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Toalhas...
Lorde Miraz...
você tem um filho.
Os céus abençoaram-nos.
Tu sabes as tuas ordens...
General Glozelle.
Sim, meu senhor.
Mais cinco minutos.
Não vais querer ver as estrelas
esta noite, meu Príncipe?
Anda, temos de nos despachar.
- Professor, o que se passa?
- A tua tia deu à luz.
Um filho.
Anda.
- Deves dirigir-te para aos bosques.
- Para os bosques?
Eles não te seguirão lá.
Eu levei muitos anos para
descobrir isto.
Não o uses, excepto
quando precisares mesmo.
- Alguma vez o voltarei a ver?
- Eu espero bem que sim, meu Príncipe.
Eu tinha muitas
mais coisas para te contar.
Tudo o que tu conheces
está prestes a mudar.
Fechem o recinto!
Agora vai!
Alto! Alto aí!
Um filho! Um filho!
A Senhora Prunaprismia acabou
de dar a Lorde Miraz um filho!
As Crónicas de Nárnia:
O Príncipe Caspian
Qual de vocês, velhas supersticiosas,
quer passar a noite numa cela?
Ele viu-nos!
Trata dele!
Não!
- Sai da frente, miúda!
- Desculpe!
Olha por onde andas!
Espera por mim!
- Vais para St. Finbars?
- É isso mesmo.
Eu vou para Hendon House,
do outro lado da estrada.
Eu já te tenho visto...
sentada por aí sozinha.
Pois, bem, eu prefiro
que me deixem sozinha.
Eu também.
Como te chamas?
- Phyllis.
- Susan!
É melhor que
venhas depressa!
Defesa Civil.
É o Dever do Cidadão.
Lutem!
Lutem!
Edmund!
Parem!
- Acabem com isso!
- Levantem-nos!
Já chega!
- Não tens de quê.
- Eu desenrascava-me.
O que foi desta vez?
- Ele deu-me um encontrão.
- E por isso deste-lhe um soco?
Não, depois de ele me dar o empurrão,
queriam que eu lhe pedisse desculpas.
Foi então que lhe dei um soco.
- A sério, é assim tão difícil ir apenas embora?
Eu não precisava de o fazer. Não estão
fartos de ser tratados como crianças?
- Nós somos crianças.
- Bem, eu nem sempre o fui.
Já passou um ano.
Durante quanto tempo
pretendem que nós esperemos?
Eu acho que está na altura
de aceitar que vivemos aqui.
Não vale a pena
fingir que não é assim.
Oh, não.
Façam de conta que
estão a falar comigo.
Nós estamos a falar contigo.
- Não faças barulho, Lu.
- Alguma coisa me beliscou!
- Ei, pára de te meter comigo!
- Eu não te toquei!
E se vocês...
- O que foi isto?
- Parece magia!
- Depressa, dêem todos as mãos.
- Eu não te vou segurar a mão!
Fá-lo!
- O que foi?
- Onde será que nós estamos?
- Onde é que achas?
- Eu não me lembro de ruínas em Nárnia.
Quem será que viveu aqui?
Eu acho que fomos nós.
- Isso é meu, do tabuleiro de xadrez.
- Qual tabuleiro de xadrez?
Eu não tinha exactamente
um tabuleiro de xadrez
com peças de ouro puro
em Finchley, pois não?
Não pode ser...
Não estão a ver?
Imaginem as paredes...
e ali os pilares...
e o telhado fechado...
Cair Paravel.
Espere, espere meu senhor,
não é o que você está a pensar.
- Então o que é?
- Não temos a certeza.
Impossível...
Eu avisei este Conselho quando ele
colocou desconfiança no Lorde Miraz...
que iriam haver consequências.
- Não, não.
Não podemos acusar o
lorde, protegidos sem provas.
Durante quanto mais tempo nos vamos
esconder por trás de uma desculpa?
Até que todas as cadeiras
neste salão estejam vazias?
Senhores do Conselho, as minhas
desculpas por chegar atrasado.
Eu não estava a par
de que havia uma sessão.
Sem dúvida que você
estaria de outra forma ocupado.
Meu senhor?
Desde a morte de Caspian IX,
que você tem agido como se fosse rei.
E agora parece que
por trás das suas paredes,
até mesmo o Príncipe Caspian
desapareceu.
As minhas mais profundas
condolências, Lorde Miraz.
Imaginem, perder o seu sobrinho,
o herdeiro legítimo ao trono.
Na mesma noite em que a sua
esposa o abençoou com um filho.
Obrigado, Lorde Sopespian.
A sua compaixão é um conforto
nesta época conflituosa.
Eu espero que você nos possa dizer
como tal tragédia aconteceu.
Essa é a notícia
mais preocupante de todas.
O nosso adorado Caspian...
foi raptado...
por narnianos!
Estás a ir longe demais, Miraz.
Esperas que não façamos nada enquanto
tu metes a culpa desse crime obscuro
em histórias para crianças?
Esquecem-se, meus senhores...
de que Nárnia já foi
em tempos uma terra selvagem.
Criaturas assustadoras
andavam à solta.
Muito do sangue dos nossos antepassados
foi derramado para exterminar estes vermes.
Ou assim o pensamos.
Mas enquanto estávamos
a discutir entre nós mesmos...
eles têm-se procriado como
baratas debaixo de uma rocha.
A crescer em força...
a observar-nos...
à espera para atacar!
E ainda se admiram porque é
que nós não gostamos de vocês.
Bem, eu pretendo contra-atacar.
Mesmo que tenha de deitar
abaixo florestas inteiras...
eu asseguro-vos... que irei
encontrar o Príncipe Caspian
e terminar o que os
nossos ancestrais começaram.
- Catapultas...
- O quê?
Isto não aconteceu do nada...
Cair Paravel foi atacado.
Não tens por aí
uns fósforos, pois não?
Não, mas...
Será que isto ajuda?
Podias ter mencionado
isso um bocadinho mais cedo!
Não acredito.
Ainda está tudo aqui.
Eu era tão alta.
Bem, eras mais
velha nessa altura.
Como oposto a centenas de anos
mais tarde, quando és mais nova.
- O que foi?
- A minha trompa...
devo-a ter deixado na minha sela,
no dia em que regressamos.
Quando Aslan mostrar os seus dentes,
o Inverno conhece a sua morte.
Quando ele agitar a sua juba
teremos novamente
a Primavera.
Toda a gente que conhecíamos...
o Sr. Tumnus e os Castores...
já partiram todos.
Acho que está na altura de
descobrirmos o que se passa.
Ele não pára
de me olhar fixamente...
Então não olhes para ele.
Aqui já é
suficientemente longe.
- Larguem-no!
- O quê? Larguem-no?
Larguem-no?!
- É o melhor que conseguiste arranjar?
- Um simples obrigado era o suficiente.
Eles estavam a desenrascar-se bem
a afogar-me sem a vossa ajuda.
Talvez devêssemos
tê-los deixado.
Já agora porque é que
estavam eles a tentar matar-te?
São telmarinos...
É o que eles fazem.
- Telmarinos?
Em Nárnia?
Onde estiveram vocês
durante os últimos cem anos?
É uma história
um bocado comprida...
Devem estar a brincar comigo...
São vocês?
São vocês os reis e
rainhas dos tempos antigos?
Eu sou o Rei Peter, o Magnífico.
Ele podia provavelmente
ter deixado a última parte...
Provavelmente...
Poderá ficar surpreso.
Tu não queres fazer isso, rapaz.
Não sou eu.
Ele.
- Edmund!
- Estás bem?
Barbas e batráquios!
Talvez afinal aquela trompa
tenha funcionado.
Qual trompa?
Este pão está tão seco!
Então eu dou-lhe
apenas uma sopa.
Ele deve acordar em breve.
Pois, eu acho que não
lhe bati com força suficiente.
- Nikabrik, ele é apenas um rapaz.
- É um telmarino e não um cachorro perdido.
- Tu disseste que te ias livrar dele.
- Não, eu disse que ia tratar dele.
Nós não o podemos matar agora.
Acabei de lhe pôr ligaduras na cabeça.
Idiota, isso seria o mesmo
que assassinar um convidado!
E como achas que os amigos dele
estão a tratar o seu convidado?
O Trumpkin sabia o que
estava a fazer.
A culpa não é do rapaz.
Pára! Pára!
Calma! Tem calma!
Não, não! Não!
Eu disse-te que o devíamos ter
morto quando tivemos essa hipótese.
- Tu sabes porque não podemos.
- Se vamos a votos, eu estou com ele.
Não o podemos deixar
ir-se embora! Ele viu-nos!
Já chega Nikabrik!
Ou terei de me sentar
outra vez na tua cabeça?
E tu...
vê o que me obrigaste a fazer.
Passei meia manhã de
volta dessa sopa.
O que és tu?
Sabes, tem piada que
perguntes isso.
Pensei que mais pessoas reconheceriam
um texugo quando vêm um.
Não, não, eu quero dizer...
Vocês são narnianos.
Era suposto estarem extintos.
Desculpa desapontar-te.
Aqui tens.
Ainda está quente.
Desde quando é que temos uma casa
de acolhimento para soldados telmarinos?
Eu não sou um soldado.
Eu sou o Príncipe Caspian...
O Décimo.
O que estás a fazer aqui?
A fugir.
O meu tio sempre quis
o meu trono.
Eu suponho...
que só vivi este tempo todo porque
ele não tinha um herdeiro dele mesmo.
- Bem, isso muda as coisas.
- Pois.
Significa que não teremos
de ser nós mesmos a matar-te.
Tens razão.
- Aonde vais?
- O meu tio não vai parar até eu morrer.
Mas, não podes sair!
Estás destinado a salvar-nos.
Não sabes o que é isto?
Tem aqui uma
bela biblioteca, doutor.
Há alguma coisa que
procure em particular, meu senhor?
Eu acho que já encontrei
o que procurava.
Num dos meus soldados!
O que sabe você acerca da
trompa da Rainha Susan?
Dizia-se que era mágica.
Mágica?
Os narnianos acreditavam que podia invocar
os seus reis e rainhas dos tempos antigos.
Pelo menos era
assim a superstição.
E o que sabe o
Caspian dessa "superstição"?
Meu senhor, perdoe-me por ter
mencionado as velhas histórias.
Assim o fiz.
Eu direi isto...
se o Caspian sabe mesmo
da magia profunda...
o meu senhor terá boas
razões para estar nervoso.
Primeiro o nosso príncipe...
e agora o seu tutor.
Será que nem os membros da
própria casa do Miraz estão a salvo,
ou qualquer um de nós?
- Lorde Sopespian!
Essas são palavras
perigosas Lorde Sopespian.
Estes são tempos
perigosos, general.
Temos de escolher as palavras com igual
cuidado como se escolhem os amigos.
Quanto tempo falta
até a ponte estar terminada?
- A construção continua dentro do prazo.
- Isso não é suficientemente bom.
Eu preciso do meu exército
no outro lado desse rio, agora!
Posso sugerir que contribua
com alguns dos seus homens?
Não tenho muitos ao meu dispor.
Um facto de que
seria sensato te lembrares.
Vai a Beruna.
Leva quantos tropas precisares.
Temos de chegar ao Caspian
antes de eles o fazerem.
Eles, meu senhor?
Está na altura de
aprenderes a tua história.
Isto está parado.
São árvores, do que
que é que estavas à espera?
Elas costumavam dançar.
Não foi muito depois de vocês
partirem que os telmarinos nos invadiram.
Aqueles que sobreviveram
fugiram para os bosques.
E as árvores...
retiraram-se tão profundamente nelas
próprias que nunca mais as ouvimos.
Eu não compreendo...
como pôde o Aslan
deixar isso acontecer?
Aslan?
Eu pensei que ele nos tivesse abandonado
na mesma altura que vocês o fizeram.
Nós não pretendíamos
partir, sabe?
Não faz diferença alguma
agora, pois não?
Leve-nos aos narnianos...
e irá fazer.
Olá!
Está tudo bem,
nós somos amigos.
Não se mexa, Vossa Majestade!
Afasta-te dela!
Dispara Susan, dispara!
Porque é que ele não parou?
Eu suspeito que
ele estava com fome.
Obrigada.
Ele era selvagem.
Não me parece que ele
conseguisse falar.
Se fores tratado como um animal
parvo o tempo suficiente...
é no que te tornarás.
Podem achar Nárnia um lugar muito
mais selvagem do que o que se lembram.
Eu consigo ouvir-vos.
Eu penso apenas que devíamos
esperar pelos reis e rainhas.
Tudo bem. Vai lá então. Descobre se
os outros serão tão compreensivos.
Ou talvez vá contigo.
Quero ver-te explicar as
coisas aos minotauros.
Minotauros?
Eles são reais?
- E têm muito mau feitio.
- Já para não mencionar que são grandes.
Enormes.
Então e os centauros?
Eles ainda existem?
Bem, os centauros irão
provavelmente lutar ao teu lado,
mas não se pode
dizer o que os outros farão.
Então e o Aslan?
Como é que sabes
tanto acerca de nós?
- Histórias...
- Espera um bocado.
O teu pai contou-te
histórias sobre Nárnia?
Não, o meu professor...
Ouçam, eu peço desculpa.
Estas não são o tipo de perguntas
que deviam estar a fazer.
- O que é?
- Humano.
- Ele?
- Não.
Eles!
Ali estão eles!
Fujam!
- Oh, não!
- Espera, eu vou!
Leva-a, vai-te embora!
É mais importante do que eu!
Leva-o
daqui para fora.
Escolhe as tuas últimas palavras
cuidadosamente, telmarino!
Tu és um rato.
Eu estava à espera de
algo um pouco mais original.
Apanha a tua espada.
- Não, obrigado.
- Apanha-a!
Eu não irei lutar
contra um homem desarmado.
E é por isso que eu viverei mais tempo
se escolher não lutar contigo, nobre rato.
Eu disse que
não lutava contigo.
Não disse que
te deixava viver!
Reepicheep!
- Embainha a tua espada!
- Trufflehunter?
Espero que tenhas uma boa razão
para esta interrupção fora de tempo.
- Ele não tem, vai em frente.
- Foi ele o tal que soprou a trompa.
- O quê?
- Então deixem que ele a traga.
Esta é a razão
pela qual nos reunimos.
- Eu não me lembro deste caminho.
- É o problema com as raparigas...
Não conseguem carregar um
mapa nas vossas cabeças.
Isso é porque nós
temos alguma coisa nelas.
Eu apenas gostava que ele desse
ouvidos ao Q.P.A. para começar.
Q.P.A.?
Querido Pequeno Amigo.
Isso não é nada
condescendente, pois não?
Eu não estou perdido...
Não...
estás apenas a
ir na direcção errada.
Tu perdeste o Caspian
nos Bosques Quebradiços,
e a forma mais rápida de
sair de lá e atravessar o rio Rush.
Mas, a não ser que eu esteja errado,
não há passagem por estes lados.
Isso explica tudo, então.
Estás errado.
Sabem...
com o passar do tempo,
os bosques erodem o solo
tendo raízes mais profundas...
- Cala-te.
- Existe algum caminho para descer?
- Sim, caindo lá para dentro.
Mas nós não
estávamos perdidos.
Existe uma queda de água
perto de Beruna.
O pensam de nadar?
- Prefiro isso a andar.
Aslan?
É o Aslan!
É o Aslan que está ali!
Não o conseguem ver?
Ele está mesmo...
ali...
Estás a vê-lo agora?
Eu não estou louca.
Ele estava ali.
Queria que o seguíssemos.
Tenho a certeza que existem
alguns leões neste bosque.
Tal como aquele urso.
- Acho que conheço o Aslan quando o vejo.
Ouve, eu não me vou atirar num
penhasco atrás de alguém que não existe.
Da última vez que
eu não acreditei na Lucy...
acabei por fazer
uma figura bastante triste.
Porque não o iria eu ver?
Talvez não
estivesses a olhar.
Desculpa Lu.
Toda esta conversa da trompa significa
apenas que nos roubaram outra coisa.
- Eu não roubei nada.
- Não roubaste nada?!
Mostrem-lhe as coisas que
os telmarinos nos tiraram!
- O nosso lar!
- A nossa terra!
- A nossa liberdade!
- Então e as nossas aldeias?!
As nossas vidas!
O que se
está aqui a passar?
Fazem de mim o responsável por
todos os crimes do meu povo?
Responsável...
e castigável.
Isso é ouro vindo de ti, anão.
Ou já te esqueceste que foi o teu povo
quem lutou ao lado da Bruxa Branca?
E fazia-o novamente com muito gosto,
se isso nos livrasse destes bárbaros.
Não está aqui e não tens em
ti o poder para a trazer de volta.
Ou estás a sugerir que
este rapaz se vire contra nós?
Alguns de vocês podem ter-se esquecido,
mas nós os texugos lembramo-nos bem
que Nárnia nunca esteve bem,
excepto quando o filho de Adão era rei.
Ele é um telmarino! Porque o
haveríamos de querer para nosso rei?!
Porque eu os posso ajudar.
Ouçam-no pelo menos!
Além destes bosques,
eu sou um príncipe.
O trono telmarino é
meu por direito.
Ajudem-me a reclamá-lo...
e eu poderei
trazer paz entre nós.
É verdade.
É a altura certa.
Eu observo os céus, porque
são meus para observar
tal como são teus
para te lembrar, Texugo.
Tarva, o senhor da vitória
e Alambil, a senhora da paz,
juntaram-se no alto dos céus.
Agora aqui,
um filho de Adão chegou...
para nos oferecer
de volta a nossa liberdade.
Isso é possível? Achas mesmo
que poderá haver paz?
Achas? Quero dizer...
Quero dizer, a sério?
Há dois dias atrás, eu não acreditava
na existência de animais falantes.
Nem de anões, ou centauros...
E aqui estão vocês...
em força e em número que nós
telmarinos nunca poderíamos imaginar.
E agora, esta trompa,
mágica ou não,
conseguiu juntar-nos e juntos teremos
uma hipótese de recuperar o que é nosso.
Se tu nos liderares...
então os meus filhos e eu...
oferecemos-te
as nossas espadas.
E nós oferecemos-te
as nossas vidas.
Sem reservas.
O exército do Miraz não estará
muito atrás de nós, senhor.
Se queremos estar prontos para eles,
precisamos procurar soldados e armas.
Tenho a certeza que
eles estarão aqui em breve.
Madeira!
Talvez afinal este
não seja o melhor caminho.
Então onde foi o lugar exacto
em que achas que viste o Aslan?
Eu gostava que vocês todos
parassem de tentar parecer adultos.
Eu não acho que o vi,
eu vi-o mesmo.
Eu sou um adulto...
Foi mais ou menos por...
Lucy!
Aqui!
Lucy, estás acordada?
Porque é que achas que
eu não vi o Aslan?
Tu acreditas em mim?!
Bem, nós conseguimos
atravessar o desfiladeiro.
Eu não sei...
Talvez ele não
quisesse que o visses.
Tu sempre soubeste que
nós iríamos regressar, não foi?
Eu tinha esperança que sim.
Eu já me tinha finalmente habituado
à ideia de estar em Inglaterra.
Mas tu tens de
estar aqui, não tens?
Enquanto durar...
Lucy...
Lucy...
Aslan?!
Tive tantas saudades tuas.
- Tu cresceste!
- Todos anos tu cresces,
tal como eu.
Onde estiveste?
Porque não vieste ajudar-nos?
As coisas nunca acontecem da
mesma forma duas vezes, querida.
Susan, acorda!
É mesmo?
Como quiseres...
Acorda.
Aslan?
Não, pára!
- Príncipe Caspian?
- Sim.
E quem és tu?
- Peter!
- O nosso Rei Peter?
- Eu creio que tu nos chamaste.
Bem, sim, mas...
eu pensei que
fossem mais velhos.
Bem, se preferires nós
podemos voltar daqui a alguns anos.
Não, está tudo bem.
São apenas...
Não são exactamente
o que eu estava à espera.
Nem tu o és.
O nosso inimigo em comum une até
mesmo os mais antigos dos adversários.
Nós aguardamos ansiosamente
o seu regresso, meu soberano.
Os nossos corações e
espadas estão ao seu serviço.
- Meu Deus, ele é tão giro.
- Quem disse isso?!
Desculpa.
Vossa Majestade,
com o maior dos respeitos...
eu acredito que corajoso, cortês
ou cavalheiro definiriam melhor
um cavaleiro de Nárnia.
Bem, pelo menos alguns de
vocês sabem manejar uma espada.
Claro que sim, e recentemente
dei-lhe bom uso a assegurar armas
para o seu exército, senhor.
- Muito bem.
Porque vamos precisar de todas as
espadas que conseguirmos.
Bem, então deves provavelmente
querer a tua de volta.
Quanto é que eles levaram?
Armas e escudos suficientes
para dois regimentos.
Mas, ainda há mais.
Tu estavas certo
em temer os bosques.
X?
Caspian,
o Décimo.
Eu peço desculpas,
meu senhor.
A culpa é minha.
- Eu sei.
Diz-me general...
quantos homens
é que perdeste?
- Nenhum, meu senhor.
- Nenhum?
Eles vieram como fantasmas
pela calada da noite.
Nunca os vimos.
Então como é que
explicas os teus ferimentos?
Eu perguntei...
quantos homens é que foram mortos
durante esse maldito ataque narniano
do qual tu, foste um
afortunado sobrevivente...
General...
quantos foram?
Três.
Eu peço desculpa,
Lorde Sopespian.
O Caspian não foi raptado
nesta súbita revolta.
É ele o instigador.
Parece que Nárnia está
a necessitar de um novo rei.
Então... como são eles?
Descontentes,
sempre a queixar-se...
tão teimosos
como mulas de manhã.
Então gostaste deles?
O suficiente.
Isto pode não parecer com o que
vocês estão habituados, mas...
é defensível.
Peter...
és capaz de querer ver isto.
Somos nós.
Que lugar é este?
Vocês não sabem?
Ele deve saber
o que está a fazer.
Creio que agora é a nossa vez.
É apenas uma questão de tempo.
Os seus homens e máquinas
de guerra estão a caminho.
Isso significa que esses mesmos
homens não estão a proteger o castelo.
O que propõe que façamos,
sua Majestade?
- Precisamos de...
- Parar de correr.
A nossa única esperança é atacá-los
antes que eles nos ataquem a nós.
Mas isso é uma loucura, nunca
ninguém tomou aquele castelo.
- Há sempre uma primeira vez.
- Teremos o elemento da surpresa.
Mas teremos a vantagem aqui.
Se aqui ficarmos, podemos
atrasá-los indefinidamente.
Eu pelo menos sinto-me
mais seguro debaixo de terra.
Olha, eu agradeço o
que fizeste aqui...
mas isto não é uma
fortaleza, é um túmulo.
Pois, e se eles forem espertos,
os telmarinos poderão apenas
esperar que
nós fiquemos sem comida.
- Podemos colher nozes.
- Sim! E atirá-las aos telmarinos.
Cala-te!
Eu acho que sabe
o que eu penso, senhor.
Se eu colocar as tuas tropas lá dentro,
conseguirás lidar com os guardas?
Ou morro a
tentar, meu soberano.
É com isso que
eu estou preocupada.
Desculpa?
Vocês estão apenas a agir
como se só houvessem duas opções...
Morrer aqui, ou morrer lá.
Tens estado
mesmo a ouvir, Lu?
Não, és tu
quem não está a ouvir.
Ou já te esqueceste mesmo como é que
derrotamos a Bruxa Branca, Peter?
Eu acho que já esperamos
o suficiente pelo Aslan.
Professor?
- Temos de o encontrar.
- Tu não tens tempo.
Precisas ir abrir o portão.
- Nem estarias aqui se não fosse ele.
E nem eu estaria.
Tu e eu podemos
encarregar-nos do Miraz.
E eu consigo à mesma
baixar o portão a tempo.
Sim, eu sou um rato.
Nós estávamos à espera,
sabes, de alguém mais alto!
- Tu és o indicado para falar.
- Isso é suposto ser uma ironia?
Mais cinco minutos?
O que estás aqui a fazer?
Eu não te ajudei a escapar apenas
para que pudesses voltar para cá.
Tu tens de te ir embora antes do
Miraz saber que estás aqui.
Ele vai saber muito em breve.
Vamos metê-lo na sua cela.
Não subestimes o Miraz
como o teu pai fez.
Do que está a falar?
Desculpa.
Graças a Deus
que estás a salvo.
Levanta-te.
- Caspian?
- Fica onde estás.
O que estás a fazer?
Parece-me
que é óbvio, querida.
Sabes, isso é capaz de ser considerado
um comportamento impróprio.
O que não
pareceu impedir-te a ti.
Mas tu não és
como eu, pois não?
É triste.
Da primeira vez que
mostraste ter alguma coragem...
acabou por
ser um desperdício.
Baixa a espada, Caspian.
- Eu não quero ter de fazer isto.
- Nós também não queremos que o faça!
Isto costumava
ser um quarto privado.
O que estás a fazer? Era suposto
estares no portão de entrada.
Não!
Esta noite, eu quero a
verdade de uma vez por todas.
Tu mataste o meu pai?
Agora é que percebeste?
Tu disseste que o teu irmão
tinha morrido enquanto dormia.
Isso foi mais
ou menos verdade.
Caspian, isto não
vai melhorar as coisas.
Nós telmarinos não seriamos
nada se eu não o tivesse feito.
O teu pai sabia isso
melhor do que ninguém.
- Como pudeste?
- Pela mesma razão que tu
vais puxar esse gatilho!
Pelo nosso filho!
- Pára!
- Não se mexa!
- Precisas fazer uma escolha, querida.
Queres que
o nosso filho seja rei?
Ou queres que ele seja
como o Caspian?
Sem pai!
- Não!
Caspian!
O que é suposto
aquilo significar?
- Estamos a ser atacados!
- Soem o alarme!
- Aos seus postos!
- Vamos!
- Peter!
- As nossas tropas estão lá fora, anda!
Edmund!
Lança o sinal às tropas!
Eu estou ocupado, Pete!
Peter, é demasiado tarde! Nós temos
de ir embora enquanto podemos!
Não, eu ainda
consigo fazer isto.
Ajudem-me!
Por quem exactamente é
que estás a fazer isto, Peter?
Vamos lá.
Ao ataque!
Por Nárnia!
Apontar!
Ed!
Fecha-me
aquele portão.
Retirar!
Nós precisamos
de nos retirar, agora!
Vão!
Ajudem-me aqui!
O portão!
Vão!
- Caspian!
- Eu encontro-o!
Vão! Saiam!
Saiam!
Retirar!
Dá a ordem.
Os meus homens ainda lá estão.
Rápido, saiam!
Retirar!
Agora!
Peter, a ponte!
O que aconteceu?
Pergunta-lhe a ele.
- Peter...
- A mim?
Tu podias ter cancelado,
ainda havia tempo.
Não, não havia, graças a ti.
Se tu tivesses seguido o plano, aqueles
soldados ainda poderiam estar agora vivos.
E se tu tivesses ficado aqui como
eu sugeri, eles estariam certamente.
Tu chamaste-nos, lembras-te?
- O meu primeiro erro.
- Não...
o teu primeiro erro foi pensar
que podias liderar estas pessoas.
Não fui eu quem
abandonou Nárnia.
Tu invadiste Nárnia.
Não tens mais direitos
do que o Miraz!
Tu, ele, o teu pai!
Nárnia está bem melhor
sem todos vocês!
Parem com isso!
Porque é que estão aqui
todos parados?
Os telmarinos
estarão aqui em breve.
Obrigado, minha
querida amiga.
Beruna oferece as
suas tropas.
Galma oferece as
suas tropas.
Calavar oferece as
suas tropas.
Ettinsmoor oferece as
suas tropas.
Longa vida para o rei!
Agora já não estás tão contente
com essa trompa mágica, rapaz.
Os teus reis e rainhas
deixaram-nos ficar mal.
O teu exército está meio morto.
Espero que o nosso
não esteja tão depressa.
O que queres?
Parabéns?
Tu queres o sangue do teu tio.
Tal como nós.
Queres o trono dele?
Nós podemos consegui-lo para ti.
Tentaste um poder antigo
e ele falhou.
Mas há um poder ainda maior.
Um que até mesmo manteve Aslan
afastado por perto de cem anos.
Quem está aí?
Eu tenho fome...
Eu tenho sede...
Eu posso jejuar por cem anos...
e não morrer.
Eu posso permanecer
cem noites no gelo...
e não congelar.
Eu posso beber
um rio de sangue...
e não transbordar.
Mostra-me... os teus inimigos!
O que é que odeias com
tanta força?
Ninguém odeia
melhor do que nós!
E vocês podem garantir a
morte de Miraz?
E mais.
Que o círculo seja desenhado!
Esperem...
não era isto que eu queria.
Uma gota do sangue
de Adão, e tu libertas-me...
Depois serei tua, meu rei.
Não!
Parem!
Vamos...
Afasta-te dele!
Querido Peter...
eu tive saudades tuas.
Vem...
apenas uma gota...
Tu sabes que não
consegues fazer isso sozinho.
Eu sei...
que já está resolvido.
Porque é que nunca me
falou do meu pai?
A minha mãe era uma
anã negra das montanhas do norte.
Eu arrisquei a minha vida durante
todos estes anos, para que um dia...
tu pudesses ser um melhor rei
do que os que te antecederam.
Então eu desiludi-o.
Tudo o que eu te disse...
tudo o que não disse...
foi apenas porque eu
acredito em ti.
Tu tens uma hipótese de ser a
mais nobre contradição da história.
O telmarino que salvou Nárnia.
Tu tens sorte, sabes?
O que queres dizer?
Por tê-lo visto.
Eu apenas gostava que ele me
tivesse dado algum tipo de prova.
Talvez sejamos nós que
tenhamos de dar provas a ele.
Pete...
é melhor vires depressa.
Bolos e bolotas!
É esse o teu próximo grande plano?
Enviar uma pequena rapariga para as
partes mais negras da floresta, sozinha?
- É a nossa única hipótese.
- E ela não vai estar sozinha.
Não morreram já
o suficiente de nós?
O Nikabrik também era
meu amigo.
Mas ele perdeu a esperança.
A Rainha Lucy não a perdeu,
e eu também não.
- Por Aslan.
- Por Aslan.
- Então, eu vou contigo.
- Não, eu preciso de ti aqui.
Temos de os aguentar até
a Lucy e a Susan regressarem.
Se me permites...
Miraz poderá ser
um tirano e um assassino.
Mas como rei...
ele está sujeito às tradições...
e às expectativas do seu povo.
Existe uma em particular que
nos poderá fazer ganhar algum tempo.
Talvez eles
pretendam render-se.
Não.
Eles são demasiado
nobres para isso.
Eu, Peter, por dádiva de Aslan
por eleição e por conquista,
Alto-Rei de Nárnia,
senhor de Cair Paravel,
e Imperador das Ilhas Solitárias,
para evitar o abominável
derrame de sangue
aqui lanço o desafio a Miraz para um
combate a dois no campo de batalha.
A luta será até à morte.
A recompensa
será a rendição absoluta.
- Diga-me Príncipe Edmund...
- Rei.
Desculpe?
É Rei Edmund, na verdade.
Apenas Rei...
O Peter é que é o Alto-Rei.
Eu sei, é confuso.
Porquê arriscaria eu tal proposta
quando os nossos exércitos
vos podem arrasar
até ao cair da noite?
Já não subestimou antes
o nosso número?
Quero dizer...
apenas há uma semana,
os narnianos estavam extintos.
E assim irão voltar a ficar.
Então nesse
caso terá pouco a temer.
Isto não é uma
questão de bravura.
Então recusa lutar com bravura contra
um guerreiro com metade da sua idade?
Eu não disse que recusava.
Você terá o nosso
apoio, Vossa Majestade.
Qualquer que seja
a sua decisão.
Senhor, a nossa vantagem militar permite
a desculpa perfeita para evitar...
Eu não estou a evitar nada!
Eu estava apenas a apontar
em como o meu senhor
estava bem no
seu direito de recusar.
Sua Majestade nunca recusaria.
Ele aprecia realmente
a oportunidade de poder mostrar
ao seu povo a
coragem do seu novo rei.
Tu.
É bom que esperes que a
espada do teu irmão
seja mais aguçada que
a sua caneta.
O Destria sempre me
serviu bem.
Vocês estão em boas mãos.
- Ou cascos.
- Boa sorte.
- Obrigada.
Ouve...
talvez seja a altura
de eu te devolver isto.
Porque não a guardas?
Poderás precisar
de me chamar outra vez.
Poderás precisar
de me chamar outra vez?!
Está calada!
Se parecer que as
coisas corram para o pior...
Entendido, Vossa Majestade.
Espero que não
fiques muito desapontado...
quando eu sobreviver.
Ainda vais a tempo de te render.
Eu sinto-me livre.
Quantos mais
devem morrer pelo trono?
Apenas um!
Eles viram-nos!
- Toma as rédeas.
- O que estás a fazer?
Desculpa Lucy.
Parece que afinal
vais ter de ir sozinha.
Tens a certeza de
que não precisas da trompa?
Vossa Alteza precisa
de uma pausa?
Cinco minutos?
Três!
A Lucy?
Ela conseguiu prosseguir,
com uma pequena ajuda.
- Obrigado.
- Bem, tu estavas ocupado.
Assumo que não voltas a deixar as
coisas ficarem tão difíceis de novo!
É melhor voltar para lá.
Apenas para me certificar.
Eu não espero que os telmarinos
mantenham a sua palavra.
- Desculpa.
- Está tudo bem.
Tem cuidado.
Continua a sorrir.
Como é que ele te
parece a ti?
Jovem.
Mas Vossa Majestade está a
sair-se extremamente bem...
para a sua idade.
Eu acho que está deslocada.
O que achas que acontecerá no
nosso mundo... se morrermos aqui?
Sabes, tu sempre estiveste
ao meu lado, e eu nunca...
Guarda isso para depois.
Pausa!
Pausa...
Não é altura para
cavalheirismos, Peter!
Cuidado!
O que se passa, rapaz?
Demasiado covarde para
tirar uma vida?
Não me cabe a mim tirar-ta.
Talvez eu estivesse errado...
Talvez afinal de contas tu tenhas as
características de um rei telmarino.
Não de um como tu.
Fica com a tua vida.
Mas eu vou devolver
aos narnianos o seu reino.
Meu rei...
Eu irei tratar de ti,
quando isto terminar.
Já terminou.
Traição!
Ele disparou contra ele!
Assassinaram o nosso rei!
Preparem-se!
Peter!
Vão!
Às armas, telmarianos!
Às armas!
Cavalaria!
Atacar!
Narnianos preparem-se!
Narnianos!
Ao ataque!
1... 2...
3... 4...
5... 6...
Apontar!
Braços firmes!
8... 9...
Preparem-se!
Agora!
Agora!
Ao ataque!
Tu és... um rato!
Vocês não têm
imaginação nenhuma.
Lucy?
Recuem!
Estão a tentar escapar!
Protejam-se!
Regressem para a fortaleza!
Esmaguem-os a todos.
Aslan!
Eu sabia que eras tu.
O tempo todo, eu sabia-o.
Mas os outros
não acreditavam em mim.
E porque te impediria
isso de vir ter comigo?
Desculpa. Eu estava apenas
com medo de vir sozinha.
Porque é que não
te mostraste?
Porque é que não podias aparecer a
rugir e salvar-nos como da última vez?
As coisas nunca acontecem da
mesma forma duas vezes, querida.
Se eu tivesse vindo mais cedo,
por todos os que morreram...
Poderia eu tê-los parado?
Nós nunca poderemos saber
o que podia ter acontecido Lucy.
Mas o que irá acontecer é um
assunto completamente diferente.
- Irás ajudar?
- Claro.
- Tal como tu.
- Eu gostava de ser mais corajosa.
Se fosses mais
corajosa, serias uma leoa.
Bem, eu acho que os teus amigos
já dormiram o suficiente, tu não?
A Lucy.
Por Aslan!
Nós podemos derrotá-los,
se os atrairmos para o rio!
Precisamos de nos reagrupar!
Para Beruna!
Ao ataque!
Ergam-se, reis e rainhas de Nárnia.
Todos vós.
Eu penso que
ainda não estou preparado.
É por essa mesma razão,
que eu sei que estás.
Obrigado, Vossa Majestade.
Obrigado...
Ave Aslan.
É uma grande honra estar na...
Eu estou completamente
fora de postura.
Devo pedir-lhe que me perdoe por
aparecer desta forma tão desajeitada.
- Talvez mais uma gota?
- Não acho que sirva para isso.
Pode-se sempre tentar.
Fica-te bem, pequenino.
Ainda assim, grande Rei...
eu lamento que
me tenha de retirar,
pois a cauda é a
honra e a glória de um rato.
Talvez tu penses demasiado
na tua honra, amigo.
Bem, não é apenas a honra...
também é excelente para o equilíbrio,
e para escalar e para agarrar coisas...
Poderá agradar a Vossa
Alta Majestade, mas...
nós não carregaremos a vergonha de
exibir uma honra negada ao nosso chefe.
Não pelo bem-estar da vossa dignidade,
mas pelo amor do vosso povo.
Olhem!
Obrigado,
obrigado, meu soberano!
Vou estimá-la para sempre. De hoje
em diante servirá como lembrança
da minha enorme humildade.
Agora, onde está esse pequeno
amigo de que tanto me falaste?
Agora já o vês?
Vossa Majestade?
Estamos prontos.
Já estão todos reunidos.
Narnia pertence aos narnianos,
tal como pertence ao homem.
Os telmarinos que queiram ficar
e viver em paz são bem-vindos.
Mas para todos
os que o desejarem,
o Aslan irá levá-los de regresso
à terra dos nossos antepassados.
Já passaram gerações
desde que deixamos Telmar.
Não nos estamos a
referir a Telmar.
Os vossos antepassados eram
marinheiros fora-da-lei.
Piratas, que
ancoraram numa ilha.
Aí eles encontraram
uma caverna.
Uma ravina no fundo
trouxe-os aqui do seu mundo.
O mesmo mundo
dos nossos reis e rainhas.
É para essa ilha que
vos posso levar.
É um bom lugar para aqueles que
quiserem começar de novo.
Eu irei.
Eu aceito a oferta.
Também nós.
Porque foram os primeiros a falar,
o vosso futuro nesse mundo será bom.
- Onde foram eles?!
- Mataram-nos!
Como saberemos que ele não
nos está a levar para a nossa morte?
Senhor, se o meu exemplo
servir para ajudar...
eu levarei onze ratos
através, sem perda de tempo.
- Nós iremos.
- Iremos?
Vamos.
O tempo acabou.
Afinal de contas...
já não somos aqui mais precisos.
Eu irei olhar por
ela até tu regressares.
O problema é esse...
Não vamos regressar.
Não vamos?
Vocês dois voltarão.
Pelo menos, eu acho
que ele se refere a vocês dois.
Mas porquê?
Eles fizeram alguma
coisa de errado?
Muito pelo contrário, minha querida,
mas todas as coisas têm o seu tempo.
O teu irmão e a tua irmã aprenderam
o que puderam deste mundo.
Agora é a altura deles
viverem no seu próprio mundo.
Não faz mal, Lu.
Não foi como
eu pensei que seria.
Mas não faz mal.
Um dia, tu também
compreenderás isso.
Vamos.
Eu estou contente
por ter voltado.
Eu gostava que tivéssemos
tido mais tempo juntos.
Nunca resultaria
entre nós, seja como for.
- Porque não?
- Eu sou 1300 anos mais velha do que tu.
Tens a certeza que quando eu
for mais velha irei compreender?
Eu sou mais velho e nem mesmo
eu acho que quero compreender.
Não vens, Phyllis?
Acham que existe alguma
maneira de voltarmos?
Eu deixei a minha
lanterna fixe em Nárnia.