheiro é meu!
- Tens muito. QuaI é o probIema?
- TrabaIhei muito para o ganhar!
Não podes ter notas mais baixas?
Porque andas com as de cem? Classe?
Não! Emergências!
- Era uma emergência.
- Mas não era minha.
É essa atitude que mantém metade
da gente neste mundo a morrer de fome.
Não te vejo a dar de comer aos pobres!
E o que acabaste de ver?
És tão parvo!
Sou?
Mattie?
Mattie Carlson? Meu Deus!
- Mattie?
- Tenho de falar contigo.
Quando deixei o meu trabalho aqui,
devia muito dinheiro a este tipo.
Olá.
Não vão acreditar em quem está aqui!
É o Louco Mattie Carlson!
- Podes esperar no carro? Pode ficar feio.
- Não me digas.
PENTEADOS CRIATIVOS
Tenho de falar contigo.
Eras cabeleireiro?
Não tens muitas alternativas
no programa de testemunhas.
Não posso acreditar!
O Raun não vai acreditar! Vai morrer!
Não acredito!
Não falas a um velho amigo?
O gato comeu- te a língua?
Diz qualquer coisa!
Olá, Scotty.
Olá, querido.
Nem acredito que voltaste!
- Como estás?
- Óptimo.
Gosto do...
Isto? Está sujo.
Tive de fazer rabo- de-cavaIo.
- Lindo.
- Quem é?
É a minha irmã.
Vem. Vamos ver o Raun.
- Está morto por te ver!
- Aposto que sim.
O teu irmão é um génio! Um Michelangelo
do cabelo. Não estou a exagerar!
Perdemos metade da clientela
quando partiu.
Partiu na hora de almoço.
Dá para acreditar?
Que doçura!
- Patetinha.
- Arranja-me sempre o cabelo.
Vais voltar?
Tens de pagar ao Raun o que lhe deves.
- Olha quem voltou.
- Olá, Raun.
Olá, Matthew.
Aposto que estás surpreendido por me ver.
Emagreceste. O teu cabelo!
Pareces 10 anos mais novo!
Deixa-te de tretas. Foste um maroto.
Eu sei. Mea culpa.
E sic semper tyrannis.
Tens toda a razão.
Mas vim para pagar o que te devo.
As surpresas nunca acabam?
- Ainda tens as minhas coisas, a agenda...
- Mostra- me o dinheiro e dou-te a agenda.
Podes esperar um momento?
- Achas graça?
- Sim.
Preciso de $2.000 em dinheiro.
Não é engraçado, que um de nós
se tenha tornado materialista?
- Podes ajudar-me?
- Que ganho com isso?
Com a agenda posso encontrar o Lou Baird
e pago- te mais depressa.
Sem a agenda, podes ficar comigo à perna.
Como assim?
Passo o cheque em que nome?
Como sei que o cheque é válido?
Quero dinheiro!
- O banco é ali mesmo.
- Dás-me a agenda?
Discutimos isso quando eu vir o dinheiro.
E vou querer que peças desculpa.
E depois podes arranjar-me o cabelo.
- Para quê mexer na perfeição?
- É justo!
- Quem é esta?
- A irmã dele.
- Ela chamou-lhe Rick.
- Chamei-lhe pico.
Ele é mesmo pico!
Dinheiro. Desculpas. Cabelo.
Nesta ordem. Fico à espera.
Carta de condução e três identificações.
Aceita cartões de crédito?
Corta.
ALERTA! - AVISAR A POLÍCIA
SUJEITO PROCURADO
CONSIDERADO ARMADO E PERIGOSO!
Onde foi ele?
- Empata-os.
- Não os vou empatar.
- Que se passa? Pode despachar-se?
- Certamente.
Certo.
Levem o que quiserem.
- Que está a fazer?
- Faço o mais rápido possíveI.
- Tomem.
- Percebeu maI.
Quietos!
Não se mexam!
Mãos ao alto.
Deite-se no chão!
- Os meus cartões de crédito!
- Esquece-os!
Deixa-me só ir buscar o cartão dourado.
Por favor? Deixa-me só...
Para baixo ou a rapariga morre!
- A minha bolsa!
- Vamos embora!
- Que se passa?
- Atravessem a rua, por favor.
Claro.
Não vou contigo!
Não tens hipótese. Também andam
atrás de ti, e não é só a polícia.
Que devo fazer?
Passar a vida a fugir, como tu?
A decisão é tua.
Se nos apanham estamos mortos.
Sobe para a mota ou diz adeus.
Vá Iá.
Adeus, duro.
Adeus.
Que está a fazer?
É este o carro.
Controla a parte de trás.
Leva o McCurrin contigo.
Examina tudo.
Já está.
- Controlem todas as lojas.
- Certo.
Reboquem isto.
Controlem as lojas.
Que raio estou a fazer?
Salta!
- Que estás a fazer?
- Tive saudades tuas.
- Estás bem?
- Porque voltamos para trás?
Esqueci-me duma coisa.
O Raun quer brincadeira!
- Que é isto? Corte à escovinha de raspão?
- O teu dinheiro. Dá- me a agenda.
É mais do que precisas. Dá-me a agenda!
Leva-me contigo!
- Esta cidade precisa de ti.
- Deixa- te disso. Vamos embora.
Deve ser suficiente para pagar os danos.
Que danos?
Agarra-te.
Cuidado!
Tenho o suspeito em mira
e estou a persegui-lo.
Agarra-te.
Saiam da frente!
Estou a seguir o suspeito.
Estou em perseguição.
Cuidado!
Estou quase a apanhá-los.
Que estás a fazer,
com a cara no meu passeio?
Já não estou em perseguição.
- Pode despachar-se? Tenho pressa.
- Faço o mais rápido possível!
Quietos! Não se mexam! Mãos ao alto.
Deite-se no chão!
Parece que ela está ali de livre vontade.
Olha para esta parte.
Podes vir?
Tentou ir buscar o dinheiro
quando o namorado queria sair.
Não é o namorado dela. Podemos deixar
isto bem claro? Eu sou o namorado dela.
Não é vítima de rapto, portanto o FBI fica
de fora. Isto é com as autoridades Iocais.
Olá, Joe. Este é o Paul Bernhardt.
O Joe Weyburn trabalha aqui.
Alguma sugestão para os apanhar?
É certo que ele trabalhava
neste centro comercial.
Talvez voltar ao local de trabalho
seja um padrão.
Sem uma Iista dos empregos que teve,
só podemos esperar para ver.
Prossiga com o caso.
"'Matthew Carlson, Raun"s de Racine."'
"'Jodie Turnbull, Muncie Farms."'
Diga-Ihe que o Rick Jarmin
precisa de faIar com eIe.
Preciso mesmo. É urgente.
Até quando?
Às 18:00? Em ponto.
Obrigado por...
Ele lembra-se de mim.
Acredite, ele lembra-se de mim. Obrigado.
Adeus.
Está Iá. Só chega às 18:00, mas está Iá.
Teve de ir ao médico.
Trabalha no zoo.
Uma vez arranjou- me lá trabalho.
Contei-te de quando trabalhei no zoo...
Não quero saber do zoo.
Quero sair destes arbustos.
Estou vestida de caxemira e fazem 40C.
Não me apetece esperar até às 18:00.
- Bem...
- Sim?
Há um sítio para onde podemos ir.
É a caminho.
Se não te importares
de viajar mais duas horas.
Achas que consegues?
- Que estás a dizer?
- Nada.
Ou falas ou não falas, está bem?
HospitaI de Animais Jasmine HiIIs
Olhos bem abertos.
- Preciso de uma noite de sono.
- Ace!
Anda cá.
Ainda estás vivo.
Deverá melhorar depois da operação.
Jodie?
Rach. Como estás?
- Nunca pensei voltar a ver-te.
- Deves estar surpreendida.
- Estás óptima.
- Falando em ressurgir das cinzas.
Este tipo construiu metade disto
e desapareceu.
Desculpa, esta é a Marianne Graves.
- Esta é a Dra. RacheI Varney.
- OIá.
Trabalhavas aqui?
Era carpinteiro e...
Piloto, designer, tudo.
E um dia desapareceu.
Desculpa. Tive de partir à pressa.
Um homem veio à tua procura.
Ainda anda à minha procura.
- Que aconteceu?
- Deu-me um tiro no rabo.
Belo jogo do gato e do rato. Deixa-me ver.
Foi só um chumbo. Passou de raspão.
Não se estiver a sangrar. Deixa-me ver.
Baixa as calças.
Aqui não.
Armado em tímido? Já o vi antes.
Desculpa. És mulher dele?
Estás a gozar? Nem pensar.
Vocês continuem à vontade.
Eu chamo um táxi.
Não é uma boa ideia.
Com o cansaço ficou maluca.
Precisa de comer,
duma cama e dum banho.
Desculpa.
Podes usar a casa de hóspedes
para te Iavares e dormir.
- Jodie, podes ficar cá esta noite?
- Não sei.
Vá Iá, Rick. Sê bom rapaz.
- Chama-me sempre Rick.
- Não te vou atrapalhar.
- Não é bem assim.
- É sim.
Era.
Ele apoiou-me, ajudou-me a recuperar.
Ensinou-me a fazer tudo.
- Aposto que sim.
- Devias ver o celeiro.
Funcionou tudo.
Todas as tuas ideias funcionaram.
- A mesa dos animais de peso é Iá atrás.
- Só um animaI entende.
- A jaula dos cavalos é óptima. Queres ver?
- Sim. Vamos.
- Nunca viste nada a funcionar.
- Não pensei que funcionasse.
- Mas funcionou.
- Vamos.
De certeza que ela não se quer incomodar.
Está exausta.
Gostaria de ver essa jaula dos cavalos.
Olha para isto.
Não é fantástico? Pensavam que estava
Iouca quando mostrei os projectos.
Pensava que era uma Ioucura
quando os fiz.
Vem ver isto.
- Funciona Iindamente.
- Funciona.
- Belo trabalho.
- Sou um génio.
O inventor vai usar a sua mesa.
Baixa as calças e salta para aqui.
- Queres que ela saia?
- Eu fico.
Também já o vi antes.
Óptimo. Podes ajudar.
Vai buscar água oxigenada e esponjas
àqueles armários.
Vá. Tira as calças e deita-te na mesa.
- Vá Iá. Não sejas infantiI.
- Sê gentiI comigo, está bem?
Vou pensar nisso.
Serei gentiI.
Está frio.
As vacas não parecem importar-se.
Rebola.
Recebo um osso?
Que tinhas em mente?
Vamos ver.
- Como está?
- Nem bem, nem maI. Limpa-a.
- Que é isso?
- Não sei.
Ácido sulfúrico.
Que estás a fazer?
Odeio essas coisas.
- Estás bem?
- Óptima.
- Sentes isto?
- O quê?
- Cá está.
- O quê?
Esponja.
- Acho que precisas de ar fresco.
- Não, estou bem.
Já te mando o teu cowboy.
Se calhar uma aragem ajuda.
Está cansada e precisa de comer.
Quem é ela?
Uma velha amiga.
- A sério. Uma velha amiga.
- Tens a certeza?
Contigo a enfiar-me uma faca no cu, tenho.
É muito má, esta "'coisa"' de que foges?
Muito.
Achas que se a conseguisses vencer
voltarias para cá?
Se conseguisse, iria para qualquer lado.
Estou a perguntar, porque estou noiva.
Parabéns. Isso é óptimo.
Reconsiderava, se...
achasse que um dia poderias voltar.
Sempre foste directa.
- Já está.
- Obrigado.
Quanto tempo tenho?
O casamento é no domingo.
Não sou de fiar, tu sabes.
Muitas felicidades. Vem cá.
Dá-me Iicença.
Nunca correste atrás de mim
quando eu me zangava.
Estás bem?
- Esquece.
- O quê?
Quero um telefone para sair daqui
e deixar-vos viver felizes para sempre.
Não é assim. Ela estava...
Nos teus braços e tu estavas nu. Eu vi.
- Não é nada.
- E eu sou parva. Que importa?
Que tens? Que te importa?
- Tens um casamento feliz, não é?
- Não.
- Não és feliz?
- Não sou casada.
- Não?
- Não deu certo.
Ele era um idiota. Estás melhor sem ele.
O meu coração não aguenta isto outra vez.
Lembras-te de quando vi
aquele disco voador?
Fumávamos coisas fortes, naquela época.
Acho que estou a ver outro.
O que é aquilo?
Amigos teus?
- Vai! Eu fico aqui.
- Está bem.
Vamos embora daqui!
- Adeus. Obrigadíssimo.
- Eu cubro-vos.
Vamos voar.
Vou matar-te!
- Despacha-te!
- Preparada para isto?
Agarra-te com unhas e dentes.
- Isto não vai mais depressa?
- Não dá mais do que isto!
Segura-te!
Vou vomitar!
Não estou a gozar!
- És doido? Que estás a fazer?
- Tenho de Ihes impedir a rotação.
- Mas que raio?
- Que está a fazer?
Abranda! Está a parar a hélice!
Vamos cair!
Se tens um cinto, põe-no.
E mete a cabeça entre os joelhos.
- Que faço agora?
- Diz adeus à vida.
Não temos rodas e vamos aterrar.
Não quero morrer!
Estamos mortos?
Não.
Mas estaremos, se não sairmos daqui.
Isto não pode fazer bem a ninguém.
Ajuda-me.
Segura-te.
Vamos. Isto ainda pode rebentar.
Passaram-se cinco anos. Não perdi o jeito.
É como andar de bicicleta.
Nunca se esquece.
Não aguento mais.
Vou para a estrada pedir boleia.
Não quero saber
se nos apanham e morremos.
Preciso de comida. Preciso de um banho.
Preciso duma cama.
Preciso duma massagem.
Duma manicure.
Preciso de ver o meu terapeuta.
Preciso duma cerveja. Olha para aquilo.
A terra prometida.
Não temos dinheiro,
nem cartões de crédito.
Vou falar com o responsável.
Dá-Ihe isto.
- Dá-Ihe o meu reIógio.
- Segura-me.
Se não aceitarem, vende o meu corpo.
Não quero saber.
Vou tentar chegar
ao início da tarde de amanhã.
Obrigado. Adeus.
Aqui. Entrada. Até amanhã.
Amanhã às 7:30.
- Obrigado, Norman.
- Boa noite.
- Estás neste?
- Não tem fechadura nem puxador.
Cuidado com a porta.
As dobradiças soltam- se.
Porque não escolheste outro?
O tipo disse para escolher.
- Era o único com TV.
- Pois é. Civilização.
Será que aparecemos nas notícias?
Também não ia dar nada de interessante.
Acabei de tomar ***.
Estou a usar uma toalha.
Estou a pendurar a minha roupa.
É uma narração interessante.
Agradecia que não olhasses.
Não há mais nada para ver.
Ainda tenho o teu relógio.
Não o dei ao tipo.
Amanhã vamos precisar dele.
Temos de comprar um carro.
O Lou Baird disse que queria
ver-me pessoalmente.
Falei com a irmã dele.
Tentei explicar-lhe o problema.
Mas ela disse que não era boa ideia
falar disto pelo telefone.
- Porquê?
- Não sei.
O telefone estaria sob escuta?
Sabia que ias dizer isso. Espero que não.
Não vás Iá. Chama a poIícia.
Sabes que não posso fazer isso.
Porque és tão paranóico com a polícia?
Eles podem ajudar-te.
Estou a meio dia de viagem do Lou Baird.
Não vou...
Como sabes
que não está metido no esquema?
Porque não está.
Salvou-me a vida demasiadas vezes
para me querer matar agora.
Amanhã de manhã,
vamos até à cidade mais próxima...
trocar o teu relógio por uma carripana
e tudo ficará bem.
Sei o que estou a fazer. Tens uma toalha?
Isto não é uma toaIha.
- Quem vai pagar este quarto?
- Eles precisam duma criada.
- Uma criada?
- Eu ajudo-te.
São só doze quartos.
Não Ievará muito tempo.
- Estás a resmungar? Que estás a fazer?
- Boa sorte.
- Vou-me embora amanhã de manhã.
- Eu dei-Ihe a minha paIavra.
Eu não. Amanhã telefono para o escritório,
peço-Ihes para me mandarem dinheiro
e pago ao tipo.
Compro isto, se for preciso,
e vou-me embora daqui.
- Calma. Que tens?
- Calma?
Acabei de tomar *** com uma barata
horríveI. EIa está agora a secar o cabeIo.
Já para não falar que me vendeste
como escrava.
- És mesmo mimada.
- Pois sou.
Trabalhar como criada podia fazer-te bem.
- Pára com isso.
- O quê?
Essa resmunguice sempre me irritou.
Alguma vez pensaste
como pudemos ter estado juntos?
Quando estivemos de acordo? A tua
personalidade alguma vez não me irritou?
Sexo.
- Não me Iembro de nada.
- Não?
E acho que tu também não.
É só um golpe baixo
porque vou entrar nesta cama contigo.
- Não me preocuparia comigo.
- De qualquer modo, tenho namorado.
Um namorado maravilhoso.
- Quem é?
- Já sabia que ias perguntar.
- Porque não?
- Porque ias gozar com ele.
- Não o faria.
- Gozarias. Conheço-te.
Como queiras.
- Fica por cima dos Iençóis.
- Porquê?
A minha toalha está molhada.
Tenho de a tirar.
Acho que sim.
Está melhor.
Obrigada.
Fala-me deste namorado.
Que tal se porta na cama?
Consegue satisfazer-te?
Não vou falar de sexo contigo.
Há cinco anos que não tenho namorada.
A sério?
Há cinco Iongos anos
que o Sr. WiggIy está a pão e água.
Isso é verdade?
Não achei que fosse justo.
Tens frio?
Não muito.
É uma sensação familiar, não é?
Achei que não te Iembravas.
Sinto-me um bocado egoísta aqui debaixo.
Tu és muito egoísta e não é só aí debaixo.
- É uma pena teres dito isso.
- Porquê?
Estava a começar a ficar excitada.
- Pior para ti. Eu não.
- Não estavas?
- Não.
- Ainda bem.
Pára com isso, sim?
Se fazes isso outra vez...
Não podes dar-me ordens, está bem?
Não consigo evitar.
Que vais fazer,
acrescentar mais um crime à tua Iista?
Dorme.
Não consigo. Como se chama esse
namorado? Diz- me. Serei simpático.
A sério? Está bem. Chama-se PauI.
Soa a idiota. Quem quer que se chame PauI
deve ser soIdador.
Cala-te. Dorme.
- Isso é verdade?
- O quê?
Acerca dos cinco anos?
- Achei que não querias falar disso.
- Não quero.
- Então cala-te.
- Calo-me?
Sim, eu calo-me.
Deixa-me olhar para ti.
Tive saudades tuas.
Tive tantas saudades.
Isto não sabe bem?
Tive outra vez aquele sonho.
Lembras-te do sonho que tinha
depois de fazermos amor?
Aquele com os Sete Anões?
Lembras-te do sonho,
estávamos no meio do oceano,
naquele barco à vela enorme?
Estávamos sozinhos.
Sem ninguém à nossa volta. Só nós.
- É um belo sonho.
- Não podemos fazer isso?
Não podemos encontrar uma saída?
Passei 15 anos à procura dela.
Se a tivesse encontrado,
teria ido buscar-te, casada ou não.
A sério?
Mas não há nada a fazer.
Temos de sair daqui.
Vou ver que tipo de carro
consigo arranjar com o teu relógio.
Tem de haver uma saída.
Sim?
PauI? Não, estou bem.
Estou mesmo bem.
CARROS USADOS
Não posso falar. Estou bem.
Preciso que nos ajudes.
Preciso que telefones a uma pessoa.
Por favor.
Sim, raios!
- Não tenho tempo.
- A tua carruagem aguarda-te.
- Fá-Io! Tenho de ir.
- Onde estás escondida?
É melhor despachares-te. Temos de ir.
- Olá.
- Encontraste-me.
Espera até veres o que te arranjei.
- Trá-Io para aqui.
- Eis o teu reIógio.
- Que beleza.
- Achas?
É uma bela peça. Olhem para esta jóia.
Tive de regatear, mas ele acabou
por aceitar as minhas condições.
Extensão 2200, por favor.
Estou?
Sim, Sr. Bernhardt.
Claro que me lembro de si.
Dirigem-se para onde?
Ela quer lá agentes federais
e alguns membros da imprensa.
Fez bem em ter-me telefonado.
Posso tratar de tudo.
Não, espere ao pé do telefone.
Nós tratamos da segurança dela.
Não tem de se preocupar.
Pode estar certo. Obrigado.
Cá estamos. Fim da viagem.
Está a aquecer demais.
É uma sorte termos chegado até aqui.
Aguenta. Espera por mim.
As Iuzes estão acesas,
por isso deve estar cá aIguém.
- Sou eu, o Rick.
- Já vou.
É um velho teimoso, não é?
Podemos entrar?
Vou ter contigo à porta da frente.
- Lou.
- Sim?
Sou eu, o Rick Jarmin.
Meu Deus. Pois és.
Entrem. Olá.
- Esta é a Marianne Graves.
- Como está?
Pregaste-me um susto.
Achei que te tinhas esquecido de mim.
Quase esqueci.
Ficaria num grande sarilho.
Tenho um problema...
e tu és a única pessoa no mundo
que me pode safar.
Por onde começo?
Deixaram o Sorenson sair da prisão.
Ele e o Diggs andam atrás de nós
e parecem saber cada passo que damos.
Acho que alguém no FBl nos quer tramar.
Trabalho no zoo.
- Tenho contactos por Iá.
- Uma vez puseste-me Iá, Iembras- te?
É mesmo ao fundo do quarteirão.
Posso encontrá-Io até às escuras.
A Molly gosta assim.
És o Monty?
Lamento. Não ouvi a campainha.
É você o jovem que tem telefonado?
Eu disse-Ihe que achava
que eIe não se Iembrava.
Por isso achei melhor que viesse até cá.
Às vezes ajuda se ele vir a pessoa.
A senhora sabe quem é?
São agentes federais. Fui eu que os
chamei. Achei que era uma armadilha.
E mesmo que não seja,
tens de falar com eles.
Não podes continuar a fugir...
Tens razão numa coisa.
Não há para onde fugir.
- Tem uma cave?
- Ao Iado da cozinha.
- Pode mostrar-me?
- Que fui fazer? Desculpa.
É suposto ser um abrigo de bombas.
Ninguém consegue Iá entrar.
Fechem-se Iá dentro.
Não saiam até estar tudo caImo.
- Para onde vais?
- Não sei.
Que taI o zoo? Têm Iá armas.
- Conheces bem o caminho.
- É uma boa ideia.
Despacha-te!
Não têm nada a temer.
Sou o Joe Weyburn.
- Não nos vão seguir?
- Espero bem que sim.
Mudaram o código.
Agora não!
- Como é que tu...?
- Não acredito que fiz aquilo.
- Vamos.
- Espera.
Não nos viste, está bem?
Têm de ser eles.
Tenham cuidado.
PapeI e canetas.
Onde estão? Onde é que as guardam?
- Costumavam ter armas verdadeiras.
- Que é isso?
Uma arma com tranquilizante.
Desculpa.
Desculpa ter-te feito isto.
Pu-los atrás de ti.
Não faz maI.
Eu é que devia estar a pedir desculpa.
Talvez tenha sido pelo melhor.
Quinze anos é tempo suficiente.
Fecha as portas e fica aqui,
vejas o que vires.
Não saias. Fica aqui.
Se me vires fazer isto, carrega neste botão.
Vês o que faz?
Vês aquelas luzes? Acende-as.
Assim, está bem?
Mantém a cabeça baixa.
Por favor, não morras.
Não aguento outro funeraI teu.
Lembra-te, fica aqui dentro.
Aquilo ali fora é uma selva.
QuaI é que eIe disse?
Sou o Joe Weyburn.
Não queremos fazer-te maI.
Só queremos faIar.
Bem-vindos à floresta tropical.
Reunimos uma colecção de flora e fauna,
provenientes das florestas tropicais
da América do Sul e da África.
Já está.
Acho que o apanhei!
Temos de parar com isto.
Vai apanhar a rapariga!
Acordem! Todos! Levantem-se!
Toca a acordar! Levantem-se!
Vá Iá, amigos. Dêem-me uma ajuda.
Calados! Para trás.
SÓ PESSOAL AUTORIZADO
Calem-se!
Com Iicença.
Surpresa!
Vá Iá. Mãos atrás da cabeça.
Dedos entreIaçados.
Agora!
Que merda é esta? Vai para ali!
Abre-as!
Sorenson, apanhei-o! Apanhei o Jarmin!
Para que precisas dele? Porque não...
Não, amigo, esta morte é dele.
Significa muito para ele.
A minha cabeça.
Tenho aqui a tua senhora.
Sai, ou atiro-a aos tigres.
Enganas-te, se pensas que não o faço!
Não queres ver?
Detestaria que perdesses isto.
Quinze anos!
Esperei quinze anos por isto!
Sou eu.
Sou eu. Dá-me a mão.
Por favor!
Não consigo agarrar-me.
Consegues pois. Vá Iá, querida.
Tu consegues.
Puxa-me para ti.
Lamento não conseguir ajudar-te.
Eu, também. Ouve.
Estou Iivre. Poderia casar contigo.
Mentiroso. Nunca casarias comigo.
Casaria, se tu fizesses mais um esforço.
Mais um esforço?
Em vez de ficares a ver o pai dos teus
filhos tornar-se em comida para tigres!
Filhos?
Estás bem?
Quem és tu?
Olha para mim.
Olha para mim. Sou a Marianne.
Lembras-te que íamos casar e ter filhos?
É um prazer conhecer-te.
Sua besta! Nem tentes escapar desta.
- Processo-te por quebrar uma promessa!
- Não tenho dinheiro.
- Que ganhas, as minhas cuecas?
- Eu quero as tuas cuecas.
Quero mostrar-te uma coisa.
Levanta-te. Levanta o rabo.
Ouviste aquela expressão:
"'Uma coisa velha, uma coisa nova,
uma coisa emprestada e uma coisa..."'
Senhor WiggIy
Muito azuI.
O Sr. Wiggly está de vento em popa.
E se isso não é uma dica, o que é?
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